Brazilian Horror Story: Campus escrita por Math Green


Capítulo 3
Episódio 3 - Acordos




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– Alunos – ecoou a voz do diretor – bom dia. Sei que estão um pouco perturbados pelos acontecimentos do início do ano. – o som de murmúrios espalhou-se pelo salão – Mas, por favor, atenção. Como diretor desta escola, não se preocupem. Darei meu sangue, se preciso, para que a paz reine nesta instituição e no coração de todos vocês.

1960

– Peço que não fiquem aflitos e acreditem em mim. Qualquer problema pode ser resolvido com união e paciência, e não há nada mais importante que a segurança de meus alunos. Obrigado.

Antônio ajudou enquanto o diretor descia do pequeno palco do salão.

– Foi um belo discurso, senhor. – disse.

– Sim, sim.

– Senhor? – o funcionário abaixou a voz timidamente - A... mercadoria chegou.

– Excelente. Ponha na geladeira e certifique-se que Ruth não irá utilizar na alimentação dos alunos. É um estoque especial para mim. Na hora do almoço estarei lá, certo?

– Estou começando a ficar animado com esses acontecimentos todos – disse Tobias, sorrindo. – Parece um daqueles filmes de terror que as vezes passam na Boa Vista. Você gosta de cinema, Am?

– Você deve ser doido. Tem ideia do perigo que isso representa? Tobias, um professor foi baleado. Na nossa frente. Todos os alunos estão em choque, até alguns professores. Aquela bala poderia ser em você.

– Claro que não. Você não vê? Fonseca é um filho da puta com uma baita história. Ninguém gosta dele nesse colégio, ninguém suporta ele. Deve ter muita gente querendo matar ele. Sinceramente? As vezes até eu quero.

Amanda parecia horrorizada com a ideia de matar alguém.

– Ah, não matar de verdade. É só uma vontade. – ele arrastou a cadeira para mais perto – Enfim, como vai sua relação com a baranga da Aline?

– Eu não tenho uma relação com aquela vadia.

– Ela é muito bonita.

– Eu sei.

– Eu vou dar um jeito nela.

– Você vai fazer o que? – falou ela, com espanto. – Não quero me meter em encrenca por um garoto.

– Não é pelo garoto, há toda uma causa. Eu só vou agarrá-la e assustá-la um pouco para que ela fique confusa. Você dorme no mesmo dormitório que ela, não é? – Amanda confirmou com a cabeça. – Excelente. Escute minha ideia.

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As palavras que Flor havia dito na noite em que se encontraram ecoavam em sua cabeça. “Seu colégio vai virar um inferno” ela disse. Isso não podia acontecer. Uma hora o idiota do Antônio ou algum aluno iria chamar a polícia e suspeitas iriam surgir. Ele não podia ser retirado do cargo de diretor da escola, que ele já ocupava desde que entrou na instituição. Passou por cima de muita gente para voltar a mandar em um pedaço do que já havia sido sua terra. Porém lembrou-se da maldição de Vera em seu ouvido:

“O fígado dos inocentes tem o poder de curá-lo para sempre. Com esse feitiço, não haverá morte, doença ou ferimento que liberte o senhor daqui. Mas saiba que muitas vidas serão perdidas pelo preço da sua, e por isso é preciso um sacrifício”

Permitiu que as lembranças do passado viessem.

1708

Fátima havia engravidado novamente após o incidente. Quando ela deu à luz desta vez, era claro que a criança não era normal. Não aprendia a falar direito, as feições eram deformadas, era repugnante para a Família Fonseca ter um indivíduo assim família. Para piorar a situação, uma doença havia se espalhado pelo engenho, levando escravos e atingindo o Senhor do Engenho. João, com medo de ser levado ao mundo por uma doença “de escravo” e morrer como um igual aos seus submissos, chamou médicos e mais médicos. Não havia cura. Como última alternativa, Fátima, com a bebê a quem chamou de Manuela, no braço, mandou um escravo buscar Vera. A escrava, além de parteira, possuía conhecimento medicinal adquirido de sua terra natal e dos índios, além de entendimento de magia branca e negra.

Entrou no quarto enquanto João tossia sangue e suava frio na cama. Ele tocou sua testa, a mão molhada com o suor do patrão, depois examinou seus olhos, negros como ébano.

– Abra a camisa. – ela disse, um tanto satisfeita em dar as ordens. Enquanto Fátima desabotoava a camisa do marido com a mão livre, Vera permitiu um sorriso. – Parece que o jogo virou, não é mesmo?

– Escrava insolente! – Fátima parou o que estava fazendo para bater em Vera, mas a escrava segurou o pulso da madame antes que a mão assentasse seu rosto.

– A vida do seu marido depende de mim agora, sinhá. Não levante a mão para mim.

Fátima continuou sua tarefa, calada. Levou a mão para cobrir o choque ao ver uma mancha arroxeada que espalhava-se como pele morta pelo tronco do marido, concentrada num ponto perto do umbigo.

– Exatamente o que eu imaginava. Ele vai morrer, talvez hoje. – contraiu os lábios – só há uma forma de curá-lo, e custa muito caro.

– Cure-o e terá sua liberdade. Sua carta de alforria. Por favor. – As palavras saíram firmes, apesar de Fátima não gostar de dizê-las.

– É um preço que vai além da matéria. – soou misteriosa ao dizer. Olhou nos olhos de João quando falou novamente, querendo ver o pavor que se escondia naquele homem - O fígado dos inocentes tem o poder de curá-lo para sempre. Com esse feitiço, não haverá morte, doença ou ferimento que liberte o senhor daqui. Mas saiba que muitas vidas serão perdidas pelo preço da sua, e por isso é preciso um sacrifício.

– Que sacrifício?- ele falou como um suspiro.

– Você trouxe maldição para aqui assim que pisou nessa terra. Espalhou por todos os cantos. A cana é boa, é verdade, e ouro não lhe falta. Mas semeou maldade e sofrimento, e por isso está marcado para ser punido. Marcado bem aí. – ela apontou para a mancha. – Aqui é o fígado. O fígado absorve o veneno que você come, o veneno que você plantou. Plantou sangue de inocente nesta terra e se lambuzou nele, e não há nada mais venenoso que isso.

– Pare de enrolar, escrava. Diga o preço. – Fátima cortou-a.

– Pois bem. Seu fígado está podre, e para isso você precisa comer fígado de inocente. Irei fazer um feitiço, ligando sua vida ao seu fígado. Se alimentado constantemente com o órgão daqueles que não tem mancha alguma de pecado, você poderá viver para sempre. – Nesse momento João arquejou. Imortalidade. A coisa mais cara que um homem que tem tudo poderia querer.

– Inocentes... Como, crianças? – perguntou Fátima.

– A natureza faz frutos de inocência. Os animais são tão puros quanto crianças, e vossa senhoria pode comer fígado de boi para sempre, se for o caso. Mas o primeiro fígado, aquele que irá curá-lo da maldição, tem que vir de seu sangue. – E, com isso, ergueu os olhos para a bebê nos braços de Fátima.

A sinhá gritou como se estivesse parindo, em choque. João, porém, só disse uma palavra:

– Faça.

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Os alunos sentaram-se em círculos para que Petúnia pudesse fazer a introdução de sempre. Eles davam as mãos e faziam uma, com ela dizia, prece de artista.

– Ó Deus, deuses, divindades, soberanos, reis dos céus e da natureza. Estamos reunidos mais uma vez nesta semana para transmitir suas mensagens por meio da inspiração. Pedimos paciência, dons, criatividade, talento e técnica para a aula de hoje. Agradecemos pelo mundo, as plantas, as cores, a natureza e a vida.Que as artes reinem – concluiu.

Geralmente os estudantes não pareciam muito satisfeitos com este momento de “oração” inicial, porém participavam com medo de serem mandados para a diretoria, onde o prof. Fonseca tinha técnicas de punição que pareciam vir de um capataz de um engenho.

– Duplas! – bateu palmas e gritou Petúnia. – Sentem-se de frente para o outro, por favor.

Andou pela sala, verificando as duplas e trocando algumas pessoas. Chegou perto de Tobias, que estava fazendo dupla com Amanda.

– Não, não gosto da sintonia de vocês dois. – olhou pela sala procurando alguém.

– Mas... – começou Amanda, porém foi cortada pela professora.

– Aline, querida? – Amanda estremeceu com o som do nome da colega. Aline estava, obviamente, fazendo dupla com o seu namorado gostoso. Olhou em direção á professora e ficou de pé. – Por favor, faça dupla com Tobias. Acho que vão se dar super bem. Amanda, querida, Lucas vai ficar em perfeita sintonia com você. Fique à vontade para fazer com ele.

Amanda andou em direção à Lucas, enquanto Aline vinha em sua direção. Segurou seu braço, enterrando as unhas compridas e pintadas.

– Não fique tão à vontade assim pra fazer com ele, entendeu? – lançou-lhe um olhar fulminante.

– Não sou você.

Sentou-se na frente de Lucas, olhando para seus olhos castanhos e cabelos dourados. Ele sorriu, as covinhas aparecendo.

– Oi.

– Oi – ela disse, um pouco baixo.

– Eu sei que minha namorada não gosta você, mas não precisa ficar tensa.

– Tá bom. – ela mordiscou o lábio, numa talvez tentativa de parecer sensual.

– A tarefa de hoje é desenhar o colega. – disse Petúnia - Sim, pode ser difícil, mas confio no talento de vocês e nas imagens surrealistas que representam. Fiquem à vontade.

Do outro lado da sala, Aline e Tobias conversavam. Tobias havia mudado um pouco a postura e puxava assunto.

– Te desenhar vai ser difícil. Afinal, você é uma obra de arte.

– Eu sei. – ela disse, sorrindo - O que você não faria com um corpo assim, não é?

– Você não faz ideia do que eu faria com esse seu corpo. – ele disse, soando cafajeste.

– Ah, por favor, Tobias. Todo mundo aqui sabe que você é uma frutinha.

Ele segurou o pulso dela com uma leve intensidade.

– Não é sobre ser frutinha, Aline. Você não sabe a nova moda? Pra quer provar de um, se tem de tanto pra ser provado? - os olhos dela brilharam com a ideia – É sobre aproveitar de tudo que é jeito. Há muitas formas de ter prazer, e porque não todas? Até parece que você nunca beijou uma dessas suas amigas.

– Só se eu estivesse muito bêbada.

– Eu queria estar muito bêbado agora. – ele sorriu enquanto rabiscava, desenhando Aline preenchida de sensualidade. O lápis voava enquanto ele observava os lábios carnudos, o caimento dos cabelos, a leve abertura na blusa e o sombreamento que os seios formavam.

– No momento. – Ela quebrou o silêncio – estou muito satisfeita com o meu namorado. Mas se um dia eu quiser algo diferente, eu irei te procurar para algumas ideias.

– Eu tenho muitas ideias. – ele sorriu e tocou em sua mão. Se Lucas visse esse momento agora, ela ao menos poderia dizer que Tobias era gay - O seu namorado é lindo, e me deixa com muito... calor.

– Ele também me deixa assim. Ele tem um corpo magnífico, mas – percorreu o corpo esguio de Tobias, com os braços fortes e a mandíbula forte, os ombros largos - o seu também não é nada mau.

– Tive uma ideia bem agora. Que tal nos divertirmos... juntos?

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Fernanda saiu da sala de aula, os saltos estalando pelo corredor. Ficou sentada ainda um tempo enquanto os alunos saiam, corrigindo as atividades do dia. Enquanto isso, Vera, o espírito de uma negra que havia morrido ali naquela região, a acompanhava. Desde que entrara no colégio, parecia que a fantasma era a única amiga que ela tinha.

– Você tem que matá-lo, Fernanda. – disse Vera, a pronuncia antiquada.

– Eu não posso matar pessoas. Não faço esse tipo de gente.

– Você é pura, inocente e virgem. É do tipo que ele gosta.

– Ele quer me deflorar? – disse, horrorizada. – Ele é o diretor, ele não faria isso.

– Não é isso que ele quer. – Vera tocou o ombro dela e ambas pararam no corredor. – Escute. Conheces a lenda do papa-figo?

– Sim, claro, todo mundo conhece. Um homem com um saco que anda pelas ruas em busca de crianças para comer seus fígados.

– É, não é bem assim. – ela suspirou, como se buscasse palavras. – Eu... Vem vindo alguém!

Era Marcelo, o professor com cara de maníaco. Ele parou e sorriu ao vê-la.

– Ora, ora, se não é Fernanda. – ela contraiu o lábio quando ele passou a mão por seu rosto e em seus cachos loiros – ainda querendo me matar?

– Eu não quero te matar. Por favor, não toque em mim. Estou com pressa. – Começou a andar, mas ele pegou-a pelo braço e arrastou-a até uma sala de aula vazia.

– Sempre gostei do seu tipo, a difícil. E ainda toda santa. Isso no seu pescoço é um escapulário? – ele tocou a joia com o dedo e arrastou até o decote, segurando-a com o outro braço. – Deus não protege uma pecadora como você. Eu sei que você está doida para arrancar esse vestido.

– Não, não. Você está me entendendo errado. Por favor, me solte. – Ele a arrastou até o birô da sala, prendendo-a com seu corpo. – Por favor. Socorro!

Gritou por ajuda, mas só quem veio foi Vera. Marcelo pressionou sua boca contra a de Fernanda ferozmente, e mordeu-a quando ela tentou desviar ele mordeu seu lábio. A essa altura lágrimas já rolavam por seu rosto, mas o homem parecia não se importar, ou pior, parecia ficar ainda mais excitado.

– A faca! – gritou Vera – na sua bolsa.

Fernanda conseguiu colocar a mão por dentro da bolsa e encontrou o cabo gelado da faca que havia colocado ali de manhã, por insistência de Vera. Puxou-a e empurrou com toda a força que pôde em direção ao agressor.

No mesmo momento, Marcelo recuou, sangue se espalhando pela camisa. Seus joelhos enfraqueceram e ele caiu no chão. Sangue começou a escorrer pelos cantos de sua boca, mas ele ainda estava vivo. Fernanda, horrorizada com o que foi obrigada a fazer, ajoelhou-se desgostosa e olhou para o outrora colega de trabalho. Ele sorriu, cafajeste e monstruoso como era.

– Gosto do seu tipo – e essas foram suas últimas palavras.

– Meu Deus, Meu Deus – Fernanda estava agarrada ao corpo enquanto chorava. – O que eu faço com isso, Vera?

– Jogue pela janela. O corpo vai ser encontrado e ninguém saberá o que foi. Jogue a faca junto.

– Eles vão descobrir que fui eu, sei que vão.

– Não se você não deixá-los saber.

Fernanda concordou com a cabeça, enxugando as lágrimas. Com esforço, arrastou o corpo até a janela, esperando que o faxineiro que viesse limpar a sala mais tarde não se importasse com o rastro de sangue manchando o piso.

O corpo fez um barulho horrível ao atingir o chão – uma queda de talvez 4 metros do primeiro andar até o térreo.

– Pois bem, esse foi só o primeiro. Você ainda tem que matar João da Fonseca, antes que ele mate você.

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Jéssica estava aflita enquanto saia do colégio para se encontrar com o contrabandista. Não poderia ser vista por ninguém, pois qualquer suspeita cairia nela, e tudo que não queria era ser incriminada.

– Onde está a mercadoria? – perguntou ao homem.

– Senhora, o pagamento primeiro. – ele disse calmamente.

– Tudo bem. – aflita, tirou da bolsa a quantidade de cruzeiros que não pretendia gastar, mas que sem dúvida valeria a pena. O homem pego o dinheiro e lhe deu um pacote de papelão enrolando um objeto pesado. Ele correu e entrou num carro, que imediatamente partiu com velocidade.

Abriu o pacote e jogou na beira do lago. Pegou o objeto precioso, que ajustou perfeitamente em sua mão. Aliviada, ela se sentiu, por agora estar armada.

– Um bebê se vai – ela sussurrou com o revolver encostado no rosto – é hora de um novo bebê.

De repente, ouviu um assovio, alto e contínuo. Soube que não se tratava de um pássaro ou cigarra, era algo muito mais místico que se escondia por trás da natureza. Saiu dali, pois com certeza não queria se encontrar com a fonte do som.

Caminhou apoiando-se no muro de tijolos aparentes na escola, o revólver na bolsa. Sentiu um cheiro forte, e algumas moscas circundavam. Viu de longe um corpo jogado, e levantou a mão na boca, surpresa.

– O professor Marccelo! Ai Meu Deus, Meu Deus! – viu a faca que estava jogada num lado do corpo, que estava todo esparramado pelo chão, como se tivesse sido jogado da janela do primeiro andar. Um ferimento na barriga estava aberto, onde os corvos comiam a carne. Não conteve uma risada. – Já estava na hora desse desgraçado morrer. Não duvido nada, se jogou pela janela. – E correu para avisar à direção da escola.

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Aline segurava o bilhete de Tobias, já um pouco amassado, na frente dos vestiários da quadra poliesportiva. Eles haviam combinado de se encontrarem ali, para fazerem uma das “ideias” dele. Prometera levar uma amiga, e tinha certeza que ia gostar.

Da entrada da quadra, ela viu Amanda chegando. Ela caminhava descontraída, os cabelos lisos fluindo com o movimento, os braços soltos ao lado do corpo.

A garota chegou perto mostrando as mãos e sorrindo. Ela falou:

– Não vim aqui para brigar. Vim me encontrar com você. E com Tobias.

– Você? Você é a amiga dele? Mas tudo o que você é e... – Amanda botou a mão na boca de Aline e sussurrou ao seu ouvido:
– Aí é que você se engana. – Puxou-a para perto e a beijou. Com força, com vontade e paixão. Aline retribuiu o beijo, segurando nos ombros da colega e puxando-a para perto.

Amanda desceu a boca para o pescoço de Aline, enquanto massageava seus seios. Aline arfou. Havia algo de muito mais excitante em fazer aquilo com Amanda, e não com Lucas. Se separaram e Amanda pegou-a pela mão, puxando-a para o banheiro.

Tobias já estava lá dentro, coisa que Aline não sabia. Ele beijou Amanda e depois a beijou, os lábios ferozes desbravando sua boca enquanto ela suava. Com as mãos, ele abriu a blusa de botão que ela vestia, e Amanda retirou seu sutiã, por trás dela. Colocou a cabeça na orelha esquerda dela, lambeu-a e disse:

– Este será o nosso acordo de paz.

Então, Aline sentou-se bruscamente na cama. O quarto ainda estava escuro, a luz da lua entrando pela janela. Estava suando, arfando, surpresa com o sonho, mas... entretida. Olhou para a cama de Amanda, onde ela dormia com a boca levemente aberta, e não deixou de lembrar dos beijos ardentes do sonho.

Olhou para baixo e sentiu um calafrio percorrer sua espinha ao ver que a pele exposta da barriga e da virilha estava toda arranhada, apesar de suas unhas estarem muito bem cortadas. Seus braços também estavam arranhados, e sentia um ardor no peito indicando que talvez estivesse arranhada ali também. Correu para o banheiro e gritou silenciosamente ao ver que os traços na clavícula formavam uma palavra.

Manu.


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