Por um acaso escrita por Madu Kordei


Capítulo 3
Capítulo 3 - Anjo, sem asas.


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, acho que ficou grandinho, mas em fim, espero que gostem... É isso aí fui!



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– N.. Não moço, não faz nada comig.. comigo, por fav... - Disse eu levantando a cabeça. - Aquele topete era familiar.

– Calma linda, o que aconteceu? - Disse o garoto com uma voz que me encantou, e eu já tinha certeza de quem era.

– LEÓN? - eu disse muito surpresa

– Você me conhece então? - Disse ele sorrindo, tirando o cabelo do meu rosto, molhado por conta das lágrimas.

– A..AI MEU DEUS - cobri o rosto - desculpa

– O que aconteceu contigo? Vem aqui.

Ele me levantou, e me levou até a van, e me ajudou a subir as escadas, eu sentei no bando de trás, e lá ficou: eu o León, o Maxi, e o Marco.

– Eu amo vocês. - Eu disse em uma mistura e choro, falta de ar, e dor, muita dor.

– Ei, relaxa não precisa se preocupar com isso agora, olha o seu estado! Está quase sem ar. - Disse Marco preocupado

– Olha pra mim, para de chorar tá bom? Chegar lá você conta tudo pra gente tá?

– Mas Maxi...

– Mas nada! Você vai ficar com a gente agora, nós queremos cuidar de você, e saber porque você está assim.

– Tá tudo de errado na minha vida Maxi! TUDO ERRADO.

– Relaxa, você tá com a gente não tá?

– Sim, mas era pra ser diferente...

– Relaxa, já estamos chegando.

(...)

Chegamos, o León me ajudou a descer as escadas da van de novo.

– Ai, León você tem aquele inalador lá? - Disse Maxi

– Tenho sim, eu uso direto.

– Ué cara, cê tem asma? - Disse o Marco.

– Não né babaca, eu também fico com falta de ar quando eu vou treinar.

– Cala boca, e vamos logo pra lá cara!

Subimos naquele elevador grande, cheio de botões, e com um espelho enorme, que ali eu pude ver minhas marcas, eram horríveis, eu sentia nojo de mim, e ainda chorava, pois já deviam ter apagado o fogo... Sentia raiva de mim, por não ter ficado lá com a minha vó, nada disso teria acontecido, eu? Eu estou morrendo de vergonha por ter dado tanto trabalho para os meninos, nunca imaginei que um dia ia acontecer isso comigo, nunca imaginei que poderia encontrar os meus ídolos, assim, dessa forma, depois de acontecer tanta desgraça na minha vida. Devo uma vida inteira para eles, eles são os meus anjos.

"Mas eu só quero lembrar que de 10 vidas, 11 eu te daria"

(...)

– León, eu já tomei inalação. - Eu disse ainda com lágrimas no rosto.

– Beleza. - Disse ele vindo na minha direção.

– Posso te abraçar?

– Quando quiser. - disse ele estendendo os braços.

– Eu te amo muito - Levantei, e o abracei. - Desculpa tá? Eu não queria causar isso desculpa mesmo.

– Ei... Ei, pode parando! Se eu falei pra você vim com a gente não foi por qualquer coisa, mas eu quero saber o que aconteceu contigo, quero saber porque você está assim, por favor, me conta?!

– Não... Não precisa se preocupar comigo!

– Claro que precisa! - Ele me apertou.

– Ai... León, não aperta!

– Eita, desculpa. - Disse ele decepcionado. - Você pode me contar agora?

Expliquei tudo pra ele e para os meninos, eles entenderam tudo, eu comecei a chorar, que cena horrível! Eles cuidaram de mim como se fosse meus irmãos, me falaram muitas coisas, eu não podia acreditar que aquilo estava acontecendo, os meus ídolos me ajudando, mesmo sem pedir, como isso acontece? Porque aconteceu isso justo comigo?

– Nossa, que idiota, escroto, nojento esse cara velho! - Disse o Maxi muito revoltado.

– Vem cá princesa, relaxa, agora você está aqui, com a gente, nada pode te machucar, ou te fazer mal, tá? ele sentou do meu lado, e me abraçou

– Maxi... Não aperta, por favor. - eu disse com cara de dor.

– Não mas é que você é tão fofi...

– Cala a boca Maxi! Não aperta a Vilu.- Disse o León

– Eu amo vocês demais, obrigado por ser tão maravilhosos, eu sabia que os meus ídolos eram tão maravilhosos, agora tenho certeza, e me orgulho de ser fã de vocês, além do talento enorme que vocês tem, dão amor que as fãs precisam, e são super carinhosos, eu poderia ser uma mendiga, ou uma bebum, e vocês estavam ali me chamando pra entrar na van de vocês, poderia ser muito perigoso cara! Não faz mas isso!

– Como assim? Uma menina tão bonita como você ser mendiga? bebum?

– No estado que eu estou né. - disse eu chorando.

– Você é linda, para com isso. - León disse tentando me acalmar.

– León, para não adianta, eu sei que estou ridícula, essas marcas daqui não vão ficar no meu corpo, mas vão ficar pra sempre em minha mente, isso é dolorido, isso doí muito, ser abusada forçadamente, eu não queria isso pra mim, nem pra minha pior inimiga.

– Eu também não queria isso pra você, mas você continua sendo linda!

– Mas agora... Eu tenho que voltar pra casa.

– QUÊ? CLARO QUE NÃO! - León disse num tom de voz alterado.

– Não grita cara. - Disse Marco

– Desculpa, mas daqui você não sai Violetta!

– Ma..Mas, León onde eu vou ficar?

Aqui – disse os três em coro.

– Enlouqueceram? Ficaram malucos? Não, eu não posso ficar aqui.

– Você querendo ou não, você vai. - Disse o León simples.

– Não dá León, eu vou incomodar vocês! - fiz drama. - não rola.

– Ah para Violetta, não vai incomodar nada!

– Mas León... - Maxi tampou a minha boca

– Mas León nada! Levanta e vai tomar um banho.

– Nossa, mas eu não conheço nada aqui é diferente da minha casa, sabia?

– Quer que eu te mostre onde é o banheiro? Ótimo, aproveito que eu estou sujo, e suado! - Disse León maliciando.

– Cala a boca León! - pensei: "ufa" – Eu que vou - Disse Maxi!

Não, o Maxi não tinha jeito, nem o León.

– Deixem de ser babacas! Deixa a menina em paz velho, o banheiro é lá em cima. - Disse o Marco irritado com tanta infantilidade, assim como eu.

– Obrigada Marco! - Disse aliviada. - Mas aê, vocês tem lingerie? Camisola?

– É mesmo né, nem pensei nisso, mas acho que o Maxi tem hahaha. - Disse Marco debochando

– Relaxa, só vai lá em cima e veste uma blusa minha, pode ir lá explorar meu quarto.

– Tá. - Disse se levantando do sofá.

Subi as escadas, e a chave da porta do quarto, já estava na tranca, apenas girei a chave, o quarto era incrível o cheiro do León exalava naquele lugar, o quarto era muito simples, com as cores preta e branca, era maravilhoso. Tirei aquela calça jeans, e aquelas blusas. E então percebi um espelho, ao lado da cama de León, fiquei ali, semi-nua, apenas olhando aquelas marcas em meu corpo, cicatrizes que jamais sairão da minha mente, e aquelas cenas voltaram como se eu estivesse lá novamente, com a mesma vontade: Morrer.

Abri os meus olhos e o choro tomava conta de mim, me via horrorosa. A mesma menina que sofria bullying na infância: magrela, loira burra, quatro olho, esqueleto. Eu me odeio a cada dia mais, já estava vermelha de tanto chorar.

O espelho, aquele meu melhor amigo, virou o pior inimigo, porque ali eu via quem eu não queria ver: A coitada, a garota que assistiu a mulher que mais cuidou dela nesse mundo ali, no chão morta. A garota que foi estrupada a garota que não tinha amigos, e os que tinha era raridade. Ali me encontrava, destruída com o que eu estava acontecendo.

Quando algo me interrompeu meus pensamentos, o barulho da porta abrindo. Putz! deixei a porta encostada.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, beijos! C:



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