- Amor? – a voz suave de Rose me chamou, beijando meu rosto enquanto eu abria os olhos, ainda meio sonolento. – Amor? – ela voltou a me chamar, eu pisquei duas ou três vezes, percebendo que nosso quarto ainda estava iluminado apenas pelas luminárias, então eu não devia ter perdido a hora.

            - Oi? – murmurei, minha voz saindo arrastada enquanto eu me acostumava.

            - Eu to com vontade – ela murmurou mordiscando o lábio inferior enquanto um sorriso se abria em meus lábios, já havia passado por isso antes, e nunca entendi de onde vinha esse desejo repetindo de comer algo, ou ver, ou sei lá o quê.

            Mas era melhor não discutir com ela.

            - O que você quer comer hoje? – perguntei com um toque divertido em minha voz, vendo como as bochechas dela coravam no primeiro desejo nessa gravidez.

            - Nada – ela respondeu passando a mão em meu rosto.

            - Então? – murmurei com o cenho franzido. Se não era alguma comida estranha e inadequada para a hora que ela queria, o que era então?

            A resposta dela veio com as mãos roçando sobre meu peito, arranhando sobre meu peito nu, enquanto Rosalie mordiscava o lábio inferior e seus olhos brilhavam de desejo. Sorri beijando seu rosto, logo puxando sua boca para a minha, beijando-a a fundo e com desejo, exatamente do modo que eu sempre queria beijá-la. Suas mãos passaram pelo meu cabelo curto, até arranhar minha nuca, e continuou com seu ataque de sedução e luxúria – que se resumia em desejo.

            Mas eu nunca reclamaria disso.

            Seu cabelo, que parecia ainda mais loiro e estava mais curto, caiu sobre seus ombros de modo sexy, contornando seu rosto delicado. Agarrei seus lábios novamente, não querendo me afastar, nem pensar que poderia ser apenas um sonho.

            Rosalie suspirou contra meu pescoço, quando comecei a passar as mãos por baixo de sua camisola curta, sentindo sua pele se arrepiar levemente ante meu toque, dedilhando sobre seu ventre pouco inchado, para chegar a seus seios doloridos, cuidando daquela parte com carinho, beijei seu pescoço e continuei movendo minhas mãos. Ela ergueu os braços e aquela peça voou longe, perdendo-se em algum lugar no quarto que não nos interessava naquele momento.

            Suas unhas cravaram em meu ombro, só para me ouvir grunhir de prazer, porque eu sempre me sentia bem quando ela cravava assim, como se estivesse mostrando que estava ali e que era minha.

            E eu adorava chamá-la de minha, sempre adorei.

            Todas as peças voaram, nossas mãos percorreram o corpo alheio deixando um rastro de desejo e excitação, suas mãos estavam quentes sobre a minha pele. Todo seu corpo estava quente e eu não queria afastá-la de mim.

            Voltei a me dedicar a seus seios, beijando-os com vontade a beira do êxtase de Rosalie, depois voltei a seu pescoço, certamente deixando alguma marca naquela região tamanha excitação ela havia despertado em mim. Suas mãos tocaram meu membro, mas não havia vulgaridade nesse gesto como os livros costumam relatar, não era pervertido, era desejo e seu toque me fazia arder.

            Meu membro roçou sua feminilidade, e eu soube que estava indo rápido sem dar muito tempo para as preliminares, mas o modo como ela havia me acordado e vindo para cima toda sedutora, ah, Rosalie me enlouquecia nesses momentos, e tudo que eu podia querer era me afogar em seu corpo, desfrutando de cada curva, dedilhando sua pele clara enquanto ela gritava o meu nome.

            E eu gritava o dela.

            Nossos gemidos se mesclaram quando eu dei a primeira estocada, nossas testas já suando do esforço e pelo prazer do ato, pelo calor no quarto e pela proximidade de nossos corpos. Eu tentava ir devagar, porque não importava quanto fosse dito sobre sexo não machucar o bebê, eu não queria pegar pesado. Seu corpo deslizava sobre meu membro, tragando minha ereção de forma quente e úmida que me fazia gritar de prazer. Afundei meu rosto contra seu cabelo, gemendo contra aquela região quando seu corpo começou a demonstrar os espasmos do orgasmo que se aproximava.

            Rosalie acelerou o ritmo, suas unhas roçando meu peito, logo seus seios deslizando sobre o meu peito e suas unhas voltando a cravar em minha pele. Ela jogava a cabeça para trás ao gemer, seu corpo arqueando pela excitação, e eu só sentia que meu próprio corpo se tornava ainda mais quente e desejoso, querendo ir mais fundo nela. Ter mais dela, sempre mais, como se tudo não fosse o suficiente.

            E com você realmente não era.

            - Amo você – ela gritou contra meus lábios, seus dentes arranhando a pele de meus lábios de forma sensual. Aquela gravidez estava mexendo mesmo com Rosalie, e eu estava adorando.

            Retribui o gesto, arrastando meus dentes sobre a pele clara de seu pescoço, beijando aquela região novamente e deixando uma marca úmida. Então ela gritou se aferrando a mim, sua boca contra meu ouvido, seu cabelo grudando na testa e suas unhas cravadas em meus ombros.

            Grunhi de prazer pelo ato, pela reação dela, por tudo enquanto meu corpo continuava entrando e saindo do dela, os espasmos chegaram e eu só queria prolongar o momento, prolongar o prazer enquanto a sentia lânguida e entregue entre os meus braços.

            Quando o orgasmo chegou, foi aterrador e sublime, fazendo com que eu me aferrasse ainda mais ao corpo dela, penetrando fundo enquanto ambos voltamos a gemer de paixão.

            E Rosalie que tivesse mais dezenas de desejos como esse, que eu não me importaria no mais mínimo em atendê-la.

            Puxei seu corpo contra o meu desfrutando dos próximos minutos que eu teria de folga, e novamente eu pedi a quem quer que estivesse me ouvindo lá de cima que me deixasse ficar aqui, ao lado dela, de Victor e do bebê que crescia em seu ventre. Uma lágrima escorreu no canto de meus olhos, e pouco me importava essa besteira de que homem não chora. Certamente quem disse isso não pensava que poderia perder sua família a qualquer hora.

            - Eu amo você.

            Sempre amei. Sempre amarei.