Masquerade escrita por okayokay


Capítulo 5
Party, part 2


Notas iniciais do capítulo

I'm back!



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Tiffany Morgenstern

Vi Madison se afastar de Sebastian e ele me chamou com os olhos. Neguei, afinal estava dançando com Frank, mas seu olhar dizia que ele estava sem paciência. Respirei fundo, dei um selinho no meu namorado.

– Você pode pegar algumas bebidas? Eu tenho que falar com alguns convidados.

Ele concorda e eu logo me sinto mal. Que merda eu estou fazendo da minha vida? Sebastian segue até sairmos do meio da pista montada em uma das salas de estar, e me puxa para dentro de um pequeno escritório, trancando a porta.

– O que você quer? - pergunto.

– Você.

Sebastian me puxa pela cintura e me beija ardentemente. Não há como negar que correntes elétricas percorrem toda a extensão do meu corpo quando ele me toca .

– Aqui? - faço uma careta. Não havia espaço. Aquela era uma sala escondida embaixo das escadas com apenas uma mesa antiga.

– Eu a quero nesse momento - ele rosna, me jogando contra a mesa.

Me assusto a princípio. Sebastian nunca foi tão agressivo. Ele estava com raiva, era nítido em seus olhos. Ele me virou para frente, levantou meu vestido e afastou minha calcinha ao mesmo tempo em que abaixava suas calças.

Não houve emoção da minha parte. Foi uma transa fria, sem seus beijos calorosos habituais ou seus toques em pontos perigosos. Não havia desejo em seus olhos, não havia vontade. Apenas raiva. Sebastian atingiu o orgasmo, mas nada aconteceu com o meu corpo. Ele apenas se afastou e ergueu as calças.

Eu nunca me senti tão imprestável.

– Por que você está assim? - pergunto, cruzando os braços.

Ele me olha pela primeira vez desde que me empurrou para essa sala.

– Eu não a quero mais com ele.

– Frank é seu amigo.

– E Madison é sua.

– Então quer dizer que você pode comer a sua namorada na pista da minha casa enquanto eu não posso ficar com o meu namorado?

– É exatamente isso.

Dou uma risada debochada.

– Você não tem compromisso algum comigo para exigir isso de mim.

– Não precisamos de compromisso - ele se aproxima de mim, tocando minha cintura. - Você é minha e eu sou seu. É simples assim.

Suspiro na sua nuca quando seus lábios mordem minha orelha. Sua mão passeia para debaixo do meu vestido e me tocam. Mordo os lábios para me controlar. Uma música lenta e abafada tocava na sala e seria possível nos ouvir se alguém chegasse perto.

– Por que você faz isso comigo?

– Você é minha - Sebastian repete - e eu sou seu.

Deixo ele me tocar. Sinto todo o prazer acumulado dentro de mim. Lembro-me dos nossos momentos juntos, lembro de Cancun e das fugidas no tempo restante das férias. Lembro-me de como eu sempre o amei. De como eu o amo.

– Não precisa se controlar - ele me diz. - Geme pra mim, Maddie.

Paraliso completamente.

Maddie.

Maldita!, a xingo mentalmente.

Me afasto.

– O que você disse?

Se eu tivesse um pênis, provavelmente eu teria broxado. Mesmo assim, descreveria a minha perda de ânimo se houvesse palavras para explicar esse momento.

Humilhante. Esse momento completamente humilhante.

– Eu não...

Acerto minha mão aberta no seu rosto. Ouço o estalo. Vejo o vermelho na penumbra.

– Demônia - ele resmunga enquanto leva a mão ao rosto. - O que diabos é isso?

– Você me chamou de Maddie - rosno. - Madison! Sebastian, pelo amor de Deus...

– Foi o momento.

– Será que nem o meu nome você tem capacidade de guardar?

– O que você está falando?

– Que você não consegue manter o seu pinto dentro da calça! - grito. - Eu vi como você a olhava na pista, eu observei como vocês estavam colados e exalando desejo. Eu vi! Então ela foi embora e você me chamou para te aliviar, é claro. Por que é só para isso que eu sirvo, não é? Para ser sua companhia quando Madison está indisponível. É isso que eu sou, não é? Uma vagabunda, uma vendida!

Ele dá de ombros.

– É você que está dizendo.

Acerto outro tapa no seu rosto.

– Desgraçada - ele rosna e me olha furioso. Anda até mim e aperta os meus pulsos, me joga contra a parede com força. Respiro fundo quando minhas costelas se chocam contra o concreto dolorosamente. - O que você quer que eu diga, que eu gosto de você? Pelo amor que você tem a sua vida, Tiffany, pegue o seu orgulho e se retire daqui.

Sinto lágrimas molhares meus olhos, minhas bochechas, meu pescoço... Sinto gotas escorrerem diretamente para o chão.

– Eu só queria que você sentisse alguma coisa. Qualquer coisa.

– Eu sinto desejo - ele admite. - Você é gostosa. Só isso. Éramos amigos, mas nós dois sabemos que mais cedo ou mais tarde você ia vir atrás de um homem de verdade para apagar esse seu fogo.

O olho com raiva e tento acertar seu rosto, mas as mãos de Sebastian estão firmemente ao redor dos meus pulsos, me apertando e me machucando. Deixando marcas bem mais do que físicas.

– Eu posso trair Madison com mil e uma mulheres, mas o que eu sinto por ela eu nunca sentirei por nenhuma outra - ele rosna. - Eu amo a minha namorada, você está entendendo? Nós podemos transar duas vezes por semana, eu realmente não me importo de pular a janela do seu quarto, mas eu nunca serei trouxa para largar a minha Maddie e ficar com você.

Ele me larga e eu escorrego até o chão, massageando os pulsos e tentando controlar as lágrimas. Babaca, me culpo. Otária!

– Você é tão burra - Sebastian diz antes de destrancar a porta e sair, a batendo com força.

Eu nunca se sentiu tão humilhada na vida.

§§§

Scarlett Wilkins

Olho fixamente para Wendy.

– Meu pai sabe que você fica dando para o primeiro que te elogia? - pergunto.

– Como se com você fosse diferente, não é mesmo? - a loira sorri. - Adam me contou de Cancun.

Me vira para encará-lo, que dá de ombros.

– Contei mesmo. Wendy sabe guardar segredo.

– Você vai mesmo ficar com essa baleia?

– Ela não é gorda, Lett - Adam dá aquele sorriso. - Não se preocupe. Não quebramos a cama do quarto de hóspedes.

Respiro fundo, controlando a raiva. O sorriso insinuante de Adam deu a entender que ele fazia isso só para me provocar. Eu realmente não duvidava disso.

Wendy, porém, segura ao redor do braço dele e o puxa para um beijo.

– Vamos, Adam, ainda temos muito a fazer.

Respira, digo a mim mesma. Respira. Um, dois três. Um, dois, três. Um. Dois. Três.

A raiva passa momentaneamente. Não sei o que fazer, mas pelo canto do olho vejo Adam levantar o vestido de Wendy, que está encostada na parede perto da pista. Uma das mãos de Adam está na intimidade dela e a outra pousou no seu peito. Ninguém liga para os dois, todos estão preocupados com os seus pares e com a música. Ninguém ligou para mim, ali parada, encarando os dois se comendo.

Deveria ser eu.

§§§

Madison Hartfold

– Eu estava ocupada - digo, suspirando. - Tive que dar uma desculpa a Bash. Não gosto de mentir para ele.

– Você irá mentir para pessoas bem mais importantes.

– E então, você falou com ela?

– Nós conversamos, sim - ele caminha até a mesinha e enche um copo de uísque para si. - Disse a ela sobre Frank e Sebastian. Disse que o namorado era a melhor escolha e que o amante não valia a pena.

– E então?

– Não me deu muito ouvido, mas alguma hora dará.

Suspiro.

– Então você é um fracasso.

– Não - ele nega. - Nosso plano correrá como o imaginado.

– Tiffany precisa odiá-lo - digo. - Tiffany precisa me odiar.

– Ela irá - Patrick Morgenstern diz. - Eu prometo.

Sorrio para ele e enlaço meus braços ao redor do seu pescoço.

– Eu te amo, Pat.

Ele sorri de volta e me beija. Penso em como as pessoa são fáceis de ser manipuladas, ainda mais contra a própria família. Sempre há tantos argumentos, tantos motivos e razões para um irmão odiar o outro...

Eu apenas sou boa com palavras, digo a mim mesma. Tudo dará certo.


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