– E aí, moça?! - disse Maria Eduarda animada me dando um beijo estalado no rosto e me despertando dos meus próprios pensamentos - Voando de novo? O que aconteceu? Está preocupada por causa da sua mãe? Ela vai acabar aceitando.

– Oi, Duda! Bom dia! Se eu te contar o que aconteceu, você não vai acreditar.

– Conta logo. Sabe que sou curiosa. Pela sua cara parece ser coisa boa, estou certa?

– Está! Conversei com a minha mãe ontem de novo sobre a gente. Adivinha o que aconteceu!

– Não acredito! Ela reconsiderou?!

– Então... Falou que vai fazer um esforço sobre-humano, mas que vai tentar ser mais agradável com você da próxima vez. Disse até que se eu quisesse podia te convidar para jantar lá em casa qualquer hora dessas. Nem acredito! Estava muito chateada com ela. Você sabe como foi difícil para mim.

– Sei, se sei... O importante é que ela começou a ser mais flexível. Fico feliz por você. Não merece que a sua mãe te trate com indiferença só porque namora uma menina.

– Né?! Mas vamos terminar esse os banners dessa fotógrafa logo. Afinal, a gente não mandou nem prévia ainda e elas ainda tem de aprovar.

– Gosto quando você fica empolgada assim! Mãos a obra.

A manhã passou voando. Finalizamos as peças e enviamos para aprovação. Quando voltamos do almoço, o Gustavo chamou eu e a Duda na sala dele.

– Oi, meninas.

– Oi, Gustavo. - falamos juntas

– As peças estão aprovadas! Nunca vi um material ser aprovado de primeira! Muito bom, meninas. Essa fotógrafa esta vindo para o Rio e tem vários amigos importantes. Isso é bom para a gente. Querendo ou não, indicação pessoal sempre é a melhor propaganda!

– Que legal. - disse meio sem graça.

– A agenda de vocês está folgada, certo?

– Acho que sim. O material foi aprovado. Agora só temos de mandar para a gráfica. E tinha o material da Olympikus que a gente enviou com a alteração de texto que eles pediram, mas ainda não recebemos um retorno. - disse Maria Eduarda.

– Bom saber. O pessoal que está cuidando do material de divulgação do Galpão Cultural está precisando de uma força com as fotos do local e dos professores já contratados para colocar no site. Clara, queria que você providenciasse isso.

– Ok, mas o Galpão já está pronto? Falei ontem com um amigo que vai abrir um Bistrô lá e ele me disse que estava conversando com o arquiteto e que estava em processo de reforma.

– Então, a faixada já está pronta. Podemos adiantar essa foto e vocês podiam ligar para o Laerte e para Verônica para ver se tem mais algum espaço pronto e combinar o melhor dia para fazer as fotos dos professores.

– Certo. Vou providenciar. - disse.

– Depois de falar com eles, me dá um toque para eu não deixar ninguém alugar o estúdio, está bem?

– Pode deixar - disse e saímos.

***

– Amigo que vai abrir um Bistrô?! Por um dos acasos é o Cadu?

– Acredita que ele me ligou ontem?! Fazia muito tempo que não falava com ele.

– Nossa, quem é vivo sempre aparece. O que ele queria?

– Quer minha ajuda para fazer o material gráfico do Bistrô e com o site também.

– Ah.

– O que foi? Não vai dizer que está com ciúme.

– Eu confio no meu taco - disse Maria Eduarda rindo e beijando meu rosto.

Eu ri e retribui o beijo.

– A agência não aprova esse tipo de comportamento aqui dentro - disse o Gustavo rindo - É melhor procurarem um quarto!

– Gustavo, não incentiva que arrasto ela daqui agora mesmo! - disse Maria Eduarda.

– Foco, gente. Foco - disse.

– Como estou muito bonzinho, vou liberar vocês mais cedo hoje. Só liga para eles para ver se você pode passar lá no Galpão para fazer as fotos amanhã e confirma o dia da fotos dos professores e estão liberadas.

– Valeu, Gustavo! - falamos juntas.

***

– Gustavo, amanhã vou direto para o Galpão de manhã e depois venho para a agência, viu? - disse.

– Ok. E a fotos dos professores?

– Marquei com eles a partir das 15 horas aqui na agência.

– Vai conseguir fazer a foto de todos eles amanhã?

– O Laerte ficou de confirmar apenas dois professores que ele não conseguiu falar ainda.

– Beleza. Bom descanso para vocês, meninas. Até amanhã.

– Até - falamos juntas.

***

– E ai? Como vamos aproveitar essa folga inesperada?

– Pow, levei a sério o que você disse para o Gustavo - disse rindo.

***

Chegamos ao apartamento dela. Enquanto abria a porta, abracei ela por trás e comecei a beijar seu pescoço.

– Para. - disse ela - Assim não consigo abrir... - disse ela virando e me beijando.

Continuamos nos beijando e virei a chave que estava na maçaneta, abrindo a porta. Entramos no apartamento sem nos separamos. Ela mordeu e puxou de leve meu lábio inferior. Fechei a porta que estava logo atrás de nós e virei encostando-a na porta. Coloque minhas mãos por baixo de sua blusa e comecei desliza-las por seu corpo em direção aos seus seios...