Quem estava na minha frente era um belíssimo ser moreno com uma belíssima samba-canção. E sem camisa. O que me fez ficar corada, olho pros meus pés e percebo que eu estou usando um pijama cujo short é demasiado curto.
– Por quê você ainda tá acordada? - Pergunta Armin.
– Eu que te pergunto. - Rebato.
– Eu tava tomando banho. - Diz. - Eu fui acordado pelo calor.
– Entendi. - Digo. - Eu vim beber água, tive um pesadelo.
– Saquei. Boa noite, então. - Diz sorrindo.
Olho para a escada e percebo que tudo lá embaixo está escuro, um calafrio percorre a minha espinha e eu me arrepio. Admito, eu não tenho coragem de ir lá sozinha, só me resta uma coisa a fazer.
– Armin. - Chamo-o. - B-bem, antes de você ir dormir, será que você pode...é...
– Fala logo. - Ele diz. Éguas, essa doeu lá no coração.
– Você pode vim comigo lá na cozinha? - Pergunto corada.
– Hã? - Pergunta incrédulo. Ok, ele vai me zoar pro resto da vida, mas eu preciso beber água.
– Eu tô com medo de ir lá na cozinha sozinha. - Digo de cabeça baixa, ele solta um riso abafado.
– Me desculpe, é que... - Ele começa a ri baixinho.
– Esquece, Armin. - Digo indo em direção as escadas.
– Ei, espera. - Ele me puxa, fazendo com que nós ficássemos frente a frente. - Me desculpa. É que...
– Tá, agora deixa eu ir beber água. - Falo.
– Eu vou com você. - Ele diz.
– Não precisa.
– Mas, eu quero ir com você. - Insiste.
Reviro os olhos e desço as escadas rapidamente, chego na cozinha e abro a geladeira, pego um copo e me sirvo. Armin me observa e começa a ri.
– O que foi dessa vez? - Pergunto irritada. Luna, ou você se segura ou você joga essa água nele. Eu prefiro jogar água nele, mas não o faço.
– Eu lembrei que você me pediu pra vim beber água porque tava com medo. - Responde. - Isso é coisa de criança.
Ok, eu não aguento mais. Chuto as bolas de Armin e ele cai no chão, eu até fiquei surpresa por ele ter bolas. Ele resmunga.
– Você é um imbecil, Armin. - Digo. - Eu te odeio.
– Você não precisava... - Resmunga.
– Precisava sim. - Interrompo-o. - Eu odeio que tirem uma com a minha cara, ainda mais sobre os meus medos, eu odeio filme de terror e tenho medo desses personagens amedrontadores, algum problema com isso?
Ele fica calado, se levanta ainda resmungando de dor.
– Eu espero que você não faça mais isso comigo e com ninguém. - Digo ainda com muito raiva. Deus, estou quase explodindo. - Você não é tão incrível como eu pensei.
Guardo as coisas na geladeira e subo as escadas tentando não fazer barulho o que dá certo. Entro no quarto e vou até o meu colchão devagar e deito. Fico pensando até dormir.
P.O.V Ana ON.
Maldita insônia, todo mundo já foi dormir e eu ainda tô aqui olhando pro teto, pego o meu celular e vejo que ainda são três horas da manhã. Antes disso, eu vi Luna sair, ela deve estar com diarréia, porque eu nunca vi uma pessoa demorar tanto, ela pode ter ido se pegar com o Lysandre, são tantas hipóteses...
Me deu uma vontade de mijar, fico deitada na cama para ver se passa mas não resolveu. Saio do quarto e vou até o banheiro, a porta tá trancada. Isso só acontece comigo mesmo, se eu mijar nas calças quem vai lavar o pijama vai ser a pessoa que está aí dentro. Um ruivo sai do banheiro, eu o encaro. Tinha que ser ele mesmo.
Entro no banheiro e tranco a porta. Depois de ter liberado aquele líquido amarela de mim, lavo minhas mãos e abro a porta. Castiel está encostado na parede e ao me ver sorri de canto.
– Quer ir no banheiro de novo? - Pergunto. - A diarréia tá pesada, né? Meus pêsames.
– Idiota. - Resmunga.
Ele vem em minha direção e me prensa contra a parede. Encaro seus olhos cinzas sedutores.
– Castiel, me solta. - Digo.
– Não. - Diz me beijando.
Nós começamos a nos beijar ferozmente, até que o ar nos falta e nos separamos. Eu o fito por alguns segundos e depois desvio o olhar. Ele se aproxima de novo e me abraça.
– Boa noite, princesa. - Sussurra no meu ouvido. Coro.
– Boa noite. - Sussurro corada. Ele me dá um selinho.
– Você fica fofa quando cora. - Diz. - Mas, continua tendo cara de pevertida.
– Eu? Você que é. - Rebato. - Fica me agarrando parecendo um desesperado.
– Você gosta. - Fala. - Mas, eu não tenho culpa se você é irresistível.
– Eu não disse que gosto, mas também não disse que não gosto... - Dou um sorriso de canto. - Até daqui a pouco.
– Daqui a pouco? - Pergunta. - Eu acordo umas 10:30 no mínimo.
– São três e meia. - Digo. - Passa rapidinho.
– Com certeza. - Ele ri. - Sonhe comigo, princesa.
– Besta. - Digo.
Ele entra no quarto e eu vou pro meu. Pego meu celular e o ligo fazendo com que eu enxergue algumas das meninas. Rosalya não está ali, bem que ela disse que ia pro quarto do Leigh, seu namorado. Deito no meu colchão e durmo.
P.O.V Luna ON.
Acordo dez horas e percebo que só Armin acordou até agora. Desço as escadas e vou até a cozinha, ele estava tomando café. Eu ainda estava com raiva de Armin, mas mesmo assim desejo a ele um bom dia. Sento do outro lado da mesa e me sirvo. O clima tá muito tenso e quando ele ia falar algo, Kentin chegou e ele ficou calado.
– Bom dia. - Diz Armin.
– Bom dia. - Diz Kentin.
– Bom. - Kentin se senta do meu lado.
– Dormiram bem? - Pergunta Kentin.
– Sim. - Responde Armin.
– Mais ou menos. - Digo. - Tive um pesadelo.
– Meus pêsames. - Diz Kentin.
Rosalya chega na cozinha acompanhada de Leigh. Eles nos cumprimentam e nós os cumprimentamos.
– Gente, eu e Leigh vamos no supermercado. - Diz Rosa. - Para comprar as coisas pro almoço.
– Tudo bem. - Dizemos em uníssono.
– Eu vou para ajudar. - Falo.
– Não precisa. - Rosa sorri.
– Tudo bem. - Aceito.
Eles saem pela porta da frente. Quando terminamos de tomar café, eu lavo toda a louça e quando termino vou para o quarto onde as meninas estão dormindo. Pego um travesseiro e começa a bater em Ana com ele e depois bato nas outras meninas.
– ACORDEM! - Grito. - Nada como uma bela manhã ensolarada.
– Qual a necessidade, cara? - Pergunta Melody indignada.
– Nenhuma. - Digo rindo. - Mas, eu não quero que vocês virem gordas sedentárias.
– Obrigada por me prevenir. - Diz Kim. - Mas, não precisava nos bater com travesseiros.
– Realmente não precisava. - Concordo. - Mas, assim seria muito mais divertidos. Vocês trouxeram biquínis?
– Sim. - Respondem em uníssono.
– Só eu que não trouxe? - Pergunto.
– A Rosalya avisou todo mundo que íamos almoçar aqui. - Diz Violette.
– Aquela idiota não me avisou. - Digo. - Eu vou lá em casa pegar um biquíni.
– Vai com Deus. - Diz Ana. - Vamos voltar a dormir.
– Nem pensem. - Aviso.
Saio do quarto e vou em direção a minha casa. Abro a porta e sou recebida por Laika e Snow. Coloco a ração delas e vou para o meu quarto para pegar meu biquíni. Ao chegar lá,o pego e o visto. Coloco um short jeans e uma blusa e desço novamente. Volto para a casa de Rosalya e percebo que todos estão tomando café.
– Até que enfim, povo. - Digo.
– Bom dia pra você também. - Resmunga Castiel.
– A Rosalya já voltou? - Pergunto.
– Ainda não. - Responde Alexy.
– Ok. - Digo.
Subo para o quarto e fecho a porta. Sento na cama e fico encarando a parede, alguém entra no quarto.
– Luna. - Ana fala se sentando ao meu lado. - O que foi que aconteceu? Você tá estranha.
– Nada... - Respondo.
– Eu não sou idiota. - Fala. - Me explica.
– Ok. - Cedo, porque ela não ia desistir. - Na madrugada, eu acordei por causa de um pesadelo muito terrível, tipo muito mesmo. Então, eu decidir ir beber água e quando eu sai do quarto me deparei com Armin, conversamos e eu fiquei com medo de ir até a cozinha sozinha, então eu pedi pra Armin vim comigo e expliquei porque eu pedi pra ele vim comigo e ele começou a caçoar de mim, por eu ter tido medo.
– Armin é um babaca. Eu achava que ele fosse mais legal.
– É, eu também. - Concordo. - Você também tá diferente, o que aconteceu?
– Bem, eu também acordei durante a noite. - Começa Ana. - E eu me deparei com Castiel, eu fui ao banheiro e quando sai ele ainda estava lá. Ele me prensou contra a parede e eu disse pra ele me soltar, só que ele começou a me beijar e eu não hesitei. Comecei a beijá-lo também.
– E porque você está meio triste? - Pergunto sem entender.
– Porque eu não sei se ele faz isso por gostar de mim ou por brincadeira. - Responde Ana. - Eu não quero sofrer por ninguém, Luna.
– Olha, sempre que ele vier te beijar você deve negar. - Digo. - Assim, ele vai entender que você não está de brincadeira.
– Ótimo. - Diz. - Vai ser assim daqui pra frente.
– Eu também vou parar os meus joguinhos com o Lysandre. - Digo. - Vai que ele não é o que eu penso e eu acabo sofrendo. Ele é muito meigo mas ninguém sabe se isso é só disfarce.
– Pois é. - Concorda a morena.
A porta do quarto se abre.
– Meninas, não fiquem aqui dentro. - Diz Rosalya. - Venham pegar um Sol e brincar.
– Estamos indo, Rosa. - Falamos em uníssono.
– Estou esperando vocês. - Diz e fecha a porta.
– Então, vamos? - Pergunto sorrindo.
– Vamos.
Saímos do quarto e fomos até a cozinha que daria para os fundos da casa. Digo a Ana que siga em frente, pois eu iria pegar o refrigerante para o pessoal.
Abro a geladeira e pego a bebida gelada, coloco-a na bancada e pego um copo para beber água. Depois de beber coloco o copo na pia e me viro. Me deparando com alguém.