Can't Run From It Anymore escrita por Me


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Cadê a Marina???

Prometo que no próximo capítulo ela aparece!!!!



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Já disse que te amo?! - disse Maria Eduarda mexendo no meu cabelo.

– Pow, não sei... Não me recordo - disse rindo.

– Se não lembra, falo de novo. Te amo, te amo, te amo! Clara, você é a melhor coisa da minha vida. Não sei o que faria sem você. Não sabe o quão feliz fique quando resolveu contar para sua família sobre a gente. Ainda bem que a sua mãe está dando o braço a torcer. Querendo ou não, eu estava sendo o motivo pelo qual estava brigada com a sua mãe.

– Para com isso, Duda. Não foi sua culpa. Também estou muito feliz! Que tal almoçar lá em casa domingo?

– Já?! Não precisa falar com a sua mãe antes?

– Vou falar com ela e te confirmo, mas acho que não vai ter problema. Ela falou para eu marcar.

– Falando em almoço, tá com fome? Posso pedir pizza!

– Meia portuguesa, meia banana.

– Fechou!

Levantei, joguei uma água no corpo e vesti uma roupa que tinha deixado na casa dela uns dias antes. Depois de uns 40 minutos a pizza chegou. Jantamos zappeando os canais da Tv e depois me despedi.

– Boa noite! - disse entre selinhos - Até amanhã.

– Clara, você quer que eu vá para o Galpão amanhã com você?

– Pow, não sei se o Gustavo vai autorizar.

– É. Melhor não abusar da boa vontade dele, né? - disse Maria Eduarda - Boa noite!

– Até!

***

– Oi, Laerte e Verônica

– Bom dia, Clara - disseram os dois juntos.

– Então, vim fazer umas fotos aqui do Galpão. Laerte, você conseguiu falar com os dois professores restantes sobre as fotos de hoje à tarde?

– Falei sim. Tudo certo.

– Legal! Deixa eu ir lá fazer as fotos do Galpão.

– Vai lá. Ah! Acho que daqui a uma semana o Bistrô e o escritório ficam prontos.

– Tudo bem. Eu volto outro dia para completar as fotos.

Fotografei quase todos os ambientes, fiz algumas fotos de alguns detalhes das paredes. Estava fotografando a faixada...

– Como fui deixar você me escapar? Volta e meia me pergunto isso, sabia?

Virei e me deparei com o Cadu.

– Oi, Cadu.

– Oi, Clara.

– Não sabia que você estaria aqui hoje.

– Vim fazer umas fotos do espaço para a agência colocar no site do Galpão Cultural. Estou finalizando as fotos. Só faltava essa. Está com tempo?

– Para você?! Sempre.

– Para de graça, Cadu. Falando sério. Se quiser, podemos conversar sobre o material gráfico que você quer produzir para o seu Bistrô.

– Legal. Passei só para falar com o arquiteto rapidinho. Você me espera?

– Tudo bem. Já está quase na hora do almoço mesmo. Volto para a agência depois.

– Quer dizer que você vai almoçar comigo? Posso te usar de cobaia?

– Nossa, volte no tempo agora!

– Vai dizer que não gostava das nossas sessões “Mestre Cuca”?! Te ensinei altos truques de culinária. Sem falar que mando muito bem na cozinha, né?

– Não posso negar, você manda bem mesmo e era muito divertido. Principalmente, quando acabava em guerra de comida. - disse rindo.

– Nossa! E a trabalheira para limpar depois?! Mas era divertido mesmo. Você está de carro?

– To sim.

– Quer ir me seguindo ou quer ir logo? Posso te emprestar a chave.

– Nada a ver, Cadu! Com que cara vou encarar seus pais entrando o apartamento deles na maior cara de pau depois de tanto tempo sumida?

– Meus pais estão viajando, mas tudo bem. Se não se importa em me esperar.

***

– E ai? Qual é o menu de hoje? - disse enquanto ele colocava o avental e o chapéu de mestre cuca.

– Salada de folhas verdes com figo, nozes e queijo brie de entrada, filé ao molho de goiabada com risotto de forno de cream cheese e de sobremesa sorvete artesanal de tapioca com calda de framboesa.

– Na minha época, você não era tão chique assim.

– E para harmonizar vinho tinto. Gostou?

– O vinho terei de dispensar. Não será legal, se eu chegar bêbada na agência.

– Esqueci desse detalhe. Deixa eu me apressar. Não quero criar problemas para você.

– Diga lá. Você já pensou em um nome para o Bistrô?

– Que tal “Espaço Gourmet”?

– Bacana!

Ficamos trocando ideia, enquanto ele preparava o almoço. A campainha tocou.

– Pode atender a porta para mim, Clara?

– Oi, Clara - disse Verônica com um certo espanto quando atendi a porta.

– Oi, Verônica. Entra - disse - Cadu, a Verônica está aqui.

– Oi, V. - disse Cadu e deu um selinho nela - Não sabia que você vinha.

– Estava lá no Galpão. Bateu uma saudade. Resolvi vir servir de cobaia das suas receitas. Já almoçaram? Cheguei tarde? - disse Verônica

– Chegou na hora certa. O filé está quase no ponto. Vou só montar mais uma salada e sirvo o almoço.

Estava tudo ótimo. O Cadu é um grande chef, mesmo com a pouca experiência. Tem pessoas que nascem com um dom. O dele é cozinhar. Estava terminando a sobremesa quando meu celular tocou.

– Oi, Duda!

– Clara, cade você? Já são quase 15 horas e você não deu as caras, nem deu notícia.

– Nossa! Já. Caramba. O Gustavo vai me matar. Já estou a caminho.

Levantei no susto. Me despedi do Cadu e da Verônica e me mandei. Não quero nem ver a bronca que vou levar do Gustavo. Não acredito que dei esse mole.

***

Cheguei na agência procurando o Gustavo para me desculpar.

– Desculpa. Perdi a hora. Terminei de fotografar o espaço e já estava quase na hora do almoço. Um amigo, que não encontrava fazia um tempo, me chamou para almoçar na casa dele. Ficamos conversando, a comida demorou para ficar pronta e acabei perdendo a hora. Não vai mais acontecer.

– Clara, você tem crédito comigo e não está com trabalho acumulado. Está tudo certo, mas espero que isso não se torne uma rotina.

– Ok. Não se tornará - prometi.

Passei na minha mesa para descarregar os cartões de memória. Estava levantando da cadeira para descer para o estúdio para organizar tudo para as fotos dos professores.

– Onde você se enfiou a manhã inteira? - perguntou Maria Eduarda com um tom um pouco agressivo.

– Oi, para você também. Estava no Galpão e depois fui almoçar na casa do Cadu.

– Qual é a sua, Clara? O cara reaparece na sua vida do nada e vocês voltam as boas com direito a favorzinho e almoço especial preparado por ele. Ainda por cima esquece dos seus compromissos?

– Duda, não vou discutir aqui. Não é hora, nem lugar. Daqui a pouco os professores chegam e nem organizei o estúdio ainda. Depois do expediente, te procuro e a gente conversa com calma. - disse e sai em direção ao estúdio.

Assim que terminei de organizar o estúdio e montar a luz, os professores chegaram. Foi um ensaio super tranquilo e sem muito espaço para criatividade. Correu tudo como o esperado. Nada de imprevistos. Terminei a seção de fotos, me despedi dos professores e logo em seguida voltei para minha mesa para começar a editar as fotos. O pessoal do site estava com um pouco de pressa para que esse material ficasse pronto, então tratei de não perder tempo. Fiquei editando e perdi a noção do tempo. Quando me dei conta só restava eu e o pessoal que estava trabalhando no site do Galpão Cultural na agência.

– Clara, será que você consegue terminar a edição ainda hoje? - perguntou o Pedro.

– Estou finalizando aqui. Você prefere que eu salve em um pen drive ou coloco na nuvem mesmo?

– Pow, pode ser no pen drive mesmo. E amanhã assim que chegar já coloco tudo no site.

– Ok. Sem problemas.

Já passava das 21h30 quando eu e o Pedro e o Wade deixamos a agência. Me despedi deles e liguei para Duda, mas ela não atendeu.

***

– Já que você quer agir como uma criança de cinco anos e não quis atender as minhas ligações resolvi vir pessoalmente - disse quando a Duda abriu a porta do apartamento dela.

– Eu estou agindo como uma criança de cinco anos?! E você está agindo como o que então?! Some a manhã inteira, não dá satisfação para ninguém e ainda por cima compromete o seu trabalho. - disse a Maria Eduarda furiosa.

– Posso entrar para a gente conversar ou a gente vai ficar batendo boca aqui na porta mesmo?

– Entra...

– Dá para deixar de ser infantil. Não entendi esse seu ciúme que surgiu do nada só porque fui almoçar na casa do Cadu. E só para te informar, a namorada dele apareceu lá e almoçou com a gente. Não estávamos só nós dois. E mesmo que estivesse, nunca te dei motivos para desconfiar da minha lealdade e fidelidade com você. E mais uma coisa todo mundo sabia que de manhã não iria para a agência, pois estaria no Galpão Cultural batendo as fotos que o Gustavo me pediu.

– Desculpa. Acho que exagerei um pouquinho, mas é que sei lá fiquei mega insegura. O Cadu volta para sua vida depois de um tempo afastado e já pedindo favor. E você ainda almoçam juntos com direito a prato feito por ele especialmente para você. Desculpa.

– Tá desculpada, sua boba. Você sabe que a minha história com o Cadu ficou no passado. Você é o meu presente. Não vou negar. Gosto muito do Cadu, mas apenas como amigo! Nada mais que isso. - disse me aproximando dela e a beijando.

Ficamos lá namorando e aproveitando a companhia uma da outra. A Duda é uma pessoa muito legal, mas essa insegurança dela, às vezes, me incomoda profundamente. Principalmente porque nunca dei motivos para ela ser insegura. Tá devo admitir que demorei para assumir a nossa relação, principalmente para minha família, mas mesmo quando o pessoal do trabalho e os nossos amigos não sabiam sobre a gente, eu não agia como uma pessoa solteira.


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