My sister, my queen escrita por Annary Morgensterse


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!! Muito feliz aqui, eu tenho 55 leitores agora! Muito obrigada a todos que deram uma chance a essa história, um obrigada maior para aqueles que comentam. Espero que gostem desse capítulo!



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PoV Clary

Bem, não era realmente uma escolha difícil ter que escolher entre não ficar sabendo de nada e ficar deitada olhando para o nada morrendo de tédio ou controlar um conselho de guerra fazendo um papel que eu estava tentando evitar. Os dois eram péssimos, mas em uma eu saberia e na outra não. Optei pela segunda opção.

–Vou buscar uma roupa no quarto de cima, então.

–Eu cuido disso –Sebastian disse. –E é melhor eu te encontrar ao menos sentada quando eu voltar, ou retirarei a opção de te levar comigo.

Me sentei na cama enquanto ele saia pela porta, deixando-a aberta. A convicção dele que eu não ia sair por aquela porta era tão irritante que eu teria saído por ela e feito alguma besteira só para desafiá-lo, mas a dor tinha aumentado de 9 para 100 em uma escala de 0 a 10.

Poucos minutos depois meu irmão voltava para o quarto, carregando um tecido preto entre os braços, que estendeu automaticamente para mim.

–Se vista logo, irmãzinha. Estão esperando por nós.

Olhei sugestivamente para ele, que permanecia parado olhando para nenhum lugar específico.

–E então? Não vai sair para que eu me troque?

–Acho que não.

Bufei alto e claro.

–Então pode se virar, ao menos por enquanto?

Ele se virou, mas claramente não tinha vontade disso. Resolvi aproveitar todos os 3 minutos de paciência dele sem enrolar, jogando para longe do meu corpo o vestidinho verde que agora estava todo estragado e vestindo o preto, que poderia não ser extravagante se eu tirasse todas as pedrinhas, todas as rendas e todos os enfeites a mais.

–E então? –Perguntei quando acabei de arrumar a veste no meu corpo. –Por que só agora resolveu criar um conselho de guerra para acabar com a Corte das fadas.

–Não foi como se eu quisesse uma guerra. Terei várias baixas antes de ganhar definitivamente. Infelizmente, a Seelie não está se importando com baixas no momento.

–O que a fez querer uma guerra contra você, sua imortalidade, todos os seus Crepusculares e Lilith?

–Eis o que precisa saber –começou, passando os braços por trás das minhas pernas, me levantando e começando a me levar do quarto, com mais cuidado que eu esperava. –Eu e a Corte Seelie tínhamos um trato quando eles me ajudavam. Eles te ajudam, você ajuda eles, coisa básica em uma batalha. Simplesmente resolvi que o preço dela era pesado demais para mim.

–E qual era o preço dela?

–Já isso –respondeu, com um sorriso irritante no rosto –, não faz parte do que você precisa saber.

Continuamos a seguir em silêncio, Sebastian com passos lentos por estar me carregando. Quando chegamos à sala semicircular, além de estar com o corpo do demônio Behemoth, ela já estava cheia de Crepusculares, que abriram passagem para a nossa passagem, a maioria me olhando com um ódio discreto, que só seria percebido se você estivesse desconfiado e prestando atenção, assim como eu. Meu irmão me levou para o trono leste, onde me colocou e se inclinou, colocando os lábios na minha orelha.

–Sorria, Rainha de Edom –sussurrou, os lábios quentes se levantando, como se ele estivesse sorrindo.

– Eu sentaria para esperar, se fosse você –respondi baixinho, enquanto ele saia de perto de mim indo para o meio do palanque emitindo um som que achei que fosse algum tipo de risada contida.

–Irmãos! –Ele disse, em um tom alto para que toda sala pudesse ouvir. –Nossa última batalha foi um sucesso!

Ouviu-se gritos de vitória por toda sala. Percebi que era a primeira vez que Sebastian agradecia –entre aspas –pela vitória que eles tiveram sobre o Time do Bem em tamanho estendido. Eu tinha imaginado isso, claro, mas algo me fazia querer acreditar no contrário.

Suspirei baixinho e virei minha cabeça para a janela atrás de mim, a que estava toda rachada e antes era uma passagem para Idris. Me lembrei de Hodge, Jace e até mesmo Valentim, e de todo o seu amor por aquele lugar. Me sentia como eles agora. Sabia que jamais veria a Cidade de Vidro novamente. Jamais sairia daquele lugar. Ao menos todos estavam salvos. Imaginei o que estariam fazendo lá: a Consulesa se culpando, Robert e Maryse quase morrendo de preocupação e a pequena Emma se achando a mais culpada de estarmos aqui. Ou talvez nem se importassem mais. A decisão foi nossa, afinal. Exceto pela minha mãe, Luke e Magnus. Eles...

–Gostaria de se defender da acusação, Clarissa?

Ouvi a voz elevada do meu irmão. Possivelmente já tinha tentado falar em um tom mais baixo e não obteve resposta. Virei rapidamente a cabeça para ele e para os Crepusculares, que me olhavam como um adulto olha para uma criança que foi deixada perto de doces e comeu tudo: já sabiam que ia acontecer.

–Ahhh, será que você poderia repetir? Acho que perdi alguma coisa.

Sebastian deu uma risada contida, o que automática e involuntariamente me fez sorrir para ele.

–Bem que você disse que ela não estava prestando atenção, Amatis. Agora–ele retornou a fala, ficando em uma posição que o permitia olhar para mim e para os Crepusculares –,repetindo o que eu disse anteriormente para que nossa amada rainha possa ouvir, a rainha da corte das fadas está fragilizada atualmente. Se esperar mais alguns meses, estará ainda mais, o que transmite a ideia que o ataque será imediato. Devemos...

–Espere um pouco! –Intrometi a fala de Sebastian. –Por que a rainha estaria fragilizada?

–Não te contaram, minha rainha? –Amatis disse, virando o corpo na minha direção, com um sorriso cruel no rosto, um sorriso que eu já tinha visto na cara do meu irmão. –Na verdade, não me surpreendo, já que é...

–Algo que ela não precisa saber, Graymark!!

Vi a fúria nos olhos do meu irmão ao olhar para sua tenente. Parecia uma informação importante, já que ele não queria tanto que eu soubesse.

–Ei! Agora eu quero saber! –Exclamei, erguendo meu corpo um pouco do trono e me endireitando. –Por que vai esconder isso de mim, se é importante?

–Simplesmente porque não é importante! –Gritou ele de volta.

–Então, se não é importante –perguntei, cruzando os braços em cima do corpo –,por que não me conta?

Logo percebemos que os Crepusculares nos encaravam de uma maneira estranha. De alguma forma, meu subconsciente ligou esse momento à lembrança de quando eu cheguei na casa dos Penhallow em Idris e Jace brigou comigo na frente de Izzy e Alec. Nunca vou entender minha cabeça.

Meu irmão respirou fundo e passou as mãos pelo cabelo. Ao que parece, ele fazia aquilo toda vez que estava nervoso.

–Clarissa –ele começou, olhando para mim com uma cara que me fez querer voltar para o fosso de lixo e me esconder lá por um tempo. –Tem certeza que quer discutir isso agora?

Neguei com a cabeça e me afundei no trono, olhando para as minhas unhas que agora pareciam extremamente interessantes para mim.

***

Abri os olhos e percebi que não estava mais no trono duro de ouro. Estava deitada na cama de Sebastian, que estava mais arrumada desde mais cedo.

Comecei a me levantar, um pouco dormente, quando meu irmão saiu de uma das portas secando as mãos com uma toalha e usando a blusa vermelha do uniforme de combate do Time do Mal.

–Bom dia, Bela Adormecida. Eu já estava pensando se teria que chamar Jace para te beijar depois de você ter dormido sem a menor consideração no meu conselho de guerra. Até babar no meu travesseiro você babou.

–Ahnn –ele ter falado de Jace me confundiu. Que tipo de irmão psicótico por você quer que o príncipe a te despertar seja outro a não ser ele? –Desculpe pela baba –conclui, passando as costas da mão em volta da boca.

–Sua baba é o menor dos nossos problemas no momento, irmãzinha.

Como se fosse a deixa, um tremor de terra começou, seguido por um barulho estrondoso e um clarão enorme, que deve ter enchido todo o vale com uma luz vermelha e estranha. Depois de uns três minutos, tudo ficou silencioso de novo.

–O que foi isso? –Perguntei ao meu irmão, ligeiramente preocupada.

–Ah, isso? –Disse, fazendo gestos desleixados com as mãos. Estava brincando, mas eu podia ver a tensão por trás da fachada tranquila e da ironia. –Isso não é nada! É só um demônio maior que divide esse reino com minha mãe se voltando contra nós. Está tudo as mil maravilhas!


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Notas finais do capítulo

Sabem o que rima com demônio maior? Purpurina!!!
Ganho comentários??