California Girl escrita por Mellie


Capítulo 27
Maybe I'm Falling


Notas iniciais do capítulo

Ei gentem, beleza?
Tinha planos pra postar mais cedo, mas minha mãe me fez sair antes de terminar o cap, só pude voltar agora...terminei rapidinho e nem deu tempo de revisar, se tiver algum erro me desculpem!



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"You've got me feeling strange
Cause I love to hate you so damn much"

–Cara, você não deveria ter falado aquilo...-Erik tentava me fazer pedir desculpas.

–Ela vai entender –eu sabia que não, Charlie estava brava, dava pra ver nos olhos dela. Eu não queria vê-la desse jeito, mas eu não sabia mais o que fazer.

–Ela parece prestes a chorar –eu a olhei, parada no mesmo lugar e com os braços cruzados, ela estava vermelha, mas eu acreditava que era por causa da raiva que estaria sentindo.

–Duvido que ela vai chorar, pelo menos não aqui, na frente de todo mundo.

–Tenho medo dela desse jeito...-Peter se intrometeu na conversa

–Eu também –disse num sussurro.

–Por que você não vai lá se desculpar? –Erik perguntou.

–Eu não...eu não consigo...

–Ohh. Então é mais sério do que eu pensava –Peter exclamou –Thomas ‘tá apaixonado! –os dois riam da minha cara, que deveria ter ficado vermelha.

–O que!? É claro que não!

–Claro que sim! –eles começaram a chamar a atenção de todo mundo em volta com aquela gritaria –Não precisa ficar com vergonha...te entendemos...

–Eu não entendo –Erik só tinha ficantes, não entenderia mesmo.

–Estou cercado de idiotas...

...........

Três dias depois.

Ela não falava nem olhava mais pra mim...ok, eu também não fazia isso, mas é diferente...

Nem carona ela queria, ia e voltava da escola com aquela amiga punk dela, uma tal de Summer. Que droga!

Eu sei que não deveria ter falado aquelas coisas, mas eu estava confuso! Ela não saia da minha cabeça! Nem por um segundo. E agora Peter e Erik ficam me dizendo que eu estou apaixonado pela Charlie! E eu só quero ficar sozinho...

Não...eu quero ficar com ela.

Sinto falta da risada, dos olhos, do jeito que ela fica vermelha quando eu digo alguma coisa que a faz ficar envergonhada. Sinto falta até de quando ela briga comigo.

Eu não aguentava mais esse ‘tratamento do silêncio’.

Então eu decidi que não ficaria mais daquele jeito. Acharia alguém pra me ajudar. Mas quem?

Madison estava fora de cogitação. Falaria com Charlie e estragaria tudo. Além do mais ela não me suporta.

Peter e Erik nem deveriam estar aqui.

Fiquei pensando em alguém...teria que ser de confiança, que não me trairia, nem contaria pra ela.

Certo, elas se odiavam, eu sei. Mas era minha única chance.

Então eu fui falar com ela, que estava no pátio falando com algumas amigas.

–Jen? –a chamei.

–Thomas! –ela exclamou ao me ver –Oi, tudo bem? Eu ‘tô ótima!

Ela tinha o péssimo hábito de falar demais.

–Hum...tudo certo...eu preciso falar com você –disse de uma vez –Pode vir comigo?

–Claro! –ela se levantou, cochichou alguma coisa com uma delas e se virou pra mim –Vamos?

Nos afastamos um pouco de onde as pessoas estavam.

–Então... –ela começou –O que quer?

–Preciso de ajuda.

–Com que? Você sabe que nunca fui boa aluna, deveria falar com aquela sua irmã lá...

–Não, não preciso de ajuda com isso. Mas é sobre ela que eu quero falar.

Ela deu risada.

–Você quer ajuda porque disse algumas coisas ruins pra ela, e agora não se falam, ela está brava e você não aguenta mais isso? –abri minha boca num perfeito “O”.

–Como você sabe?

–Sou muito intuitiva... –disse simplesmente –Mas eu não sei se posso te ajudar.

–Por que não!?

–Ela é muito teimosa e orgulhosa. Não vai vir correndo pedir desculpas assim que você aparecer com outra. Você sabe disso.

–Sei...mas você poderia dar um jeito de ela, pelo menos, falar comigo de novo?

–Isso eu acho que consigo. Mas ela vai estar brava, muito brava.

–Tudo bem, eu aguento... –suspirei –Temos um acordo –estendi minha mão.

–Temos –balançamos nossas mãos.

...........

Faziam duas semanas desde minha conversa com Jen, e até agora nada. Ela diz que “A hora ainda não chegou”. Mas eu acho que ela não sabe o que está dizendo.

Ela espalhou pra todo mundo que estávamos saindo. Disse que gostaria de ver Charlie com ciúmes. Só conseguimos que ela me ignorasse ainda mais...

Mas então Jen apareceu com uma ideia que eu achava que poderia dar certo.

Aby e Maddie iriam estar em casa. Iriamos fazer uma pequena ‘surpresa’...

–Certo. Nós vamos entrar parecendo felizes –ela me explicava –Vamos fingir que não as vimos e você vai fingir que não liga, ela vai fingir também, provavelmente, você vai a chamar pra conversar e...depois é com você. Entendeu?

Respirei fundo.

–Sim. Entendi.

–Então vamos –estávamos parados na frente da porta. Eu podia ouvir as risadas que vinham da sala. Só precisava abrir a porta. Mas eu não conseguia –Está esperando o que?

–Eu não consigo...e se não der certo?

–Vai dar certo. Ou você não confia em mim? –ela perguntou arqueando as sobrancelhas.

–Confio, mas...

–Mas nada! Abre essa porta e dá risada. Agora! –disse autoritária.

–Tu-tudo bem... –abri a porta devagar. Sem fazer barulho. Jenny começou a rir feito uma retardada. Eu a segui.

As meninas nos olhavam como se fossemos dois problemáticos. Maddie quebrou o silêncio berrando.

–QUE POUCA VERGONHA É ESSA AQUI!?

Nos entreolhamos e Jenn deu um sorriso vitorioso. A primeira parte foi concluída com sucesso.

–Pensei que fosse dormir na casa de uma das duas... –comecei, mas logo fui interrompido por Charlie, que me olhava de um jeito assassino.

–Pensou errado –disse ríspida.

–Podemos conversar –fui direto –Sozinhos?

–Então... –Aby começou –Jenny! Será que você pode vir com a gente na cozinha por um minuto?

–Mas agora?

–Sim, agora! –elas se levantaram e puxaram Jen pra cozinha. Deixando nós dois sozinhos.

–O que você quer?

–O que eu...o que eu quero? –perguntei pra mim mesmo –Eu não sei. Só sei que não gosto quando você me ignora.

–TE IGNORAR? –ela explodiu –VOCÊ NÃO TEM NOÇÃO DE COMO É DIFÍCIL PASSAR POR VOCÊ TODOS OS DIAS E FINGIR QUE ESTÁ TUDO BEM!

–ENTÃO VOCÊ ME CULPA POR ISSO!? –estávamos os dois gritando.

–A CULPA É MINHA DE VOCÊ SER UM IDIOTA COMPLETO!?

–EU NÃO SOU IDIOTA, VOCÊ É QUE É MUITO IMATURA! –ela deu dois passos pra trás.

–Você não tem o direito de dizer isso depois de tudo... –ela havia abaixado o tom de voz e agora olhava para baixo, com o cabelo escondendo o rosto.

–Depois de tudo? Depois de tudo o que? –ela finalmente olhou pra mim. E o que eu vi me assustou...ela estava chorando. Eu a fiz chorar! Eu me odeio...

–Depois de...de me fazer gostar de você. De acreditar em você. Eu...fui tão burra! –ela soluçava. Eu me segurava pra não abraça-la.

–Não, eu não deveria ter falado aquilo. Me desculpe... –eu tentava me aproximar.

–Te desculpar? Eu não sei se consigo fazer isso.

–É claro que consegue. Você consegue qualquer coisa –finalmente tomei coragem e a coloquei entre os meus braços.

–Não, eu não consegui ficar longe de você... –ela sussurrou timidamente –Seu idiota.

–Essa é a Charlie que eu conheço! –ela também deu risada –Mas eu não tenho culpa de você querer ficar longe de mim.

–Eu pensei que você é quem estava me evitando.

–Na verdade eu ‘tava é tentando fazer você me notar.

–Seria impossível eu não te notar...

–Eu não quero me afastar de você –a olhei nos olhos –Só não sei o que fazer...

–E você acha que eu sei?

–Você é a mais inteligente daqui, deveria saber.

–Mas eu não sei. Desculpe.

Dei risada de novo.

–Isso não quer dizer que você precisa saber de tudo...

–Mas eu deveria saber o que fazer?

–Não, sua irritante sabe-tudo, vamos descobrir com o tempo...

–Promete?

–Prometo –beijei o topo de sua cabeça. E logo pensei...

Talvez, só talvez, Peter e Erik estivessem certos...


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Notas finais do capítulo

Sooooo
Que tal!?
Eu achei meio tosco, mas enfim...
Não tenho aula essa semana (graças aos céus!) então vou poder escrever mais...

KISSUS
—MEL :3