Modified - Interativa. escrita por uzumaki


Capítulo 36
East of Eden


Notas iniciais do capítulo

I'm back again people! E com um dos melhores capítulos (será?) até agora!
Eu resolvi que farei esse capítulo narrando a aventura do David e da Clary pela casa do Uriah, no próximo será da Cath com o Connor, e depois desse vem a de todos os outros que ficaram na linha de frente.
Lembrando que os capítulos estarão acontecendo ao mesmo tempo :v
Bem, é só isso mesmo :v



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/528878/chapter/36

– Muito bem. - Grim disse. - Prontos?

– Sim. - Calebe respondeu. Ele estava se coçando para entrar na luta contra Uriah.

Depois de algumas horas de viagem, eles chegaram a uma rodovia que era de terra. Havia uma depressão à direita, cercada de árvores. Não precisava descer lá para ver que era o esconderijo de Uriah. Eles sabiam que não haveria efeito surpresa nenhum. Havia câmeras espalhadas em todo o lugar, mas eles estavam seguindo à risca o plano. Ninguém falava nada sobre saber das câmeras, apenas seguiam em frente. E agora que eles chegaram lá, era hora. Maison, Luke, Diana, Hugo e Pietro iriam na frente distrair os homens, enquanto Connor e Catherine corriam para a esquerda e Clary e David pela direita. Lilah e Grim colocariam dois carros em um ponto perto de onde as duplas chegariam, caso precisassem fugir rapidamente.

David e Clary se armaram até os dentes. Claro, apenas seus poderes adiantavam muita coisa, mas era bom levar uma arma ou outra.

– Bem, boa sorte. - Grim desejou. - Não morram.

– Obrigada. - Clary revirou os olhos, sorrindo. - Vai dar tudo certo.

– Assim espero. - Maison disse, desviando a atenção da ruiva. Ela abraçou a melhor amiga. - Se algo acontecer comigo saiba que eu não poderia ter uma melhor amiga além de você.

– Ah por favor, Luke nunca deixaria algo acontecer com você. - Clary provocou, sorrindo.

– Nem David. - Maison retrucou, largando a ruiva. Então olhou para David. - Se algo acontecer com ela, eu mato você.

– Nem precisa ameaçar, eu mesmo me atiro em um buraco. - David respondeu.

– Bem, eu vou me despedir da Cath e do Connor. - Maison suspirou.

– Você age como se alguém fosse morrer hoje. - Clary a repreendeu.

– Bem, nunca se sabe. - Maison deu de ombros. - Beijo, ruiva. Volte intacta.

– Eu vou dar tchau pra minha irmã e ameaçar Hugo para protegê-la. - David disse.

– Ok, preciso me despedir das meninas mesmo. - Clary largou a mão dele, que estava segurando há horas.

Enquanto David ia até a irmã, Clary se despediu de Andy e Daphne. Quando chegou perto de Lilah, a loira a olhava fixamente.

– O que foi? - Clary perguntou, rindo.

– O rio vai se tingir de vermelho quando o soldado perecer. - A loira respondeu.

– O que?

– Eu sinto muito, Clary. - Lilah abraçou a ruiva. - Embora nunca tenhamos nos dado bem, você é uma pessoa incrível e não merece sofrer.

– Lilah... O que você sabe?

– Se eu contar... As coisas vão ficar loucas. - Lilah deu um sorriso triste e se afastou.

– Ok então. - Clary fez uma expressão confusa. Lilah andava esquisita ultimamente. Mais do que o normal pelo menos. Dera de usar roupas meio hippie, saias compridas, camisetas com decote canoa, headbands, penas nos brincos. Parecia o estilo da sua mãe, a vidente charlatã.

– Bem, não temos o dia todo pessoal! - Cath berrou. Todos se agruparam novamente. - Vamos fazer o que gostamos de fazer. Atirar.

– Érrrr... - Pietro ia implicar, mas recebeu um olhar de aviso de Andrômeda.

– Temos que usar nossos poderes e armas para tirar Charlie e Oliver de lá. Esse laboratório sujo aqui atrás de mim não vai ficar de pé por muito tempo. Não matem ninguém, eles ainda são seres humanos. Vamos todos entrar pela porta da frente e tirar nossos amigos do cativeiro!

Como lá estava cheio de câmeras, eles adotaram um código para se comunicar sem passar partes cruciais do plano. Basicamente o discurso de Cath era: "atirem em todo mundo, tirem Oliver e Charlie de lá nem que deixem algum cadáver pra trás, fiquem ligados no plano".

– Vamos lá. - Grim acenou, pedindo que todos a seguissem.

Claro que como todos estavam encenando não saber das câmeras, andavam devagar e olhando para os lados. Mesmo sabendo que mais cedo ou mais tarde alguém saltaria perto deles, a tensão era quase palpável. Grim deu uma olhada de canto para Cath e Connor, e eles começaram a andar mais devagar, ficando para trás. Cath puxou o braço de Clary e a ruiva chamou David. Eles andaram mais devagar do que os outros. Quando eles finalmente pararam em um barranco, havia uma horda de homens armados. Eles pareciam prontos para defender a casa inteira.

– Sua vez, Maison. - Andy mandou.

Maison estalou os dedos. Há dias ela treinava esse truque. E seu poder estava mais forte a cada dia. No exato momento em que estalou os dedos, as armas dos homens começaram a voar. Eles gritaram pelas armas, mas todas elas subiram.

– Sua vez Andy. - Maison replicou.

– Parados! Mãos para cima! - Andy gritou. - Se atirem no chão.

A maioria dos homens se jogou ao chão, mas alguns resistiram ao poder de Andrômeda. Foi aí que entrou Calebe. Ele atirou direto nas pernas dos homens de pé. Luke aproveitou e correu pelo meio deles, entrando na casa rapidamente. Demorou cinco minutos até ele voltar para o meio dos amigos.

– Uriah vazou. - Ele contou. Eles ficaram chocados. - Parece que alguns dos agentes capturaram uma tal de Eva Levine.

– Eu sei quem ela é! - Cath se sobressaltou. - Me lembro que a Mari disse que trabalhava pra ela. Allec ficou muito furioso. Parece que essa Eva é inimiga do Uriah.

– Os inimigos dos meus inimigos são meus amigos. - Calebe citou.

– Se a pegaram provavelmente ela deve estar morta. - Daphne concluiu.

– Esperemos que não. - Andy murmurou.

– Vão! - Grim disse, apontando seu fuzil para a porta. Usar seus poderes deixava Maison muito tonta. Andy poderia gritar, mas ela estava ocupada se concentrando na sua mira.

Cath e Connor olharam com um "boa sorte" escrito no olhar para Clary e David, que correram. Lilah correu de volta para os carros, pronta para dirigir se algo acontecesse. Daphne acompanhou Clary e David até onde pôde. Então os dois escalaram uma parede e entraram por uma janela. E enquanto isso, Cath e Connor deram a volta para ir pelo outro lado.

Clary e David caíram no chão de pé. Ela abaixou a espingarda. Era uma biblioteca. Clary se atirou em uma das estantes, quase babando nos livros.

– Uriah tem um bom gosto literário. - David disse, olhando alguns títulos. Ele pegou um livro de Percy Jackson. - Ué. Pietro Campbell. Allec não disse que tem um irmão.

– Por que acha que é irmão dele?

– Um Pietro Campbell com um livro de Percy Jackson? Deve ser irmão mais novo. - David explicou.

– Esse aqui é Hamlet. - Clary abriu o livro com cuidado. - Louis Campbell. Outro irmão?

– Deve de ser. - David colocou o livro de Percy Jackson de volta na prateleira. Puxou outro livro e pam!, uma porta abriu do outro lado da sala. - Nossa, você puxa um livro e uma porta se abre. Isso que é tecnologia.

– Já vi esse truque até mesmo na mansão do Drácula. - Clary rolou os olhos. - Acredita que a Lilah me disse que nessa missão um rio ia se tingir de vermelho pelo sangue do soldado perecido?

– Ela enlouqueceu.

– Hum. Não sei.

O assunto morreu quando eles se aproximaram da porta. Lá dentro havia um corredor escuro, iluminado emporcalhadamente. Estava cheio de portas cinzas escuras de ferro. Clary se aproximou de uma delas e algo que estava lá dentro pulou para frente, sacudindo a porta.

– AH! - Ela gritou, pulando para trás. - O que tem aí?

– Com certeza não é a Charlie e o Oliver. – David constatou.

– Vamos olhar as outras portas. - Clary chamou.

Ela bateu nas outras portas, mas como ninguém respondia, ela dava um chute próximo as fechaduras e as portas abriam. Depois de dez minutos fazendo esse processo, David cansou.

– Não tem ninguém aqui, Clary. Vamos embora.

– Espera! Não vimos essa porta ainda. - Clary disse, olhando para a última porta da direita. Ela parecia igual a todas as outras.

Clary deu uma batidinha na porta, mas não ouviu nada. Então deu um chute. No mesmo momento retirou o pé.

– Ah! Caralho, isso dói! - Praguejou. - Não tá abrindo.

– Com licença. - David pediu. Clary saiu do caminho, e David pôs a mão na porta. O metal começou a derreter, abrindo um buraco.

– Você poderia ter feito isso antes! Teria poupado meu pé de algumas lesões desnecessárias. - Clary disse, com raiva. Ela se inclinou e olhou pelo buraco. - Tem alguém amarrado ali. Parece a Charlie... Mas tem algo errado.

Clary empurrou David pro lado e apontou a espingarda para o trinque da porta. Deu um tiro, e quase caiu para trás pelo coice, mas conseguiu atirar mais duas vezes. A porta abriu e eles adentraram a sala.

Quando viram a morena, só de roupas íntimas, sangrando, com o rosto roxo e inchado, pele ressecada, cabelo mal cortado e amarrada com uma algema que a fazia ficar de pé, eles quase desmaiaram.

– Ah, Charlie... - Clary se abraçou a David. Ele colocou a mão na cabeça dela. Pensavam que Charlie estava morta.

Mas Charlie levantou a cabeça, exausta de ser torturada. David viu.

– Charlie! - Ele gritou. Clary se desvencilhou dele e correu para a amiga.

– Ah meu deus, Charlie! - Ela chorou, tocando no rosto da amiga. - Cadê o Oliver? - Perguntou, cortando as cordas dos pulsos de Charlie.

A morena caiu no chão de joelhos sem conseguir se levantar. O sangue seco no chão e fios de cabelo preto faziam uma visão apavorante. David ergueu a garota, tentando a colocar de pé. Clary correu para conseguir um cobertor para a amiga, que tremia. A única coisa próxima a isso era um lençol branco que tapava uma mesa. Clary engoliu em seco quando viu a quantidade de facas, bisturis, tesouras e armas ali. Ela puxou o lençol e tapou a amiga. David a pegou no colo. Há três dias Charlie estava boa, saudável, com a pele brilhante. Agora estava pálida como um esqueleto, cheia de roxos, com o cabelo curto.

– Eles levaram Oliver ontem à noite. A última coisa que eu ouvi dele foi os gritos. - Charlie respondeu, com dificuldade. David foi andando com ela até a porta. - Espere. Anda até a mesa, por favor.

Charlie começou a tossir roucamente após dizer isso. Mas David, mesmo confuso, fez o que ela mandou. Ela se inclinou e pegou uma faca, uma espécie de adaga. Tinha um couro preto envolvendo o cabo. Charlie a pegou com firmeza.

– O que é? - Clary perguntou, curiosa.

– Foi com essa faca que Uriah me torturou. - Charlie respondeu, a revirando entre os dedos. - E vai ser com essa faca que eu vou matá-lo. E acreditem, vai ser pior do que quando ele a usava comigo.

Aquelas palavras impeliram David para frente. Ele queria que alguém matasse Uriah Campbell mesmo. Melhor ainda que fosse alguém que sofreu nas mãos dele. Mas Clary não gostou da conversa.

– Charlie, a vingança...

– Não vale a pena? - Charlie tentou dar um sorriso sarcástico, sem conseguir. - Por favor. Não foi você que foi torturada por ele. Não foi você que viu um amigo levando uma facada sem você fazer nada. Eu nem mesmo sei se Oliver está vivo!

– Nós vamos descobrir. - Clary afirmou. Eles saíram correndo da sala para o corredor. Foi quando ouviram passos de aproximadamente quatro homens se aproximando.

– Ah droga. Teremos companhia. - David murmurou. Ele mudou o peso de Charlie para o outro braço.

Eles correram para a saída. Teriam que passar pela biblioteca primeiro, mas chegando lá, os passos foram ouvidos mais de perto. Rapidamente Clary trancou as portas do lugar. Com sorte isso daria uma vantagem de alguns segundos. Eles se viraram para as janelas, mas sem saber como, barras de ferro as protegiam. Uma sirene estava sendo soada, como se alguém tivesse invadido algum lugar protegido e o local estivesse se trancando.

– Droga. - David exclamou, nervoso.

– David...

– Espera! Podemos pular pela janela.

– David...

– Mas tem barras de ferro. Estamos encrencados.

– David, me escuta.

– Então vamos procurar outra saída.

– David Mills!

– Nós vamos ter que lutar.

– David, cala a boca e me escuta! - Clary gritou. - Eu fico. Você vai e protege a Charlie.

– O quê? Como assim?

– Eu vou ficar aqui, David. Vou os atrair para o outro lado, e você foge com a Charlie. - Clary afirmou.

– Eu não vou sem você. - David teimou. - Sem chance.

– Vai de uma vez. - Clary beijou David e deu um sorriso triste. - Eu vou conseguir.

David correu para o corredor onde acharam Charlie. Ele sentou a morena lá e saiu. Encontrou Clary abrindo um buraco na parede, onde tinha um cano prateado que corria água. Ela deu um golpe com uma estátua de ferro e o cano se arrebentou, esguichando água.

– O que está fazendo aqui? – Clary perguntou.

– Não posso deixar você fazer isso sozinha. - David disse.

– David. Desde criança eu sabia que eu tinha um dom. Eu nunca fui apoiada pelos meus pais, e a única pessoa que me entendia era minha tia. Meus pais odiavam meu poder e me repudiavam. Nunca tive apoio. Então... Quero que você faça algo por mim, tá? - Ela perguntou, sorrindo. - Quero que me apoie nessa ideia.

– Eu não posso.

– Pode sim. Quero que você me dê forças pra conseguir. Me apoie nessa, David. Ok?

– Ok. - David concordou.

– Fique com a Charlie. Cuide dela por mim, tá? Mande um beijo pra Maison e diga que ela foi a melhor amiga da minha vida.

– Você vai viver.

– Vá logo David. - Clary o apressou. Já se ouviam as armas atirando nos outros andares.

David agarrou a ruiva e deu um beijo nela. Clary iria protestar, mas David estava chorando.

– Por favor, não morra. - Ele encostou a testa na dela.

– Essa é uma promessa que eu não posso cumprir. - Clary disse, calmamente. Tirou o chapéu Fedora da cabeça e entregou a David. Então o empurrou. - Obrigada, David.

David correu para o corredor. Bem na hora em que os homens chegaram. Charlie estava chorando lá dentro, e ele tentou a consolar com um abraço. Os barulhos de gritos e tiros estavam insuportáveis. Clary deu um berro e pareceu que saiu da sala correndo. Os homens a seguiram. Ouviu-se mais tiros e Clary gritou mais uma vez, de dor. David pegou Charlie no colo e saiu correndo nessa hora, saindo do corredor para a biblioteca. Ele pôs as mãos na barra de ferro e as derreteu. Logo, um buraco perfeito para escaparem estava livre. Pulando a janela com dificuldade por causa de Charlie, ele aterrisou no pasto e correu com a garota no colo até a margem do matagal, onde um carro o esperava. Ele colocou Charlie no banco de trás e ficou esperando.

Foi quando um brilho avermelhado capturou seu olhar. Clary estava sendo levada, amarrada, sangrando e morta para as margens do mato. David teve que tapar a boca para não gritar. Sentiu as lágrimas escorrerem. Charlie, atrás dele, chorava também. Ele bateu a cabeça contra o volante, chorando. Ergueu a cabeça e viu os homens jogarem o corpo de Clary como se fosse um saco de lixo em uma nascente. A água tingiu-se de vermelho e começou a escorrer. Exatamente como Lilah disse para Clary.

Ele estava quase correndo para tentar recuperar o corpo de Clary quando viu Cath, correndo para o carro, carregando o corpo de alguém.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Yeah gente, a Killer!Tess voltou pra atacar (pra quem não sabe, Tess é meu apelidinho) matei, matei mesmo, se reclamar mato de novo :v
Bem, suspense no final porque eu gosto. Sobre a questão: quem é o morto? O Ollie ou o Connor? Ou os dois? Lembrando que o Connor foi com ela pra achar o Oliver, então por que ela tá sozinha?
Bem, até o próximo galerinha!
P.S. E O GRAMMY? Sam Smith rapando os prêmios, Sam, não seja egoísta e dê um pra Katy :v Achei um pouco injusto o álbum dele ter ganhado de Bangerz, My everything, Prism, X. Queen B reinando :v