POV – Katniss.

— Kat? – Ouço a voz de Peeta me chamar enquanto ele meche no meu cabelo. Abro os olhos lentamente e então me afogo no seu mar de olhos. Ele me olha com carinho e beija minha testa. – Oi.

— Oi. – Digo sorrindo.

— Só queria te dizer que já são quase 18:00. Mas se quiser voltar a dormir eu não me importo... Gosto de te olhar enquanto dorme. – Apenas sorrio.

— Acho que preciso ir pra casa. – Digo me sentando na cama.

— Sabia que a cada minuto que passo ao seu lado eu te amo mais? – Ele diz acariciando meus cabelos. – Eu quero você só pra mim.

— Mas eu sou só sua. – Digo sorrindo.

— Então casa comigo? – Ele perguntou beijando meus lábios.

— Isso é sério? – Pergunto assustada.

— Nunca falei tão sério na minha vida toda. Eu te amo e quero passar cada segundo ao seu lado. Quero acordar todos os dias de manhã e ter você ao meu lado, dormir abraçado com você todas as noites, quero sentir seu cheiro, beijar seus lábios enquanto você dorme e ficar tentando adivinhar se está sonhando comigo. Quero que seja minha mulher, minha amante, minha amiga, minha confidente... Quero ter uma família com você, crianças correndo pela casa, cachorro latindo no quintal. Eu quero você de todas as formas possíveis e impossíveis, eu quero você só pra mim. – Ele mal termina de falar e eu já estou chorando. – Eu te amo Katniss, mais que tudo na vida. Eu preciso de você, como o céu precisa das estrelas pra ser lindo, como a areia precisa das ondas, como um peixe precisa da água, como eu preciso do ar pra respirar... Eu preciso de você pra ser feliz. – Ele diz enxugando minhas lágrimas e ajeitando meu cabelo atrás da orelha. – Então... Casa comigo?

— Uhun. – Digo fazendo que sim com a cabeça e então ele sorri e beija minha testa.

— Prometo que vou te fazer a mulher mais feliz do mundo.

— Eu não tenho dúvidas quanto á isso. – Respondo sorrindo.

...

Um mês depois...

— Peeta, por favor, vai logo. Está me deixando nervosa. – Digo enquanto ele me leva á algum lugar que eu não sei onde é porque estou vendada.

— Calma amor, para de ser curiosa.

— Impossível. Tá no meu DNA, não dá pra mudar... – Digo e então ele ri.

— Pronto, já chegamos. – Ele diz. – Vou tirar a venda.

— Ok. – Digo ansiosa. E então ele desamarra a venda que cobre meus olhos e a deixa cair no chão revelando a grande surpresa, que ele me escondeu durante semanas. Uma casa linda. Ele coloca as chaves na minha mão.

— Entra. – Ele diz e segura minha mão e me leva até aporta. Pego a maior chave do molho que imagino ser a da entrada e então a coloco na fechadura, assim que a porta se abre uma grande sala de estar é revelada. Não digo nada, apenas entro encantada com tudo aquilo, fomos entrando e logo chegamos á cozinha, não era muito grande, mas ainda sim linda, na verdade perfeita. Chegamos á sala de jantar, logo em seguida no banheiro. Voltamos á sala de jantar onde tinha a escada que levava aos quartos. Subimos as escadas e chegamos á um hall, três portas de um lado e do outro mais duas no fim de um longo corredor. Fomos em direção ás três portas e abrimos a primeira porta, era um quarto. Abrimos a segunda porta e era outro quarto idêntico ao primeiro e na terceira porta havia um banheiro com banheira. Então Peeta me levou até o outro lado do hall com as duas portas no fim do corredor. Abri a primeira e tinha mais um quarto idêntico aos outros e por último um quarto enorme, com closet e suíte.

— Com certeza é bem maior que o meu. – Digo rindo.

— E então, você gostou? – Ele pergunta.

— Eu amei tudo Peeta, mas você não acha que é muito...

— Não é muito nada ok? Se você gostou, então é sua!

— Nossa. – O corrijo e então ele me abraça.

— Eu te amo. – E então ele me beija com amor, com carinho, e eu retribuo colocando todo o meu sentimento no beijo. Nem acredito que ele comprou uma casa, achei que ia demorar pra vermos isso, afinal só faz um mês que estamos noivos.

Saímos da casa e então ele ligou pra alguém e fechou negócio na casa. Ele me levou até a minha casa e então conversamos com a minha mãe sobre a casa, Peeta estava tão feliz e reluzente. Os dias iam passando e minha mãe estava cada vez mais encantada com ele, mesmo sendo difícil convencê-la de que estávamos noivos ela acabou aceitando tudo numa boa no final, ela sabia que ele me fazia feliz. O casamento estava marcado pro final do ano, logo depois de as férias começarem. Minha mãe estava me ajudando com as coisas do enxoval, mesmo ela não trabalhando fora, a pensão que ela recebe do meu pai é bem gorda e ela fazia questão de pagar por tudo, já que o pai de Peeta estava ajudando-o com outras coisas. Na verdade eles eram bem ricos, e ajudar o filho não seria nenhum sacrifício, mesmo a mãe dele não gostando muito. O Senhor Mellark sempre me tratou muito bem e ele e o filho são muito apegados. Annie e Johanna estavam me ajudando a escolher as mobílias da casa e estavam empolgadíssimas. As duas seriam minhas madrinhas de casamento, e acho que estou esquecendo de alguém... Gale. No começo ele ficou super estressado, dizendo que eu era muito nova e tal, mas ele mudou completamente de idéia quando eu pedi que ele me acompanhasse até o altar no lugar do meu pai. Ele chorou dizendo que perderia a irmãzinha dele, mas eu logo tratei de acalmá-lo.

— Gale, olha pra mim. – Digo e então ele me olha com lágrimas nos olhos.

— Você não vai me perder, seu tonto. – Digo e então ele ri. – Eu sempre vou ser sua irmã, não importa o que aconteça. Eu te amo. – Digo chorando.

— Vem cá Katnip. – Ele me puxa para um abraço apertado. – Eu também te amo. E prometo que vou entrar com você naquele altar. – Ele diz e então eu sorrio.

— Obrigada Gale, não sabe o quanto significa pra mim. – Digo chorando ainda mais.

— Seu pai deve estar feliz por você agora.

— Você acha mesmo? – Pergunto olhando fixamente em seus olhos.

— Tenho certeza. – Ele diz e então me abraça novamente.