Mas Rose só relaxou mesmo quando já havia completado o terceiro mês, vendo seu corpo inchar um pouco, diferente da gravidez de Victor quando ela ficou sentimental sobre eu não amá-la mais por causa disso, desta vez ela parecia mais relaxada, e mais conformada com o fato de seu corpo estar aumentando.

            - Com Victor eu demorei mais a ter barriga – ela disse olhando-se no espelho de perfil, eu estava em nossa cama, com Victor dormindo abraçado a mim, enquanto ela estava apenas de lingerie na frente do espelho, vendo como seu corpo já mostrava uma saliência na região da barriga.

            Eu ri ficando onde estava, vendo como ela virava para me ver e suspirou, mandei-lhe um beijo sussurrando que ela continuava linda, e ela riu maneando a cabeça, como se eu dissesse isso apenas para agradá-la. Mas não era, para mim ela estava mesmo linda.

            E seu corpo continuava sendo uma tentação para mim, ainda mais com seus seios permanecendo fartos, e suas nádegas que pareciam ter aumentado um pouco – tudo que ela reclamava, mas eu adorava.

            - Vem cá – com cuidado eu me sentei, colocando Victor mais no meio da cama e, quando Rose se aproximou estendendo uma mão para mim, eu a puxei fazendo-a sentar em meu colo.

            - Não vale mentir para mim – ela disse pincelando meu nariz, e eu revirei os olhos.

            - Como se você não fosse saber se eu estivesse mentindo – ela riu deitando a cabeça em meu ombro, enquanto seu dedo com a aliança de nosso casamento dedilhava sobre sua barriga.

            - Deve ser também porque eu não voltei ao meu corpo depois que Victor nasceu – ela suspirou e eu sorri beijando seu rosto.

            - Sua barriga já está aparecendo, e você está reclamando? Quando estava grávida de Victor, lembro quantas noites você veio para cama frustrada por ainda estar lisinho aqui – dedilhei seu ventre, até entrelaçar nossos dedos. – E isso mostra que nosso bebê está crescendo bem e forte!

            - E vai continuar assim – ela murmurou jogando o cabelo para trás, e voltando a encostar a cabeça em meu ombro.

            - Isso – beijei seu rosto novamente. – E você sabe que continua sendo uma tentação para mim, não sabe?

            Ela gargalhou e acertou um tapinha em meu peito desnudo, fazendo eu revirar os olhos, mas também sorrir.

            - Respeite o seu filho – ela virou o rosto, com os olhos brilhando de amor e ternura, vendo como nosso rebento dormia tranquilamente, alheio a qualquer coisa que acontecesse naquele quarto.

            Ela permaneceu no meu colo por mais alguns minutos, enquanto eu massageava seu cabelo, sentindo-a cada vez mais relaxada entre meus braços. Beijei seu rosto mais uma vez, antes de deitá-la na cama.

            - Você vai sentir frio se ficar só assim – beijei mais uma vez seu rosto, disposto a esquentá-la.

            - Fica comigo – ela murmurou segurando minha mão.        

            - Vou colocar Victor no berço – eu disse e ela assentiu, aconchegando-se melhor na cama depois que eu o ergui.

            Victor se mexeu em meu colo, esticando um bracinho, e eu sorri, sabendo que não importava o quanto ele se mexesse, ele não acordaria.

            - Já volto – sussurrei para ela saindo do quarto com nosso menino no colo.

            Coloquei-o com cuidado no berço, parando para reparar em como ele havia crescido, podia ainda me lembrar as primeiras noites que eu o havia colocado ali, seu corpinho diminuto parecia perdido no meio do berço grande demais, agora era quase ao contrário, ele se encontrava bem aconchegado, mas já não havia espaço para ele permanecer com os bracinhos esticados como costumava fazer.

            Abaixei-me e beijei sua bochecha, certificando-me de que Victor estava bem coberto; acendi o abajur que ficava ali pertinho e encostei um pouco a porta, deixando-o dormir em paz. Agora era minha vez de ir para o meu quarto e descansar.

            - Vem – eu murmurei baixinho ao me deitar na cama, depois de ter posto uma camiseta porque estava esfriando. Rose sorriu para mim, meio sonolenta, principalmente pela gravidez, e eu acariciei suas costas, puxando-a para bem perto de mim, sentindo como uma de suas mãos se espalmava sobre meu peito enquanto ela se aconchegava na cama e entre meus braços.

            Sorri beijando seus lábios quando ela me viu, e voltei a deitar a cabeça no travesseiro, vendo que Rose havia finalmente se acertado com os travesseiros, e a coberta. E seu corpo permanecia apenas com a lingerie, sua barriga um pouco fria por um suposto creme que sua mãe sempre fazia, para conservar a pele ou qualquer outra coisa assim – que eu não acreditava, mas Rose dizia que funcionava mesmo, quer dizer, ela havia usado na gravidez de Victor e sua pele continuava lisa e sedosa, é, devia funcionar.

            - Boa noite – ela sussurrou fechando os olhos.

            - Boa noite – eu respondi ainda acariciando suas costas.

            E, mais uma noite, eu pedi a Deus que todas as noites pudessem ser assim, com ela entre meus braços, meu filho dormindo no quarto ao lado, mas, principalmente, eu junto com eles.