Dezesseis Anos e Meio escrita por Lady Padackles


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Desculpa mais uma vez a demora... Dessa vez foi por um ótimo motivo - eu fui ver os Js na Houscon!!! :D Lindos, lindos, lindos...

Queria também agradecer ao meu amigo Darkside Collins, que foi co-autor das cenas mais "quentes" do capítulo!



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Sam correu e ainda deu tempo de salvar a maior parte do bolo. Após cortar as bordas e o fundo com a faca, a sobremesa ficou até bem gostosa. Os dois namorados puderam apreciá-la depois de comer a pizza, que também estava ótima. Sam mesmo fizera massa, e, na hora de assá-la, tomou muito cuidado com o relógio. Afinal quando estava o com Dean o tempo parecia voar...

– Quer ajuda pra lavar a louça? - Dean perguntou solícito. Ele nunca tinha lavado uma louça na vida, mas não haveria de ser difícil...

– Não! Pode deixar aí na pia, Dean. Depois eu lavo... Não vamos desperdiçar nosso pouco tempo lavando louça! - respondeu o moreno, bagunçando os cabelos curtos do mais jovem em seguida. Ele queria mesmo era levar Dean para o quarto e aproveitar o raro momento para namorar com ele, aconchegados por debaixo as cobertas.

Os dois já se encaminhavam para lá quando Sam lembrou-se da camisa de Dean. Com certeza já estava lavada, e precisava ser colocada na secadora...

– Pode me esperar no quarto, bebê. Eu já volto! - exclamou o moreno apressado.

Dean foi então na frente, curioso em conhecer o quarto de seu amado. Ele riu ao ver o esforço que o mais velho provavelmente fizera para deixar o aposento apresentável, já que era assumidamente bagunceiro. Uma pilha de coisas se escondia por baixo da cama... Mas era um quarto espaçoso e aconchegante, com uma cama grande, e de aparência macia. O louro já ia se atirar nela quando se deparou com dois quadros pendurados na parede.

O menino de cabelos castanhos e olhos verdes, com a mesmíssima cor dos de Sam, sorria, exibindo lindas covinhas. Dean chegou a se questionar se não seria o retrato de seu namorado quando mais jovem. Mas o quadro, assinado por Ross McKinnon, era datado de 1915. Talvez um antepassado, quem sabe? Dean então voltou-se para o outro quadro. Este, exibia um garoto de cabelos louros e olhos azuis, que ao contrário do outro, estava sério. Parecia triste... Peculiar o ratinho saindo do bolso de sua camisa...

Ambas as pinturas eram muito bem feitas e a expressão no olhar dos meninos era tão intensa e verdadeira que Dean estremeceu. Pareciam olhá-lo de volta.

– Gostou dos quadros? - Sam perguntou, com a voz embargada. Ver Dean Ross contemplando os quadros de Ross McKinnon pegara-o de surpresa. Por um momento, se esquecera das pinturas, e que seu bebê, inevitavelmente, iria vê-las. E aquele era sem dúvida um momento emocionante para ele. Dean, o primeiro, se recusara a ver os quadros... Sam esperara por anos o momento de apresentar aquelas lindas obras ao seu criador.

– Gostei... - o louro respondeu, ainda sem desviar o olhar dos retratos. - São lindos... Quem são? Antepassados seus? Eu queria saber pintar assim... - suspirou por fim.

Sam sorriu.

– Não... Na verdade esses quadros foram pintados por um ex-aluno do colégio. Esse é um auto-retrato. - Sam explicou, apontando para a pintura do louro com o ratinho. - O outro, foi seu namorado...

– Owo! Então esse é o Ross McKinnon... O pintor... - Os olhinhos de Dean estavam vidrados. Ele sentira-se atraído pelas pinturas assim que as vira. Saber mais sobre aqueles meninos o deixava ainda mais fascinado. Especialmente por se tratar de objetos tão antigos... Antiguidades eram fascinantes por si só... - Você sabe o nome desse? - perguntou Dean apontando para o retrato do menino que sorria.

– O nome dele era Tristan... - respondeu o moreno. Seu coração batia acelerado ao ver Dean contemplar os quadros, visivelmente tocado pelas imagens. Era fantástico que ele se interessasse por sua história, assim como ele mesmo o fez quando era garoto.

– Lindo sorriso... O Ross devia estar muito apaixonado... - comentou Dean, fazendo Sam corar sem querer.

– Eu tenho mais quadros dele, quer ver?

Dean sorriu. - Claro que quero!

Então Sam pegou mais três quadros, cuidadosamente embalados dentro do armário: Um homem, uma mulher e um terceiro menino.

– Quem são esses? - quis saber Dean. E Sam contou... Era a família do pintor. A família McKinnon.

Dean estava muito interessado naqueles quadros. Eram todos fascinantes... Ficou surpreso da tal família McKinnon tê-los vendido.

– Não... Eles não venderam os quadros... - Sam suspirou. - Se você quiser, posso te contar a história deles... Mas é um história triste...

Dean estava curioso. Sentou-se na cama, olhando para Sam como um garotinho ávido por mais um conto de fadas. - Me conta! - pediu.

Sam sentou-se ao lado do namorado e contou. Contou tudo, inclusive o suicídio de Tristan. Dean ficou tão emocionado com a história que nem se perguntou como Sam sabia de tudo aquilo. Ele era mais velho. Pessoas mais velhas sabiam de muita coisa... E que história triste! Como sofreram aquelas pessoas tão lindamente retratadas nos quadros de Ross McKinnon... O louro teve vontade de chorar. Melhor mudar de assunto, e depressa!

– Sabia que o meu nome do meio também é Ross? - o louro então perguntou de repente.

– Sabia... Acho que todo Ross é talentoso! Você também desenha muito bem, Dean... - elogiou o moreno. Em seguida lembrou-se de Clark... Desde que Sam lhe contara a sua história de amor, tinha algo que o amigo não lhe deixava esquecer – a enorme coincidência que era o nome da nova encarnação do louro ser Dean Ross. “Pergunta pra ele de onde saiu esse nome...” - insistia Clark. Talvez aquele fosse o momento ideal... - Você tem um lindo nome... Dean Ross... - acrescentou o moreno, contemplativo.

– Você acha mesmo? Obrigado! Eu acho o meu nome esquisito...
– Eu acho lindo sim... Quem escolheu?

– Meu pai. - respondeu o louro simplesmente, sem titubear.

Sam esperou que o menino dissesse mais alguma coisa, mas Dean permaneceu calado. O moreno suspirou. Pensou em indagar mais sobre o nome do outro, mesmo correndo o risco de soar esquisito. Sorte que não precisou... Dean Ross não gostava muito de falar do irmão que morreu, mas não queria guardar nada de seu namorado. Era inclusive um tanto estranho que ainda não tivesse mencionado a morte do irmão.

– Eu tive um irmão mais velho, que morreu antes de eu nascer... - o louro desabafou. - O nome dele era Dean. Meu pai colocou o mesmo nome em mim, em homenagem a ele...

Sam engoliu em seco. Nem passava por sua cabeça contar que conhecera o primeiro Dean... É claro que sabia da homenagem... A curiosidade era mesmo por conta do outro nome. - E Ross? - perguntou então.

– Meu pai que escolheu... Sei lá... - disse dando de ombros. Dean estava surpreso, e um tanto aliviado, por Sam não ter perguntado mais sobre o irmão que morrera. Era isso que as pessoas faziam quando ele mencionava a sua existência, perguntavam coisas... Mas o clima já estiva pesado o suficiente depois de falarem na trágica história da família McKinnon. Era hora de esquecer tudo aquilo...

Dean então se aninhou no meio da cama de Sam e sorriu maroto, jogando todo o seu charme. Não queria perder mais tempo com conversa fiada.

Sam olhou pro lado e disfarçou, fingindo estar sozinho no aposento.

– Ahhh, que sono... – disse forçando um bocejo. Acho que vou dormir um pouco...

Dean gostou da brincadeira, e se escondeu no meio das cobertas. Sentiu o peso de Sam o atropelando em seguida. - O que é isso aqui na minha cama!??? - Perguntou o moreno, apalpando o namorado.

– Surpresa! - respondeu Dean rindo e puxando a calça de Sam. Queria vê-lo pelado, e logo!
Sam riu de volta, e tentou se desvencilhar. Não custou entretanto a ceder, e tirar a roupa do louro também. Estavam agora totalmente nus, e se acariciavam por debaixo das cobertas.

O moreno se segurava para não se exceder. Dean podia ter corpo de homem, mas era só um menino... Lindo, bem definido e macio... Sam acariciava o traseiro do outro com desejo. Sua vontade era de possuir seu corpo de imediato e fazê-lo gozar, sem nem mesmo precisar se tocar. Queria poder dar-lhe prazer. Um prazer que as circunstâncias negaram a Ross e a Dean, mas que não negariam a Dean Ross!

Sam respirou fundo. Um carinho não poderia fazer mal... Ele então colocou a mão no membro de Dean e acariciou-o com sensualidade. O louro fechou os olhos e sua respiração tornou-se pesada. A expressão em seu rosto era do mais intenso prazer, e isso incentivava o mais velho a continuar. Sam jogou as cobertas pro lado, e então admirou o corpo do menor, que estava grudado ao seu. Como era lindo...

O louro abriu os olhos, contemplando também o corpo musculoso do professor. Era a coisa mais perfeita que já tinha visto em toda a sua vida... Sentiu-se tentado a tocar o membro duro do moreno, e proporcionar a ele o mesmo prazer que sentia. Estava receoso, entretanto, afinal nunca estivera com outro homem, ou sido tocado daquele jeito... Resolveu tentar...Sem mais nem menos, segurou o pênis do outro e começou uma massagem desajeitada, devido à posição em que se encontrava. Sam estremeceu, e puxou Dean para cima, sentando-se de frente para ele. Suas pernas estavam por baixo das do louro, a mão de um no membro do outro.

Naquele momento de prazer, colaram suas bocas num beijo voraz, cheio de amor e desejo. Sam lambia o pescoço e o queixo de Dean, que acariciava o mamilo e chupava o pescoço do moreno. Por fim, aceleraram os movimentos com as mãos, fazendo os gemidos aumentarem. Se beijaram mais uma vez, e durante o beijo os dois chegaram ao ápice, lambuzando suas mãos um com o esperma do outro.

Era impossível conter um sorriso agora... Dean e Sam se entreolharam com a respiração descompassada, gotinhas de suor descendo à testa, e expressão de saciedade na face.

– Sammy... Eu te amo! - Dean então exclamou, pegando Winchester de surpresa.

– Meu bebê, eu te amo também... - suspirou o moreno emocionado.

Mais beijinhos, mais abraços... Mas infelizmente o tempo passara voando e aquela tarde esplendorosa chegava ao fim. Dean ainda ganhou um banho de gato, pois Sam teve medo de enfiá-lo no chuveiro com o gesso e tudo. Em casa o menino tinha um plástico, próprio para proteger a perna da água.

– Pronto! Limpinho... - Disse Sam, entregando a camisa também já limpa e seca para o louro. - pode colocar.

Dean agora parecia triste, cabisbaixo.

– Eu deixei uma marca no seu pescoço... - choramingou ele.

Sam olhou no espelho o pequeno hematoma. Sorriu. - Não tem problema, meu amor... Marquinhas deixadas por você são sempre bem vindas...

Dean esboçou um sorriso, mas o motivo de tristeza era outro...

– Eu não quero ir embora... - balbuciou o menino, dengoso, se entregando aos braços do outro.

Sam beijou-lhe a testa.

– Não fica triste... A gente logo vai conseguir mais um tempo junto... E da próxima vez, sem esse gesso pra atrapalhar! - disse o moreno, tentando animar o outro. Em dois dias o menino se livraria daquele peso...

Dean fez beicinho. Não queria se separar do seu amor nem por um segundo... Enquanto, isso, radiante de felicidade, Sam celebrava estar novamente unido ao grande amor da sua vida... E eles se veriam em breve. Muito em breve, para quem já esperar tantos anos...
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Dean suspirava pelos corredores. Pensara não ser possível se apaixonar ainda mais por Sam Winchester, mas estava errado. O encontro no sábado o deixara ainda mais enlouquecido. Não conseguia fazer outra coisa senão pensar no namorado e derreter-se todo por ele.

– Boboca apaixonado... - grunhiu Jo para Ruby ao perceber que Dean não prestava nenhuma atenção ao que ela falava.

As meninas se afastaram. Era melhor mesmo deixar qualquer menino de fora da conversa. Eles não entendiam de nada mesmo... Jo finalmente desistira de Dean de vez. Um fim de semana e um almoço em família foram o suficiente para que se encantasse por seu primo Gino. Era com ele que ela queria ficar agora...

Já Ruby, continuava com a mesma idéia fixa: descobrir se Sam era gay ou não; se namorava alguém ou não... E era sobre isso que conversava com a amiga agora. Jo se prontificara a ajudar, e estava de fato decidida a fazê-lo. Era um jeito de passar o tempo, já que Gino, seu grande amor, não estudava naquela escola.

– Você notou uma marca no pescoço dele?! - perguntou Ruby desconfiada, quando ambas esbarraram com o Winchester pelo corredor.

Jo acenou a cabeça afirmativamente. Aquilo só podia ser marca de chupão! Precisavam descobrir quem fizera... Homem ou mulher... Conhecido ou desconhecido...


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