Prometida escrita por Viictoria Jonas


Capítulo 2
Sombras


Notas iniciais do capítulo

gente, como prometido, o primeiro capitulo!



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O sol se punha ao sul e assim mais um dia se passará e com ele mais uma noite surgia. Estará muito frio, o vento era tão cortante que me fazia embrulhar cada vez mais no meu casaco de lã. Uma leu bruma cobria os meus pés calçados de All Star cor de rosa que havia ganhado da minha mãe no começo do ano. Antes do acidente. O acidente que mudou a minha vida. Seria mentira se eu disse se que não sinto mais dor. É claro que eu sentia, mas talvez seja, em minha opinião, as lembranças do passado que me assombra e não o presente. Essa perda teve uma grande influência sobre mim. Já se passará 6 anos desde que meu pai morrera. Eu tinha apenas 10 anos quando aconteceu, mas eu já sabia exatamente como a morte funcionava. Sabia que ele não iria voltar do trabalho e me colocar para dormir, sabia que não iríamos voltar a jogar futebol no quintal ou tocar piano quando chovia. Ele não iria voltar. Depois da morte do meu pai, eu não conseguia comer, meus pensamentos eram apenas voltados para ele. Eu e minha mãe não trocamos uma palavra sobre isso, mas eu sabia o quanto ela sentia essa perda. Ai veio o Brad. Jovem, quatro anos mais novo que minha mãe, bonito, expira energia e queria reconstruir o coração dela. E conseguiu, logo depois já estavam em casa.

Brad é um cara super legal, mas não é como meu pai. Eles são opostos em tudo que fazem, mas foi ele quem fez minha mãe sorrir.

Minha mãe teve um filho com ele, o Tyler. Ele é um pouco... Agitado, podemos dizer que ele é meio hiperativo, mas era muito engraçado e legal, eu sempre o ajudava.

Foram eles que me fizeram levantar diversas vezes quando eu não tinha forças. E foi para a Beck que eu confidenciei todos os meus segredos e lágrimas.

Rebecca era minha melhor amiga desde que eu me entendo por gente. Nós nunca tivemos segredos.

 

Estava em frente ao túmulo do meu pai, ia sempre lá para pensar ou quando estava triste, isso me ajudava. Senti uma vibração na minha coxa direita. Era meu celular.

- Oi mãe- disse depois de conferir o visor

- Filha, o jantar já está indo pra mesa - disse ela

- Tudo bem, mãe, já estou indo - desliguei o celular.

Passei a mão pelo túmulo do meu pai

- Tchau pai, eu te amo - murmurei

Quando me dei conta, uma lágrima escorreu por meu rosto. Consegui me levantar em direção à porta.

No meio do caminho, senti um vulto passar. Olhei à minha volta, mas não havia nada, devia ser impressão minha.

Ao sair pela porta, pude sentir um olhar frio me fuzilando. Meu corpo estremeceu. Olhei para trás novamente. Nada. Abracei-me envolta do meu casaco e dei passos longos em direção meu Honda Fit

 

Hey mãe - disse ao entra em casa.

Sinto um puxão na minha calça. Olho para baixo e vejo um par de olhos verdes me olhando com um sorriso no rosto.

- Oi Tyler

- Oi Emy - comecei a subir as escadas com ele no meu calcanhar. - Sabe o que eu fiz na escola hoje? - ele não espero a minha pergunta - Fomos ao parque, ao parque! A gente até brinco no trepa-trepa [N/A: não levem pro outro lado, ele é pequeno, tem muito o que aprender] até o Colin cair - e ele seguiu falando.

Entrei no quarto, joguei meu celular na cama e liguei o computador. Percebo finalmente que Tyler parou de falar.

Sentei na cadeira do computador e exclamei:

- Puxa! Que dia bacana. Tirando o coitado do Colin. E eu também adoro soverte de chocolate e você sabe disso! Eu adoraria levar você ao parque.

Era sempre assim com o Tyler. Tem que deixá-lo falar tudo e depois responde com muito entusiasmo.

Seus olhos cintilaram

- Você promete?

- Juro solenemente

Escuto alguém bater na porta aberta. Era Brad com um sorriso estampado no rosto.

- E ai moçada? O que vocês estão aprontando?

Tyler correu até ele.

- Emy vai me levar no parque e pagar um sorvete de chocolate.

- Eu só prometi o parque - lembrei-o

- Vem duzo- rebateu sorrindo

- Se diz INCLUSO Ty - disse Brad passando a mão em seus cabelos.

O garanti apenas deu de ombros.

- O jantar já está pronto - ecoou uma voz no corredor

- Ei, que reunião é essa? - exclamou mamãe ao entras no quarto e se se encostando ao peito de Brad

- Emy vai me levar ao parque e vai comprar um soverte de chocolate

- Eu não disse nada sobre soverte

- É duzo

- INCLUSO - corrigiu Brad e minha mãe juntos.

O jantar foi quase assim, ele falava e falava, nós só corrigiamos. Mas houve um momento enquanto Tyler dizia alguma coisa, Brad murmurou à Megan (minha mãe),[N/A: esqueci as apresentações :$] que houve mais uma morte.

Aquilo me fez estremecer.

Havia acontecido outras vezes na cidade no decorrer de um mês. Uma das garotas do primeiro ano também já foi atacada, mas conseguiu sobreviver. Só não conseguiu lembrar-se do atacante, e nos exames de DNA saiu como inexistente. Eu imagino o que ela deve ter sentido, ser atacada e ainda sobreviver, tudo que ficou na sua memória, deve lhe fazer mal, ainda mais aqui no Kansas, onde todos ficam sabendo. Às vezes, penso que o que eu sinto, deve ser parecido.

Estremeci.

Mas além de ter feridas por dentro, como eu, continha provas por fora.

Após eu checar meus e-mails e fazer a lição de casa, que eu não tive vontade de faze, em vez disso, detei na cama e fiquei presa no redemoinhos dos assassinatos, adormeci.

 

Estava no cemitério, o mesmo que havia estado hoje de tarde. A bruma cobria o chão gelado e do leste vinha uma névoa. Ajoelhada em frente ao túmulo do meu pai, comecei a sentir um calafrio, estremeci e me abracei. Senti um vulto preto passando, mas achei que fosse Jerry, o coveiro, então não liguei muito. Mas comecei a sentir mais vultos pretos se aproximando. Ao olhar para trás, eu me deparo com um homem. Não, não era um homem. Era um garoto, devia ter a minha idade, mas seu físico aparentava mais velho. Ele era extremamente forte, sua pele era pálida, tinha ombros largos, cabelo cor de mel e olhos azuis, um azul profundo e era bem alto. Definitivamente não era Jerry. Mas seu semblante era perigoso.

Fiquei fitando-o e ele retribuiu.

Não sei por que senti algo estranho que nunca havia sentido antes, mas não era uma sensação ruim; pelo contrário. Levantei-me ainda o fuzilando. Ele começou a se aproximar. Algo me hipnotizada.

De repente um clarão invadiu a paisagem.

Acordei suando frio. Levantei da cama com a cabeça girando. Estava meio zonza, mas mesmo assim cambaleei para o banheiro lavar meu rosto. Ao me olhar no espelho, percebi que estava extremamente pálida. Prendi o cabelo e lavei o rosto e voltei ao espelho. Eu continuava ofegante. Sai do banheiro e me sentei na cama com perna de índio. Fiquei pensando no sonho. Será que foi um pesadelo, um aviso, um sonho qualquer, fome, ou um excesso de pensamentos? Optei pela fome e fui comer alguma coisa, ver se surgia efeito. Desci as escadas silenciosamente. Chegando à cozinha, abri a geladeira e peguei um suco de laranja (meu favorito) e um pacote de bolacha. Comi em cima da bancada. Até que me senti melhor. Guardei tudo e detei na cama. Demorei um pouco para dormir, mas consegui. Teria aula no dia seguinte, não queria chegar lá parecendo uma vampira.

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Notas finais do capítulo

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N/A: heey people, espero que tenham gostado desse capitulo, foi meio sombrio mas eu adoreei escrever. UHASUAHUHSUAHSU

estarei postando também a fic na pagina da minha amiga isa, quando estiver tudo prontinho aviso vocês

espero comentários

xoxo



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