My sister, my queen escrita por Annary Morgensterse


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Meu décimo capítulo!!
Tudo bem, tudo bem, é o nono, mas ainda assim é o décimo. Tive um trabalho especial com esse, para escolher o PoV, para conseguir escrever no PoV que escolhi, para ter tempo para escrever... Então peço desculpas por isso, e espero que gostem, apesar da definição dos primeiros parágrafos que não consegui alterar.



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PoV Alec
Essa era oficialmente a pior semana da minha vida.
Se eu não sentisse que era meu dever me manter no controle já teria desabado. Jace estava em algum outro lugar, já não o via à dias. O pai de Magnus, seja lá quem for, continuava a sugar a energia dele, o que fazia ele ficar muito fraco, e ainda assim ele ajudava Luke comigo, que estava desesperado pela distância de Jocelyn. Ah, é claro que eu não podia esquecer a proximidade da minha irmã com o vampiro.
Estava sentado próximo a Magnus dentro da casa para qual os Crepusculares haviam nos levado no primeiro dia naquele inferno –literalmente inferno! –, quando Luke entrou pela porta, cambaleando. Me levantei imediatamente para ajuda-lo.
–E aí, pessoas? –Magnus disse, a voz arrastada com um pouco de divertimento. –Vamos às apostas diárias! Quem acha que o lobisomem não conseguiu achar o lugar onde sua amada está sendo mantida como prisioneira levanta a mão!
Ele levantou a mão, e recebeu vários olhares de incredibilidade dos outros, incluindo o meu depois de ter ajudado o Luke a sentar.
–Sério que ninguém adivinhou que ele não ia conseguir nada?? Que tipo de pessoas vocês são? Até o Presidente Miau adivinharia isso.
–Somos pessoas gentis, Magnus. Pessoas gentis que ainda tem a esperança de sair daqui.
–Gentileza está fora de moda, Isabelle. E até parece que alguma fada vai vir até aqui depois de causar uma guerra contra Sebastian e a equipe de mau gosto dele e nós libertar para nos juntarmos a Corte Seelie na batalha final tudo ou nada pela liberdade.
–Sabemos que isso não vai acontecer, Magnus.
–Bem, então não sei porquê estamos discutindo isso, já que as fadas são o nosso único meio de sair desse lugar.

–Sabe que as fadas não são nosso único meio de sair daqui, Magnus. –Disse, indo me juntar a ele no chão.

–É verdade! –Simon disse, no que parecia ser a primeira vez que ele estava empolgado, e eu o entendia nisso. –E o seu pai, Magnus? Ele é dono de Edom também, não é?

–Não me lembro de você naquela cela quando eu falei sobre isso, Sheldon.

–As notícias correm em espaços pequenos –respondeu Simon, dando de ombros.

–Sei. Lobisomens também correriam se eu não estivesse tão cansado para uma temporada de caça estilo século XVIII.

–Magnus, acha mesmo que vale ficar aqui para sempre ao invés de chamar seu pai? Porque se demorar muito, os únicos que vão ficar aqui somos, eu, os imortais lá de dentro e você fraco por seu pai continuar sugando sua energia infinitamente.

–Vai por mim, Sherlock, não gostaria de lidar com o meu pai.

–Você ao menos sabe quem ele é? –Izzy começou, com uma cara furiosa. –Porque, tipo, você nunca fala sobre ele. Nem ao menos sabemos quem é ele, muito menos os danos que ele pode causar.

–Quer ouvir os danos em ordem alfabética ou na ordem que eu já conheço? E por que estamos aqui falando dele sendo que podíamos estar armando um plano de fuga que não envolve ele?

Fechei os olhos e tentei me desconectar do mundo enquanto eles discutiam. Não me parecia algo em que eu pudesse interferir. De qualquer forma, meu símbolo parabatai começava a me fazer sentir algo estranho sobre Jace. Desde todo o tempo que ele foi separado de nós, me concentrei na Runa, na esperança de ter alguma notícia, além de ter circulado toda a fortaleza em busca de qualquer lugar em que ele pudesse estar sendo mantido, mas todas minhas tentativas foram em vão, sendo que tudo o que eu sentia era um pequeno incomodo.

Digo, sentia, porque agora era eu quem estava realmente incomodado. O incômodo de Jace tinha parado e já não podia saber o que estava acontecendo do outro lado.

–Lucian –disse,abrindo meus olhos novamente –,você não achou Jocelyn, mas e Já...

Não tive tempo de terminar a frase. De repente, sem nenhum tipo de aviso prévio, a terra começou a tremer, jogando cada um de nós no chão ou em cima dos outros. Passou-se mais ou menos meio minuto antes do tremor parar e luzes vermelhas começarem a preencher toda região. Mais um minuto e os tremores voltaram, acompanhados de sons enlouquecedores e das luzes vermelhas, e tudo voltou a ficar normal depois de uns três minutos.

–Mas que merda foi essa?! –Izzy falou, se levantando e levantando Simon com ela, mas não teve muito tempo de esperar uma discussão sobre luzes mágicas e assustadoras se ascendendo do nada no que deve ser todo Edom, já que o Diurno saiu correndo com uma expressão aterrorizada no rosto, provavelmente querendo ver se achava Clary depois dessa pequena –ente aspas –confusão, e ela foi atrás.

–Alec, o Magnus!

A voz de Luke me focou. Eu estava em cima de Magnus, e ele estava terrível. Me levantei logo, pensando que deixa-lo sem um peso nas costas –literalmente –o faria melhorar, mas tudo o que ele fez foi mudar para uma posição fetal, o rosto contorcido de dor e as mãos ao redor da cabeça, protegendo as orelhas como se estivesse se protegendo de um som alto que nós não pudéssemos ouvir.

–Magnus, o que está acontecendo? –Disse, com as mãos sobre as dele, na esperança de o reconfortar. Nunca tinha o visto tão... frágil.

–Meu...meu pai –começou, ofegante. –Ele está perden...perdendo a paciência. Quer que eu escolha.

–Você não pode! Disse que era perigoso, que os riscos eram enormes!

Ele abriu os olhos e olhou para mim, como se implorasse.

–Alexander, eu não menti. Os riscos são enormes, mas para mim. Estava sendo egoísta, não queria sofrer. Mas, a essa altura, acho que valerá a pena se você e os outros forem para casa.

Respirei fundo, apertando a mão dele. Lucian já tinha se afastado, olhando para a janela em busca de Iz e Simon, nos dando privacidade.

–Ainda não entendeu, não é? –Disse, juntando toda a minha coragem. Nesse momento aquele Destemor seria ótimo. –Se há riscos pra você, há para todos nós, principalmente para mim. Eu te amo, Magnus, e não posso aceitar você se colocar em risco só para nos mandar de volta para Idris.

Ele se levantou, pegou meu rosto em suas mãos enquanto eu estava paralisado. Seus lábios encostaram nos meus, os abrindo com cuidado, e depois mais intensamente. Me deixei levar, pela primeira vez desde que chegamos em Edom, sem pensar nas consequências.

–Asmodeus –ele disse.

–O quê?

–Meu pai. Um dos nove Príncipes do Inferno. Se chama Asmodeus.

Fiquei perplexo por alguns segundos, juntando cada peça. Se era um dos nove Príncipes, tinha caído com Lúcifer. E então, a pedra de luz mágica...

–Na estação de metro...A pedra de luz...

–Eu te avisei. Não é algo que é empolgante de se saber.

Ele terminou a frase e mais uma onda de tremores nos atingiu, seguido pelo barulho e pelas luzes, e pelo retorno de minha irmã e do vampiro. Lucian se agarrava em um dos encostos de uma cama, enquanto eu abraçava Magnus e Iz fazia o mesmo com Simon.

Antes que se inteirassem os três minutos médios que o ataque de Asmodeus durava por vez, uma das paredes da casa explodiu sobre nós, fazendo que nós nos protegêssemos da poeira e dos destroços. Antes que a poeira se abaixasse, um vulto musculoso surgiu atrás do que antes era uma parede.

–Temos pouco tempo antes que os Crepusculares apareçam e nos impeçam, então Kaelie está buscando nossas armas. Ao que me falaram, vamos ter que esperar por todos os resgates, mas temos chances.

A poeira se dissipou, revelando um Jace com cara de quem faria alguém pagar por tudo que aconteceu e uma Kaelie com todas as nossas armas. Izzy correu, com os braços estendidos em direção a Jace, que concluiu o abraço enquanto eu e Magnus nos levantávamos.

–Kaelie? –Luke começou, olhando desconfiado. –Você não é da Corte Seelie? O que está fazendo aqui?

–É simples! A Corte Seelie declarou recentemente uma guerra contra Sebastian e a equipe dele. Podemos libertar vocês daqui, isso, é claro, se aceitarem se juntarem a nós na batalha final.


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Notas finais do capítulo

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