" Daniel "

Estava feliz, havia conseguido um sorrido sincero dela e isso me alegrou muito. Encontrei Beatriz no caminho e aproveitei para convida-la para um passeio. Fomos assistir um filme, fiz pipoca e sorrimos muito, fiz bem em escolher comédia, quebrou o clima de nervosismo.

– Bem o que você gosta de fazer? - perguntei após o final do filme.

– Gosto de cavalgar, é minha paixão! - seus olhos brilharam enquanto falava.

– Então já sei para onde te levar da próxima vez.

– Isso mesmo, ouvi dizer que existem cavalos belíssimos por aqui. - conversamos mais um tempo, depois a levei para o salão das mulheres.

– Foi um prazer ter sua companhia. - falei beijando sua mão, ela sorriu e entrou no salão.

Comecei a caminhar e analisar meu encontro, apesar de agradável, ela não se interessou em nenhum momento em mim, não perguntou nada, só falava sobre ela. não sei se quero uma esposa que só pense nela, afinal, serei rei, e nós pensamos primeiro no povo.

Continuei caminhando e passei pela biblioteca, sempre gostei de ler, ma acalmam muito, ao entrar encontrei Sara, ela estava procurando algum livro com muita atenção, pois se assustou ao me ver.

– Perdão alteza, estava procurando um livro, não sabia se podia .. - ela estava vermelha.

– Claro que pode. - falei sorrindo - gostaria de caminhar comigo?

– Adoraria. - falou sorrindo e acabei rindo também, ela era muito alegre e isso era algo contagiante.

Saímos pelo palácio e ela não parava de falar um minuto, nem quando me fazia perguntas, ela mesmo respondia e continuava a falar. Após deixa-la em seu quarto, fui para o meu e tomei um banho. Me arrumei e desci para o jantar estavam todas lindas, observei cada uma com os olhos, tantas mulheres, tantas personalidades diferentes, como achar a certa? será que havia uma certa para mim?

– Filho! - meu pai me chamou, me tirando dos meus pensamentos.

– Sim!

– Poderia depois do jantar ir ao meu escritório?

– Claro! - ele estava sério, deveria ser algum problema.

– Meninas, espero que estejam gostando da estadia, lembro que a comida era uma das coisas que mais me alegravam - falou minha mãe e todos riram - Convido vocês para um chá.

Elas assentiram e continuaram a conversar.

Após o jantar, como combinado, fui para o escritório do meu pai, ele estava conversando com um soldado que logo se retirou.

– Que bom que chegou, temos que conversar sobre algo.

– sobre o que? - perguntei sentando.

– Os rebeldes, eles continuam rondando o palácio, tive muitos problemas com eles na minha seleção, achamos que depois da dissolução das castas eles iriam parar de atacar, mas o retorno da seleção deve tê-los causado medo, acho que pensam que as coisas voltarão a ser como antes ou .. - ele parecia cansado e triste - não sei, podem estar insatisfeitos com meu governo, só tome cuidado e tente não sair muito com as selecionadas em locais abertos.

– Tá certo. - falei levantando - pai, eu espero um dia ser metade do rei magnífico que o senhor é.

Ele sorriu envergonhado e saí, meu pai era um ótimo rei, cresci vendo coisas boas que ele e minha mãe fizeram, só queria que eles pudessem descansar, não ter tanta responsabilidade o tempo todo.

Fui para o meu quarto e deitei, havia sido um grande dia, 3 encontros, Beatriz, Sara e Anica. Anica ... que agora era minha amiga, não entendo como. Eu havia planejado um encontro perfeito, piquiniqui, cavalos, e apesar de não ter dado certo, ela gostou de mim, teria que visitá-la depois, acabei dormindo bem tarde. Quando o despertador tocou, me levantei e fui correr, como fazia todos os dias, era uma forma de me acalmar.

Fui para o café da manhã e depois saí com mais duas meninas, não senti nenhuma afeição ou atração por nenhuma delas, isso começou a me preocupar, pois achava defeitos em todas, como iria achar minha esposa?

Sentei em um banco no corredor para pensar, quando alguém apareceu.

– Está tudo bem com você? - era Anica, ela me olhava de um jeito preocupado.

– sim e com você? - falei sorrindo

– Acho que estou bem. - ela falou sentando.

– Acha?

– É uma longa história. - ela falou um pouco triste.

– Eu tenho tempo.

– Isso mesmo, tem tempo e mais 34 meninas para conhecer, não perca seu precioso tempo com minhas besteiras. - ela levantou e eu peguei sua mão.

– Não são besteiras! - ao toca-la senti um corrente elétrica passar por meu corpo. - Somos amigos, pode me contar.

– Outra hora quem sabe - ela soltou minha mão e seguiu para seu quarto.

Mas o que aconteceu comigo? tudo que queria naquele momento era segui-la e saber o por que de sua tristeza.