A Estranha escrita por Bi, Thamy


Capítulo 3
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeey, como estão? Espero que bem, então eu e a Thamy estamos muuuito felizes pelos comentários de vocês é muito importante pra gente saber que estão gostando, então sem mais delongas o capitulo fresquinho pra vocês...



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~ Naquele dia mais tarde ~

Narrado por Violetta

Tamborilei minhas unhas curtas no balcão da loja. O relógio marcava oito e meia. Em meia hora, eu estaria livre. Mas até lá, ainda tinha que trabalhar.
A porta de vidro se abriu e uma moça elegante de meia idade entrou, indo até a sessão de perfumes. Camila (uma "amiga" minha que trabalha com a mamãe) me cutucou e disse:

– Sua vez. A cliente é sua. - Dei de ombros e saí de trás do balcão, puxando as pontas do meu cabelo para reforçar o rabo de cavalo. Caminhei até a moça e sorri, dizendo:

– A senhora precisa de alguma ajuda? - A mulher colocou a mão no queixo meio pensativa e respondeu:

– Na verdade, sim. Estou procurando um perfume para a minha filha, mas não sei o que moças da idade dela gostam.

– E que idade ela tem? – perguntei. A mulher me analisou clinicamente.

– A sua, provavelmente. - Assenti e puxei um saco de amostras.

– Que tal com aroma de limão? Muitas meninas gostam... - A mulher cheirou e fez uma cara péssima.

– Esse aroma me dá uma terrível dor de cabeça. - O mais legal é que esse é o perfume que costumo usar. Fiz uma nota mental para trocar de perfume. Já falam muitas coisas ruins sobre mim. Eu não queria que fedida fosse acrescentando à lista.

– E uva verde? – perguntei. – Vende bastante. - Ela cheirou e o seu rosto assumiu uma expressão indecifrável.

– Não achei ruim, mas não acho que combine com a Francesca. - Quando ela pronunciou o nome da filha, um arrepio me subiu à espinha e comecei a achar o rosto daquela mulher muito familiar. Familiar demais. É claro que era ela. Afinal, essa droga de lugar tinha sete mil habitantes. Ela era a única merda de “Francesca” da cidade inteira. Eu devia saber.

– Querida, você está bem? Parece pálida – perguntou a mulher, segurando calmamente o meu braço. Sacudi o rosto como se quisesse afastar pensamentos ruins de minha cabeça.

– Estou ótima – respondi. – A senhora já pensou em morango com champanhe? É afrodisíaco – comentei, sorrindo. A mulher me lançou um olhar repreensivo.

– Não acho adequado mocinhas de dezesseis anos usarem perfumes afrodisíacos.

– Ah, mamãe. Não estamos falando de qualquer mocinha de dezesseis anos. Estamos falando de Violetta V.V. – disse uma voz maldosamente conhecida atrás de mim e da moça. Francesca Reys, chefe da equipe principal de torcedoras da escola, loira, maligna e o meu pesadelo, entrando na loja.

Olhei para ela com vontade de voar em seu pescoço. Esta apenas sorriu.

– O que você faz aqui, V.V.? – disse Francesca, postando-se ao lado da mãe.

– Eu trabalho aqui – respondi, sem conseguir evitar a raiva na voz. – A loja é da minha mãe.

– Bom saber – disse ela. – Vou comprar aqui sempre para ajudar a sua família a sair da pobreza. Mordi o lábio, odiando aquela droga de política da loja que diz que o cliente tem sempre razão. É. Sempre razão... Mesmo que ele seja a vaca maldita que a atormenta desde a sétima série com apelidos escrotos.

– Não somos pobres – rebati com raiva. – Só porque não tenho um carro esporte para cada dia da semana, não significa que a minha família é pobre. - Ela apenas sorriu maligna, de novo.

– Tanto faz, Violetta V.V. Vá logo buscar o meu perfume de morango e quem sabe não lhe dou uma boa gorjeta? - Controlando todo meu ódio, puxei a escada para subir e procurar o maldito perfume. Então ouvi a mãe de Claire perguntar inocentemente:

– O que é “V.V.”, Francesca? - Ela gargalhou.

– Ora, mamãe. Vadia virgem. O que mais seria? - Ótimo. Realmente excelente. Até a mãe dessa desgraçada conhece o apelido que ela me deu.

– Francesca! – exclamou a mãe dela surpresa. – Não fale assim das pessoas! Que falta de educação. Nunca vi você se referir a ninguém dessa maneira. - Talvez a senhora devesse passar um tempo na Ambler High só para ver quantas vezes por dia sua filha se refere às pessoas dessa maneira, senhora Reys.

– Tudo bem, senhora Reys – exclamei, fazendo força para sorrir. – Não tem problema.

– É, mamãe. A Violetta já se acostumou – disse Francesca. Sorri um sorriso do tipo “abra novamente a sua boca de vadia e vou matá-la”, mas isso não intimidou a menina. Ela continuou sorrindo maldosa.

– Vamos levar o de morango – disse a senhora Reys.

– Vinte e sete e cinquenta – anunciei, embalando o produto e o entregando a Francesca. Ela me entregou trinta dólares em dinheiro e sorriu.

– Pode ficar com o troco, V.V. Vejo você na escola. - A garota piscou maldosa e saiu com a mãe atrás lhe perguntando o porquê do meu apelido ser esse. Suspirei e andei até onde Cami estava.

– Ela é tão hipócrita. - Comentou a ruiva rindo em seguida, eu a acompanhei. Antes de consegui responder o sininho da loja soou novamente me fazendo revirar os olhos e torcer para que não fosse novamente a Francesca, mas me surpreendi ao vê quem era.

– Oi meninas. - Disse ele sorrindo abertamente, retribuímos o sorriso.

– O que faz aqui Leon? - Perguntei o olhando de cima a baixo, ele estava de calça jeans preta, all star também e uma blusa azul mar, e por fim para destacar a famosa jaqueta também jeans.

– Vim te buscar oras. - Respondeu fazendo uma careta engraçada.

– Eu não po.. - Mais uma vez fui interrompida, qual é não iam me deixar falar hoje?

– Ela pode Leon, leva ela pra passear vai. - Disse Camila me empurrando pra fora da loja. - Divirtam-se - Falou em tom malicioso o que me fez rir.

– Então meu bad boy preferido onde vamos? - Perguntei depois de entrar em sua Hilux preta.

– "Meu bad boy preferido", saiba de uma coisa baby, você só pode ter um e pode ser apenas de uma pessoa, e você é minha ouviu? - Respondeu ele me olhando de um jeito er.. Estranho . E nós iremos para o lugar de sempre - Sorriu de lado, um sorriso lindo. Eu estaria contando uma grande mentira se dissesse que Leon é um cara feio, pelo contrario ele é muito bonito, atraente e.. bem gostoso. Ri com meus pensamentos.

– Ok Baby, apenas sua. - Ele sorriu e ligou o carro dando partida para o nosso lugar secreto, que era um terreno baldio com uma grama bem verde e bem aparada, íamos ali quase sempre observar as estrelas e jogar conversa fora, todos diziam que éramos o casal perfeito, o que não tem cabimento já que somos apenas bons amigos. - Eu pensei que estivesse bravo comigo. - Quebrei o silencio que começou a incomodar bastante.

– Tenho motivo? - Ele levantou uma sobrancelha e eu ri, ele sempre fazia aquilo quando estava comigo.

– Não, você sabe que não. - Respondi piscando o olho, depois de mais algumas poucas palavras chegamos no nosso esconderijo nos deitando na grama encostando nossas cabeças uma na outra.

Você tem aquele sorriso

Que só o paraíso pode dar

– Letta, posso te perguntar uma coisa? - Indagou o moreno apoiando a cabeça no braço e se virando um pouco pra mim.

– Claro que pode Leon. - Respondi me virando pra ele também.

Eu rezo a Deus todos os dias

Para que você mantenha aquele sorriso

– Você ficaria brava comigo se eu ficasse com a Lara? - Levantei uma sobrancelha pra ele, que tipo de pergunta era aquele? Ele não ousaria ficar com a amiguinha da Francesca não é?

– O que você quer dizer com isso Leon Vargas? - Ele soltou um suspiro e voltou a fitar as estrelas, continue o encarando.

Você é meu sonho

Não há nada que eu não faria

– Deixa pra lá. - Disse sem ainda me fitar - O seu tá lindo não é?

– Não venha com conversa esfarrapada Leon, você não ficou com a Lara não é? - Ele me olhou. - Não é Leon Vargas?

Darei até a minha vida por você

Pois você é o meu sonho

– Eu.. Fiquei com a Lara. - Respondeu olhando em meus olhos.

– O que? - Disse mais alto do que gostaria. - Você ficou com a melhor amiga da garota que eu odeio? Que tipo de amigo é você? - Indaguei me levantando, ele respirou fundo e levantou também.

– Calma, foi só uma transa Letta. - Mas o que? Não acredito que ele me disse aquilo.

E, baby, tudo que eu tenho é seu

Você nunca sentirá frio ou fome

– Uma transa? - Tentei me controlar pra não gritar. - Não acredito nisso Vargas.

– Qual é Letta? Não é porque você não gosta dela que eu vou deixar de dar prazer pra ela e me dar prazer também. - Falou ele ainda em tom baixo.

– Me leva pra casa. - Sai andando em sua frente.

Eu estarei lá quando você se sentir insegura

Vou te dizer que você é linda, menina

Pois você é tudo que eu tenho agora

– Então é assim? Quando fica com raiva faz criancice? Pensei que você entenderia.. - Escutei sua voz perto de mim.

– Entender? - Me virei pra ele. - Entender que você - apontei o dedo pra ele. - Ficou com uma garota que não gosta de mim? A claro, entendo Leon.

– Porra Violetta, já percebeu que você não pensa em mim? Eu sempre faço tudo por você, paro tudo que eu estiver fazendo pra ficar do seu lado. - Ele pegou minha mão, mas eu logo a puxei de volta pra mim.

– Se não quiser me levar pra casa eu entenderei. - Me virei novamente e escutei um suspiro pesado atrás de mim, por um lado ele tinha razão, mas por outro era totalmente inaceitável.


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Notas finais do capítulo

Merecemos reviews, favoritações ou recomendações? Precisamos da opinião de vocês também, não tenham medo deixem os reviews nem que seja um "continua" "odiei" ou coisa do tipo, seria bom do mesmo jeito.