Boys Before Flowers escrita por Gabriela Blanco


Capítulo 5
Capitulo-5


Notas iniciais do capítulo

Olha eu estou viva,Desculpem,aliais não me desculpem,eu demorei demais me perdoem,estou com vergonha faz quase um mês,mas eu não tive como postar antes,eu fiquei esse tempo todo sem nem entrar no site,minha fanfic preferida acabou e eu nem sabia,estou triste.
Mas em fim fiz um capitulo tão grande quanto as minhas desculpas então esperem que não me matem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/526632/chapter/5

Pov`s Leon

Foi como no dia em que à defendi. Ela despertava em mim sentimentos tão primitivos e outros tão novos que nem me recordo de tê-lo sentido.

Pelo poder de meu nome tenho controle sobre outras pessoas, mas, no momento eu não tinha o controle de mim mesmo.

Pov`s Violetta

Assim que nossos lábios se tocaram um arrepio percorreu todo meu corpo, eu esperava que fosse pelo susto, mas no fundo eu sabia que não, porque o arrepio foi só o começo, meu coração se acelerou e no momento eu não era mais racional.

AI! -Pude ouvir Leon gemendo com dor e apalpando a região na qual eu chutei.

O silencio tomou conta do ambiente, olhei ao redor e haviam faces chocadas, mas nada superava minha expressão confusa, eu corri até a saída e minha última visão foi Leon e ao contrário do que eu imaginava ele não parecia com raiva, mas sim decepcionado.

(...)

–Então o Vargas te beijou. Disse Camila sorrindo.

–Não repita isso alto. -Eu disse num tom ameaçador.

Fui direto para o trabalho naquele dia, minha mãe não pode nem se quer imaginar uma coisa dessas. Nem mesmo quando estou aponto de parar no hospital não é do agrado dela que eu falte. Mas o motivo para eu faltar naquele dia era bem pior, eu havia dado o meu primeiro beijo, ou melhor ele tinha sido dado em mim. E isso não saia da minha cabeça desde então eu me sentia com raiva por não conseguir sentir raiva.

Pov`s Leon

–Então Leon como foi seu primeiro beijo? -Disse Marco assim que em sua casa depois da escola.

–Não...não foi meu primeiro beijo. -Eu disse gaguejando.

–Pelo que eu saiba, foi sim.

–Você fala como se soubesse tudo da minha vida. –O que infelizmente era verdade.

–Então quando foi? -Perguntou Marco

–O que? -Perguntei

–Seu primeiro beijo, se não foi ontem quando foi? Perguntou Marco

–Foi... Foi antes de ontem!? –Eu disse sem conseguir convencer a mim mesmo.

Em seguida os dois caíram em gargalhadas.

Era verdade o grande Leon Vargas nunca havia beijado alguém.

O grande problema foi que eu sempre tive dificuldade de acreditar que alguém realmente gostasse de mim, do Leon, e não do Leon VARGAS.

–Sabe, deviam parar de me encher e se preocupar com seu amiguinho Diego que tem agido estranho a semanas.

–Disse o cara que beijou a inimiga declarada ontem à noite. Disse Federico e Marco riu.

–Não fale assim Leon perdoe-o. Disse Marco

–Se ele se desculpar eu o perdoo. Respondi

–Você fala assim, mas quando ele não está por perto fica com essa cara triste. - Disse Marco

–Isso não é verdade! Não faz diferença se o Diego está aqui ou não. -Eu disse com raiva.

Pov`s Diego

–Você devia fazer as pazes com Leon. Resmungou Ludmila, ela havia percebido o clima estranho entre mim e Leon, eu era provavelmente o motivo para que ele não estivesse na Mansão Vargas agora.

–Eu queria que fosse fácil assim, mas ele tem sido insuportável ultimamente.

–Mas... Sabe quando ele e a Violetta se beijarão, você não ficou com um certo ciúme?

–Que!?-Perguntei indignando.

–Os motivos de você gostar dela eu entendo... Ela é forte, sincera. Sabe você deve trata-la bem. Diga o que sente e viva de coração aberto.

–Que nojo. -Eu disse com desgosto.

–Como? –Ela pergunta, seu tom era uma mistura de confusão com indignação.

–Você sabe sobre meus sentimentos por você, e fala deles como se fossem brincadeira.

–Diego eu...

–Você sabe não é? -Eu disse a interrompendo e me levantando da cadeira.

–O que é “viver de coração aberto” Ludmila? -Eu disse indignado.

Eu não sei o significado dessas palavras. Eu disse melancólico e mesmo debaixo da chuva fui embora. O que na verdade Ludmila desejava era se livrar do peso de todo a vez que olhar pra mim, ver alguém que é infeliz pelas decisões que ela tomou.

Pov´s Violetta

A chuva engrossava cada vez mais, então resolvi me proteger e esperar que ela parasse.

Eu estava próxima a Mansão Vargas, aparentemente até o clima conspirava para não conseguir tira-lo da cabeça

–Diego! Diego. - Uma voz familiar gritava com desespero.

–Por favor espere! -Então percebi que a voz era de Ludmila.

Me aproximei um pouco e pude ver Diego, que havia parado de correr, mas continuava de costas para Ludmila.

Eu sei que você nunca entendeu...-Disse Ludmila tentando recuperar o folego. Me encostei na parede da loja na qual me protegia da chuva impedindo que me vissem.

–Mas... eu decidi ir pra França

Porque eu quero viver com meus próprios pés, minha própria força. Eu desisti do nome “Vargas”, e não serei mais uma herdeira

Serei uma advogada e uma pessoa comum. Ela disse e parecendo triste e atordoada.

Diego finalmente se virou a olhou nos olhos. Inconformado, negou com a cabeça, e novamente foi embora correndo. Deixando Ludmila aos prantos debaixo da chuva. Ver a pessoa que me apoiou em um momento difícil e me deu tantos concelhos daquela forma apertava meu coração, mas ela não podia saber que eu estava ali.

Depois que Ludmila foi embora, eu comecei a refletir era como um quebra-cabeça e agora tudo se encaixava:

“-Você sabe o fuso horário entre a Argentina e França? -Ele disse puxando assunto. "A pergunta de Diego em relação ao fuso horário, as fotos de Ludmila na revista, o outdoor de Ludmila e o quanto ficou animado ao saber a resposta do fuso horário. Agora tudo aquilo fazia sentido tudo se encaixava. Fui embora assim que a chuva parou, e eu finalmente consegui tirar Leon da cabeça, mas no lugar estava a cena que eu havia acabado de presenciar, todo aquele mistério oculto nos olhos finalmente começava a fazer sentido.

(...)

Acordei no dia seguinte acorde com algo em mente: eu precisava falar com Diego.

Fui até a varanda, porem ele não estava La. Então resolvi almoçar com Francesca, que pro meu azar também não estava. Ou seja eu estava sozinha naquele inferno.

–E então Vilu como se sente sabendo que espantou daqui a única pessoa que te atura. Disse Lara de pé em frente à minha mesa.

–Do que você está falando? -Perguntei.

–Não ficou sabendo? Sua amiguinha Francesca parou de vir a escola. E logico a culpa é sua. Se bem que isso que dá se envolver com gente como você. Disse Lara.

E a vontade de meter a mão na sua cara foi mascarada pela minha preocupação com Francesca. Eu precisava saber o que aconteceu. Sai correndo, pois talvez eu conseguisse voltar a tempo da próxima aula começar.

Assim que cheguei na casa de Francesca até mesmo as empregadas me olhavam torto, e depois de alguns minutos me deixaram ir até seu quarto, que era uma fofura mais luxuoso, mas nada comparado ao antigo quarto de Ludmila na Mansão Vargas.

–É verdade sim que não quero voltar a escola, mas é porque não me sinto bem. -Ela disse em seguida espirrou.

Suspirei aliviada.

–É tão bom assim saber que estou passando mal?-Ela perguntou sarcástica.

–Não é só que eu pensei...

–Que eu não quisesse ir por causa da Tarja vermelha. - Ela disse me interrompendo

–Não se preocupe, aprendi com uma certa pessoa a não desistir fácil. Ela disse em seguida espirrou mais uma vez, e eu sorri.

–Além do mais, pelo que eu sei, parece que Leon que não está com tanta raiva de você, soube até que ele te beijou. Francesca disse rindo e eu fiquei emburrada.

Francesca se espreguiçou e pegou o celular, acho melhor me levantar já esta tarde. Instantaneamente me lembrei que estava em horário de aula.

–Eu preciso ir. - Disse assustada e sai correndo.

Assim que ia atravessar a rua, o mesmo carro no qual fui sequestrada para em minha frente, novamente me impedindo de passar. Assim que o vidro desceu pude ver Leon.

–I ai mulher maravilha, matando aula? -Perguntou Leon , bufei de raiva pelo apelido.

–É algo que você já tem bastante experiência Vargas. -Eu disse e Leon tirou os óculos.

–Na verdade eu estou indo assistir aula agora. Eu até te daria carona, mas acho que você pode ir voando, certo? Ele disse e depois deu uma piscadinha, o vidro subiu e o carro voltou a andar e pra minha alegria aquela “coisa” foi embora e parou de bloquear o caminho.

No final da aula retornei à varanda na expectativa de encontrar Diego, mas ele não estava La.

Me sentei em um degrau da escadaria frustrada.

–Eu queria ve-lo.

–Ver quem? -Disse Diego se sentando ao meu lado.

–É...é. Não é nada importante.-Eu disse

–Sabe a Ludmila tem estado muito ocupada esses dias com os preparativos para voltar pra França, mas se você quiser vê-la...

–Hã?

–Você disse que queria ver alguém. É da Ludmila que você estava falando, certo? Outro dia você até disse que a admira.

–Você quer vê-la, certo?

–Há...claro. -Eu disse, não era verdade, mas era uma ótima justificativa.

Ao chegarmos um mordomo nos levou até o quarto de Ludmila.

–Senhorita, Diego e essa mocinha estão aqui para vê-la. Ele disse e se retirou. Em seguida o clima ficou um pouco estranho.

–Ela veio te agradecer pela festa. Diego disse sério, e Ludmila assentiu.

–Eu vou cumprimentar sua mãe. Diego disse e se retirou, deixando eu e Ludmila a sós.

–Então você...já está arrumando as coisas pr a viajar? -Eu disse quebrando o silencio.

–Já. Ela disse voltando a dobrar algumas roupas.

–Apesar de faltar mais de uma semana, eu já quero me preparar. Ela disse em seguida guardou algumas roupas em uma mala.

–Hoje mesmo e tranquei de vez a matricula da faculdade.

–Então...você não vai mais voltar?

–É, é o que pretendo. Ela disse e por um instante pareceu triste. Olhei ao redor, e algo me chamou atenção.

Dois porta-retratos, no da direita estava a foto de Leon, Diego, Marco e Federico, crianças. Eles sorriam, por incrível que pareça Leon tinha um sorriso sincero, e mesmo que estivesse faltando um dente, o que era cômico, era uma linda foto.

–Esse sorriso eu nunca vi. -Sussurrei fascinada.

Como? -Perguntou Ludmila se virando, que até então estava distraída com sua mala.

–Nada, não. -Eu disse tímida. Logo depois meu foco foi em direção a foto da esquerda, nela estava Diego e Ludmila, porém mais velhos, talvez um pouco antes de Ludmila decidir ir pra França, e uma tristeza tomou conta de mim. Diego me ajudou muito, ele era uma das melhores pessoas que conheci na Eitoku Gakuen, era meu amigo. E eu não queria vê-lo infeliz.

–Por favor não volte pra França!

–O que?

–Pelo Diego. Diego é bom ele se preocupa com os outros, ele merece ser feliz, ele a ama, e sem você aqui, ele não será o mesmo.

–Eu não posso.

Mas...

–Vilu, sabe muitas pessoas vivem pensando e se repreendendo “e se eu tivesse agarrado aquela chance”. Eu não quero dez anos depois me arrepender de não ter feito algo. E Diego se me ama não vai querer isso pra mim também. -Ela disse sorrindo, mas com um pouco de amargura na voz.

–Eu entendo. -Eu disse triste e constrangida

–Acho melhor eu ir. -Eu disse, ela veio em minha direção e me abraçou, mas assim que sai do quarto vi Diego, que estava atrás da porta como se escutasse a conversa, não sei a quanto tempo ele estava ali, mas não parecia feliz.

Diego saiu enfurecido até o jardim e eu o segui correndo.

–Diego, Diego. Por favor espera. Ele se vira e olho nos meus olhos e acho que nunca o vi com tanta raiva, pensando bem nunca o vi com raiva.

–O que foi aquilo agora pouco! Quem te pediu pra fazer isso!?Você quase se ajoelhou implorando, nós estávamos prestes a fazer as pazes, agora vem você dizendo coisas assim, ela provavelmente vai pensar que eu te pedi pra fazer isso. Eu não preciso implorar o amor de ninguém. E não preciso que ninguém faça isso por mim. -Ele disse e lagrimas escorreram por seu rosto. Aquilo era exatamente o que eu queria evitar, vê-lo sofrer. Corri até o portão principal, tendo em mente que nunca o veria sorrir como naquelas fotos novamente, e se dependesse de Diego eu provavelmente nunca mais o veria.

(...)

Uma semana se passou e minha teoria estava certa, não vi Diego a semana inteira nem tenho certeza se ele foi a escola algum dia naquela semana.

Outro que dou graças a Deus por não ter dado sinal de vida foi o Vargas, porem minha paz naquela semana foi graças a ele. As suas últimas ações me deram uma certa proteção. Como por exemplo me beijar, meu estômago se revira só de pensar, o problema é que aquela sensação não era nada parecida com enjoou. Mas pelo menos nada de Tarja Vermelha pra mim até Lara havia me deixado em paz.

Eu corria o mais rápido que podia, venho correndo muito ultimamente. O voo de Ludmila saia as 13:45 e minha aula terminava as 13:00. Então ainda de uniforme eu corria como uma maluca pela rua.

Pensei até que veria Diego pela primeira vez naquela semana. Mas aquele idiota não havia ido nem se despedir.

–Ludmila, Ludmila! –Eu gritei ainda correndo, a mesma abraçava Leon, o soltou por um instante e sorri pra mim. Me aproximei tentando recuperar o folego.

–Você veio. -Ela disse sorrindo em seguida me abraçou, depois de solta-la olhei ao redor na expectativa de estar errada e Diego estar ali em algum lugar.

–Ele não veio. -Ela disse triste.

–É mesmo uma criança. -Eu disse.

–É.- Ela respondeu desanimada, mas pareceu ter se lembrado de algo. Se abaixou e pegou uma das caixas que estavam no chão.

–Quero que fique com eles. Ela disse abrindo a caixa prateada revelando os mesmos sapatos da festa.

–Ficaram lindos em você. Ela disse sorrindo.

–Eu não posso aceitar...

–Por favor fique, eu espero que eles te levem a ótimos lugares. Ela disse e me deu a caixa.

Ludmila abraçou o restante do F4.E pela última vez olhou ao redor buscando Diego, esperando que ele surgisse meio que do nada. Ela suspirou frustrada, e então entrou no avião permaneci a observando esperando que pelo menos ela fosse feliz com essa decisão.

–Diego. Disse Leon assustado, e assim que desviei a atenção do avião, pude vê-lo pela primeira vez naquela semana.

–Quando você chegou? -Perguntou Marco com raiva.

–A uma hora atrás. Ela disse parecia calmo de mais o que me deixou com mais raiva ainda.

–Onde você estava? -Perguntou Federico também com raiva.

–Eu estava observando vocês. Ele disse e aquilo me fez explodir.

–Eu não acredito! Você não teve coragem nem de se despedir! Por que não vai atrás dela!?

–Que tipo de homem é você? Seu idiota! -Eu disse por fim o socando no peito.

–Eu vou. Ele disse segurando meus punhos.

–Que?

–Eu vou para França. -Ele disse rindo provavelmente da minha raiva, e mostrando uma passagem.

–Diego, isso é sério? -Perguntou Marco surpreso e Diego assentiu.

–Violetta, eu gosto desse seu lado...-Disse Diego

–Essa força que me falta, e eu finalmente percebi que não posso continuar vivendo assim.

–Obrigado. Ele disse depositou um beijo em minha bochecha.

Ele se despediu dos amigos, olhou rapidamente para Leon e deu um sorriso fraco, e começou a caminhar em direção a área de embarque.

–Diego espere! -Disse Leon com a voz embriagada como se chorasse.

Diego parou mas continuo de costas para Leon.

–Você vai mesmo? -Ele disse com os olhos marejados.

Diego assentiu, sem olha-lo.

–Por que? você nem ao menos nos consultou. Ele disse desesperado.

–Me desculpe...-Diego disse quase em um sussurro.

Ele fez menção a voltar a andar, mas Leon correu até ele e o virou para si o fazendo olhar em seus olhos.

–Nós não estivemos sempre juntos até agora? -Disse Leon segurando Diego pelos braços.

Em seguida piscou evitando que uma lágrima escorresse.

–Por que de repente você quer nos deixar? -Ele disse com os olhos vidrados em Diego.

–Leon, sobre a última vez...

–Não importa mais! -Ele disse o soltando.

–Você vai mesmo, hein?-Ele disse angustiado.

–Porque se você for, eu não terei a mais ninguém. Tudo bem assim?-Disse Leon triste, era um pouco egoísta de sua parte, mas eu entendia, perder a irmã e o melhor amigo as poucas pessoas que parecem o ama-lo com sinceridade, isso era demais para o homem de ferro.

–Fique bem Leon. Disse Diego o abraçando.

–Hei, na França se você encontrar alguém chato por lá, me avise imediatamente, nós três iremos pra lá pra te ajudar, se precisar acabamos com a raça dele. Certo? -Disse Leon animado.

–Obrigado, estou indo. –Diego disse sorrindo, sem dar muita importância ao que Leon dizia aparentemente a única coisa que se passava em sua cabeça no momento era Ludmila.

Diego finalmente em barco no avião e em sua chance de ser feliz novamente.

Em quanto o avião decolava Leon acenava feliz como uma criança.

–Diego, Diego cuide-se. -Ele gritava o mais alto que podia e mesmo que seus gritos fossem abafados pelo som do avião isso não o deixava desanimado e nem o fazia deixar de sorrir.

Era estranho ver Leon tão emotivo, mas depois de tantos anos ele pareceu finalmente sorrir como naquelas fotos.

(...)

A despedida de Diego se manteve em minha mente pelo resto da semana era segunda-feira e eu nunca estive com tanto bom humor, saber que eles estariam felizes me causava paz.

–Que sorriso bobo é esse Vilu, tem visto o Leon ultimamente? -Disse Camila sorrindo.

–Errou feio, primeiro eu sorrindo e o Vargas na mesma frase não combina nem um pouco, segundo, não sou estou de bom humor, se bem que...

–Que...?-Ela disse na intenção de me fazer prosseguir.

–Ultimamente ele tem estado diferente.

–Diferente? -Ela perguntou limpando o balcão.

–É, quando ele se despedia de Diego ele parecia tão sincero.

–Ele usa a marcara do tigre. Diz Olga minha chefe, que aparentemente sempre escuta nossas conversas, ela surge do nada de vez em quando dizendo coisas sem sentido, mas é um amor de pessoa.

–Máscara do tigre, Olga? -Pergunta Camila.

–Sabe uma vez eu tive um namorado...

–Começou...-Resmungou Camila só para que eu escutasse, ela se referia aos milhares de “namorados” da Olga que ninguém nunca ouvi falar, mas que rendiam história extraordinárias, mas eu já havia me acostumado chegava até ser divertido ouvi-la contar sobre eles.

–Ele era um lutador conhecido como o “Máscara de Tigre”, ele tinha a fama de ser perigoso e violento, mas ele tinha o coração o mole. A verdade...

É que ele era um lutador profissional que mandava dinheiro para orfanatos. Ele não mostra seu lado gentil a ninguém, é um homem solitário. A única pessoa que podia entende-lo bem...

Era eu, ela suspirou, esse rapaz parece ser igual.

Pov`s Leon

“Diego, como você está?

Como é Paris?”-Eu pensava nas palavras certas para poder escrever a carta, mas de repente aquela cena voltou a minha mente

“-Violetta, eu gosto desse seu lado...-Disse Diego

–Essa força que me falta, e eu finalmente percebi que não posso continuar vivendo assim.

–Obrigado. Ele disse e depositou em beijo em sua bochecha.”

“Diego diga a verdade você gosta da Viol...”

–O que está escrevendo Leon? -Disse Marco surgindo por trás de mim.

–Na...nada. - Eu disse estabanado tentando esconder a carta.

–Sei, é uma carta de amor? -Ele disse e num movimento a tomou da minha mão.

–Não, e não entre assim quando quiser.

– “Para...Dedo ”-Ele disse tentando ler.

–É Diego seu idiota. -Certa minha letra não era das melhores, e fazia bastante tempo que eu não segurava em um lápis, mas confundir dedo com Diego?

–Não quer que eu escreva? -Ele pergunta.

–Não-Eu disse tomando o papel da sua mão. - Assim não consigo transmitir o que sinto.

–E o que você tem a dizer?

–Nada demais, quer dizer aquele desgraçado foi embora, sem nem se despedir direito.

–Ele ama a Ludmila, quando se ama se deseja fazer as coisas por amor.-Ele disse.

–Você e esse papinho de amor príncipe encantado. - Marco gostava de poesia era com esse papinho barato que induzia muitas garotas.

–Quando você amar alguém de verdade, Leon vai entender. Ele disse, e eu revirei os olhos.

–Mas, Leon você é agressivo, então lembre-se, se estiver com pressa de voltas (a paciência é uma virtude). Não se pode comprar o coração das pessoas com dinheiro. Para ser amado, você primeiro deve amar.

Foi como se um raio tivesse me atravessado, eu percebi, eu tinha que mudar minha percepção.

Pov`s Violetta

E como tudo que é bom dura pouco, no dia seguinte minha paz foi pelo ralo.

–Então o Diego foi embora.-Disse a pessoa que so de respirar me irrita.

–Coitadinha! -Disse Naty em seguida

–Todos os aliados da pobre foram embora. Lara disse e as outras duas riram.

–Licença. - Leon disse empurrando Lara.

–Há...a eu fui tocada por Leon. -Ela disse suspirando, Leon revirou os olhos e direcionou seu olhar para mim.

–O que você quer? -Eu perguntei ficando de pé

–Há!...sim, como era mesmo “se estiver com pressa de voltas ”-Ele disse mais baixo a última parte, em seguida começou a dar voltas pela mesa da cantina, eu já havia ouvido aquele verso em algum lugar, mas não acho que intenção era dar voltas literalmente.

–Domingo, às 13:00 horas, no Ebisu Garden Press, na Praça do relógio-Ele disse tão rápido que quase não consegui compreender.

–Não ouse se atrasar ou morreu falo sério. Ele disse autoritário, e foi embora tão rápido quanto veio.

–O que foi isso!?-Perguntou Lara, e infelizmente eu tinha que concordar com ela.

–Acho que ele te chamou para um encontro. Disse Francesca que até então permanecia em silencio.

–Que!?-Perguntamos eu e Lara em um uníssono em seguida o refeitório inteiro desviou sua atenção até nós.

(...)

–Não é hoje? tudo bem se você não for? -Pergunta Camila, enquanto caminhávamos.

–Por que eu deveria passar meu domingo com um cara como ele?

–Se você não for ele pode se vingar seriamente-Ela disse rindo.

–Se você não for será o inferno, se você for também será o inferno.

–Eu não vou, mas se ele quiser esperar o problema é dele. Nós estávamos indo até o centro, hoje era o dia de uma super liquidação.

–Olha Vilu! aquilo é lindo. Ela disse e saiu correndo, em seguida eu olhei para o meu relógio eram 13:30, a quem eu queria enganar eu me importava com aquele idiota, mas agora já era tarde.

Olhamos outras diversas roupas, havia umas coisas bem bizarras também, talvez estar ali pudesse ser divertido, se me consciência não pesasse tanto. Eu olhei paro o relógio mas diversas vezes, 14:40, 15:17, 16:50, 17:47 eu comecei a imaginar se seria possível que ele ainda estivesse à minha espera.

–Olha. Disse Camila apontando, aquilo fazia com certeza fazia parte das coisas bizarras. Um boneco com uma máscara de tigre, ela tirou sua máscara e revelou um homenzinho sorrindo.

–Não é fofo, lembra o máscara de tigre nunca mostra seu lado gentil.

Em seguida Camila já estava distraída com outra coisa.

Eu olhei o relógio novamente, mas a s horas não importavam mais, o fato de que ele ainda pudesse estar La fez me coração disparar, olhei através da vitrine e uma tempestade pior do que naquele dia na Mansão Vargas.

Não havia a menor possibilidade de que ele estivesse La. E essa certeza me motivou cada vez mais, eu tinha que ir até La eu tinha que tira-lo da cabeça, tirar da cabeça que Leon usava uma marcara.

Eu corri até o lado de fora da loja, eu atravessei a rua minha sombrinha foi levada pelo vento, e eu estava encharcada eram 18:30. Eu fui até La porque tinha certeza de que ele não estaria à minha espera, para me livrar minha consciência.

Mas no fundo eu esperava, eu desejava que ele estivesse La, a sua imagem encharcada estava se projetando em minha mente. E depois de alguns quarteirões ela se tornou real.

La estava Leon Vargas debaixo da chuva, com um olhar triste como uma criança que cai da bicicleta. Esperando por mim

Esperando para que a sua marcara fosse tirada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!