Modified - Interativa. escrita por uzumaki


Capítulo 34
Till the love runs out


Notas iniciais do capítulo

Haya! Sim, era pra mim ter postado amanhã, mas gente... não consegui. Realmente, me controlar por mais um dia não dá.
Era pra mim ter terminado o capítulo amanhã, mas aí eu comecei a ouvir Love Runs Out (One Republic pra quem não sabe) e brotou inspiração.
Fiquei acordada até as quatro e meia (geralmente eu vou até as seis, mas foi um bom horário) escrevendo esse capítulo, que olha, ficou bem legal.
Vamos lá: Dedicado à Sweet Mari e a linda MP que ela me mandou, espero que você seja muito feliz, colega!



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Se Uriah estava com medo? Não, não estava. Mas e se Eva resolvesse cumprir sua ameaça? Ele viu o ódio nos olhos verdes, a força que ela recuperou em um segundo em apenas citar a filha. Será que ela realmente seria capaz de ir atrás dele e arriscar seu emprego? E o pior, será que ela colocaria a operação em risco?

– Theo. - Ele chamou.

Theo entrou. Ele era um homem alto de cabelos loiros e olhos castanhos. Fora colega de Uriah e Eva na época em que ambos faziam faculdade. Tinha sonhos de ser um grande cientista, e foi uns dos autores do projeto do campo eletromagnético em uma espécie de bomba. Tinha uma filha da idade de Allec que Uriah nunca vira. O estranho era que ele nunca dizia quem era a mãe da menina.

– Sim, senhor? - Theo o atendeu.

– Quero que transfira Oliver Sonenclar para a área onde fazemos os implantes de chips. Quero testar alguma coisa, deem um soro a ele, e me esperem. Preciso ver como anda a outra operação. - Uriah mandou. Por um momento pareceu que Theo protestaria, mas logo ele assentiu e saiu da sala.

Era hora de dar uma olhada em Allec. Atrás do armário no seu escritório havia uma sala, onde nenhum cientista trabalhava. Ele entrou ali. Tinha a sala lotada de telas pequenas, conectada a algumas das mais de 500 milhões de câmeras que o governo tinha por aí. Mas a tela principal era tão grande que ocupava a metade da parede. Estava desligada. Ele sabia que ligar os aparelhos causava um tremendo desconforto em Allec, e por mais que o filho fosse uma cobaia, ele era importante. E, além disso, Uriah mantinha certa afeição pelo garoto, ele era seu filho. Claro, Louis teria sido muito melhor, mas infelizmente ele havia morrido sobre circunstâncias mais misteriosas do que qualquer outro assassinato. Deitado em sua cama, com a cabeça cortada, sangrando, enquanto Allec e o pequeno Pietro berravam desesperados. A memória de ambos fora apagada, mas nenhum dos dois nunca foi mais o mesmo.

Afastando esses pensamentos, Uriah apertou o botão verde. A tela principal ligou. A visão que tinha era do que Allec enxergava naquele mesmo momento, ao vivo.

O filho estava no meio de uma conversa com uma garota de cabelos verdes que Uriah sabia ser Catherine no carro. Ela sentava no banco da frente e estava virada para falar com Allec.

– ... Precisamos parar. - Catherine dizia.

Uriah trincou o maxilar e tentou contornar a situação. Tinha um microfone ali que era conectada a parte do cérebro de Allec que enviava as palavras para ele dizer, e ele se inclinou para falar.

– Não, não precisamos.

– Precisamos mesmo! - Cath se irritou. Uriah se aborreceu com a garota.

– Por que você acha isso?

– Porque estivemos dirigindo desde o enterro de Aaron na direção errada! - Catherine se exasperou.

Uriah ficou sem palavras. Apertando alguns botões fez Allec pisar no freio com força. O garoto no banco de trás, Connor, reclamou.

– Cara, não faz mais isso.

– Allec, você tá branco. - Cath tinha uma ponta de preocupação na voz.

– Talvez esteja morrendo. - A outra garota no banco de trás, Mariana, disse, esperançosa.

– Agora não, Ann. - Cath rolou os olhos.

– Por que você não me avisou antes? - Uriah disse no microfone, e ouviu o filho repetir.

– Porque eu acabei de ver o endereço no GPS. - Cath olhou para Allec. - O que você fez, Allec?

Droga, pensou Uriah. Será que Allec havia mudado o endereço? Será que estava acordando?

– Ei, parou por quê? - Uma garota de cabelos castanhos bateu no vidro do carro. Era Maison.

– Allec recém percebeu que está nos levando para longe de Nevada. Estamos dirigindo desde a manhã para longe, e em uma velocidade considerável. - Connor respondeu.

– Vocês lá atrás também não falaram nada! - Cath disse.

– Pensamos que ele soubesse o que fazer. - Maison se defendeu. - E o clima tá pesado lá atrás. Lilah teve um pesadelo louco e a Andy teve que ficar no Camaro para ver o que podia fazer, a loira não quer abrir o bico. Paramos por cinco minutos e vocês nem perceberam. Calebe está repetindo para os quatro ventos que estava certo como sempre sobre você, Allec. Luke está em péssimo humor porque tem marcas de bala na lataria do Camaro. Vocês estão super aéreos!

– O que você pretende fazer, Allec Campbell? - Mariana perguntou.

Mariana era uma incógnita para Uriah. Ele sabia que ela era agente de Eva, a própria garota assumira, mas ele pouco podia fazer. Ela tratara de fazer amizade justamente com a turma que estava ao lado de Allec. Se algo acontecesse a ela, a confiança que ele tinha cuidadosamente lapidado durante cinco dias teria ido por água abaixo.

– Dar a volta. - Allec respondeu, conforme Uriah disse.

– E sobre o clima lá atrás? - Maison perguntou.

– Você, Grim e... Cath? - Uriah perguntou, fazendo Allec olhar para a garota.

– Afe. - Catherine tirou o cinto de segurança e saiu do carro para ir com Maison. - É melhor você parar o carro enquanto estamos resolvendo as coisas lá atrás.

As coisas ficaram calmas por dez segundos depois de Catherine sair. Mariana se soltou do cinto e pulou para o banco da frente. Ficou observando Allec descaradamente.

– Sai daqui Connor. - Mandou.

– O quê? Por quê? - O garoto perguntou.

– Tô com vontade de dar uns pegas no Allec. Você pode ficar aqui se quiser participar, mas sugiro que se retire. - Mariana disse. Connor a encarou e rolou os olhos. Saltou do carro e andou até Catherine.

Uriah sabia que não era coisa de adolescente que a garota queria.

– Tá bom, o que você...

Mariana se inclinou para frente e encostou a boca no ouvido de Allec. O corpo do garoto tremeu inconscientemente. Uriah rolou os olhos.

– Eu sei que é você, Uriah. - Ela sussurrou.

Uriah, na sala de controle, ficou estacado. Suando frio, ele se recusou a deixar que uma garotinha arruinar seus planos.

– Ah é? E o que te faz pensar isso? - Ele perguntou, a voz um pouco trêmula, e que foi repetida perfeitamente por Allec. Mariana sentiu a mudança na voz, um pequeno nervosismo, e sorriu.

– Porque eu sei das coisas. - Mariana respondeu, ainda sussurrando no ouvido do garoto. - Eva mandou um beijo.

Ela tinha uma faca na mão. Cortou de leve o lugar onde a incisão de Allec estava, o lugar onde abriram para colocar o chip. Estava escondido pelo cabelo, mas Uriah sabia que era ali, ele mesmo havia feito o procedimento.

– Eu vou dizer para eles quem é você, Uriah. - Mariana ameaçou, com voz doce.

– Não, você não vai. - Allec repetiu as palavras que Uriah disse. Uriah mexeu novamente nos controles e fez o garoto agarrar o pulso de Mariana.

– Me siga. - Mariana se puxou para trás, abriu a porta do carro e saiu, calmamente. O vento estava forte, e batia no cabelo colorido dela. Uriah pensou em que tipo de emboscado se colocaria se a seguisse. Mas ela revelaria tudo. Podia pelo menos negociar primeiro. Se amaldiçoando, enviou a informação certa para o cérebro de Allec, que colocou suas pernas em ação. Ele saiu do carro e seguiu Mariana. Em pouco tempo a alcançou.

Por mais incrível que parecesse, um pouco mais afastado da estrada havia um galpão abandonado. A porta estava aberta, e Mariana o esperava lá.

– O que você quer? - Allec perguntou.

– Quero que você morra. - Mariana respondeu, se recostando em uma das vigas do galpão. - Não o Allec. Ele só uma vítima sua, Uriah. Quero salvar o garoto que está aí. Sei quando é ele que está acordado. Ele geralmente é muito mais suportável do que você. E no exato momento em que você o controla ele põe a mão na cabeça, sentindo uma dor excruciante. Como teve coragem de fazer isso com o próprio filho?

– Pergunte a sua patroa. Ela sabe o que é entregar o filho.

– Se for tentar me colocar contra Eva não vai conseguir. Ela me contou tudo. E meu pai disse para confiar nela. - Mariana deu de ombros.

– E quem é seu pai?

– O que você acharia se eu dissesse que meu pai amado e adorado é o homem que desgraçou seu maior triunfo? - Mariana sorriu, sabendo que havia pego Uriah no ponto fraco.

– O desgraçado que roubou as crianças. Avenger W-176. - Uriah respondeu, se sentindo tonto.

– Na mosca. - Mariana abriu ainda mais o sorriso. - Parece que você não tá passando muito bem. Deixe Allec em paz e eu posso considerar não dar um tiro em você.

– Eu vou terminar essa missão e vou matar você e seu maldito pai. - Uriah disse. - Eu juro por tudo que eu acredito nessa vida.

– Vamos ver, Uriah. - Mariana parou de sorrir. Os olhos azuis brilhavam de ódio. - Eu sou sua perdição. Vou te destruir. Por cada uma das crianças que morreram durante a inserção do chip, pelas famílias que perderam filhos e por bebês que perderam a vida.

– Antes disso, eu mato você. - Uriah disse.

Que se dane o plano. Ele fez Allec sacar um revólver do bolso e apontar para Mariana. A garota não se mexeu.

– Suas últimas palavras?

– Agora seria uma boa hora para o ataque. - Mariana retornou com o sorriso.

Antes que Uriah pudesse até fazer Allec puxar o gatilho, Calebe se jogou encima dele.

Fora um plano arquitetado por Mariana com a ajuda de Grim. Ela contara a garota que havia algo com Allec, e ela decidira ajudar. Mas precisavam de mais pessoas. Assim, Rafael, David, Hugo, Diana e Calebe, os que mais estavam desconfiados de Allec foram chamados. Aceitaram de bom grado.

Calebe deu um soco em Allec, que pareceu desmaiar.

– Tão fácil? - Ele perguntou. Levantou-se e deu as costas para Allec.

Mas naquele momento Uriah colocava seu mais novo protótipo. Um par de luvas que era conectada a parte do cérebro de Allec que controlava o movimento dos braços, e um par de botas que fazia a mesma coisa com as pernas.

Ele retomou o controle de Allec e fez o garoto se levantar.

– Calebe, atrás de você! - Diana berrou.

Controlando Allec, Uriah deu um empurrão em Calebe, que caiu no chão. Ele pulou encima do garoto, e desferiu socos sem parar. No final da surra, todos estavam paralisados. Calebe estava com o rosto inchado e sangrava. David tentou pará-lo, mas levou tantos socos que quase perdeu a consciência.

Allec pegou o revólver no chão e deu um tiro em Mariana que vinha correndo para ele, que caiu no chão. Infelizmente fora na perna, porque Hugo voara para cima dele, o jogando para frente. Rafael chegou pelo lado e deu um chute em Allec, que não caiu. Pegando o revólver, virou-se e deu um tiro na barriga de Diana, que caiu para trás, criando uma perfeita distração. Hugo correu para a garota.

Antes que Rafael pudesse fazer qualquer coisa, Allec pulou e o puxou pelo ombro. Mas Rafael mordeu a mão que Allec o segurava. Não deveria ter feito isso. Uriah ativou o primeiro chip na cabeça de Allec, o que estimulava os poderes mutantes. O sangue em sua mão começou a se condensar, se transformando em uma espada longa. Allec colocou-a ao redor do pescoço de Rafael, e começou a apertar, fazendo-o soltar um resmungo.

– Foi de raspão, ela está bem. - Grim disse, examinando o corte de Diana. Olhou para trás e viu Allec com uma espada no pescoço de Rafael. - Hugo, olhe Rafael!

– Allec, não. - Mariana grunhiu, se levantando, mesmo com o tiro. Sua perna doía muito, e ela não conseguia se transformar.

– Allec... Uriah. Não faça nada precipitado. - Grim pediu, erguendo os braços.

Allec continuou com aquela expressão que não indicava nada, mas o braço continuava aplicando uma chave de fenda em Rafael. Uriah suava por causa da luta, e não falou nada, tentando recuperar o fôlego.

– Tá maluca? Pede pra ele me soltar logo! - Rafael berrou.

– Andrômeda está ajudando Lilah lá fora, Charlie foi sequestrada e Daphne está com os outros lá fora. Não tem ninguém com poder mental capaz de te salvar. E mesmo assim, os outros nunca chegarão a tempo aqui. - Grim disse.

– Ah, obrigado por destruir minhas esperanças! - Rafael ironizou, impassivo.

– Eu só quero sair daqui. - Uriah disse, sem um pingo de sentimento na voz. Grim sentia a vibração que emanava dele. Ela sabia que ele estava sendo controlado de algum jeito, mas era estranho sentir aquilo.

– Então saia. - Grim falou, sem nervosismo. Suas palmas suavam, mas sua mente estava calma.

– Preciso de um refém, uma garantia. - Allec respondeu.

– Mas que droga! - Diana berrou, com uma mão no ferimento da bala. - Faça alguma coisa ou eu vou fritar Allec.

– Faça isso e seu amiguinho aqui morre. - Allec atestou.

Eles não tinham nada, nenhuma esperança a que se agarrar de que Allec não cumpriria a palavra. Ele havia surrado David e nocauteara Calebe.

– Eles estão sob minha proteção! - Mariana berrou, com uma dor enorme por causa do tiro. - Toque neles e eu juro que esqueço que quero salvar esse garoto Campbell e faço questão de enviar o corpo do verdadeiro Allec para você, Uriah!

– Cala a boca, Mariana! - Uriah mandou, cravando a espada no pescoço de Rafael. Um filete de sangue fluiu. Mariana se calou, mas o olhar animalesco e furioso ainda estava ali. - Eu vou soltar o garoto e sair correndo. Se tentarem alguma coisa ele morre.

Era tanta convicção que Grim ficou estarrecida com a facilidade em que as palavras fluíam, mesmo que não parecesse algo que Allec dissesse.

– Muito bem, eu juro. - Ela prometeu.

– Eu não quero suas palavras mocinha, quero que todos ponham as armas gentilmente no chão.

David soltou uma risada irônica no chão, sem forças para se levantar, mas engoliu em seco quando Allec pressionou a espada na garganta de Rafael de novo. Diana pôs a arma no chão sem hesitar. Sabia que Hugo queria tentar algo para neutralizar Allec, mas Rafael era seu amigo também, e ela temia por ele. Mesmo assim, Hugo demorou em pôr a arma no chão, mas pôs, e logo depois ficou invisível, sem ninguém perceber. Grim largou a pistola.

– Viu? Ninguém armado. Pode deixar Rafael ir ago...

Todos viram quando Allec jogou a cabeça para trás como se tivesse levado um soco. Então Hugo apareceu, com o punho vermelho. Ele havia atingido Allec. Mas Allec se recompôs e deu um chute no peito do moreno, o fazendo cair, enquanto perdia a concentração para manter a espada de sangue e pegava o revólver que antes jogara longe. Hugo tentou recuperar a arma que o próprio havia colocado no chão antes, e Rafael, sem nenhuma vontade de voltar atrás e salvar o amigo começou a correr.

Em três segundos, tempo suficiente para puxar um gatilho, e insuficiente para pegar a arma do chão e mirar em Allec, tudo aconteceu. Então, sete segundos de caos e completo choque. Então Rafael se contorceu e caiu de frente em direção ao chão.

– Rafael! - Um coro berrou. Diana pegou sua arma antes colocada no chão e mirou em Allec, que correu, sem que ela conseguisse mirar direito. Sabia que tinha apenas uma chance e atirou. Errou. Allec saiu correndo, trôpego em direção da saída. Mariana não conseguiu se transformar em nada, e Grim correu para acudir David e Calebe.

Hugo e Diana se atiraram aos pés de Rafael, que já respirava com dificuldade. A bala perfurara o pulmão. Era uma questão de minutos até o inevitável acontecer.

– Eu nunca... Nunca pensei que... Morreria assim. - Rafael disse, com uma ponta de humor.

– Guarde sua respiração. - Hugo mandou. - Nós podemos concertar isso.

– Não pode nos deixar. Quem vai ser a luz da nossa vida agora? - Diana sorriu para o garoto. Rafael riu, sem ar.

– Vocês foram os... Melhores amigos... Que eu podia ter. - Rafael disse, reunindo ar. Então virou-se para Hugo. - Lembre que o meu carro... Tem que estar em casa... Minha mãe... Vai me matar.

– Cala essa porcaria de boca, você mesmo vai voltar. - Diana o fez parar.

– Eu... Saibam que nem em um milhão de anos... Nunca mesmo... Eu ia me arriscar pra salvar seus traseiros... Mas eu fico contente de que tenham... Tenham feito isso por mim.

Sua mente estava nebulosa. A dor era tanta. Sem ar, resolveu parar de lutar. Entregou-se a morte. E ela o abraçou como um véu. Seus olhos apagaram a luz, coisa que ele nunca teria feito. Ele nascera para ligar as luzes e fazer uma festa, não para desligá-las. Mas assim foi. Sua cabeça tombou e seus olhos reviraram nas órbitas.

Diana e Hugo começaram a chorar. Hugo realmente chorava, sem se importar. Seu melhor amigo jazia sem vida em seus braços. Como deveria se sentir? Lembrou-se da primeira vez que o viu, apenas um menino magricela com cabelo castanho cacheado e olhos escuros. Rafael sempre fora um tremendo idiota, sempre tirando sarro e fazendo piadinhas, e agora se fora. Ficou ali com Diana por sete minutos, até todos os outros amigos chegarem no galpão e encararem, chocados, Rafael morto, Calebe desmaiado, David sendo levantado por Grim, e Mariana baleada.

– Vamos enterrá-lo. - Diana disse, enxugando as lágrimas, os olhos azuis com uma coloração vermelha. Tudo que Hugo fez foi concordar. - E depois arrancar a cabeça de Allec.

Hugo não podia concordar mais com essa afirmação, mas apenas concordou com a cabeça de novo. Abraçou Diana, tentando reencontrar forças, mas ela não estava a fim de abraçá-lo. Tomou seu rosto com as duas mãos e o beijou.

David quase engasgou quando viu a cena. Teria com certeza pigarreado, feito alguma coisa, mas Grim o impediu com um olhar frio. Então, engolindo o nojo de ver a irmã beijando um garoto que ela tinha que ficar na ponta dos pés, ele se virou e foi socorrido por Clary, Andrômeda, Pietro, Maison e Luke.

~~☆★~~

"Oi" dissera o garoto de olhos castanhos. "Meu nome é Rafael"

"Meu nome é Hugo" o outro menino, de olhos azuis disse. "Novo na vizinhança?"

"Acabei de me mudar" Rafael contou. "Sabia que Rafael é o nome de um anjo?"

"Sério? Legal"

"Eles emanam luz" Rafael parecia contente por saber o que significava o próprio nome, e Hugo teve o cuidado de não dizer que pouco se importava. "Pelo menos é o que minha mãe disse, mas eu não sei o que é 'emanar'“.

"E o que significa Hugo?" o garotinho testou o outro. Rafael deu de ombros.

"Está perguntando pra mim? Quem deveria saber era você, oras" Rafael respondera. Hugo sorriu.

"Acho que podemos ser amigos" ele dissera. Rafael sorriu, sem um dente.

"Se me envergonhar vou fingir que não te conheço"

"Combinado"

E eles apertaram as mãos e Hugo chamara o mais novo amigo para entrar e comer sorvete e jogar videogame, porque é isso que dois garotos de oito anos que acabaram de se tornar amigos fazem.

Não pensam na hora em que verão o outro morrer, se é que se lembram do destino inevitável da humanidade nessas horas. Apenas agem como crianças.


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Notas finais do capítulo

Eu e minha vontade de fazer coisas filosóficas sempre que mato alguém u.u
Nanda Mason minha querida, cumpri o prometido, lembra?
Eu sempre atendo vocês, e bem, ela pediu que eu matasse o Rafa.
Vamos lá: expliquei como o Uriah pode controlar o Allec, isso é legal.
Hugiana! Amei isso, e acho que coloquei bem no contexto do capítulo. Allec fugiu :v mas é lógico, se ficasse teria levado um tiro (talvez dois)
Acho que é fácil saber que: Allec não voltará tão rápido com as Modificados aí. Especialmente agora. Mas, espero que vocês saibam que ele vai voltar, e não vai ser sozinho.
A Carol deve ter tido um treco com o pequeno trecho da Mariana com o Allec, mas repetindo: não vai mais acontecer, querida. O mundo sabe que a Mari é descarada mesmo.
Agora só ano que vem galera, acho que fechei esse ano com chave de ouro (sempre quis dizer isso) pelo menos aqui na Modified.
Eu tava esperando mais de vocês comentarem no último, mas nem sempre vocês podem ficar online, e espero que esse capítulo tenha muitos reviews (de preferência tamanho bíblia ~Lee Hime~)
Até ano que vem!