Small obsession escrita por Rafa


Capítulo 8
Capítulo 8 - Concentração


Notas iniciais do capítulo

Oi gente... Demorei. Desculpe.
Boa leitura.



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— Rukia —

— Droga. — praguejei amassando a folha que tinha em mãos. Já era a quinta vez que eu errava um calculo da planta que eu estava desenhando, tendo de começar tudo de novo.

Eu não conseguia me concentrar e a culpa era toda dele. Ichigo. Toda aquela conversa de mais cedo havia mexido comigo e eu havia aceitado dar uma chance para ele. Contrariando tudo o que eu já havia decidido.

"Será que isso pode dar certo? Será que aqueles antigos sentimentos nasceriam novamente?". Eram essas as perguntas que eu mais necessitava saber a resposta. E isso acabava com toda a minha concentração, que já não era muita.

Peguei outra folha e recomecei tudo outra vez. Ichigo sempre foi obstinado quando queria algo e nunca foi de desistir fácil. Era isso o que eu mais admirava nele, mas agora essas “qualidades” me deixavam insegura.

Pensar que nossa amizade estava em risco me inquietava, mas, por outro lado, pensar que talvez aquele novo sentimento poderia dar certo fazia com que algo em meu interior se revirasse.

Não podia negar. Ichigo nunca havia me decepcionado e ele é sem duvida nenhuma é um ótimo companheiro para todas as horas, sem falar que ele não era de se jogar fora. Sim, definitivamente ele é lindo, até demais.

Depois que enfim superei os sentimentos que tinha por ele no passado nunca mais tinha olhado para ele dessa maneira. Sempre tentei manter uma distancia segura para ter certeza de que não me apaixonaria novamente por ele já que sabia que ele não sentiria o mesmo. E então conheci Kaien, primo dele. Eles eram muito parecidos tanto na personalidade quanto na aparência. Apaixonei-me muito rápido e parecia que o sentimento era recíproco, mas do mesmo modo que começou acabou, sem nem me dar tempo para entender o que realmente havia acontecido. Mas Ichigo estava lá me confortando.

Escuto o som inconfundível do toque de meu celular tirando-me de meus devaneios. Suspiro. Era a quinta vez que Inoue me ligava para me lembrar da noite das mulheres.

" O que foi dessa vez, Inoue?" — perguntei dispensando os cumprimentos.

" Ai. que mau humor, Kuchiki-san." — reclama ela com um tom de voz magoado.

" Desculpe. É só que estou com muito trabalho." — digo colocando o celular no viva voz para continuar com os cálculos.

" Então? O que você queria me falar?" — pergunto com mais gentileza.

" Ah. É que a Yoruichi me pediu para avisar que passa te pegar no seu apartamento as oito horas da noite. Decidimos ir todas em um carro só. Assim fica mais divertido." — diz ela toda empolgada.

" Tudo bem. A Matsumoto vai também dessa vez?" —perguntei curiosa, afinal já fazia um bom tempo que eu não a via.

" Sim. Ela está livre do trabalho por essa semana." — responde ainda com um tom de alegria na voz.

" Tudo bem então, Inoue. Vou ter que desligar. Realmente tenho muito trabalho." — digo já pegando o celular para encerrar a ligação.

" Tudo bem, Kuchiki-san. Até mais tarde então." — responde apressada.

" Até." — encerro a ligação me jogando cansada na confortável cadeira de minha sala.

Já era quase meio dia, hora do almoço, ainda nem havia terminado o projeto de uma planta e eu ainda tinha mais duas para fazer. Teria que deixar o almoço de lado.

— Merda! — digo ao sentir meu estômago reclamando de fome.
Continuei trabalhando mesmo assim. Finalmente estava conseguindo finalizar a primeira planta e não poderia perder tempo. Olho para porta quando me sinto sendo observada.

— Eu já disse que você fica linda quando está trabalhando? — perguntou sorrindo o maldito morango que não sai de meus pensamentos.

— É…. Não…. Não disse. — respondi gaguejando sem querer.

— Pois então estou dizendo agora. — responde com um sorriso confiante no rosto.

— Nossa obrigada, Morango. Você me parece bem-humorado hoje. Posso saber o motivo? — pergunto entrando em seu jogo.

— Ah claro que pode. — sorriu andando até minha mesa. — Estou feliz porque a mulher por quem eu estou apaixonado aceitou sair comigo. — responde ainda sorrindo.

— Nossa que homem de sorte que você é. — Digo voltando a fazer meu trabalho.

— Oe, Rukia. Larga isso e vamos almoçar. — Fala tirando todos os papeis de minha mesa.

— Não posso. — resmungo levantando para pegar os papeis que ele olhava interessado. — Ainda tenho mais duas dessa para finalizar até a tarde. Você sabe….

— Que Byakuya não tolera atrasos. É eu sei. — diz debochado. — Ah vamos, Rukia. Depois você termina. Eu sei que você consegue terminar isso depois. — diz ainda olhando meus esboços.

— Já disse que não dá. — digo impaciente. — Agora me devolva minhas folhas e me deixe trabalhar. — digo mandona.

— Não. Por que você não vem pegar, Nanica? — pergunta sarcástico.

— Seu idiota. Me devolva agora! — exclamo irada tentando em vão alcançar os papeis que ele segurava no alto de propósito.

— Não devolvo sua mandona. Se quiser vem pegar Nanica-chan. — grita com o rosto próximo ao meu aparentando irritação.

— E seu eu te der um beijo você me devolve, Morango-kun? — pergunto com minha voz mais gentil. Nem eu sabia o porquê de agir daquela maneira. Foi tudo no impulso.

Ele, surpreso, apenas cora abaixando os braços. Seu rosto ainda estava bem próximo ao meu. Nos olhávamos intensamente. Uma vontade louca de tocar aqueles lábios nos meus estava se apossando de mim. Eu não poderia permitir isso, ou pelo menos ainda não.

Peguei os papeis em um movimento rápido surpreendendo-o e caminhei até minha mesa sem encará-lo.

— É…. Eu não vou mesmo. Tenho que terminar isso aqui. — digo ainda sem encará-lo.

Ouso suspirar e o observo pelo canto dos olhos, ainda sem encará-lo nos olhos.

— Tudo bem, Rukia. Eu tenho paciência. Disse que você poderia pensar, então manterei minha palavra, mas por favor, não brinque com fogo ou você irá se queimar da próxima vez. — disse sorrindo confiante caminhando até a porta que ainda estava aberta. — A propósito, o que você quer que eu te traga de almoço?—Pergunta parado na porta.

— Ah nada não…. — respondo rápido corando devido ao barulho de meu estômago.

— Ah sei. Então eu escolho pra você. — diz saindo definitivamente da sala.
Sento-me aliviada em minha cadeira.

— O que eu estava prestes a fazer? —me pergunto sentindo meu coração bater descontrolado em meu peito.

Definitivamente, meus sentimentos estavam uma bagunça e eu não tinha ideia do que fazer, então, simplesmente voltei ao trabalho com um sorriso bobo em meus lábios.

Sinceramente Kurosaki Ichigo estava aos poucos conseguindo me fazer mudar de ideia e isso agora não me parecia mais tão errado.


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Notas finais do capítulo

Então pessoal? O que acharam?

Obs: Agradeço a todos os que favoritaram e que estão acompanhando até aqui.
Bjos e até o próximo...



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