Hogwarts e o Fundador Esquecido escrita por PandoraDePopo, Soyer


Capítulo 15
Capitulo Quinze – Voto


Notas iniciais do capítulo

Oiii pessoas que provavelmente estão querendo me matar pela demora !! rs'

Quero agradecer a todos os comentários, desculpa não ter respondido mas tá meio atolada!! Mas vocês são ótimos valeu mesmo!!!

E leitores fantasmas saiam da moita e comentem também!

Espero que curtam bastante o capitulo!! O próximo vem depois do Enem já é? Afinal tenho que estudar xD



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POV – Bryan Taylor

Depois de tirar Heloise da enfermaria a levei para a Sala Precisa e mostrei para Ethan como fazer para entrar na mesma e como ela funcionava.

A Sala tinha assumido a forma do quarto de Heloise, com duas pequenas modificações. A primeira era um banheiro, pelo qual agradeci muitíssimo a Merlin, porém foi à segunda foi a que mais me chamou atenção.

Na parede mais distante da sala havia uma longa bancada de madeira, que eu reconheci como sendo uma replica exata da bancada que eu tinha em meu quarto, onde geralmente eu estudava e fazia minhas poções.

Em cima da bancada havia vários tipos de matérias necessários para se fazer poções. Fracos, potes, bicos de fogo, caldeirões, porém nenhum ingrediente.

– Não me lembro de Heloise ter uma dessa no quarto dela - falou Ethan. Ele estava sentado ao lado de Heloise na cama fazendo um leve carinho em seus cabelos.

– Eu tenho - falei ainda olhando a bancada.

– Mas porque isso está aqui?

Encarei a bancada em silêncio enquanto pensava.

Eu havia pedido que a sala me desse um lugar para cuidar de Heloise, mas não queria acreditar no que aquilo podia significar. Caminhei até a cama e sentei na beirada, meio afastado de Heloise.

– Não pode ser isso - murmurei incrédulo.

– Não pode ser o isso o que Bryan? - falou Ethan.

Ele agora tinha encostado as costas na cabeceira da cama e estava com Heloise deitada sobre seu peito. Senti um pouco de ciúmes da cena, mas não disse nada.

– Lembra que há alguns anos trás, alguns bruxos das trevas começaram a atacar pessoas com a maldição Cruciatus?

– Lembro. Eles ficavam falando sobre o retorno do Lorde das Trevas né?

– Isso mesmo. Acontece que nessa época meu pai ainda trabalhava na secretaria de segurança mágica. Ele começou a ficar muito estressado devido a tudo o que estava acontecendo e também se sentia mal por causa da quantidade de pessoas que ficariam… - hesitei, não queria usar a palavras “loucas” - na situação que Heloise está agora.

Ethan concordou com um aceno de cabeça.

– Mas e dai?

– E daí, que eu comecei a estudar o feitiço Cruciatus na época para tentar achar uma forma de reverter às seqüelas, porém não encontrava nada muito concreto. Foi quando resolvi compartilhar minha pesquisa com Laura.

– Quem é Laura? - me interrompeu Ethan.

– Ela é uma menina que se formou no mesmo ano que eu entrei em Hogwarts. Acontece que mesmo ela sendo mais velha e já tendo se formado nós dois mantivemos contato. Laura é filha de um trouxa e ela decidiu seguir uma carreira trouxa e virou medica, uma espécie de curandeira, só que sem feitiços e poções.

– E o que isso tudo tem a ver com Heloise?

Respirei fundo eu só podia estar ficando louco.

– Como eu disse, resolvi compartilhar minhas pesquisas com Laura e ela me disse que os efeitos da maldição lembravam a ela algumas doenças trouxa, porém ela tinha total certeza que só a medicina trouxa não poderia salvar os atacados. Foi então que ela me deu a idéia de tentar misturar medicina trouxa com poção de curandeiras e até mesmo alguns feitiços. E foi o que eu fiz.

“Durante meses estudei livros e mais livros de medicina e psicologia trouxa e também livros de poções e feitiços. – conforme contava para Ethan ia lembrando aqueles dias. Eu tomava café e poção revigorante como se fosse água. – Fiquei noites inteiras sem dormi e comecei a fazer alguns experimentos. Depois de alguns meses cheguei a uma formula que tinha grandes chances de dar certo e comecei a criar a nova poção. Mas era muito perigoso requer muita atenção e cuidado. Mas por fim só faltava mais um ingrediente...

– E você conseguiu? Você terminou a poção Bryan? – Ethan estava com a voz carregada de esperança.

– Sim eu terminei – falei com pessar – mas nunca tive a chance de testá-la.

– Por quê?

– Porque no ultimo dia, quando faltava poucos minutos para a poção ser concluída eu me descuidei, sai da minha vigília e a poção explodiu matando minha mãe.

Ethan ficou em silencio. Heloise me olhava com curiosidade, tristeza e medo. Abaixe a cabeça.

– Eu sinto muito Taylor – falou Ethan por fim.

– Bryan triste – murmurou Heloise e Ethan a apertou de leve contra seu peito.

– Eu estou bem baixinha – falei forçando um sorriso.

– Você pode refazer a poção? – perguntou Ethan.

– Sim. Eu tenho as anotações e tudo mais. Vai levar algum tempo para ficar pronta.

– Quanto tempo?

– Um mês e meio, talvez dois meses

– Isso não é bom.

– Por quê?

– Heloise vai passar o natal em casa para Sophie avaliar se ela está mesmo bem. A poção não vai estar pronta a tempo. Sophie não deixará Helô voltar.

Fechei os olhos pensativo.

– Ethan, você está disposto a fazer qualquer coisa para ajudar Heloise? – perguntei ainda de olhos fechados.

– Sim estou – ele respondeu de pronto.

– Qualquer coisa mesmo? Não importa o que seja. Faria o que eu disse sem questionar ou hesitar?

Ele hesitou – Você ta me assustando cara, mas sim eu faria o possível e o impossível por ela.

– Você me dá sua palavra?

– Dou.

Respirei fundo. O que eu iria pedir para Ethan quando a poção ficasse pronta não era nenhuma brincadeira, mas era assunto para depois das festas. Por hora nós tínhamos outro problema.

– Tudo bem então. Tenho uma idéia do que podemos fazer.

– Diga.

– Vamos enganar Sophie durante o recesso como a enganamos na enfermaria.

– Você quer que eu finja ser Heloise por 15 dias? Acha mesmo que Sophie não iria descobrir? E, além disso, Helô também quer ver e ficar com a mãe.

Olhei para Heloise. Ela olhava de mim para Ethan como se assistisse a uma partida de ping-pong.

Levantei da cama e andei até um canto afastado da sala.

– Ethan venha aqui – chamei.

– Hey, eu vou ali falar com o Bryan e já volto ta bom Helô? Eu juro que não vou tirar os olhos de você – ele disse para Heloise antes de levantar e ir até mim.

– Preste atenção – falei baixo ficando de frente para Ethan e de costas para Heloise.

– Sophie provavelmente vai ter vários plantões durante o recesso sendo ela a curandeira chefe, você vai passar a maior parte do tempo sozinho com Heloise. Vou fazer bastante poção polissuco enquanto Sophie estiver de plantão você vai se passar por ela e ficar com Heloise. E quanto ela estiver em casa se passará por Heloise.

– Isso é loucura Bryan. Em algum momento Sophie vai ver Heloise no quarto ou algo assim.

– Cubra Heloise com a capa de invisibilidade que ela tem. E quando for falar com Sophie fale pouco. Evite ficar sozinho com ela. finja que tem trabalhos a fazer. São só alguns dias, você consegue.

– Não sei... – ele titubeou.

– Você me deu sua palavra – frisei.

– Tudo bem. Vou tentar – ele disse com a cara fechada.

– Eu sinto muito Ethan, mas isso é para o bem de Heloise. Você não pode hesitar. Quando a poção estiver pronta irei lhe pedir para fazer algo e você não vai poder me negar e nem questionar.

– O que será?

– Na hora certa você saberá, por enquanto tenho outras coisas a resolver. Fique com Heloise. Preciso pegar minha maleta e pedir para Queda-Livre comprar algumas coisas para mim.

Sai da sala precisa deixando Ethan sozinho com Heloise e fui até o meu dormitório. Fiz uma lista de coisa que eu precisaria para as poções e de lá fui até o corujal.

No corujal dei um assobio baixo e vi Queda-Livre, minha coruja, vim na minha direção.

– E ai garoto – disse fazendo carinho na cabeça dele e lhe dando alguns petiscos. Amarrei o pedaço de pergaminho em sua perna – você sabe onde ir certo?

Queda-Livre picou meu dedo com carinho e levantou vôo.

Voltei para o castelo para esperar minha encomenda chegar e estava na escadaria indo para o sétimo andar quando avistei Bianca, Patty e Liz. Elas pareciam ter saído de algum lugar do quinto andar. Dei de ombros e continuei meu caminho.

– Quá quá – escutei atrás de mim alguém imitando um pato enquanto outras pessoas riam.

Olhei por cima do ombro e vi Bia com um sorriso cínico nos lábios e as gêmeas rindo com vontade.

– Olá Bianca – a cumprimentei.

– Oi Bryan. Onde está a patinha? – ela perguntou virando a cabeça de lado.

– Imagino que você já saiba do ataque. A essa altura todos já devem saber – respondi seco.

– Sim, eu soube. Mas parece que nem foi nada tão grave assim, afinal a patinha continua na escola não é mesmo? Onde ela está Bryan?

– Não sei.

– Não... sabe? – ela debochou – Mas vocês não tinham descobre que eram almas gêmeas e que iam ficar juntos para sempre? O que houve? Ah é, pelo que estão falando Ethan que está brincando de casinha com ela em algum lugar não é? – provocou Bianca colocando toda a sua raiva em cada palavra.

– Ethan está cuidando dela – respondi com os punhos cerrados.

– Você é tão ingênuo Bryan – ela deu um pequeno sorrio – Confia em alguém que te humilha desde o seu primeiro dia nessa escola. Você deixa Heloise sozinha com ele, como você é inocente. Meninas vocês lembram de como Heloise chegava feliz e tarde dos seus “encontros” – ela fez aspas no ar – com Ethan?

– Verdade, ela sempre parecia... Radiante – completou Patty.

– Pra que tudo isso Bianca? – falei calmo – pra que toda essa raiva, todo esse ódio e todo esse rancor? Heloise não foi para você a melhor amiga que você teve esses últimos anos? Ela já não fez por você o que ninguém mais fez? – perguntei.

Bianca hesitou e seu olhar mudou, ela pareceu confusa, perdida e um pouco assustada. Mas durou só um segundo. Logo seu rosto voltou a mascara de menina amargurada.

– Todos vocês me traíram. Heloise me usou todos esses anos para se divertir as minhas custas. Ela nunca foi minha amiga.

– Não mesmo Bianca? E todas as aventuras que vocês tiveram juntas? E todas as coisas que você me contou? Ou você não lembra mais de que Heloise foi a sua primeira amiga em Hogwarts. Que ela foi se sentar do seu lado na mesa da Lufa-Lufa no dia da seleção, ela te deu chocolate e te abraçou porque você estava chorando, lembra?

Mais uma vez Bianca hesitou. Eu lembrava daquele dia também tanto quando ela. Foi a primeira vez que vi Heloise. Depois que Bia foi escolhida para a Lufa-Lufa, a morena começou a chorar em silencio na mesa, Heloise se levantou e foi sentar do lado dela com alguns doces na mão. Heloise ficou fazendo caretas e mudando o rosto durante o discurso de Minerva para Bianca ri. Boa parte da escola olhava para as duas, por fim Minerva desistiu do discurso e nos mandou para os dormitórios.

– Não de ouvidos a ele Bianca – falou Liz – Lembre-se do que Nick disse.

– Nick? O batedor da Grifinória? O que ele disse? – perguntei curioso.

– Que eu não devo confiar em você. Em nenhum de vocês. – Bianca parecia a beira das lagrimas. – Volta para sua patinha Taylor.

Ela virou as costas e começou a descer as escadas rapidamente sendo seguida pelas gêmeas.

Quis ir atrás dela, mas tinha outras coisas ocupando minha mente e uma delas eu estava preste a resolver.

Fui a passos rápido para a sala precisa. Ethan estava sentado com Heloise em seu colo. Ele parecia contar alguma especie de historia para ela.

–... Então o casal saiu pelo mundo buscando conhecimento… - ele falava arrancando risos de Heloise.

– Ethan - chamei tentando controlar o ciúmes.

– Fala ai Taylor.

– O que esta fazendo?

Ele deu um sorriso tímido - Heloise gosta das historia do Bardo - me explicou.

– Não lembro desse - disse em duvida.

– Não é um dos mais famosos… Mas é bonitinho - ele corou. Fiquei meio abobado em ver um cara como o Ethan falando que uma historinha infantil era bonitinha.

– Ahn… Ok. Ethan, venha precisamos ir ver a professora Granger - chamei.

– Aconteceu alguma? - ele pareceu preocupado

– Não exatamente. - falei esquivo.

Ele levantou e colocou Heloise nas costas como se ela fosse uma mochila.

Os corredores da escola estavam apinhados de alunos, mas mesmo assim foi fácil transitar, a maioria já estava acostumada a ver Ethan e Heloise juntos. Desde o primeiro ano era comum ver Ethan carregando Heloise para cima e para baixo.

Logo chegamos à sala de Hermione, dei uma leve batida na porta e escutei um ”entre” distraído.

– Boa noite, professora Granger – falei colocando a cabeça para dentro da sala e deixando Ethan atrás de mim.

– Ora, boa noite Bryan. Então como está Heloise? – ela perguntou levantando o olhar de um livro que lia.

– Muito bem – respondi com um murmúrio e senti um certo aperto no peito. Heloise podia estar tudo, menos bem.

– Me perdoe. Que pergunta estúpida – ela se recriminou – mas vamos Bryan pode entrar. – ela disse se levantando da cadeira e caminhando até a frente de sua mesa.

Entrei de vez na sala com Ethan logo em seguida.

– ‘Noite Sr. MacMillian – ela o cumprimentou.

Ethan a saudou com um movimento de cabeça e não disse nada.

– Posso ajudar vocês em algo? – ela perguntou olhando para Heloise que ainda estava nas costas de Ethan e tinha um olhar assustado.

– Na verdade eu vim aqui para lhe pedir um favor – falei cauteloso.

– Se estiver ao meu alcance considere feito – Hermione pareceu receosa.

Hesitei. Eu tinha que falar com Ethan antes. Me virei para o Sonserino.

– Está mesmo disposto a fazer qualquer coisa para ajudar Heloise? – perguntei.

– Quantas vezes vou ter que falar que sim, Taylor? – ele disse ríspido.

– Coloque Heloise na cadeira – pedi.

Ethan colocou a menina em uma cadeira de frente para a mesa, falou alguma coisa com ela e voltou para perto de mim.

– E agora? – perguntou serio

Virei para Hermione.

– Preciso que a Senhora seja a Avalista de um voto perpetuo que será feito entre eu e Ethan – falei colocando todo a minha convicção nas palavras.

– O que? – exclamou Ethan surpreso, mas o ignorei. Aquilo era necessário.

– Você disse que está disposto a tudo. Preciso que faça o voto – expliquei ainda olhando para Hermione.

– Eu já disse que faria tudo. Não preciso fazer essa droga!

– Se vai mesmo fazer tudo, não a porque temer o voto – contrapus.

Ethan hesitou – Mas isso pode me matar.

– Não se você cumprir – observei.

Ele não respondeu.

– Professora? – falei serio ainda esperando uma resposta dela.

– Não posso fazer isso Bryan. É arriscado de mais. Eu posso perder meu emprego.

– Ninguém vai descobrir e nada vai acontecer conosco. Mas isso é para ajudar Heloise. Por favor. A senhora também queria que ela ficasse pois sabia que eu podia ajudá-la, mas para tal preciso disso.

– Não sei... – ela estava hesitante.

– Vamos professora! – incentivou Ethan – Se é para o bem de Heloise que seja feito.

Hermione olhou para Heloise. Que brincava com alguns fracos vazios em cima da mesa da professora.

– Hermione, eu não sou nenhum idiota. Sei o que estou fazendo – falei serio.

– Nesse caso... – ela pegou a varinha dentro das vestes.

Eu e Ethan nos ajoelhamos e demos as mãos direitas. Hermione colocou a ponta da varinha sobre as nossas mãos unidas.

– Você, Ethan, fará o que eu falar para você fazer, independente do qual descabido pareça meu pedido, até que eu finalmente tenha curado Heloise – escolhi minhas palavras com cuidado. Não queria ter um vinculo eterno com Ethan.

– Farei – ele jurou sem hesitar e uma fina língua de fogo envolveu nossas mãos.

– E cuidará de Heloise até se seu estado melhore?

– Cuidarei.

Uma segunda língua de fogo envolveu nossas mãos.

– E não vai desistir até que ela volte ao normal?

– Nunca irei desistir.

Uma terceira língua, agora mais grossa enrolou-se nas outras duas e se fechou em torno das nossas mãos.

– Está feito meninos – falou Hermione seria – não façam com que eu me arrependa.

– Isso não acontecerá professora. – disse e dei uma aperto firme na mão de Ethan antes de solta-la.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Querem saber o que vai rolar? Continuem acompanhando e comentem !!!



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