Stars- Colégio Sutā (Interativa) escrita por Miss Stowfer


Capítulo 28
Eu tinha que parar de pensar nisso.


Notas iniciais do capítulo

OMG, duas semanas sem atualizar, que decepcionante, hein? Mas desculpem por isso, é que na minha escola teve semana de prova e na sequência, feira de ciências, fora que eu fiquei aqui com uma greve pessoal, egoísta da minha parte, é claro. :P
Obrigada à Saah, Kaori chan, Shine Fubuki, Endo Yuuna, MrsStyles, Sadie Ketchum Potter, Neryk, Kiyama Kyousuke Emilly Frost, Livity, Malina Blaze,Dan Gomez, PokéOnze e Sally por comentarem no capítulo anterior, vocês são demais, um enorme obrigada da autora aqui *-*
E um enorme arigatou para a Sally que recomendou a história ♥ Ha-há, duas recomendações por dois capítulos seguidos, assim meu core não aguenta de felicidade



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Emiko Ominae P.O.V.

—Como, já vão? Nem vão se despedir da capitã? —Perguntei à Yuuna e Jenny, que esboçaram um sorriso triste. Já deveria fazer quase meia hora que os meninos estavam ali e eu havia notado, que as duas estavam um pouco deslocadas. Mas mesmo assim, eu não achava que aquilo era motivo suficiente para elas irem embora. Na verdade, por mais egoísta que soasse, eu não queria ficar ali sozinha.

—Ah, nós já avisamos, mas ela parecia um pouco... Ocupada. —Respondeu Jenny dando de ombros, me fazendo olhar para um canto afastado dali, onde se encontravam todos e bem no cantinho mesmo, a capitã. Ela realmente tinha ficado estranha depois que os meninos chegaram ou antes disso. O que será que tinha acontecido?

—Mas de qualquer forma, não se preocupe. Estamos indo, até mais tarde. —Yuuna avisou e eu acenei tentando sorrir. Jenny fez o mesmo, seguindo Yuuna e não demorou muito para que elas sumissem da minha vista, conforme se passavam os segundos.

Olhei de canto para toda aquela gente. Era incrível como eu não sentia a menor necessidade de me juntar à eles. Eu, que amava diversão, agora estava ali afastada de todos, porque estava com medo de olhar para um certo alguém. Idiota. Tem uma palavra melhor para me descrever?

Me levantei, caminhando até à sorveteria que tinha ali, que por coincidência era a mesma daquele dia em que havíamos acidentalmente trombado com os meninos. Olhar para aquela enorme quantidade de sabores me trazia lembranças. Como a do Gouenji mostrando estar com ciúmes. Naquele momento, eu estava morrendo de medo de adivinhar a resposta dele, mas agora, eu daria tudo para saber o que ele estava prestes a me responder.

Fui pegando lentamente os sabores, colocando sobre o meu pote, tentando manter essas boas lembranças. Eu deveria ser masoquista, por tentar manter aquela imagem atenciosa do Gouenji, quando o que eu via e falava diariamente no presente, era frio e grosso. Sacudi à cabeça, caminhando até o caixa.

Eu tinha que parar de pensar nisso.

Assim que terminei de pagar, me virei rapidamente, à procura de uma mesa. Parecia que sábado era típico para encontros, porque as mesas estavam quase todas ocupadas por casais. Acho que vou começar a reconsiderar tratamento para masoquismos, se existir é claro... Mas assim que virei o olhar, dando alguns pulinhos —Vida de baixinha, não é fácil—, senti algo colidir com o meu pote, derrubando-o no chão.

—Eer... Desculpa, eu sou mesmo uma desastrada, não se... —Eu até continuaria falando se não tivesse visto quem vi, quando levantei os olhos. Como o destino e eu somos belos e eternos amigos, lá estava o Gouenji, me encarando. Rapidamente me levantei, fechando à cara e voltando até onde estavam os sabores.

Eu não queria mesmo olhá-lo de novo. Eu não conseguia fazer isso.

Mas ele nem se importou, se aproximou ficando do meu lado e começou a escolher seus sabores, lentamente e calmamente. Eu me sentia uma idiota por ser a única que se importava por nossos ombros estarem se tocando durante esse processo. Rapidamente, tentando fazer com que tudo aquilo acabasse logo, comecei a encher meu pote com todos os sabores que via, fazendo voar alguns pedacinhos durante o processo.

O pote finalmente ficou cheio, me fazendo sorrir vitoriosa. Lancei um olhar de canto e constatei um Gouenji confuso, me encarando assustado. E foi então que eu percebi o que eu havia feito, por que eu fico tão idiota quando estou perto dele? E quando eu já estava pronta para me retirar, sua risada ecoou perto dos meus ouvidos, me envergonhando ainda mais:

—Q-qual é a graça? —Perguntei fingindo irritação, enquanto começava a me preparar para ir até o caixa.

—Você não muda mesmo, baixinha. —Ele falou e sorriu, começando a andar até o caixa e eu fiquei para trás, me beliscando. Literalmente. Há quanto tempo, eu não ouvia aquele apelido? Aquele apelido que só ele me chamava? Foi como se eu tivesse voltado no tempo, quando ainda éramos amigos e aquele apelido era naturalmente normal e era comum ver aquele sorriso, que só eu conhecia.

Tentei me mexer, mas não consegui, me virando na direção contrária à dele. Por que ele ainda mexia tanto comigo? Ele estava fazendo aquilo só para me provocar? Para me irritar? Para me fazer criar esperanças, em vão?

Sacudi a cabeça, me virando, disposta a perguntar à ele mesmo tudo aquilo, mas ele já não estava mais na sorveteria. Me aproximei do caixa irritada, colocando o meu enorme pote sobre o balcão. Esperei que ele fizesse suas contas e quando comecei a procurar na bolsa por dinheiro, ele colocou algumas notas sobre a bancada, me fazendo encará-lo confusa.

—Seu troco. —Ele disse calmamente.

Franzi as sobrancelhas, balançando as mãos:

—Mas eu não paguei nada.

—Não se preocupe, um rapaz pagou. —Ele explicou, sorrindo de leve. —Ele falou que era uma desculpa por ter te feito derrubar da outra vez. Acho que ele calculou um preço muito alto, por isso pode ficar com o troco.

Agarrei meu pote, olhando para a rua agitada. Ele havia mesmo feito aquilo? Ele nem precisava dizer quem era, eu sabia que era ele! Me aproximei da porta, olhando para todos os lados, mas nem sinal.

—Moça...

—Pode ficar. —Falei, me sentando no balcão e começando a me deliciar de meu sorvete, sorrindo um pouco. Por mais estranho que aquilo fosse, eu estava me sentindo muito, mais muito feliz.

Aisaka Taiga P.O.V.

—Técnica especial, técnica especial... —Murmurava baixinho, encarando meus próprios pés me sentindo perdida. Todos conversavam animadamente, e eu me sentia um pouco mau de mentir para eles, quando me perguntavam se estava tudo bem. A verdade era que eu queria sair correndo naquele instante para treinar e descobrir o meu talento, que parecia não existir.

—Hey Taiga, não importa o que você responda, eu sei que você não está bem. —A voz calma e preocupada de Shirou me tirou de meus devaneios, me fazendo levantar os olhos. Balancei a cabeça, tentando sorrir.

—Eu estou mesmo bem, não precisa se preocupar. É só que... —Franzi o cenho, cerrando o punho assustada com a ideia de continuar.

—Só que?—Ele me incentivou à continuar.

—Antes de vocês chegarem, eu e as meninas estávamos conversando sobre técnicas especiais e a Tanabe disse que seria muito mais fácil se a gente tirasse inspiração das nossas paixões, nos clubes, por exemplo, a Tanabe ama música e fica muito mais fácil para ela...

—Deixa eu entender, —Ele ficou sério, olhando para o horizonte. — Você está triste porque não participa de nenhum clube, então não acha que não tem nenhum talento?

Assenti corada, por ele ter me entendido tão bem. Ele sorriu, sacudindo à cabeça como se tivesse escutado a coisa mais besta do mundo e continuou:

—Eu não sou nenhum expert em futebol, mas eu não acho que necessariamente precisa ser um talento especial seu, —Inclinei à cabeça confusa. À essa altura, ele já tinha conseguido toda a minha atenção. —eu já vi algumas técnicas em jogos, que não pareciam ter sido inspiradas em um talento nenhum.

—Você está dizendo que não preciso de inspiração para criar minhas técnicas? —Perguntei confusa.

—Não. —Ele parecia nervoso. Era engraçado vê-lo daquele jeito. —Eu só acho que tem que ser algo seu. Algo único. Você vai relaxar, vai se descobrir e quando ver, vai ter descoberto a sua técnica e quem sabe, um talento seu.

—Paciência...

—Isso, paciência! —Ele sorriu aliviado, me fazendo rir. Ele coçou a nuca nervoso. —Desculpa, eu não sou muito bom em dar conselhos.

—Eu não acho isso. Você me ajudou bastante. Obrigada. —Indaguei, fazendo-o parecer surpreso por alguns instantes, até que ele sorriu.

—Não há de quê. —Ele respondeu. —Eu sei que você consegue.

Sorri animada, me levantando. Aquilo tinha sido um ótimo conselho. E também havia me feito acordar. Primeiro que eu nem deveria estar naquele estado. Aquilo não era típico da Taiga. Eu não agia daquele jeito. Pensando daquele jeito, não faria mal se eu dissesse que iria treinar para eles, já que aquilo era normal. Mas antes, eu tinha que voltar para casa para trocar de roupa... Bati a mão na testa rapidamente. Casa. Minha mãe. Minha mãe queria falar comigo.

—G-gente, eu tô indo! —Gritei em plenos pulmões me preparando para correr, deixando inúmeros rostos confusos. —Não irei para o treino especial hoje, tenho algo importante para fazer. —E mesmo eu estando distante o bastante, os gritos confusos de todos, principalmente das meninas, ainda chegaram aos meus ouvidos, do tipo, "Como?! Capitã não pode fazer essas coisas?" ou, "O que você vai fazer?!".

Mas eu explicaria para eles depois e sabia que eles me entenderiam, porque afinal, quem tem coragem de desobedecer à mãe?

Narrador ON

Assim que Taiga conseguiu chegar dentro de casa, apoiou as mãos nos joelhos, arfando. Ela nunca tinha parado para pensar o quanto cansava andar toda aquela distância, correndo sem parar. Sua mãe estava sentada no sofá lendo calmamente e ao ver o estado da filha, franziu as sobrancelhas preocupada:

—O que foi aconteceu? Parece até que participou de uma maratona. —Comentou, guardando o livro para se aproximar da filha.

—É que eu estava com pressa. A senhora disse que queria falar comigo, não foi?— Perguntou com dificuldade, fazendo a mulher mais alta rir baixinho.

—Sim, eu disse, mas nunca disse que era urgente. Podia ter vindo calmamente para cá. —Explicou, fazendo a filha levantar as sobrancelhas, despencando no chão com o choque.

Por que eu tenho que ser tão distraída?, pensou fazendo um grande bico.

—Mas já que está aqui, vá tomar um banho, para nós irmos. —Avisou a mãe, fazendo Taiga encará-la confusa.

—Mas a senhora queria falar comigo, não queria?—Indagou.

—Melhor dizendo, eu queria te mostrar algo. —Ela corrigiu, sorrindo abertamente, de modo que se tornava impossível adivinhar o que ela estava pensando. —Agora vá logo.

*X*

—Eu acho que seria muito mais fácil se a senhora me avisasse o que quer me mostrar logo... —Murmurou Taiga confusa, enquanto elas desciam de um táxi, agora andando em direção à um caminho escuro. Lugares assim faziam a garota das orbes castanhas se lembrar do incidente com a "Sayura". Mesmo que no final, elas havia acabado descoberto que tudo não havia passado de uma brincadeira de mal gosto, no começo ela se lembrava de ter ficado bastante assustada com a possibilidade de ter uma fantasma atrás delas.

—Estamos chegando, falta pouco. —Ela repetiu a mesma coisa pela décima vez naquele tempo, fazendo a morena revirar os olhos curiosa. —Aqui.

Uma luz fraquinha ao fundo iluminava um pequeno jardim, com algumas flores e plantações pouco mortas, como se não fossem cuidadas à bastante tempo. Taiga olhou para os lados, procurando o que sua mãe pudesse querer te mostrar, mas bufou frustrada ao constatar que não havia nada que ela pudesse lhe mostrar ali, que não fossem arbustos ou plantações mortas.

—Eeer... Eu ainda não entendi o que você queria me mostrar. —Taiga começou, cruzando os braços, enquanto mexia os pés, levantando-os e abaixando-os, freneticamente. —Eu sei que a senhora gosta de verde e tals, eu também gosto, mas olhe para essas flores... Elas estão...

—Mortas? —Perguntou à mulher, interrompendo a filha. Ela sorriu. —Eu que cuidava delas.

—Eerr... —A menina começou balançando os braços, com a possibilidade de que a mãe se irritasse. —Na verdade elas nem estão mortas, devem estar só tristes. Isso, tristes! Tristes é a palavra certa...

A mulher riu, colocando a mão sobre o cabelo da morena, que olhou para cima confusa:

—Não se preocupe. Já faz alguns meses que não venho aqui, deve ser por causa disso que está assim. —Explicou fazendo a menina respirar aliviada por ter escapado dessa, ela se aproximou do jardim, se ajoelhando para ficar da mesma altura que as plantas, tocando uma delicadamente. —Na verdade, talvez faça um ano que não venho aqui. Com o trabalho e a casa, fica difícil conseguir tempo para vir de tão longe, para cá, mas a questão é que esse jardim é muito importante para a nossa família, sabia? —Ela perguntou retocariamente, tirando uma garrafinha de água da bolsa, começando a aguar desajeitadamente as plantar. —Sua vó costumava morar aqui perto e cuidava desse jardim como ninguém. Foi aqui que o meu pai a conheceu e eles continuaram se vendo todos os dias nesse jardim. Com o passar dos anos, eles se casaram e mudaram de cidade, mas —Ela explicava com um sorriso sereno no rosto como se tudo aquilo trouxesse ótimas lembranças. —minha mãe se esforçava para vir pelo menos um dia e um dia não cuidar delas. Era como se isso fosse a prova de amor dos dois, o elo que juntou eles...

—A vovó é tão clichê...

A mãe de Taiga riu, ignorando os sentimentos esfriadinhos da filha:

—Quando tinha 8 anos, ela me contou essa mesma história, dizendo que esse jardim era o nosso jardim da sorte. —Continuou. —Coisas boas sempre aconteciam quando ela via aqui e ela passou essa responsabilidade para mim. Eu acho que foi tudo em uma tentativa de me amadurecer. Sabe como é, cuidar do próximo, saber que aquilo depende você. Tudo isso faz parte. Às vezes vinhamos nós três, eu, meu pai e minha mãe. —Taiga sorriu triste, por saber que a mãe já não podia mais ver nenhum dos dois atualmente. —Enquanto eu e a minha mãe ficávamos cuidando das flores, papai ficava o tempo todo discutindo sobre futebol, acho que você herdou isso dele... Então, quando terminávamos, íamos as duas brincar com o meu pai, de futebol.

—Como um elo. —Observou Taiga interessada e a mulher, assentiu voltando a atenção às plantas.

—Sim. —Respondeu. —Por isso, eu te trouxe aqui. Eu acho que eu estou um pouco atrasada no cronograma, mas será que você gostaria?

—M-mas eu não sei fazer essas coisas! —Ela gaguejou assustada, balançando as mãos.

—Você sabe sim, porque isso é um talento da nossa família. É o seu talento também.

—E-eu tenho um talento? —Ela perguntou apontando para si mesma. A mulher sorriu, assentindo animada.

—Acho que está um pouco tarde, vamos indo.

A garota assentiu alienada, acompanhando a mãe, sem tirar os olhos daquele jardim. É o seu talento também. Ela só conseguia pensar nisso.


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Notas finais do capítulo

É, a operação casais está começando B| Mas não pensem que vai ser rápido, pq é da garota mais lerda que vocês estão falando haha ♥
Foram só 2 P.O.V.S? O pq disso? Pq eu estava querendo que esse final de semana acabasse logo, para voltarmos as aulas normais. Ou seja, no próximo capítulo, já voltamos às aulas normais e aí vocês saberão o que irá acontecer com um certo casal-vulgo ruivo e albina- e os outros deste capítulo, fora que ainda temos mais "casais";
Espero que tenham gostado ^^ Não esqueçam de comentar!
Aviso: Tenho o prazer de lhes dizer, que minha escola entrou em recesso por uma semana e agora, eu estou de folga, o que traduzindo, significa: CAPÍTULOS ♥
Juro que esse capítulo era para ser pequeninho, mas eu me empolguei e aí já sabem, né? :P Deixem suas opiniões nos comentários, quero saber o que estão achando da história e tudo mais :3
Obrigada e Jya nee ♥