My Kind of Love escrita por Thaaai


Capítulo 8
Me matem, por favor!!!


Notas iniciais do capítulo

Então, gente, eu devo um pedido enorme de desculpas para vocês. Deixa eu explicar: tive uns dias horrorosos...Primeiro, peguei uma gripe péssima, depois, perdi uma pessoa que admirava muito ( Raissa Aguiar e Nathy Louise, minhas amigas/leitoras, compartilham comigo esse momento ruim.). O cap 8 já estava praticamente todo pronto, mas nunca conseguia concluí-lo e postá-lo. De qualquer forma, já estou melhor e vocês não têm culpa do que se passa comigo. Enfim, é isso. Espero que gostem...
OBS: Aquele desenho divo do cap anterior foi da Vanessa Alencar. Parabéns, Van, você é muito talentosa!



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O casal ficou imobilizado. Logo agora que pretendiam abrir o jogo, foram pegos em situação tão... constrangedora. Gael não sabia como agir, ao passo que Dandara sentiu a garganta secar, vendo a reação que tanto temia dele. Do filho.

– Pedrinho, olha eu posso...

– “Posso explicar”? Jura? Você já soou mais original, mãe. – interrompeu sarcástico.

– É assim que você fala com a sua mãe, moleque?

– Já está querendo mandar em mim, é? Fique sabendo que esse é um assunto meu e dela.

– PEDRO! Chega... – Dandara se colocou entre os dois – em casa a gente conversa sobre isso.

– Isso o que? De longe dá pra ouvir os gritos de vocês.

– Karina? Achei que você já estivesse em casa. – foi a vez de Gael dizer, completamente nervoso. Se antes já estava, imagine agora que a filha aparecera? Falar que Karina tinha um gênio forte era eufemismo, perante as suas atitudes habituais.

– E estaria, se eu não tivesse esquecido minhas coisas no restaurante. Mas, e aí, sobre o que estavam falando?

– Ah, você vai “amar” saber!

– Pedro, fica quieto! – repreendeu Dandara.

– Ih, qual foi aí do suspense de novela mexicana? Ó, quem gosta disso é a Bianca, tá?

– ISSO! A Bianca...- lembrou o mestre – Faz o seguinte Karina, vai buscar suas coisas e aproveita pra chamar sua irmã. A gente precisa conversar lá em casa e enquanto isso, eu levo a Dandara e o Pedro.

A garota achou tudo completamente estranho, mas preferiu não retrucar, afinal, estava curiosa e não queria perder mais tempo ali sendo enrolada. Deu uma última olhada em Pedro e pra variar, o destino resolvia brincar com ela, fazendo com que seus olhares se cruzassem. O rosto da menina, atingia uma quentura súbita, ao lembrar do que acontecera minutos atrás, mas logo preferiu seguir seu caminho. Era mais produtivo do que a recordação dos lábios macios e quentes do roqueiro.

Dandara, a muito custo, conseguiu conter a ira do filho. Ele estava tão irritado, que não pensaria duas vezes antes de espalhar para quem estivesse presente, a cena que presenciara. Mas nem tão irritado a ponto de não constranger-se com o olhar da lutadora, a qual lhe fora lançado.

******

Durante o caminho inteiro Bianca fazia piadinhas sobre o beijo que a loira dera em Cobra. Se soubesse que não só ele havia protagonizado um momento daquele, a irmã não teria mais paz.

Ao abrirem a porta de casa, estamparam em seus rostos a real fisionomia de interrogação. O pai estava muito aflito, junto com Dandara, que empalidecera notoriamente.

– Chegaram... – suspirou Gael – Bom, antes de tudo eu queria pedir que me deixassem falar do começo ao fim, sem interrupções – olhou especificamente para Karina, rainha naquele aspecto, que revirou os olhos com a indireta. – Pensava numa forma melhor de contar isso a vocês, mas as circunstâncias não impuseram outra forma, que não fosse essa. Sem mais delongas, eu queria contar a vocês meninas, que e eu e a Dandara estamos juntos e infelizmente o Pedro soube de maneira não tão agradável [... ]

Gael continuava a falar, mas na mente de Karina, tudo parecia ter congelado no “eu e Dandara estamos juntos”. Bianca não hesitou em demonstrar seu contentamento, abraçando o pai em seguida. O casal estava parcialmente aliviado, pelo menos a filha mais velha de Gael aceitava.

– Me chama de Superman que eu sumo daqui, para o alto e avante!!!

Pedro sorriu sádico, como se já soubesse a forma que a esquentadinha reagiria. Gael desprendeu-se de Bianca, vendo a caçula se jogar de qualquer jeito no sofá.

– E ainda reclamou do meu beijo com o Cobra...Pelo menos eu não fiquei nas entocas! – bufou. Pedro logo fechou a cara, pelo fato mencionado.

– Olha o respeito, Karina!

– É, K, o pai tá certo! Sinceramente eu não vejo nada demais...São duas pessoas que se gostam querendo ficar juntas. Que mal há nisso?

– Mal tá é o meu estômago, que não para de revirar com essa conversa. – assim que o guitarrista pronunciou, foi repreendido pela mãe.

– Dá pra facilitar as coisas e agir como a sua irmã? Como ela mesma disse, que mal há nisso?

– Ah, quer facilidade? Compra suco de pacote e miojo!

– Karina, dá pra parar de criancice? – censurou a irmã.

– Dá pra parar de ficar fazendo média com o pai? Acho que não, né...Enfim, tô indo. – levantou-se, mas a mão forte de Gael a impediu de concluir a ação.

– Santa infantilidade, Karina! Pra onde pensa que vai?

– Vou ser infantil no meu quarto!

– E eu vou fazer o mesmo! – disse Pedro observando-a ir embora. – Sinto muito, mas o que vocês esperavam? A notícia pegou a gente de surpresa... Não dá pra simplesmente pedir uma pizza e comemorar.

Levantou-se do sofá e saiu, claramente chateado.

******

– Karina, eu sei que você não está ouvindo nada. – arrancou os fones da irmã.

– Na boa, sua puxa saco, vai dormir, vai.Me deixa quieta!

– Não vou não! – jogou-se em cima da irmã, abraçando-a. – Deixa o papai ser feliz, K, viver a vida dele. Já tá mais que na hora. – calou-se quando o pai adentrou o cômodo.

– Bia, você pode deixar a gente conversar um pouquinho?

– Claro. Tô aqui na sala, qualquer coisa é só me chamar.

Karina estava sentada em sua cama, abraçando um travesseiro. Ao sentir o lugar ao seu lado afundando, virou o rosto.

– Karina, por favor, né? Isso já tá ficando ridículo. Olha pra mim, vamos conversar direito.

Estava relutante, mas não conseguia ficar brigada com Gael. Orgulho nenhum compensava o amor que tinha por ele...

– Pode falar.

– Eu só queria entender o motivo pelo qual você reprova o meu namoro. Por mais que a Bia tenha aceitado, Karina, a sua opinião é importante pra mim. Se você não fica bem, a minha felicidade não é completa.Vai, me fala o porquê.

Suspirou derrotada e ao mesmo tempo satisfeita, por saber que ela fazia diferença na vida dele. Era raro terem aquele tipo de conversa, por conta disso a menina não queria desperdiça-la, com suas frequentes birras.

– Olha, pai, não é nada contra a Dandara. Sério, eu acho ela uma pessoa boa, sabe? Mas é que... – Gael percebeu que os intensos olhos azuis da garota lacrimejavam, então segurou suas mãos, passando-lhe segurança. – Eu não sei, a minha cabeça tá confusa. É muita coisa...Talvez por ser uma novidade ou por medo mesmo. – respirou profundamente, prosseguindo. – Pai, eu só tenho você e a Bia. Ainda assim, conversamos muito pouco quando não é algo relacionado com a academia ou quando você tenta ser um mala, o que é quase sempre! – brincou – Ó, não gosto dessas coisas melosas não, tá? Então vê se não zoa da minha cara com o que vou falar...- recompôs-se – Aqui em casa eu me sentiria a pessoa mais solitária do mundo se não fosse a Bete. A Bianca não para em casa e você agora com esse namoro...

– Ih, que isso? – bagunçou seu cabelo, puxando-a pra um abraço. – Karina Duarte com ciúme? – recebeu um tapa da garota, que abafou o riso. – Eu amo você, filha. Não costumo dizer isso, mas é porque eu sou assim mesmo...fechado. A Bete sempre reclamou disso, mas com esse seu jeitão aí, não tinha como eu acreditar que você ligava pra essas coisas! Eu sei o que pensa com relação a sua mãe também, por isso, saiba que ela nunca vai perder o espaço aqui nessa casa. A Ana sempre vai ser especial porque ela me deu vocês duas. Sempre! Mas, chega uma hora em que a pessoa percebe que não dá mais pra viver sozinha e eu queria mesmo que você aceitasse a nossa história. A Dandara é uma mulher incrível e por mais que você pense o contrário, ninguém ocupa maior espaço na minha vida que não vocês, minhas filhas, o melhor que já me aconteceu.

– Que brega, pai. – zombou. Óbvio que estava brincando! As palavras do pai certamente ficariam gravadas em sua memória, num lugar que ela nunca descartaria.

– Valeu aí, Karina. – A garota gargalhou, abraçando-o novamente e dessa vez mais forte.

– Brincadeira, seu Gael. Pô, valeu aí...Te amo!

******

Pedro chegara em casa mau humorado, parecia até a esquentadinha. E tudo por causa do pai dela. Não ficara assim por uma questão de se sentir solitário, como a lutadora, mas porque queria zelar a figura do seu pai. Se Dandara amava-o tanto, porque estava com outro? Mais um, aliás, de uma pequena lista dos “rolos” que falharam.

Tirava a camisa, ao mesmo tempo em que entrava no quarto. Cobra já estava lá e olhava-o curioso:

– Fica olhando demais não, senão apaixona...

– Esse risco, pode ter certeza, que eu não corro. – riu Cobra. – Mas, que cara é essa aí, moleque?

– IIIH...Cê não devia tá no restaurante não? – arqueou uma das sobrancelhas.

– Não. Eu trabalho lá agora, mas é como se fosse mais uma ajuda. É como um treinamento pra mim e uma forma de aliviar meus pais, não deixa-los sobrecarregados. Aí quem sabe com o tempo eu abro meu próprio negócio... – observou o primo, que parecia satisfeito com sua resposta, mas ainda preocupado.

– Você sabia desse lance da minha mãe com o Gael? – Cobra sobressaltou-se.

– Gael? O da academia? – ele assentiu – Então é por isso que você tá com essa cara?

Pedro não respondeu.

– Ah, ciuminho da mamãe, Pedro? Jura? – caçoou.

– Não tô com ciúmes de ninguém, mané!

– É mesmo? Isso é o que então?

– Isso? Isso...não é da sua conta!

– Deixa a minha tia, Pedro. Ela merece viver a vida dela, sempre viveu em função de você. Sabe disso. – o roqueiro encarou-o. – Ela é jovem...O Ricardo não deve tá contente com isso não!

– Deixa o meu pai fora dessa história!

– Eu tô falando sério. Cê acha que ele quer ver a Dandara infeliz, remoendo o passado deles? Infelizmente ele morreu, você tem que aceitar isso e deixar a sua mãe viver.

Pedro exaltou-se.

– Cara, eu já pedi pra deixar meu pai fora dessa história! Pouco me importa o que você tem a dizer, porque eu não preciso da sua opinião pra nada! Você acha que sabe tudo sobre o meu pai, não é? Mas quem conhecia ele bem era EU. EU SOU O FILHO DELE!

– Mas, não parece! Você tá agindo feito um playboyzinho mimado, um idiota. O oposto do meu tio! – explodiu Cobra.

– CALA A BOCA!!! – Pedro avançou no primo, que tentava não ataca-lo. Cobra era o dobro do garoto e se quisesse, num piscar de olhos, fazia dele pó. Mas, essa não era a sua intenção, nunca foi.

– Mas, o que é isso aqui? Ficaram loucos?!?! – Dandara colocou-se entre os dois, horrorizada. – Eu espero que vocês tenham uma boa explicação! – intercalava o olhar entre eles.

– Não tenho nada pra falar.

– Pedro, volta aqui! – gritou, mas o filho já tinha batido a porta.

– Desculpa, Cobra. Seja lá qual tenha sido o motivo da reação dele. – suspirou, sentando-se na cama. – É que eu tô com o Gael, ele soube hoje...

– É, ele contou.

– Agora entendi o motivo. – aproximou-se do sobrinho. – Não fica irritado com o Pedrinho, não. Ele não tá bem com isso tudo. O Ricardo sempre foi um ídolo pra ele e desde que ele se foi, eu nunca mais consegui retomar a minha vida normalmente. Só trabalho e trabalho! Nesses tempos eu arranjei uns dois ou três namorados, mas só pra tentar acabar com aquele sentimento de solidão, sabe? – os olhos atingiram um tom avermelhado, já lacrimejando. – E nenhum dos relacionamentos deu certo, aliás, era um pior do que o outro e Pedro nunca me entendeu, sempre ficava com raiva de mim. Mas, agora é diferente. Eu sinto isso! É o Gael, né? – sorriu, limpando a face. – Ele é uma pessoa maravilhosa!

– Tudo bem, tia, eu entendo. Eu também provoquei o Pedro, mas vou tentar resolver as coisas logo. Prometo. – Dandara sorriu – E ó...Parabéns! Tenho certeza que a senhora será muito feliz.

[...]

Cobra teve que acordar bem cedo. Treinaria um pouco na academia do “tio emprestado”, pra depois iniciar suas atividades no Perfeitão. Saiu com cuidado para não chamar a atenção de Pedro, que dormia feito uma rocha.

Cruzando o portão da antiga fábrica, que dera lugar a dois centros tão opostos, encontrou uma loirinha atacando o saco de pancada como se não houvesse amanhã:

– Acho que alguém acordou disposta hoje...

– Bastante! – direcionou sua atenção ao rapaz, dando um soco no lado esquerdo de seu ombro. – E aí, pronto pra treinar, ou a mocinha vai ficar fazendo charme? – sorriu.

– Eu já nasci pronto! – bagunçou seu cabelo.

– Que merda, Cobra! Meu cabelo...

– Ih, tá parecendo aquelas patricinhas de filme norte americano.

– Patricinha é o car...

– Opa! – tapou sua boca, abraçando-a em seguida. – Que coisa feia!

– Me larga, eu tô suada. – fez biquinho.

– Pra mim tá ótima desse jeito...

– Já vi que acordou cheio de graça hoje, né? – desprendeu-se dele. – Anda, vai trocar de roupa pra gente treinar! – empurrou-o para o vestiário, rindo juntamente com ele.

...

Bianca olhava para os dois, sorridente. Seria engraçado ver a irmã namorando com alguém, mas obviamente aquilo nem passava pela cabeça da lutadora.

Saiu às pressas da sala onde administrava os negócios da academia. Estava atrasada para a aula de Lucrécia e receberia uma bronca daquelas! Subia os primeiros degraus para a Ribalta, quando seu braço foi levemente puxado. Suspirou ao ver quem era:

– Bia, tá tudo bem?

– Tudo ótimo, Duca. – respondeu seca.

– Sério? Você tá diferente comigo...

– Eu estou do jeito que eu sempre fui.

– Oi, gente! – surgiu Jade, atrás de Bianca. – Como vai, lutador? – riu provocativa.

– Muito bem, Jade... – sorriu igualmente.

– Bianca, a minha mãe não gosta de atrasos. – enrolou uma mecha de cabelo, apoiando um braço no garoto.

– Eu conheço muito bem as normas da Lucrécia. Aliás, porque você não tá lá?

– Já falei com minha mãe, vou precisar sair. Du, me passa o seu número?

Bianca revirou os olhos, voltando a subir as escadas.

– Bia, espera. Eu queria falar sobre...

– Depois, Duca! Eu tô atrasada. – seguiu seu caminho, deixando-o visivelmente preocupado.

******

– Credo, Bianca! Essa foi a piada mais tosca que eu já ouvi. – gargalhava com irmã, na volta pra casa.

– Ah, para, nem foi tão ruim assim...

Gargalhadas novamente.

– Sabe por que o pai saiu tão misterioso de lá?

– Não faço ideia, K!

– Só me faltava ser um jantar comemorativo! – fez careta.

– Para! Não implica com a Dandara...Ela é legal!

– É, eu sei. – sorriu – Vamos logo que eu tô com fome! Cê parece uma lesma com problemas locomotivos!

– Aff, tinha que ofender...

[...]

Bianca destrancava a porta, rindo com Karina. Uma implicava com a outra, pra variar. Mas, logo os risos foram substituídos por expressões de dúvidas, em cada uma. Gael, Dandara e Pedro estavam sentados, nitidamente esperando-as. Os dois primeiros com uma ansiedade indescritível e até preocupante para os outros três, que compartilhavam da incerteza:

– Bom, eu e a Dandara resolvemos fazer essa reunião para dar um comunicado a vocês.

– Ah, meu Deus! Cês vão casar? Não tá muito rápido, não? – interviu Karina.

– QUE TUDOO!!! EU QUERO SER DEMOISELLE!

– Não é isso, Bia, é que... – Dandara, tentava explicar.

– MÃE! É sério isso? Cês tão de sacanagem, né?

– Vocês estão entendendo tudo er...

Mais uma vez foi interrompida, dessa vez, por reclamações de Karina. E logo era impossível manter uma linha de raciocínio, já que todos puseram-se a falar ao mesmo tempo. Bianca, dando sugestões de cores, Karina retrucava, Pedro brigava com a mãe e Gael...Bom, acabara de dar um grito, fazendo todos finalmente se calarem.

– Ótimo. Calaram a boca! Agora dá pra deixar a gente falar? – encarou-os irritado. – Não tem nada a ver com casamento, ou filhos... –direcionou o olhar a Pedro, que lançara aquela pérola, segundos atrás.

– Pois é, nada a ver! O que a gente queria falar era sobre... – fez suspense, ficando ao lado de Gael. – Uma viagem! – deu um largo sorriso.

– É. Uma viagem pra gente se entender melhor, pra acabar essa implicância – Gael olhou para Karina, no mesmo tempo em que Dandara encarava o filho – com o nosso relacionamento e vocês verem que não há nada demais e que sim, conseguimos conviver juntos, todos nós.

– Que lindo... – disse Karina ironicamente, fingindo secar lágrimas de emoção.

– Tá e quem vai pra essa viagem?

– E pra que mais, Bia? Nós cinco! – Gael abriu os braços, completamente entusiasmado.

– Uma viagem em família! – completou Dandara, igualmente feliz.

– Ai, super aprovo!

– Que bom, Bia. Eu, você, a Dandara...e vocês dois. O que acham?

– Se eu disser que não você vai mesmo me deixar ficar em casa? – perguntou Karina com os olhos brilhando e um sorriso vacilante.

– Não. – ela bufou em resposta.

– O mesmo pra você, Pedrinho. Nem adianta dizer que não. Você ainda não é maior de idade e querendo ou não, eu mando em você.

– Uhul. Legal saber disso! – fingiu empolgação.

– Bom. Decidido? – perguntou Bia.

– Decidido. – disseram Pedro e Karina em uníssono, ambos com cara emburrada.

– Espera! Mas, pra onde é que a gente vai?

– Mas olha... a Bianca fazendo um comentário útil pela primeira vez no dia...

– Olha...A Karina sendo uma mala pela milésima vez no dia... – replicou com o mesmo tom debochado.

Pedro riu, enquanto Gael as repreendia como olhar.

– O destino ainda é incerto, mas estou resolvendo com um amigo aí pra ver se ficamos numa casa de praia. Se não der a gente vê outra coisa, só sei que precisamos dessa viagem, pra relaxar, respirar novos ares... – disse Dandara.

– A gente só não pode demorar, né? Não por mim, porque eu posso fechar a academia. Mas, você tem trabalho na Ribalta e a Bia estuda lá, além de que o Pedro e a Karina têm escola...

– É, é mesmo, não dá pra perder a escola!

– Até parece que gosta tanto de aula assim, ô esquentadinha.

– Cala a boca, moleque!

– É, Karina, eu concordo com o Pedro. – disse Gael, fazendo o menino sorrir da forma que tanto a irritava.

– Então, sobre isso ajeitamos depois. Bem que poderíamos aproveitar o feriadão da semana que vem. É o dia da cidade e cai numa sexta, aí a gente pode ir sexta de manhã e voltar na segunda de manhã bem cedinho. - concluiu a professora de canto.

– Ótimo!

[...]

– Ai, K, tira essa cara... – Bia jogou um travesseiro nela. – Você não tinha dito que estava tudo bem com essa história do papai e a Danda?

– E está, Bia. Mas, eles também já estão apelando, né? Viagem em família? Só me faltava agora a gente fazer piquenique no campo, assistindo ao por do sol e com violinistas tocando a trilha sonora do casal.

– Boa ideia. Vou anotar. – brincou.

– Apaga a luz quando sair do banho, ok? Boa noite.

– Boa noite, K. - Assistiu a irmã ir ao banheiro, com a toalha enrolada no pescoço. – Sonhe com o Pedro. – A menina deu um suspiro.

Ela teria que dormir e acordar, dividindo o espaço com o garoto que ela mais implica, durante três dias inteiros. Com o garoto que a tirava do sério. O mesmo que a beijara ontem, mais uma vez. Estavam zoando ela?

“Me matem, por favor.” Pensava, enquanto revirava na cama de um lado para o outro.

É, definitivamente eles estavam zoando ela. Só podia ser...


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado...*-*
OBS: Qd comecei a escrever a fic, coloquei o pai do Pedrinho pra se chamar Ricardo (lembram?) e o Cobra tb se chama assim. Mas, não se preocupem que eu não vou confundir vcs. Qd houver "Ricardo" é o pai do Pedro e Cobra vai ser...Cobra! uahah (qd o Ricardo se referir a ele eu explico no cap.)
Eu queria deixar um mega agradecimento à Raíssa Aguiar, pela linda recomendação. Muito obrigada, Rai. Primeiro beijo a gente nunca esquece...Primeira recomendação tb não! uhauhssa Só uma perguntinha pra fechar: Gente, qual foi o diálogo ou frase que tenha a ver com #Perina que vocês mais curtiram?
O meu foi a frase do Pedrinho: "Que bundinha...Pena que é um trator". Apesar de não ter nada (NAADA MESMO) de romântico, eu AMOO UEHEUHEEH.
TENHAM UMA BOA NOITE!!! ^^