Misguided Angel escrita por Katsumi Liqueur


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Onde o plano não é seguido...

Como se o Eric fosse seguir o plano de outra pessoa, xD

Mis. voltooooou! o/

Maior chappie até agora!



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James tentara falar com Amy, ligando inutilmente para seu celular ou a procurando pelo campus. No apartamento dela, também não estava, Clara avisou que se a encontrasse, mandaria ela ligar para ele. Parecia ridículo que aquele dia que precisava tanto falar com ela, seu celular estava inexplicavelmente “fora da área de cobertura ou desligado”.

 

 

O dia de Ana estava sendo bom, sua aula mais importante tinha sido cancelada, então, resolvera faltar as outras. Decidiu que faria compras! Era algo que a animava, embora, no fim do dia, ela sempre voltasse com apenas poucas peças de roupa. Definitivamente, não era do tipo de esbanjar. Mas ela tinha uma mania, já que não poderia ter todas aquelas roupas, pelo menos, fotos dela vestida com elas existiriam. Isso detonou a bateria do seu celular, por isso, decidiu desligá-lo.

 

Comprara uma calça jeans e duas blusas, uma bem básica e outra “fatal”. Estava decidida a sair de noite, há muito não saía pra dançar. Nem passou em seu apartamento, já tinha a roupa que usaria mesmo, o que fez foi comprar roupas íntimas numa loja, tamanha era a preguiça de desviar seu caminho do apartamento de James.

 

Estava quase chegando quando decidiu ligar seu celular para telefonar para ele, afinal, estava chegando mais cedo que de costume. Foi engraçado, porque antes que pudesse fazer qualquer coisa, milhares de mensagens avisando que ele tinha ligado apareceram. Tinha uma ou duas que eram normais mesmo, mas decidiu lê-las depois de ligar pra ele.

 

- Ei... – Ela podia quase ver o sorriso que deveria estar no rosto dele. – Estou tentando falar com você praticamente o dia inteiro.

 

- A bateria do meu celular está quase acabando, por isso, eu tinha deixado ele desligado. Olha só, sobre hoje... – Iria contar seu plano para noite, quando o viu deixando seu prédio. Pensou em fazer uma surpresa e aparecer diante dele, porém o tempo que levou para esse pensamento tomar forma, foi o mesmo que ele levou para destruir seus planos.

 

- Exato! Desculpe, mas, como disse nas mensagens, eu tenho que sair hoje a noite. É importante mesmo. Compenso com você depois, certo? – Ele fez uma pausa, esperando algum tipo de resposta dela. A resposta não veio, Anna estava o observando caminhar em direção a uma mulher. Ela era tão atraente que não pode conter uma fisgada de ciúmes, e se recriminar por isso. – Por favor, fique em casa essa noite, ok?

 

Ela havia perdido completamente a vontade de sair. Por outro lado, ficar em seu apartamento seria pensar sobre o ciúme que sentira, coisa que não queria. E lá estava James, insistindo no telefone para ela ficar segura em seu aparamento, enquanto levava a mulher até o lugar onde estava estacionada sua moto. Queria dar um show, fazer um escândalo e ter uma crise de possessividade, mas tudo o que fez foi responder a ele de maneira curta e grossa que ficaria direitinho em casa. Desligou e ele sequer notara como ela ficara abalada, bem, James também não era um gênio empático para perceber em duas frases como o humor dela tivera uma reviravolta.

 

Aquilo a abalara. Eric, que fora ali observar Amy e James se encontrarem, se deliciou ao ver aquela cena e as expressões que surgiram no rosto de Anna. E ela estava ali, tão acessível, que seria tão fácil para ele fazê-la ceder ao seu encanto. Obviamente ele não agiu de acordo com o plano, que a garota sofresse por causa daquele cão de guarda, não seria ele que a animaria naquele dia, mesmo que fosse para destruí-la ainda mais, depois. Não, ele iria saborear de longe aquele sofrimento que, no fundo, fora ele mesmo que causara.

 

Anna tinha tomado uma decisão: ficaria em casa. Mas, apara evitar qualquer tipo de pensamento incomodo, dormiria. Não que isso fosse fácil. Então, ela foi até um apartamento no mesmo andar que o seu e fez uma compra básica. Nada era melhor que ter contatos. Depois disso, a segunda melhor coisa de se ter era Valium para uma noite insone.

 

Claro que desde o início ela podia estar usando esse artifício, ou mesmo, ter se consultado com algum médico. Mas existiam tantas coisas em sua vida que não poderia contar: fantasmas, lobisomens, vampiros? Talvez devesse arranjar um psicólogo fantasma, aí sim, poderia falar de tudo! Por um breve momento, sentiu-se mais leve e riu com o absurdo da idéia, só que, logo depois, lembrou-se de seus pais e de quanto tempo fazia que não os via. Não, não queria pensar! Em nada! Era uma noite para descansar. Tomou o remédio, mais do que deveria, e se jogou na sua cama, cobrindo até sua cabeça com o edredon.

 

 

Ela já devia saber que, mesmo com o Valium, o pesadelo se repetiria. Só, por mais estranho que fosse, estar junto daquele que estava no pesadelo, fazia ele ir embora.

 

O corredor escuro, a dor que sentia ao exigir tanto de seus músculos, seu sangue que pingava e o grito que não calava, daquela vez, parecia tudo um borrão e os sons pareciam picotados. Até a câmara, o maldito lugar. Até caminhar em direção daquelas duas figuras, daquela versão de si mesma segurando uma versão destruída e morta de James. Estava do lado deles, dessa vez, e nem parecia ser notada. Seu olhar os abrangia ao mesmo tempo. Aquela pessoa que parecia ser ela, mas com olhos vermelhos e... Cabelo branco?! E James, não, não, era terrível para ela observar aquilo... Mutilado, esfolado, torturado. E, então, aquela mulher albina se mexia e dessa vez, ela teve certeza que não era para ela o grito, pois seu olhar estava voltado na direção da entrada da câmara.

 

Se todo aquele cenário a perturbava, encontrar um Eric desalinhado, cansado e abalado observando aquela cena com uma expressão de dor tão profunda foi demais para ela, gritou dessa vez dentro do próprio sonho, seu grito de desespero se confundindo com o outro grito poderoso e desesperado.

 

- Saia daqui! – E, dessa vez, ela escutou mais uma frase, antes de acordar. – Vá embora, antes que eu me descontrole e te mate, Eric!

 

Sentou-se na cama, abalada, tremendo, só naquele apartamento que tomava contornos tão assustadores por causa dos pesadelos. Ela sequer conseguia se mexer...

 

Eric também estava aturdido, estava seguindo a garota desde o apartamento de James. Posicionara-se de uma maneira que tinha uma clara visão do quarto dela pela janela, um típico voyeur, no que se tornara, pensava, rindo de si mesmo. Ela tomara algumas pílulas e fora dormir, nada demais, até aí. Então, ela começou a chorar e tremer enquanto dormia. Pesadelos, bem feito pra ela. Sorriu outra vez, com o sofrimento dela. E aquilo durou, não o abalando nenhum pouco.

 

Até aqueles gritos que ela proferiu “Saia daqui!” e “Vá embora, antes que eu me descontrole e te mate, Eric!”... Aquilo era no sonho ou era de verdade para ele? Ela acordou desesperada e ele a observava confuso. Por que Anna sonhava com ele? E, mesmo que sonhasse, ela jamais teria forças para matá-lo! E por que pedir para ele ir embora antes que ela se descontrolasse, se ela obtivesse um poder capaz de subjugá-lo, por que diabos não iria usá-lo?!

 

Ambos fiaram imóveis. Ele, aturdido e pensativo. Ela, abalada e cansada. Até Anna criar coragem. Até Anna pegar o telefone. Até Anna atrapalhar o plano de Amy o convocar o Alpha que partiu prontamente. E foi a vez de Eric sentir algo que não gostou. De, automaticamente, ao ouvir a voz da outra linha do telefone, se incomodar. Segurou toda sua ânsia de invadir aquele apartamento e destroçar todo aquele corpinho frágil com suas mãos. Resistiu a ânsia de invadir aquele apartamento e tomar o corpo dela até que ele ficasse, igualmente, destruído.

 

Eric foi embora, James estaria indo para ali, não queria ver o encontro dos dois. E, no fundo, sabia que haveria segurança para ela quando James chegasse, então não teria problema ir embora. Não gostou de algo em seu ser ter vontade de protegê-la. Não gostou mesmo disso...

 

 

            Amy havia levado o ruivo para um bar bem agradável e aconchegante, afinal, ainda tinha a ordem de seduzi-lo. Estava em sua melhor forma: uma roupa linda e decotada mostrando suas formas de uma maneira não-vulgar, o cabelo preso com alguns fios soltos de maneira sexy, uma maquiagem leve, uma expressão agradável. E não era difícil manter aquela expressão, James era agradável! Um daqueles lobisomens que, provavelmente, tinha o título de alpha não apenas pela força, mas porque eram respeitados. Amy gostava de homens assim, até que seria um prazer seduzi-lo.

 

            No início, foi complicado ficar escapando das perguntas dele sobre a situação toda, mas, visivelmente, ele precisava relaxar, então acabou por deixar o assunto de lado e começou a aproveitar o local e a companhia. Ela estava se oferecendo para ele, não era idiota a ponto de não perceber. A asiática tinha um corpo majestoso, era inegável. James estava começando a cogitar levá-la para cama. Quase não agüentava mais toda aquela situação de dormir com Anna, toda a tensão sexual reprimida. Não tinha nenhum tipo de compromisso com ela, então, não seria traição dormir uma noite com outra mulher. No fundo, achava isso errado, porque a amava, mas seu corpo estava cansado de ser negligenciado.

 

            James também era um mestre na arte da sedução, embora se perguntasse constantemente porque não usava nada do que sabia com Anna. Ambos seduziam-se sutilmente, ali. O assunto principal posto de lado. Só não tinham ido para algum local transar, porque pretendiam curtir a noite.

 

            Quando o telefone tocou, Amy teve vontade de implorar que ele não atendesse, mas permaneceu calada. E ao vê-lo falar no telefone, percebeu que o tinha perdido naquela noite. Uma pena, imaginava que ele seria muito bom de cama. Ele a dispensou com um pedido de desculpas, ele realmente se sentia culpado por ir embora assim e Amy achou aquilo uma graça. Ela queria uma carona? A pantera recusou educadamente e ele pareceu aliviado, ela soltou um longo suspiro quando ele se foi.

 

            Anna estava desesperada no telefonema, como daquela vez do pesadelo. Aquela era uma das muitas vezes que agradecia por dirigir uma moto, nada como ter algo que o permitia chegar rapidamente nos lugares. O porteiro o deixou entrar, Anna já tinha avisado que ele viria. Subiu os lances de escada correndo, preocupado. Ela se atirou nele, assim que a porta do apartamento foi aberta.

 

            Anna precisava senti-lo. Precisava sentir que ele vivia, que não era aquela massa de carne disforme. E ela o desejava, não podia negar. Então, naquele turbilhão de dor, desespero, ciúmes e vontade, ela o envolveu com seus braços e o beijou de maneira intensa. James sequer pensou antes de corresponder, antes de pegá-la no colo, fechar a porta e lavá-la para a cama. A coisa toda foi meio selvagem, pois eles tinham fome um do outro. Não era amor o que faziam, ou queriam. O que desejavam, naquele momento, era puro prazer carnal. As roupas de ambos pelo chão e ele a tomando de maneira tão brusca e ela não se incomodando nenhum pouco. James prometeu a si mesmo que, depois de tudo aquilo, faria tudo de maneira muito mais decente e apropriada, que a levaria ao êxtase. Não que Anna e ele não estivessem aproveitando tudo aquilo.

 

            A garota se perguntava porque não havia feito algo daquele tipo antes, estava sendo maravilhoso, mesmo que pelos motivos errados. Ela se deliciava com cada movimento do outro e sabia que o mesmo acontecia com ele, os gemido e gritos dos dois se confundiam. Por ela, aquele prazer carnal duraria a noite inteira. Porque era quase como se não houvesse consciência ali, só corpo. E tudo que ela realmente não queria era pensar. E tinha conseguido isso, com o bônus de estar sentido algo tão bom. No dia seguinte, resolveria as coisas, pensaria nas conseqüências, por enquanto, só aproveitaria.

 


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Notas finais do capítulo

xDDD



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