P.O.V Luna ON

Acordo sem sono, o que é um milagre de Deus. Pego meu celular e vejo que ainda são 5:30 da manhã, tento dormir mais um pouco mas eu não consigo, me levanto da cama e vou em direção ao banheiro, começo a despir e entro no box, coloco a água morna e fico uns 15 minutos debaixo do chuveiro, depois volto pro quarto pra escolher a roupa na qual eu iria para a escola, decidi ir com uma camiseta preta, uma jaqueta quadriculada roxa na qual estava aberta, um short jeans e um all star preto, já que não estava frio em Mauer. Volto ao banheiro e faço um coque meio desarrumado, porém estiloso.
Desço as escadas e tomo um Nescau e faço um queijo quente, depois que termino lavo minha louça e vou ao meu quarto novamente, escovo meus dentes, pego minha mochila e desço, antes de ir pra escola vou até a geladeira e pego um pirulito, o abro e coloco na boca. Saio de casa e vejo Ana, ela trajava um vestido simples e vermelho, um casaquinho bege e uma sapatilha, seus cabelos escuros estavam soltos, nossos estilos eram parecidos, porque às vezes ela usava um look mais rockeiro e outras vezes menininha, assim como eu.
– Bom dia, moça. - Digo.
– Bom dia. - Ela diz. - Gostei do look.
– Eu também gostei do seu. - Digo.
– Eu estou ansiosa para a festa do pijama. - Diz Ana com um sorriso tímido.
– Eu também. - Digo parando e colocando a mão esquerda na cintura e com a mão direita fazendo sinal de paz e amor, Ana ri.
– Eu percebi, gata. - Fala. - Pode acalmar seus hormônios agora.
– Idiota. - Digo rindo.
Fomos o trajeto todo falando sobre a tal festa do pijama que ia acontecer, quando menos percebemos vimos que chegamos na escola. Fomos até onde estava os nossos amigos e os cumprimentamos, eu senti falta de Armin, ele não estava lá, com certeza deveria estar jogando por aí. O sinal bateu e fomos pra sala, depois de alguns minutos, Armin chega, ele senta do meu lado e foi como se fôssemos desconhecidos, não trocamos nenhuma palavra. O professor chegou e ele estava com uma caixa na mão.
– Turma, vocês vão mudar de lugar. - Diz o professor.
Eu olho para Armin pedindo que ele lesse minha mente que dizia: Eu não quero sair do seu lado. Ele olha pra mim também com o mesmo olhar que o meu e eu volto o meu olhar para o meu professor novamente.
– Bom, vamos começar. - Ana com Castiel, Íris com Rosalya, Violette com Kim, Alexy com Nathaniel, Armin com Lysandre, Kentin com Luna...
– Pelo menos, eu fiquei com uma boa pessoa. - Falo baixinho vendo Armin ir pra cadeira ao lado da de Lysandre, Kentin se senta ao meu lado.
– Oi. - Ele sussurra.
– Oi. - Sussurro.
– Pelo menos, é você. - Diz com o mesmo tom de voz. - Se fosse a Ambre, eu me matava.
– Eu também. - Riu. - Anda jogando muito?
– Olha eu jogo deitado ou sentado. - Diz rindo.
– Oh, idiota. - Digo achando graça do sem-graça trocadilho.(N/A: Porque essa frase tem mais sentido do que qualquer uma. Quando eu a escrevi, eu ri imaginando a cara que vocês fariam.) - É sério, não seja chato.
– Okay, girl. - Diz. - Eu não Tô tão viciado assim, pelo menos não tanto como antes.
– Entendi. - Digo rindo. - Temos que marcar um torneio.
– Falando em torneio. - Diz. - Eu estava falando com Park esses dias e eu descobri que ele, o Bryan e o Alex moram na mesma cidade e que a cidade deles fica a 1:30 daqui.
– Sério? - Pergunto. - Quando eu tiver um tempo livre pode apostar que eu vou lá.
– Senhorita Luna e senhor Kentin, eu vou ter que convidá-los a sair de sala? - Pergunta o professor, todos os olhares se voltam para nós.
– Desculpa, professor. Não se repetirá. - Diz Kentin.
Eu olho pra Armin e ele me olha com um olhar estranho e depois volta o olhar para o professor, ele estava meio estranho hoje. Decidi que na hora do intervalo, eu iria falar com Armin e perguntar o que tinha acontecido e assim o fiz. Quando bateu o horário, eu fui procurar Armin mas não o encontrava em nenhum lugar, até que o avistei no clube de jardinagem o que achei extremamente estranho, sentado e jogando no seu PSP. Fui até ele é me sentei ao seu lado.
– Oi, Armin. - Digo sorrindo.
– Oi. - Ele diz sem tirar os olhos do PSP.
– Tá tudo bem com você? Me parece um pouco estranho. - Digo o fitando.
– Comigo tá tudo ótimo. - Diz.
– Você vai hoje pra festa do pijama na casa do Lys? - Pergunto.
– Infelizmente, sim. - Diz meio frio. - Você vai?
– Sim. - Respondo. Ele ainda não tinha tirado os olhos do PSP. - Você tá meio estranho comigo, o que eu fiz?
– ... - Ele parecia estar com um pouco de raiva é triste. Pela primeira vez, ele tira os olhos do seu game e olha nos meus olhos. - Bem, eu fiquei meio triste por termos sido separados de lugares e você nem estava ligando mais pra mim, só ficava rindo e conversando com Kentin e os outros.
– Armin? - Pergunto.
– O quê?
– Você está com ciúmes? - Pergunto arqueando as sobrancelhas.
– N-não sei. - Diz corado. - A-acho que sim. Achei que você tivesse esquecido da minha existência.
– Ei, eu nunca vou esquecer de você. - Digo sorrindo e o abraçando.
– Eu espero. - Diz me apertando num forte abraço.
Ficamos ali conversando até a hora do intervalo acabar e assim que se encerrou fomos para a sala novamente e tivemos aula de música, geografia, literatura e história. Quando acabou, eu fui até Ana e perguntei se nós iríamos juntas pra casa, ela negou dizendo que ia ficar para praticar um pouco violão. Então, eu fui pra casa sozinha.
P.O.V Ana ON.
Depois que acabou a aula, eu fui até a sala de música que estava vazia e me dirigi até o violão, peguei-o e comecei a tocar e toda vez que eu errava fazia uma nota mental para que quando eu chegasse em casa eu ia praticar mais aquela nota. A porta se abre atrás de mim, mas eu não me viro para ver quem é e continuo tocando.
– Pelo visto, você toca bem. - Eu reconheço essa voz. Era Castiel. - Mas, você não é tão boa como eu.
– Não estamos em uma competição para ver quem é o melhor. - Me viro para ele, mas volto de novo para a antiga posição e continuo tocando.
– Em vez de sol, você deveria entrar com Lá. - Ele diz se aproximando e envolvendo seus braços em torno de mim, pousando suas mãos na minha e me ajudando a tocar direito. Isso me fez corar, mas ele não percebeu. - Assim...
Tento o que ele sugeriu. Falho. Ele pega minhas mão direita e coloca na posição lá, então eu começo a tocar com a esquerda, o som saiu do jeito que eu imaginava.
– Saiu bem melhor assim, não é? - Pergunta.
– Com certeza. - Digo. - Acho que eu já vou.
Levanto e coloco o violão no lugar onde eu havia encontrado-o. Vou em direção à porta, mas Castiel me puxa.
– Ei, você é muito mal-agradecida. - Diz.
– Me desculpe. O-obrigada. - Agradeço.
– Isso não basta. - Diz me puxando mais para si.
Castiel me puxa para um beijo, envolvo meus braços em sua nuca e ele me puxa mais pra si, nossos corpos já estavam colados, mas queríamos nos aproximar cada vez mais. Mas, como sempre acontece, o ar nos faltou e nos separamos.
– B-bem, eu acho que isso basta. - Digo saindo da sala o mais rápido possível.
Saio da escola e chego em casa, mas penso duas vezes e vou para a casa de Luna que se encontrava na frente da minha. Bato na porta.
– Oi, Ana. - Ela diz ainda com a mesma roupa que ela havia ido para a escola.
– Oi, Luna. - Cumprimento-a com um abraço. - Estou atrapalhando?
– Não, eu estou preparando o almoço. - Diz. - Quer almoçar aqui?
– Se não for incomodo. - Digo.
– Entre. - Diz.
Fomos até a cozinha, e eu juntei coragem para falar o que aconteceu comigo e o Castiel pois estava com vergonha.
– Ei, Luna. - Chamo-a. - B-bem, eu estava lá na sala de música praticando e adivinha quem entrou?
– O teu boy magia ruivo? - Pergunta.
– Ele não é meu boy magia.
– Ainda.
– Ainda... - Nós rimos. - Continuando, eu estava fazendo a nota Sol e ele chegou, falou que era melhor eu entrar com Lá, e para demonstrar, ele se aproximou de mim e me ajudou a fazer a nota Lá e depois eu me despedir dele, só que eu havia esquecido de me despedir, então ele disse que eu era mal-agradecida e eu o agradeci, ele disse que não era o bastante e me puxou para si e me beijou.
– Vocês são um casal não assumido. - Diz Luna. - Mas, assumam logo.
– Eu acho que Tô começando a gostar dele, mas eu não vou falar pra ele porque ele pode só estar brincando comigo. - Digo.
– Se ele vier pra cima de você, negue. - supõe. - Mas, e se ele gostar mesmo de você?
– Eu não sei, vou esperar ele dar o primeiro sinal. - Digo.
– Então, tá bom. - Diz. - Qualquer coisa, eu estou aqui. Vamos comer?
– Vamos. - Digo.
Nós almoçamos e ficamos conversando sobre nada em especial, o tempo passou e já estava quase na hora de ir pra casa para me arrumar para a festa do pijama. Me despedi de Luna e fui para casa.
P.O.V Luna On.
Depois que Ana foi embora, eu arrumei as coisas, lavei a louça e fui para o meu quarto, pego uma mochila e coloco o necessário para ir à casa de Lysandre. Era um pouco estranho dormir na casa deles, eu ainda nem o conhecia direito, mas Rosa vai estar lá e vamos ficar em quartos separados.
Pego meu celular e vou para o banheiro e coloco a banheira para encher, enquanto enche eu começo a me despir e quando termino, entro na banheira e relaxo. Pego meu celular e vejo que tem uma mensagem, era da Rosalya.
Mensagem ON.
Rosalya: Hey. Já estou aqui na casa do Leigh, você poderia vim agora?
Luna: Chego aí em 20 minutos.
Rosalya: Mas, eles moram do seu lado.
Luna: Eu estou em uma banheira, ainda vou me arrumar.
Rosalya: Entendi. Então, ok. Obrigada.
Luna: De nada, love.
Mensagem OFF.
Depois de 5 minutos na banheira, eu saio e me enxugo, vou até o closet e coloco um short jeans escuro, uma blusa branca de seda, uma sapatilha amarela e alguns acessórios. Pego a mochila que estava minhas coisas, coloco meu celular dentro da mochila e desço. Coloco a ração de Laika e Snow e saio.
Chego na casa de Leigh e toco a campainha, espero por uns 15 segundos e a porta se abre, me deparo com Lysandre, nos cumprimentamos com dois beijinhos na bochecha e Rosa aparece me abraçando.
– LUNAAAA. - Diz empolgada. - Que bom que você chegou. Preciso de sua ajuda.
– Estou aqui. - Digo rindo.
Ela me puxa até o quarto onde iríamos ficar que me parecia o quarto de visitas. Antes de entrarmos no quarto, nos deparamos com um cara que tinha um estilo parecido com o Lysandre, devia ser o irmão dele, o Leigh.
– Prazer, Leigh. Sou Luna, amiga de Rosalya, Lysandre e Castiel. - O cumprimento com um aperto de mão e dois beijinhos na bochecha.
– Sou Leigh. - Diz. - Então você é a Luna? Seu nome é bem falado por aqui.
Eu coro. Lysandre aparece e ao ouvir o que o irmão diz, cora e entra em algum lugar, deveria ser seu quarto.
– Você deveria ver a sua cara e a do Lysandre. - Diz Rosa rindo. - Eu falo bastante de você e o Lysandre também, mas eu falo mais.
– Rosa, você está deixando Luna envergonhada. - Diz Leigh.
– Oh, me desculpe. Ela sabe que eu estou brincando. - Diz Rosa. - Agora, vamos!
Rosa me puxa para o quarto. Era bonito, tinha uma cama de casal, criados-mudo, penteadeira, guarda-roupa e outras coisas, o estilo era bem antigo porém chique, mas o quarto não tinha banheiro, o banheiro ficava do lado do quarto dos meninos.
– Esse quarto é que vocês vão dormir. - Diz Rosa.
– Vocês? - Pergunto.
– Sim, eu vou ficar aqui até todo mundo dormir e depois vou pro quarto do Leigh. - Diz.
– Tudo bem.
– A primeira coisa que vamos fazer é arrumar os colchões. - Diz Rosa. - São 7 garotas, né?
– Kim, Íris, eu, Ana, Melody, Violette. - Conto. - E você?
– Eu não conto, porque não dormirei nesse quarto. - Avisa Rosa.
– Pois é. - Concordo.
Depois de termos arrumado tudo, vimos que era 18:20 e que 19:00 as meninas chegariam. Rosa havia sumido e eu estava na sala com Castiel e Lysandre assistindo a um filme de terror que Castiel havia pego. Eu não gosto de filmes de terror, são idiotas e eu tenho pesadelos. Mas, eu fiquei ali.
– Lysandre... - Chamo-o meio baixo.
– Oi. - Ele me ouviu.
– Eu estou com sede. - Digo.
– Pode ir lá na cozinha. Está na geladeira. - Diz.
– Obrigada. - Agradeço.
Vou em direção a cozinha e agradeço a Rosalya mentalmente por ter me mostrado cada canto dessa casa. Pego um copo, abro a geladeira e me sirvo. Volto a sala e me sento no sofá, Rosa chega e se senta do meu lado.
– Aonde tu tava, doida? - Pergunto.
– Eu estava tomando banho. - Responde. - Você também deveria.
– Eu também acho. - Digo.
– Vem. - Diz Rosa.
Rosa me levou até o banheiro e me entregou uma toalha e voltou pra sala. Tomo um banho e lavo o cabelo, depois de me enxugar, coloco minhas peças íntimas, um short jeans, uma blusa cinza com o Mickey Mouse no meio e calço minhas havaianas. Vou até o quarto e penteio meus cabelos molhados. Desço e volto a assistir aquele maldito filme de terror. Depois de alguns minutos as meninas chegam e vamos para o quarto.
– Vamos brincar de verdade ou verdade? - Pergunta Rosa. - É que nem verdade ou consequência, só que só vale pergunta.
– Eu não sei se seria uma boa ideia. - Digo.
– Mas, é. - Diz Rosa.
Sentamos no chão e formamos uma roda.
– Eu começo. - Diz Kim. - Violette, você está gostando de algué?
– N-não. - Responde a de cabelos roxos. - Luna, qual o seu bichinho de pelúcia favorito?
– Bem, o meu urso. - Digo. - O Sr. Underwood. Ana, você beijaria o Castiel?
– Olha, sim. - Todo mundo fez um Ahhhhhh, até Violette. - Íris, você já gostou do Castiel?
– Não, ele é só um grande amigo. - Responde Íris. - Kim, o que você acha só Nathaniel?
– Muito certinho e chato. - Fala Kim. - Rosalya, você já beijou o Leigh hoje?
– Claro que já. - Responde. - Ana, qual foi a sua primeira impressão do Castiel?
– Chato e arrogante. - Diz Ana. - Luna, o que você achou de ter dado uns tapas na bunda do Kentin?
– Olha, a bunda dele é carnosa mesmo com aquela calça por cima. - Digo rindo
Nós ficamos brincando de verdade ou verdade até tarde e depois ficamos falando de assuntos aleatórios e rimos demais, fizemos guerra de travesseiro e outras brincadeiras, depois fomos assistir filme de terror, eu neguei mas as meninas me puxaram lá pra baixo, os meninos também estavam lá e nos juntamos a eles, toda vez que eu me assustava eu me agarrava no braço de Armin que estava ao meu lado ou de Lysandre que estava do meu outro lado. Depois que o filme acabou, todos foram dormir, mas aí eu percebi que ainda não estava de pijama e tive que ir me trocar, era um short meio folgado cor da pele e uma blusa branca com borboletas e a gola da mesma cor do short. Eu entro no quarto escuro e deito no meu colchão, eu durmo por um pequeno tempo e acordo por causa de um maldito pesadelo. Decido ir beber água. Abro a porta e vejo que eu não sou a única que não consegue dormir.