Proibido amar? escrita por Any the Fox


Capítulo 7
A denuncia de Hugh.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Como o título já diz, o Hugh vai-se "chibar" de "algo". Quem é que vai tirar partido disso? Claro o nosso aproveitado N! Ele pode ser o vilão, mas vão ver que ele não faz nada que uma pessoa com ciúmes não faria.
Enjoy!



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– White, White, é hora de acordar. – Black dizia calmamente enquanto me acordara.

– Hum? – Abri os olhos um pouco a custo.

– Bom dia! – Ele sorriu.

– Oi, Black... – Corei um pouco encarando o chão.

– Vamos, queria passar algum tempo com você antes de voltarmos. – Ele estendeu a mão para eu me levantar.

– E tenciona ir onde? – Perguntei levantando-me.

– Não sei talvez, dar uma volta ou coisa assim. – Respondeu sem jeito.

– Ok, deixe só vestir-me. – Pedi.

– Tá, eu espero lá fora. – Saiu acenando.

Vesti a minha roupa enquanto pensava como gostava dos passeios com ele, lembro-me de quando me levou aos Pokéstar studios, há muito mesmo… Lembro-me de pedir muito para meus pais quando era pequena, mas eles nunca me levaram, pois não tinham tempo. Eu ficava triste quando isso acontecia, mas o N sempre me fazia rir, fazíamos os nossos próprios filmes em casa, ele mesmo preparava o estúdio e as fantasias… ESPERA! Isto não é altura para pensar bem do N… Ele agora não é propriamente meu irmão… ou é? Eu ainda não percebi bem… Quando acabei de me vestir, fui ter com o Black.

– Já está pronta? Foi rápido hoje. – Ele sorriu.

– Até parece que te costumo deixar à espera. – Ri.

– Venha, o tempo não espera. – Segurou-me a mão e puxou-me para o seu lado, colocando o braço em torno dos meus ombros.

Caminhámos assim, lado a lado, pelos campos da quinta, era tudo tão verde, vimos bastantes Mareep a pastar e as tendas dos nossos colegas que ainda dormiam. O dia ainda estava a amanhecer, o céu ainda estava num tom de azul bem claro. Caminhamos até um monte alto, algumas árvores localizavam-se no local.

– Ver o Sol nascer é tão bonito. Né, White? – Sorriu, dando-me a mão.

– É… - Corei balançando os braços sem jeito.

O Sol não estava propriamente a nascer, mas havia nascido há pouco tempo, deixando o céu lindíssimo e sereno.

– Estou estafado, vou-me sentar. – Disse largando-me a mão e indo repousar à sombra de um árvore.

Fui atrás dele, afinal… eu queria saber uma coisinha… namorávamos ou não?

– Ei, Black. – Ele encarou-me. – Queria perguntar-lhe uma coisa…

– Claro. Senta aqui ao colo do tio Black para contar. – Sorriu armando-se em engraçado.

Um pouco envergonhada e sem jeito, sentei-me no seu colo, era confortável e protetor, um dos melhores locais do mundo…

– Que queria perguntar? – Perguntou acariciando o meu cabelo.

– Bem… sobre ontem… - Comecei com receio.

– Sim? – Beijou-me a face dando-me coragem para continuar.

– Eu não intendi… o que nós somos? – Ok, já tinha perguntado.

– Nós? O que haveríamos de ser? Somos duas pessoas numa relação. – Black parecia não intender a pergunta.

– C-como namorados? – Interroguei nervosa.

– Oh, White… - Deu-me um selinho. – Não veja as coisas assim. Não me intenda mal, eu te amo, mas… Namorar é coisa séria e…

– Já intendi. – Sorri abraçando-o, ele não tinha coragem para assumir assim uma relação. – Eu espero… - sussurrei.

– Obrigado… - Sussurrou de volta.

Ficámos assim algum tempo, eu o abraçado e ele com uma mão em minhas costas, que não resistiu em descer até à minha anca. Abracei-o com mais força, queria-o mais perto de mim. Após algum tempo ele separou-nos um pouco, segurando o meu queixo e colando os nossos lábios, nada de língua, só toque mesmo, mas perfeito, ele pressionou o meu lábio com a língua, então separei-me.

– Então? – Perguntou com um biquinho.

– Não quer assumir a relação, então também não tem direito a beijo de língua! – Ri deitando a língua de fora, saindo do seu colo e começando a correr.

– Ei, volte aqui! Eu quero meu beijo! – Ele saiu a correr atrás de mim.

Estava ficando na hora de ir embora, então corri para o acampamento, onde parei de correr cansada, Black que vinha atrás de mim agarrou-me pelas costas.

– Te peguei! – Riu colando nossos lábios de novo, mas novamente sem língua.

– White, vamos, temos de voltar. – Hugh olhava-nos mortalmente do ônibus.

– S-sim. – Balbuciei libertando-me de Black.

……..

Chegámos à escola em algumas horas, horas que me pareceram minutos, não ia poder estar perto de Black tão sedo novamente. Estava na esperança que ele ainda me pudesse levar a casa mas… N estava lá me esperando.

– Fogo, seu irmão veio-te buscar. – Black dissera depois de olhar pela janela.

– É, prece que nos vamos despedir aqui. – Disse com ele a olhar-me sentimentalmente.

Abracei-o com todas as forças que tinha, depois sai meio triste e fui ter com meu irmão.

– Oi, White! Não dá um abraço ao seu irmão? – N parecia feliz por me ver, estava a tratar-me como irmão, não como noiva e era assim que eu gostava dele.

– Oi, mano! – Abracei-o ele beijou-me o topo da cabeça. – Vamos para casa, a mãe está cá de visita novamente.

– Hum… ok. – Fui atrás dele até casa, olhei para trás e vi Black, bastante triste, mas eu não pude fazer nada…

Eu e N caminhámos até casa, achei estranho a mãe ter vindo visitar-nos, de novo tão sedo, mas provavelmente tinha uma razão, estranhei ainda mais quando vi o carro da família do Hugh à porta, porque seria?

– Oi, mãe! – Disse ao entrar em casa.

– White, N, bem-vindos de novo. – Cumprimentou com um sorriso doce habitual. – Olhem, a família do Hugh, veio fazer-nos uma visita!

– Muito boa tarde. – Sorriu a mãe do meu noivo (um deles).

– Boa tarde. – Sorri de volta.

– De que se trata esta honrosa visita? – N perguntou.

– Bem, meu filho quis vir cá falar com sua mãe de urgência, mas quis que estivessem todos presentes. – A senhora explicou. – Já pode dizer, filho?

– Posso, sim. – Começou. – Eu não quero fazer grandes rodeios, mas quero que saiba que sua filha White lhe desobedeceu.

– Como? – Minha mãe estava tão confusa quanto eu.

– C-como assim? – N estava curioso.

– Lembra-se de lhe ter dito que estava completamente proibida de se dar com aquele Black? – Minha mãe acenou que sim. – Então quer que saiba que eles foram juntos na visita, dormiram juntos e ainda os apanhei aos beijos esta manhã!

Todos na sala ficaram espantados, eu só queria um buraco para me esconder, as senhoras olhavam para mim com um olhar de raiva, N aparentava estar espantado, Hugh tinha uma cara vitoriosa, com todos aqueles olhares eu senti-me muito insegura.

– White, isso… é verdade? – Minha mãe perguntou-me controlando a raiva.

– S-sim… é… - Engoli em seco, tive para discordar, mas fui educada a não mentir.

– Isso é vergonhoso! Desobedecer a uma ordem da sua mãe, menina White? – A mãe do Hugh parecia frustrada. – Você nem devia poder casar com o meu filho depois disto! Como eu sei que não o vai trair depois do casamento?

Eu mantinha-me calada de cabeça baixa a ouvir.

– Filha, isso foi completamente inaceitável! Tem noção do que fez? – Ela estava zangada. – Eu disse-lhe para não andar com ele! Desculpe, mas não tenho outra opção se não mudá-la de escola, para além disso vou proibi-la de sair sem a Misty ou qualquer outro de seus irmãos!

Levantei a cabeça e lágrimas começaram a escorrer pela minha cara. Não. Eu não podia mudar de escola, assim nunca mais poderia vê-lo, nunca mais poderia tocá-lo, e nunca poderia… ir mais além com ele…

– Não, mãe! A senhora não me pode fazer isso! – Respondi grosseiramente. – Eu tenho direito a ter as minhas escolhas!

– Não, não tem! Você faz o que eu e seu pai lhe dizemos! Pois você ainda é nossa filha e vive debaixo de nosso teto! – Ela acentuou. – Nunca pensei que nossa última filha fosse assim. Desiludiu-me, White.

– Olhe, também ninguém disse que eu queria ser vossa filha! – Gritei correndo para o meu quarto.

– White, volte aqui! – Ela chamou, mas em vão.

– Eu falo com ela. – N disse seguindo-me.

– Desculpe-me, mas a sua filha é um partido horrível para o meu filho. Já não estamos interessados no casamento! Nós vamos! – A senhora que veio de visita saíra acompanhada do filho.

…….

Eu chorava no meu quarto, tivera trancado a porta para ninguém me chatear, eu estava abatida, arrasada, parecia que o mundo tinha desabado sobre mim sem qualquer piedade. Ouvi bater à porta.

– White, abre a porta, por favor. – N pedia insistentemente.

– Vá embora! Você devia era estar a fazer uma festa! Black e Hugh saíram do caminho, agora sou obrigada a casar com você! – Gritei completamente fora de mim.

– White, não diga essas coisas! Para além de seu noivo, também sou seu irmão, eu preocupo-me com você! – Ele fizera-me descer à razão, levantei-me e abri-lhe a porta para entrar, voltando a fecha-la em seguida.

Ele continuou seu caminho até ao sofá que se encontra no meu quarto, pediu-me para me sentar do seu lado, assim o fiz, houve algum silêncio, até eu rebentar em lágrimas novamente.

– White, não chore… - Ele procurava algo para me consular.

– Não choro? Não viste o que a mãe fez? Ela proibiu-me de ver a pessoa que eu mais amo neste mundo, pior, eu nem sequer pude despedir-me decentemente dele… - Eu desabafava tudo, era-me indiferente se quem estivesse a ouvir fosse a minha melhor amiga ou o meu futuro noivo.

Chorei, chorei e chorei, num choro inconsolável, tudo levava a querer que aquilo fosse o fim do meu mundo, enquanto chorava senti algo me puxar, N tivera-me puxado para seu peito, era bem mais definido que o de Black, talvez por ele ser mais velho, abraçou-me forte contra ele, fazendo-me sentir mais segura, mas ao mesmo tempo incomodada.

– N… -Tentei falar, mas fora interrompida.

– Chora, White, chora tudo o que tiveres para chorar. Eu vou estar sempre aqui a apoiar-te. – Ele disse amavelmente.

Sorri e depositei a minha cara em seu peito, chorando, chorando e chorando, ligeiramente mais feliz, pois tinha encontrado um ombro amigo…

… achava eu…

Enquanto eu chorava, não reparei que N, para além de acariciar as minhas costas também tinha um sorriso meio maléfico no rosto, ele estava finalmente a ter o que queria, que a sua irmãzinha o quisesse da mesma maneira que ele a queria, sem qualquer outro rapaz a impedilo.


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Notas finais do capítulo

Oi pessoal! Sério... eu não saberia o que fazer se estivesse na situação da White... OH ESPERA! Eu chorava!
Para além disso, ter um irmão a aproveitar-se disso... Ela não tem mesmo sorte nenhuma...
Mas não se preocupem! Deixem só Black saber em concreto o que se está a passar!
Até mais!