Dentro do Espelho escrita por Banshee


Capítulo 37
Epílogo




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Dez anos depois...

– Mas não está na hora! – Grita Louis, apertando com força a mão de Teresa, sua esposa – Faltam dois meses ainda!
– É um bebe prematuro senhor, faz parte. – Disse o médico que abria as pernas de Tess – Teresa, relaxa e force.
Ela obedece e com isso grita.
– Eu não lembrava que doía tanto assim! – Diz ela.
– Vai Teresa, só mais um pouco!
Ela força mais uma vez, tentando colocar para fora aquele pequeno broto de gente que estava em seu útero.
– Vai, Teresa, você consegue!
Ela suava frio, seu rosto estava vermelho pelo esforço.
– Eu não vou conseguir! Eu não consigo!
– Tess, você consegue, meu amor. – Diz Louis – Vai, por favor.
Ela força, força tentando colocar aquela vida no mundo e quando pensou que não conseguiria, que já era tarde... Ela escuta um choro. Um choro de bebê.
Uma linda criança ensanguentada, ainda com cordão umbilical nos braços do médico que realizou seu parto.
– Qual é o sexo, doutor? – Pergunto Louis.
O médico olha com cuidado, ainda está tremendo e soando, mas consegue dizer em alto e bom som.
– É uma menina. – Disse ele, entregando-a aos braços da mãe.
Aquele momento foi mágico, aquele foi o marco de uma vida nova. Quando Teresa recebeu a noticia da gravidez ficou chocada, tanto ela quanto Louis e até o próprio médico... Foi uma gravidez de risco, quase impossível aos seus quarenta e seis anos de idade, mas aconteceu e ali estava aquela garotinha viva e, aparentemente, saudável.
– Qual vai ser o nome dela? – Pergunta Louis, ajoelhando-se ao lado da amada e fitando a pequena criança que, jurara ele, seria impossível sobreviver.
Teresa Début parecia estar pensativa, quase como se ainda não acreditasse que fosse possível. Ela jurou para si mesma e para seu Deus que seria a melhor mãe do mundo se ele permitisse. Ele permitiu? Sim, ele permite.
– Espérer. – Ela diz enfim, no exato momento em que a criancinha abre seus olhos para o mundo, fazendo-a arfar.
Um de seus olhos era âmbar, como os do pai, o outro era azul como os dela.
– Uma garotinha heterocrômica. – Disse a enfermeira maravilhada, ficando de joelhos ao lado da cama – É uma mutação rara, sabe? Dizem que é uma benção de Hécate, deusa grega que representa as entradas e a luz. Dizem que crianças com essa mutação são enviadas dela para abrir caminho para um novo futuro, bom e próspero, capazes de escrever o próprio destino e fazerem as próprias escolhas.
Tess sorriu quando a sabia enfermeira levou sua filha para o banho.
Sim, o nome daquela garotinha seria Espérer. A mesma Espérer que representaria um recomeço à família Début. Espérer que significava o amor e um novo principio. Espérer que cresceria sendo rodeada de luz e paz, que não seria forçada a nada. A mesma Espérer que poderia fazer as próprias decisões.
Espérer, que em francês significa esperança.


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