Wounded hearts escrita por Rafa


Capítulo 4
Capítulo 4 - Pouco tempo


Notas iniciais do capítulo

Oie

Esta declarado o Hiaus em Wounded Hearts..

BOA LEITURA



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— Rukia —

É incrível como a vida pode mudar tão drasticamente em sete dias, um período tão curto, mas mesmo assim tão significativo.

Sentia como se minha vida naquela casa finalmente tivesse começado.

Meus dias não eram mais tediosos e muito menos silenciosos, Ichigo nunca permitia que fossem, estava sempre a me animar. Já não havia mais aquela insegurança em seu olhar.

Minhas tardes eram alegres. Nesse pouco tempo em que nos conhecíamos já sabíamos tanto em comum que chegava a assustar. É claro que ainda brigávamos, mas isso já era parte da nossa rotina e nossas brigas nunca eram serias.

Corri meus olhos pelo jardim demorando-me na majestosa cerejeira e instantaneamente Byakuya-sama surge em meus pensamentos. Nossa relação também havia mudado muito.

Ele estava mais presente em minha rotina. As refeições já não eram solitárias. Ainda mantínhamos aquela mesma distancia, mas já havíamos evoluído muito a ponto de mantermos um pequeno dialogo agradável.

— Ei Rukia. — Chamou Ichigo. — Olha o que eu achei! — Exclamou acenando para que eu me aproximasse.

Deixei o livro sobre a espreguiçadeira e caminhei até ele deparando-me com a coisa mais linda que eu já havia visto.

— É um coelho. — Disse Ichigo pegando-o nas mãos. — Parece ser um filhote ainda. — Declarou encarando-me.

— Chappy! — Exclamei tomando-o de Ichigo, que me olhava admirado.

— Você vai ficar com ele?! — Indagou recebendo um aceno positivo de minha parte. — Mas e se ele tiver dono? — Perguntou serio.

— Não me importo. — Disse sem nem dar-lhe atenção.

— Tudo bem. Você que sabe.... — Disse como indiferença. — Mas se alguma criança ficar doente por causa da sua infantilidade, não venha resmungar comigo depois... — Disparou dando-me as costas.

— Ei Ichigo. — Chamei vendo-o parar. — Tudo bem. Vou ver o que...

— Tudo bem Rukia. Vamos cuidar dele por enquanto. — Disse interrompendo-me sorrindo logo em seguida, confundindo-me. Ainda não havia acostumado-me com sua bipolaridade.

— Okay. — Respondi entregando o coelho para ele observando seu grande sorriso.

— Rukia....

— Kuchiki-san. — Disse um homem caminhando em nossa direção. Nunca o havia visto em minha vida.

— Boa tarde. — Cumprimentei educadamente o desconhecido.

— Vejo que não eram falsos os boatos sobre sua beleza afinal. — Falou sorrindo amigavelmente.

Senti meu rosto corar instantaneamente, não era muito habituada a receber elogios.

— Obrigada, mas quem é o senhor? — Perguntei sentindo Ichigo tenso ao meu lado.

— Oh que falta de educação a minha! — Exclamou sorrindo. — Aizen Sousuke. Sou sócio de seu marido e marcamos de nos encontrar aqui hoje. — Disse ainda sorrindo.

— Prazer, Aizen-san. — Sorri em resposta.

— Com licença. — Disse Ichigo em um tom baixo deixando-nos a sós.

— Vejo que tem um belo jardim aqui. Minha mulher iria adorar. — Declarou olhando em volta.

— Ficaria feliz em conhece-la. — Falei sorrindo para o homem gentil a minha frente.

— Masaki ficara muito feliz com o convite. — Respondeu.

Ficamos alguns minutos em silencio apenas observando o jardim até ouvimos uma musica quebrar o agradável silencio.

— Desculpe Rukia-san. Terei que atender. — Disse atendendo o celular um pouco afastando. — Aló. Mile. Sim. Estarei ai. — Disse encerrando a ligação rapidamente caminhando em minha direção. — Byakuya esta a minha espera. Foi um prazer te conhecer. — Despedido-se.

— O prazer foi meu, Aizen-san. Estarei esperando a visita de sua esposa. — Disse recebendo um aceno positivo em resposta.

Permaneci ali mais alguns instantes apenas observando aquele jardim que havia se tornado parte de minha vida. Tudo ali me acalmava. Tudo me trazia lembranças.

Ichigo. Byakuya-sama. Tudo ali lembrava os dois de alguma maneira. Ichigo era como o fogo reconfortante do sol, sua presença me alegrava. Já Byakuya-sama era como a brisa fresca do verão, agradável e silenciosa. Sentia-me feliz tendo-os por perto. Mesmo sendo de maneiras diferentes me sentia completa pela primeira vez em minha vida. Irônico, não?

— Ichigo —

Nada em minha vida nunca foi fácil, sempre sentia-me vazio. Sempre pensei que fosse a falta de meus pais, mas agora olhando-a sorrir agarrada ao um pequeno coelho tinha a noção de que não, não era a falta de meus pais e sim a falta de alguém para preencher aquele buraco que havia em mim.

Não sabia o que era essa nova sensação que se apoderava de mim, mas não queria parar de senti-la nunca.

Talvez tudo estivesse indo rápido demais, mas Rukia já havia se tornado a pessoa mais importante em minha vida, será que esse era o amor de irmão? Não sabia responder, mas também não me importava.

— Rukia.... — Fui interrompido por um homem desconhecido que adentrava o jardim sorrindo deixando automaticamente tenso.

Resolvi deixa-los a sós depois de comprovar que ela estaria segura. Não era certo ficar escutando conversas alheias.

Segui para cozinha com o coelho em mãos. Sabia que Rukia amava aqueles animais orelhudos, mas não imaginava que era tanto a ponto de não se importar com mais nada.

O bichinho não parava de se mexer, talvez estivesse com fome. Ande mais rapidamente adentrando a cozinha apressado deparando-me com um homem de inconfundível cabelos azuis que me olhava assustado.

— Ichigo?! —Questionou escandalosamente.

— Yo Grimmjow. — Disse passando por ele a fim de pegar alface para dar ao coelho.

— A quanto tempo, né? — Falou debochadamente.

— É. — Respondi, não estava muito a fim de conversa.

— Oe seu bosta. Fala certo com seu parceiro. — Disse irritado.

— Hm. O que faz aqui? — Perguntei sem olha-lo.

— Sou motorista da família Aizen. — Respondeu ao meu lado. — Isso é um coelho? — Perguntou curioso.

— Não. É um leão. — Respondi lançando-o um olhar desafiador.

— Você é um idiota mesmo. — Resmungou raivoso. — Acho que você devia dar leite, porque ele parece ser filhote ainda. — Disse ainda ao meu lado.

— Hm. Finalmente falou algo que preste. — Disparei vendo-o apertar os punhos. Grimmjow e eu sempre fomos assim, delicados um com o outro desde quando nos conhecemos no orfanato. — E o Ulquiorra? Sabe dele? — Perguntei curioso.

— Aquele idiota ta trabalhando de copeiro na casa de uma família também. Acho que os Ishidas ou algo assim. — Disse encostando-se na parede. — Ukitake-san ajudo a maioria de nos. — Falou sorrindo.

— Verdade. E o Ulquiorra esta gostando de lá? —Perguntei também encostado a parede observando o coelho.

— É complicado dizer. — Respondeu suspirando logo em seguida. — Digamos que ele esteja encrencado. — Sussurrou.

— Por quê? — Questionei.

— Ele esta "apaixonado" pela noiva do Ishida mais novo. — Disse rindo baixo.

— Serio? — Perguntei recebendo um aceno positivo em resposta. — Uau. — Diz vendo Rukia adentrar a cozinha sorrindo.

— Oi. — Disse simplesmente pegando o coelho nos braços.

— Oe nanica. Ele esta comendo ainda. — Disse sangado.

— Desculpe, Morango podre. — Respondeu sínica deixando o orelhudo no chão.

— Morango podre?! — Indagou Grimmjow gargalhando. — Essa foi boa, anã. — Completou recebendo um olhar mortal da pequena mulher em minha frente.

— Anã? — Perguntou raivosa. — Pode me dizer que é você, seu smurf? — Questionou sorrindo cinicamente.

— Smurf?! Quem é você para me chamar assim? — Perguntou fazendo-me revirar os olhos. Ele era tão escandaloso.

— Kuchiki Rukia. — Respondeu de maneira arrogante.

Grimmjow ficou sem fala instantaneamente. Não consegui me conter e gargalhei de sua expressão chocada lembrando a mim mesmo em emu primeiro dia ali.

— Me desculpe, Kuchiki-sama. — Sussurrou pálido.

— Tudo bem. Depois eu venho pegar o Chappy. — Disse deixando-nos a sós.

Grimmjow ainda estava pálido quando enfim foi embora. Não sei, mas poderia dizer que ele e Ulquiorra foram meus únicos amigos no orfanato, eles eram tão estranhos e sozinhos quanto eu, por isso nos entendiamos. Ficava feliz em saber que eles estavam bem.

Observei o pequeno coelho por alguns instantes. Não entendi os motivos de Rukia amar tanto aquele bicho, mas não me importava. A unica coisa que me interessava no momento era vê-la sorrir. Só isso já bastaria para me fazer sorrir também.

— Byakuya —

Observava atentamente a brisa fresca do começo da noite tocar-lhe a face pálida, os lindo olhos violáceos brilhavam admirando a paisagem.

Faziam algumas horas desde que havia chegado para tratar de assunto com Aizen e desde então estávamos ali na varanda apenas observando o jardim degustando um maravilhoso chá.

Rukia não se mostrava mais tão desconfortável em minha presença e isso me deixava feliz. Sentia um calor reconfortante queimar em meu peito.

— A lua esta linda. Não é mesmo, Byakuya-sama? — Perguntou serenamente.

Não sabia o que responder. Não, não sabia se era certo responder, pois minha resposta poderia afasta-la.

Será que ela se assustaria se lhe dissesse que sua beleza, naquela ou qualquer outra noite ofuscava a da lua? Será que ela me afastaria se lhe pedisse um beijo? Não sabia, por isso mantive-me calado. Ainda era muito cedo para qualquer coisa e a presença dela era o que me bastava por enquanto.

— Soube que conheceu Aizen hoje. — Disse quebrando o silencio.

— Sim. Ele é um homem gentil. — Respondeu sorrindo. — Convidei a esposa dele para me visitar algum dia. — Declarou receosa.

— Tudo bem. — Respondi friamente encerrando o assunto mesmo sem querer.

A cada dia sentia aos poucos meu coração curar-se e isso tudo graças a ela que sentava-se ao meu lado.

Tinha consciência de que ela deveria me odiar, afinal ela havia se casado comigo praticamente obrigada, mas não conseguia ver ódio em seus lindos olhos. Só havia inocência ali. Uma inocência quase irreal para uma garota de dezoito anos, mas' estava ali.

Rukia era diferente e isso me deixa feliz de uma maneira quase estranha. Fazia-me contrariar todos meus ideais em relação a mim mesmo em tão pouco tempo. Rukia era ela mesma e apenas com isso havia me conquistado. Não pouparia esforços para vê-la feliz, mesmo que isso me destruísse por dentro.


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Notas finais do capítulo

Então? Comentem por favor..

Obrigada a todos os que favoritaram
Bjos e até a próxima



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