Modified - Interativa. escrita por uzumaki


Capítulo 35
Back in black


Notas iniciais do capítulo

I'M BACK BITCHES!
Que saudade de suas pessoas ❤
Sério, saudades mesmo. Eu estava viajando para Floripa. E sem computador por perto, e infelizmente, o Nyah não é igual ao Social Spirit no termo de poder postar capítulos até pelo celular (já que a porcaria do Nyah não tem aplicativo), então eu tive que esperar pacientemente.
O lado bom disso é que adiantei quatro capítulos e de repente me peguei escrevendo o capítulo final da fic, e caralho, tá muito legal mesmo.
O lado ruim é que eu demorei um mês, e isso é triste.
Mas agora estou de volta :') e daqui a três dias tem capítulo novo com mortes (êêêêêê)
Então leiam esse capítulozinho que não está lá aquelas coisas, mas foi escrito com amor do fundo do meu core ❤



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Andrômeda estava cansada. Estava exausta. Exausta de ver pessoas a sua volta morrer, exausta de ter que lutar pra viver. Isso era o pior. As pessoas choram não porque os outros morreram, e sim porque percebem a falta que essas pessoas fazem em suas vidas. Só queria abraçar os pais e o irmão. Levantar as oito da manhã e gravar o vídeo diário para o seu blog, depois tomar um banho e sair pra correr. Ela precisava de normalidade. Mas não tinha isso. Então estava no carro de Calebe com Daphne e Maison. As duas não queriam ficar sozinhas se sentindo deslocadas no enterro de Rafael, portanto entraram no carro com Daphne e ficaram ali conversando.

– Allec foi muito descarado. - Daphne dizia. - Primeiro deu um tiro em Mariana, matou Rafael e depois fugiu com a moto do Hugo? Isso é descaramento.

– Bem, ele matou um garoto. Isso é pior que roubar uma moto. - Maison disse.

– É, mas pelo menos ele deixou o carro dele com as armas. - Andrômeda falou. - Nossa vantagem, só precisamos descobrir como abre aquilo. Tem uma senha enorme.

– Nada que Pietro não resolva. - Daphne deu de ombros.

– Deveríamos dizer isso aos outros, mas o humor deles não está dos melhores. - Maison suspirou. - Não que eu não esteja triste pelo Rafael, mas é que Charlie e Oliver estão não sei onde, com não sei quem, e nós precisamos salvá-los.

– Talvez se eu tivesse gritado pra todos pararem, Aaron estivesse vivo, Charlie estivesse aqui, Oliver estivesse bem e Rafael não estivesse morto. - Andrômeda disse, encolhendo os ombros. O cabelo vermelho estava solto nos ombros, e sua câmera estava desligada.

– Ainda me lembro do jeito brutal que Aaron morreu. Mas pelo menos foi um cara qualquer que matou ele, sabe? Seria mais fácil aceitar que o assassino de Rafael fosse apenas um soldado, mas foi Allec. Nós o conhecíamos. Isso torna tudo pior. - Daphne estava muito abatida. Não conhecia Aaron nem Rafael tão bem quanto Calebe, Grim e as outras meninas, mas sentia muito por eles. Por mais que as piadas de Rafael fossem ridículas, elas sempre levantavam o ânimo deles. Mas agora...

– Mariana está perdendo muito sangue, vamos ter que levá-la a um hospital. - Luke apareceu ali, com uma expressão triste no rosto.

– Quem vai levá-la? - Maison perguntou.

– Acho que Connor, ou Catherine. - Luke deu de ombros, se encostando no capô ao lado de Maison. - Mas eles estão muito chocados ainda. Catherine chorou o tempo todo, depois se ergueu, disse que ia matar Allec, depois disse que não podia fazer isso e chorou de novo. Daí se levantou de novo e disse que precisava salvar Oliver, e depois arrancar a cabeça de Allec e do pai dele. Acho que o luto dela é falar e agir como uma serial killer.

– Nós precisamos dar um jeito de buscar Charlie e Oliver. - Andy afirmou. - Mas há tantas outras coisas.

– Como assim? - Daphne perguntou.

– Até parece que vocês nunca pensam em como será nossa vida depois disso? - Andrômeda perguntou. - Eu só quero voltar pra casa e esquecer que tudo isso aconteceu.

– Eu sinceramente não vou conseguir. - Maison negou. - Sinto falta de casa, mas isso aqui... Isso aqui é real. Comparando com a minha vida de duas semanas atrás, o perigo vale a pena.

– Espera. - Luke respirou fundo. - Eu achei que nunca veria Maison Isabelle Drummond falar isso.

– Cale a boca. - Maison deu um tapa no braço de Luke.

– Casem-se. - Andrômeda riu. Maison corou como um pimentão. Daphne riu, e Luke passou o braço pelo ombro de Maison.

– Pois não vamos. - Maison tirou o braço de Luke dos seus ombros.

– Ah, e sobre ontem a noite, hein? Nunca pensei que uma garota tão irritadinha podia beijar tão bem. - Luke deu de ombros.

– Ah meu deus! - Daphne arregalou os olhos, surpresa. - Vocês se beijaram?

– Um beijo não vale! - Maison ficou ainda mais vermelha. O chão começou a tremer, e algumas madeiras do galpão pairaram vinte centímetros do chão. - Parem de me constranger!

– Ok, ok. - Andy engoliu a risada ao ver Pietro se aproximando, com cara de enterro, talvez porque acabara de sair de um.

– Catherine está berrando aos quatro ventos pra chamá-los, ela quer fazer um plano pra salvar Charlie e Oliver. - Pietro disse, com a voz arrastada.

– Vamos lá, ver a quantas anda o humor dela. - Daphne olhou para os amigos. Andy foi andando na frente, e um minuto depois eles entraram no galpão. Rafael já tinha sido enterrado, e Hugo, com olhos vermelhos de tanto chorar, conversava aos sussurros com Diana. Ela estava de mãos dadas com ele, e frequentemente suspirava, cansada de chorar.

– Ah, finalmente chegaram. - Cath disse, apontando pra eles.

– Você chamou. - Maison deu de ombros.

– Sim, eu quero planejar vingança contra Allec. - Catherine olhou para o chão. - Quero dizer, Uriah. Ele sequestrou Oliver e Charlie, acabou de matar Rafael e dar um tiro na minha melhor amiga. NINGUÉM FAZ ISSO COMIGO E SAI IMPUNE!

– Ele já fez. - Connor disse, recebendo o pior olhar maligno que Catherine poderia dar a alguém. - Quero dizer, não dá só pra gente chegar lá pela porta da frente atirando em todo mundo. Temos que ter um plano.

– Awn, eu estava pensando em entrar pela porta da frente e atirar em tudo. - Cath se encolheu. - Quem se oferece pra fazer um plano?

Silêncio.

– Ah, vamos lá. Alguém pode fazer um plano legal? - Maison se juntou às preces.

Mais silêncio.

– Grim? - Daphne sugeriu a amiga. Grim emergiu do torpor e olhou para a amiga, com os olhos arregalados. - Vá lá, eu sei que você é capaz.

– Ok. - Grim aceitou. Cath puxou o braço dela, quase arrancando sua luva.

– Tá, como vai ser? - Andy olhou para Grim, ansiosa.

– Precisamos da localização por satélite. - Grim disse. - Alguém sabe onde fica o tal lugar que Allec queria nos levar?

– Eu sei. - Cath se pronunciou. - Ele outro dia me pediu pra colocar o endereço no GPS. Tá no carro, se é que ele não levou o GPS.

– Ele foi com a minha moto, dificilmente poderia ter pego o GPS do carro. - Hugo disse, dando de ombros. Achava sarcástico o fato de Allec ter matado seu melhor amigo e depois roubado sua moto.

– Pelo menos ele fez o favor de deixar as armas. - Grim continuou. - Vamos fazer o que é mais lógico.

– E o que seria? - David perguntou.

– Um grupo se infiltrar, outro grupo ir por trás da casa, um pela frente e outro que fique atrás caso precise de ajuda. - Grim respondeu.

– Dê os nomes. - Clary disse.

– Maison, Luke, Diana, Hugo e Pietro, vocês vão pela frente. Calebe, Diana, Andrômeda, ficam atrás, armados. Lilah e eu nos carros, prontos para uma fuga. Catherine você entra na casa. Connor vai junto com ela, ela é muito impulsiva. David seu poder de fogo pode ajudar, e Clary, sempre é bom ter alguém com água por perto.

– Plano feito, vamos ao banho de sangue então. - Cath disse. - Depois, lógico, que eu levar Mariana para um Hospital, ela tá sangrando lá fora.

– Eu vou junto. - Connor se pronunciou. Os dois saíram do galpão, e os que ficaram, foram tomados de silêncio.

– Eu não quero fazer um banho de sangue. - Pietro deu de ombros. Os amigos concordaram.

– Se falarmos isso para Cath é capaz dela nos arrancar os olhos. - Diana falou. - Ela está agindo como uma psicopata maligna que pretende matar o mundo inteiro.

– Acho que é o jeito dela de demonstrar dor. - Luke respondeu.

– De qualquer maneira, isso não vai dar em boa coisa. - Lilah disse, cansada. - Eu vi o que vai acontecer. Na verdade, vi muita coisa. Não deveríamos seguir esse plano.

– O que você viu? - Hugo perguntou, nervoso. Acabara de perder um amigo. Não queria perder mais ninguém.

– Sangue. Mortes. Lágrimas do soldado perdido. E terror. - Lilah respondeu. - Mas não posso dizer nada. Vocês não podem saber quem morre e quem vive.

– Então você está nos mandando pro abatedouro sabendo qual de nós vai morrer, mas não vai dizer nada?! - Calebe instilou raiva em cada palavra dita.

– Minhas visões nem sempre estão certas. - Lilah disse calmamente, como se Calebe não quisesse sua cabeça em um espeto. - Eu posso estar redondamente enganada.

– Então há 50% de chances de você estar redondamente enganada, mas também há 50% de chances de você estar completamente certa? - David concluiu.

– Basicamente. - Lilah assentiu com a cabeça.

– Estamos ferrados. - Luke deu de ombros. - Pelo menos vamos morrer tentando.

– Eu não estou de acordo com esse "morrer tentando". - Calebe se manifestou, com os braços cruzados. - Eu não quero morrer e muito menos tentando!

– Se não é pra morrer tentando salvar nossos amigos, faça pela satisfação de se vingar de quem te deu uma surra. - Daphne disse. Calebe cerrou os dentes.

– Sorte sua de que essa proposta parece bastante tentadora. - Calebe concordou.

– Então vamos esperar Cath voltar. - Grim concluiu se sentando no chão.

~~☆★~~

A cama parecia tão confortável. Eva fora tirada de casa as pressas por um chamado do seu setor. Quase reclamara em voz alta, porque poderia ser a chefe de uma grande e poderosa parte do governo, mas era humana e precisava dormir. Mas mesmo assim, levantou-se, tomou um banho, vestiu-se e pegou o carro. Era na verdade estranho esse fato. Os outros chefes das outras alas da Área 51 usavam o tranportal, uma espécie de teletransporte em um portal, mas ela nunca confiara nisso. Se sentia desumana usando isso. Então apreciava o uso do velho e bom carro. Blindado, lógico. O carro era todo "moderno" com um sistema alterado pela Área 51. Ela achava que os fãs da Marvel pirariam se vissem o carro de Nick Fury desfilando por aí.

Mas ela repensou seriamente a ideia de usar o Transportal quando no exato momento em que saiu da garagem de casa, seu carro foi alvejado com tiros. Ela virou-se em direção ao lugar de onde veio os tiros. Uma caminhonete 4x4 preta estava ali, na caçamba uma metralhadora e dois homens. Eles atiraram mais uma saraivada. Eva se irritou com eles.

Ela apertou um botão no painel, e assim o armamento do carro foi acionado. O banco de trás se dobrou e ali estava uma metralhadora, pronta. Mais algumas armas também. Eva deixou o carro na direção automática e colocou dois revólveres nos bolsos. Pulou para o banco de trás. Havia certa ironia em ter uma metralhadora no carro. Esse era um dos motivos da frase "você deixa o trabalho, mas o trabalho não deixa você" fazer tanto sucesso.

Ela ligou para Will. Iria ter que pegar um atalho, não podia entrar na Área 51 com uma caminhonete no encalço.

– Rota alternativa, procure uma estrada mais vazia!

O carro acelerou e girou o volante, fazendo as rodas derraparem e entrar em uma rua vazia. Havia crianças brincando nas calçadas e ela pulou para frente para buzinar para eles entrarem em casa. Foi um esforço em vão. Quando a caminhonete atrás dela começou a atirar de novo, as crianças correram para dentro. Mas mesmo assim, ela ao invés de só esperar Will atender, resolveu revidar.

Os vidros do carro eram revestidos fortemente, e o carro ainda estava com uma estrutura forte para algumas balas quebrarem o vidro. Ainda estava em alta velocidade, mas se abrisse a janela talvez levasse um tiro. Então apenas continuou dirigindo. O vidro já estava se quebrando.

– Alô. - Will finalmente atendeu.

– Will! Eu estou sendo perseguida.

– Meu Deus! - Will se desesperou. - Onde a senhora está?

– Liga o GPS, eu tenho que dar um jeito de despistar eles! - Eva pediu.

Ela deu mais uma volta inteira no volante, e o carro derrapou mais uma vez. Os carros que estavam a perseguindo seguiram reto. Apenas um deles girou, o outro se chocou com um muro de concreto. Menos um.

Quando um dos passageiros do carro dos seus perseguidores subiu no teto solar, ela pensou que poderia atirar nele. Estava errada. Aquilo era uma distração. Um carro surgiu do nada à sua frente, batendo direto. Ela voou para a frente do veículo, se estatelando contra o vidro. Então o mundo escureceu para ela.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? É, não foi meu "retorno espetacular", mas o próximo sim, que será divamente legal. Então esperem e verão, meus pequenos leitores.
Pra explicar: um carro bateu na traseira do carro da Eva, e ela tava sem cinto, então foi jogada pra frente (lei da física, baby), e apagou. No próximo talvez poderemos saber o que aconteceu com a Evinha dos nossos corações ❤
Nunca escrevi uma nota final tão pequena... É meus amigos, a vida tá ruim.



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