Pov Maxon

É claro que eu mandei procurarem America, saber onde ela estava. Desde que Silvia nos falou que ela e toda sua família tinham sumido eu havia enlouquecido. Passei a dormir mal sempre pensando nela, até cheguei a enfrentar meu pai achando que ele tinha feito algo a eles já que ele nunca escondeu que não gostava dela, mas ele garantiu que não tinha feito nada e eu podia jurar que ele estava falando a verdade, pois via em seus olhos que ele também estava intrigado com seu sumiço. Depois de quase um mês procurando por ela e sua família, perguntando para vizinhos e no final nenhuma resposta, a única coisa que conseguimos foi a família do Aspen que nos disse que eles haviam se despedido e falaram que não iriam voltar para Illéa.

Eu queria acompanhar as buscas por ela, mas estava sempre preso no escritório com meu pai e os conselheiros, as coisas estavam indo de mal a pior, os ataques rebeldes estavam mais frequentes, o povo estava começando a se rebelar, e meu pai por incrível que pareça estava pedindo minha opinião, pois nem ele sabia o que fazer, mas é claro que ele não estava admitindo isso, quando eu perguntei porque ele estava pedindo minha opinião ele simplesmente disse que estava na hora de eu tomar uma atitude já que eu iria assumir em breve. A cada ataque que tinha eles deixavam uma nota intrigante, minha mãe e meu pai ficavam pensativos, eu intrigado e Kriss nervosa, nunca entendi seu nervosismo até que no último ataque encontrei uma nota que esclareceu tudo e me deixou muito, muito nervoso.

Apesar de ela ser uma de nós, você não deveria te – la escolhido,

Apesar de ela ter ido por nós, ela não nos defende mais,

Ela não deveria ter sido a escolhida, e sim ela, a que nos representava a que lutava por nós.

Ass.: Sul e Norte

Olhei para Kriss que estava assustada ao meu lado, por sorte meus pais não viram o bilhete dessa vez.

– Vamos para o seu quarto. Precisamos conversar, você tem algo para me explicar – Eu disse de forma fria e vi que ela tinha começado a chorar. Andamos em silencio até o quarto da princesa e quando chegamos tranquei a porta – Certo explique o que está dizendo aqui! Você é uma rebelde?

– Ma...Max...Maxon, eu...eu...eu – Ela tentava dizer chorando e gaguejava, ela respirou fundo e continuou – Sim eu era, eu entrei aqui para representa – los, com o único objetivo de conquistar a coroa, mas...

– Então você não me amava como dizia? Muito bem Kriss, em matéria de atriz você superou a Celeste, conseguiu seu objetivo não foi? – Eu perguntei a ela de forma agressiva interrompendo sua fala.

– Não Maxon, eu me apaixonei por você, eu não menti, sim eu era uma rebelde nortista, mas ai eu me apaixonei de verdade por você, por favor me perdoa, eu não... eu fiquei com medo de te contar – Ela disse voltando a chorar e se aproximando de mim.

– Chega! Eu preciso pensar, não posso fazer nada com você, não posso te mandar embora, não estamos mais na Seleção, infelizmente, estou muito decepcionado com você Kriss – Eu disse e ela começou a chorar mais, ainda ficava nervoso com choro de mulheres, mas não agora, não com o choro dela. Sai pisando firme e batendo a porta, fui direto para meu quarto, precisava pensar. O que eu faria? Se mostrasse para meu pai ele era capaz de matar Kriss e eu apesar de estar com raiva dela não queria isso, se mostrasse a minha mãe ela ficaria extremamente decepcionada e eu não queria isso, ela merecia ter uma filha e se eu contasse a ela sobre quem Kriss é ou foi ela surtaria. Resolvi não mostrar a ninguém, mas deixei bem claro para minha noiva que ela havia perdido minha confiança e que se sentisse algo por mim deveria conquista – la de novo. Isso me fez lembrar de America quando ela apresentou o projeto das castas e eu disse que ela precisava recuperar a minha confiança.

America, onde estava ela?

No dia seguinte, resolvi procurar ele, com certeza ele deveria saber onde ela estava, me repreendi mentalmente por não ter procurado ele antes. Cheguei à ala dos soldados e me dirigir ao comandante.

– Alteza. O que deseja? – Perguntou o comandante Brás fazendo uma reverência.

– Preciso falar com o Diretor Leger, comandante.

– Sinto muito alteza, mas o Diretor Leger pediu demissão há dois dias.

– Como assim? – Perguntei chocado – Ele disse para onde estava indo, ou o porquê de pedir demissão?

– Não alteza, ele apenas disse que estava cansado de trabalhar no palácio, o que achei estranho ele sempre dizia que gostava disso, da adrenalina, não disse para onde ia, mas talvez ele tenha voltado para Carolina, onde ele morava.

– Tudo bem comandante, obrigado.

– Ao seu dispor, alteza.

– Ah e comandante, você poderia entrar em contato com a família dele? Preciso muito falar com ele.

– Claro imediatamente, alteza.

Ele tinha sumido, achei muito estranho, realmente eu sabia que ele gostava de trabalhar como soldado, ele tinha se destacado bastante nos treinamentos e em ação, estava pensando em promover ele, e agora ele some. Primeiro America, depois Aspen. Mas eu falaria com ele depois. Agora eu tinha que me encontrar com Kriss, meu pai estava me pressionando para passar mais tempo com ela, inclusive me liberando de reuniões, acho que ele percebeu que estávamos distantes. Kriss e eu só falávamos o necessário, eu ainda estava chateado com ela, e como meus pais não sabiam o que tinha acontecido, eles achavam estranho. Iriamos cavalgar hoje, pedi para ela me esperar nos estábulos.

– Oi Kriss.

– Oi Maxon! Como está? Demorou – Ela sempre sorria animada para mim e perguntava sem parar.

– Bem sim, apenas tive que resolver algumas coisas e você?

– Estou bem – Ela disse e fomos escolher os cavalos, peguei o meu de sempre, cor de chocolate e bem veloz, ela por sua vez optou por uma égua branca. Começamos a cavalgar lado a lado em silencio até que ela resolver falar algo.

– Eu já estou cansada disso Maxon! Quantas vezes tenho que pedir desculpas? Eu sei que errei, mas poxa vai continuar me tratando assim? Nós vamos nos casar! Sei que só estar se encontrando comigo porque seu pai pede você não me ajuda nos preparativos do NOSSO casamento, mal fala comigo nas refeições, me fala o que eu tenho que fazer?

– Olha Kriss, eu ainda estou chateado, mas você está certa, querendo eu ou não nós vamos nos casar, podemos mudar de assunto? – Eu disse e ela pareceu chocada com minhas palavras eu não entendi até perceber que eu disse que eu não queria casar com ela, mas bom agora já tinha falado.

– Eu queria te perguntar uma coisa... – Ela começou com a voz um pouco embargada. Que ótimo! Havia a feito chorar de novo. Meu casamento seria sempre assim? Eu a faria chorar toda vez? Que merda de vida eu me meti.

– Pode sim, o que deseja querida? – Disse mais suavemente, tentando controlar minha frustação.

– Bom, sua mãe me falou que normalmente as princesas tem de quatro a seis criadas e mais três damas de companhia. Eu queria ficar com minhas antigas criadas da Seleção e queria as que foram da America também, elas são tão talentosas e sua mãe falou que escolheria minhas damas de companhia.

– Tudo bem, como você quiser querida.

– Mas ai está o problema, eu fui procurar as antigas criadas dela e elas não estavam mais no palácio, descobri que elas pediram demissão há dois dias, a chefe das criadas me informou que elas não disseram para onde iam, mas que o pai de uma delas, acho que Lucy foi também, você sabe por que elas pediram demissão? – Ela me perguntou e eu olhei chocado, primeiro Aspen, agora as criadas da America também?

– Eu não sei querida, mas assim que voltarmos vou procurar saber o que houve, enquanto isso escolha outras criadas – Eu disse tentando não demonstrar o quanto aquilo me abalou.

– Tudo bem obrigada! Você é o melhor noivo que alguém podia querer. Eu te amo.

– Obrigada querida, também amo você – Disse sem nenhuma convicção, eu amava Kriss, mas era um amor de amigo, não aquele amor que eu ainda nutria por America. Continuamos cavalgando mais um pouco e ela começou a falar que nossas fantasias para o baile de comemoração ao noivado de Nicoletta estavam quase prontas e que estavam fantásticas.

Quando voltamos fui saber o que tinha acontecido com as criadas de America e a chefe das criadas me deu a mesma resposta que o chefe da segurança deu sobre Aspen.

– Não Alteza, elas apenas disseram que estavam cansadas de trabalhar no palácio, não disseram para onde iam, e elas também foram acompanhadas de uma das cozinheiras e o marido dela que trabalhava nos estábulos – Ela disse e eu arregalei os olhos, Marlee e Carter também foram embora e sem se despedir? Tinha alguma coisa muito estranha nessa história e eu ia descobrir o que era, mas antes de eu sair a chefe das criadas, acho que seu nome era Brinne, me entregou uma carta.

– A cozinheira que foi embora pediu que lhe entregasse alteza, desculpe não ter entregado antes, mas as coisas estão uma correria e teve todos aqueles ataques que acabei esquecendo.

– Tudo bem Brinne – Eu disse pegando a carta e me retirando para meu escritório, quando cheguei lá abri a carta e li.

Maxon,

Com certeza vai achar estranho nosso sumiço, sei que foi meio repentino, mas não havia tempo para explicar, sei também que se está lendo essa carta também sabe que Lucy, Mary e Anne as criadas de America também não estão mais no palácio, assim como Aspen.

Queria agradecer pelo que fez por mim e Carter, por nos ter ajudado, obrigada. Mas não posso dizer que não fiquei magoada por não ter escolhido a America, você deveria te – la ouvido.

Se isso te faz melhor, estamos todos bem e juntos assim como nossas famílias, não vou te dizer para onde fomos, pois você irá descobrir em breve. Seja feliz Maxon.

Marlee

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Depois de ler a carta de Marlee eu só fiquei mais ansioso, que mistério todo era aquele? Todo mundo tinha sumido, do nada e sem dar nenhuma informação. Pedi para fazerem buscas pela família deles, mas não tínhamos notícias de ninguém, aquilo estava muito estranho, até meus pais estavam intrigados.

Finalmente chegou o dia da tão esperada viajem para a Itália, no dia anterior meu pai havia convocado uma reunião de família para discutirmos o que faríamos lá.

Flashback on

– Bom chamei vocês aqui porque como sabem amanhã vamos para a Itália e mais do que nunca precisamos de uma aliança com eles e principalmente tentar uma aliança com a Inglaterra, eles são muito poderosos, mas é praticamente impossível conseguir uma aliança com eles. Por isso quero que vocês, principalmente Maxon e Kriss façam amizade com Nicoletta e o noivo dela e também com o príncipe da Inglaterra e soube que ele ficou noivo, então com a noiva dele também, é de suma importância que consigamos o apoio deles, pois temo que os rebeldes queiram guerra e apenas com nosso exército não vamos conseguir vence – los se isso realmente virar uma guerra.

– Se o senhor os ouvisse não teria uma – Eu disse rispidamente, já estava cansado do meu pai ignorar o que os rebeldes queriam.

– Olhe como fala comigo Maxon eu ainda sou o Rei e sei o que é melhor para o reino.

– Sabe o que é melhor para você isso sim.

– Escuta aqui Maxon... – Meu pai ia dizer já visivelmente nervoso se levantando e com as mãos em punhos, mas minha mãe o impediu colocando as mãos em seus ombros e me olhando com uma olhar de advertência enquanto Kriss permanecia imóvel e calada.

– Tudo bem, vamos fazer como achar melhor querido, agora podem se retirar vocês dois.

Flashback off

Agora estamos aqui no jatinho real indo para a Itália, na verdade era para nós irmos apenas amanhã, mas meu pai ligou para o Rei Lorenzo e resolveu adiantar a viagem. Kriss está do meu lado, com a cabeça em meu ombro dormindo e eu estou tentando ler um livro, meus pais estão na parte de trás conversando.

A viajem foi longa, mas finalmente chegamos, carros pretos nos levaram do aeroporto para o palácio Italiano que era definitivamente muito maior do que o nosso. Fomos recebidos pelo Rei e a Rainha, Nicoletta e seu noivo, meu pai começou a bajulação de sempre e minha mãe falou com todos docemente. Nicoletta cumprimentou meus pais e Kriss e quando chegou a minha vez ela me deu um abraço e sussurrou

– Pronto para ver o que perdeu? – Olhei para ela confuso, mas ela simplesmente deu um sorrisinho e foi para junto de seu noivo.

– Perdoe – nos, mas também estamos esperando a Família Real Britânica, como vocês adiantaram a chegada não preparamos uma recepção tão grande – Disse o Rei Lorenzo.

– Não se preocupe Lorenzo, esperaremos aqui com vocês – Meu pai disse sorrindo e pude ver Nicoletta dra um discreto sorriso, assim como Victor, a Rainha e o Rei.

Finalmente avistamos limusines luxuosas parando na entrada do castelo, quem saiu primeiro foram o Rei William e a Rainha Isabel, eu me lembrava deles e no outro carro a pequena princesa Isabella saiu primeiro, sendo seguida de seu irmão, príncipe Nicholas que se virou e ajudou alguém a sair do carro, provavelmente sua noiva, mas quando finalmente pude ve – la eu arfei não podia ser, muitas mulheres podiam ter cabelos ruivos não é, e olhos azuis, não pude acreditar.

– America?