Small obsession escrita por Rafa


Capítulo 7
Capítulo 7 - Plano em ação


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui de novo...



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— Ichigo —

Depois de uma bela noite de sono já me encontrava totalmente disposto a começar com meu plano para conquistar a Rukia. E a primeira etapa do dia seria manter tudo como normalmente acontecia, deixando ela pensar que estava tudo normal entre nós.

Então, como de costume, peguei meu carro e dirigi calmamente em direção ao prédio onde ela morava. Sempre íamos juntos para o trabalho, pois trabalhávamos na construtora da família dela. Eu atuava como Engenheiro civil e ela como arquiteta. Enfim, ir juntos já havia virado rotina e não queria que isso mudasse.

Estacionei o carro e subi pelo elevador até o vigésimo andar. Olhei para meu reflexo no espelho do elevador. Baguncei um pouco meus cabelos alaranjados, pois ela já havia falado que gostava do meu cabelo assim, meio bagunçado; dizia que me dava um charme especial. Senti meu estômago revirar de insegurança. Essa seria a primeira vez que a veria depois do fora que ela havia me dado e isso me inquietava.

As portas do elevador, enfim, se abriram e eu procurei deixar toda minha insegurança ali dentro dele. Parei em frente a porta de madeira branca. Respirei fundo umas três vezes e então apertei a campainha.

Minhas mãos suaram e meu coração disparou quando ela abriu a porta.

Naquele momento somente uma palavra a definia:

“Perfeita” — Ela parecia bem mais linda do que da última vez que a vi. Seus olhos violetas me encararam e ela sorriu.

— Pensei que não viria depois do fora que eu te dei, Morango. — disse debochada.

— Pensei que havia me dito para esquecer? —digo sarcástico sorrindo — E esqueceu que eu não sou de desistir fácil, Chibi-chan? — digo sorrindo confiante. — Um fora para mim não é nada além de um incentivo para investir com mais força na próxima vez.

— Nossa, havia esquecido que você era chato assim. — diz emburrada e eu ri enquanto ela fechava a porta.

Caminhamos em silencio até o elevador parando em frente a ele. Rukia sem demora aperta o botão chamando-o. Continuamos em silencio. A porcaria do elevador estava demorando e eu não conseguia pensar em nenhum assunto bom para iniciar uma conversa decente.

Enquanto eu pensava em uma maneira de começar um dialogo, a porta do apartamento em frente ao de Rukia se abre me assustando, afinal fazia meses que ele estava vazio. E agora do nada, sai de lá um sujeito com uma cara de mau vestindo trajes de corrida. Isso com certeza assustaria qualquer um.

Ele me olhou e franziu ainda mais o senho, logo após pegar o jornal que estava em frente a sua porta, Me olhou com hostilidade me deixando irritado, mas algo que me deixo verdadeiramente irado foi quando ele olhou para Rukia e um sorriso sacana brotou em seus lábios.

— Bom dia, Nanica. — saudou ainda com aquele maldito sorriso.

— Ah bom dia, Grimmjow. — respondeu ela sorrindo.

Apertei de novo o botão para chamar o maldito elevador, eu estava a ponto de meter um soco na cara daquele desgraçado, mas não queria perder pontos com a Rukia. Então, simplesmente, me mantive calado.

— Não vai me apresentar seu amigo? — perguntou destacando bem a palavra amigo deixando claro o que na verdade queria saber. Ele queria confirmar se eu era ou não o namorado de Rukia. E aquilo me irritou ainda mais ao constatar que ele realmente estava afim dela.

— Ah sim. Esse é Ichigo, um amigo de longa data. Ichigo, esse é Grimmjow meu novo vizinho. Ele se mudou na sexta para o prédio. — apresenta ela sorrindo.
Nos apenas acenamos com a cabeça em forma de cumprimento e, então, enfim, o elevador se abriu e eu já fui entrando sem nem olhar para trás.

— Até mais tarde, Blueberry. — disse ela sorrindo debochada.

Ele foi em direção a porta de seu apartamento, que ainda estava aberta, e parou virando somente seu rosto sorrindo maliciosamente.

— Passo no seu apartamento mais tarde para repetirmos a noite de ontem, Nanica-chan. — disse maliciosamente e passou de vez pela porta fechando-a logo em seguida.

Rukia entrou no elevador, apertando o botão do terreio, e eu tentava segurar o ciúme que sentia; lutei interiormente para não sucumbir a ele, mas não resisti.

— Você está transando com esse cara, Rukia? — perguntei tentando conter a ira que sentia no momento.

Ela arregalou aqueles adoráveis olhos violeta e depois me olhou zangada.

— É claro que não seu idiota. — gritou ela dentro do apertado elevador.

— Então por que ele disse aquilo? — perguntei tentando acreditar nas palavras dela.

Ela suspirou e me olhou nos olhos.

— Eu não sei e você não tem nada a ver com minha vida, mas, mesmo assim, posso te dizer que não tive nada além de uma conversa agradável com ele.— respondeu sincera.

Eu permaneci em silencio absorvendo tudo o que ela havia acabado de falar. O elevador parou e eu fui o primeiro a sair. Entramos em meu carro em silêncio. No caminho para a empresa eu fiquei a observá-la de canto. Notei que ela abriu e fechou a boca várias vezes mostrando que queria me falar algo.

— Fala logo o que você quer me falar, Rukia. — disse impaciente, não aguentando mais aquela angustia que me atordoava.

— Ichigo…. Eu queria pedir desculpas por ontem…. — diz meio incerta.— Eu não devia ter pedido para você esquecer, afinal são seus sentimentos, mas eu não quero que fique um clima estranho entre nós. — ela continuou me olhando angustiada e eu simplesmente mantive meu olhar no transito. Meu coração batia loucamente e eu não queria que ela me visse corado. — Saiba que não importa o que ocorra você é meu melhor amigo e companheiro e não quero que isso mude. E também não quero que você sofra sentindo ciúmes de mim. — diz cabisbaixa. — Não quero que você passe pelo que eu passei. — sussurra de maneira magoada. Vê-la magoada daquele jeito fazia com que meu peito doesse por saber que eu fui o causador de toda aquela magoa e sofrimento. Saber que foi pela minha covardia que ela sofreu me doía. Mas eu nunca contaria meus pecados a ela, pois eu continuava a ser aquele mesmo covarde de anos atrás.

Fiquei em silencio. Aquele desabafo tinha me surpreendido e eu não sabia o que falar. Olhei para ela de canto novamente. Ela parecia tão frágil, mas eu sabia que por trás daquele pequeno corpo existia uma mulher forte e determinada.

— Deixe-me cuidar de você, Rukia? — pergunto baixo.

— Você já tem foi isso, Ichi. — responde enfim me encarrando.

— Namora comigo? Eu juro que nunca mais vou deixar que você sofra de novo! —exclamo desesperado deixando transparecer todo meu nervosismo.

Ela ficou calada me olhando. Notei que ela apertava com força a barra da saia preta que usava.

— Eu…. Eu não sei se isso vai dar certo, Ichigo. — diz duvidosa sem deixar de me olhar. — e eu não quero te perder.

— Eu já te desapontei alguma vez? — pergunto apertando o volante com mais força.

— Não, mas….

— Nada de mas. — corto-a ríspido. — Vamos tentar, okay? Eu não estou te pedindo em casamento. É só em namoro. Se não der certo a gente termina e eu prometo que você nunca irá me perder. — digo apressado.

— Eu…. Posso pensar? — pergunta desviando o olhar para a janela.

Eu não podia ver mais sentia que meu sorriso poderia rasgar meu rosto de tão grande que ele estava. Eu havia conseguido algum progresso e nem precisei usar todas as etapas do meu plano.

— Claro. Podemos ir com calma. — respondo ainda sorrindo. — Podemos sair para jantar hoje, por exemplo, como em um encontro. — sugiro esperançoso.

— Não. Hoje não dá. — responde rapidamente.

Meu sangue ferveu lembrando que aquele infeliz tinha marcado de ir ate o apartamento dela hoje a noite.

— É por causa daquele tal de Grimmjow que você está recusando meu convite? —pergunto de maneira ríspida cheio de ódio deixando o ciúme falar mais alto novamente.

— Claro que não, já até tinha me esquecido dele. — diz irritada. — Esqueceu que segunda-feira é dia da noite das mulheres? — pergunta me olhando seriamente.

— Ah é verdade. — digo constrangido, afinal se hoje era noite das mulheres quer dizer que também era a noite dos homens na casa do Ishida. — Tudo bem então. Que tal na terça? — pergunto mudando de assunto.

— Tudo bem, mas se esse encontro não der certo você para de me encher? — pergunta notando que, enfim, havíamos chegado à empresa.

— Tudo bem. — respondo blefando, mas ela não precisava saber que eu nunca desistiria dela.

— Okay então, esta marcado. — responde saindo do carro sem me esperar, mas não me importei, afinal, eu havia conseguido uma chance de ouro para conquistar Kuchiki Rukia de vez.

Sorri trancando o carro e correndo para alcançá-la, desejando internamente que terça-feira chegasse logo para poder ter meu primeiro encontro com minha adorável pequena obsessão.


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam?
Bjos
Até o próximo



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