Sentámo-nos em redor de uma fogueira que Green ateou com a ajuda de seu Charizard, Red serviu-nos uma sopa, pois não havia muita coisa para comer ali, depois de estarmos todos sentados, Green começou a falar.

– Então, minna? Podemos começar com as histórias?

– Mas… acabámos de nos sentar. – Sapphire lembrou.

– Eu sei, mas quanto mais depressa melhor! Alguém se voluntaria para começar? – Green perguntou.

– Eu posso começar! – Ruby pediu, todos olharam para ele.

– Ruby… você é uma lenda nestas coisas… não devia dar a oportunidade a outro? – Red pedira.

– Hum… está bem… - Mencionou vencido.

– Então começo eu! – Yellow levantou-se.

– Yellow, você não sabe contar histórias de terror. – Red dissera.

– Vamos, dê-lhe uma oportunidade. – Green mencionou. – Pode começar, Yellow.

– Muito bem! A minha história é real! Por isso, preparem-se! – Ela começou.

*História narrada por Yellow*

– Estava um dia nublado, era sexta à tarde e eu tinha ido ao shopping com a Leaf, estávamos em época de saldos e o centro comercial havia aberto há umas horas, eu estava mortinha por entrar nas lojas e experimentar as roupas mas…

– Mas o quê, Yellow? – Crystal perguntou preocupada.

– DEIXE-ME ACABAR! – Yellow ofendeu-se.

– T-tudo bem! – Crystal assustou-se com o berro da amiga.

– Mas… os expositores estavam vazios! Eu temi o pior, mas arranjei coragem e entrei dentro da loja.

– “B-bom dia… P-posso comprar alguma coisa?” Perguntei à senhora. “Desculpe, mas… estamos esgotados!” Ela respondeu. Corri para fora da loja em pânico, puxando a Leaf atrás de mim, mas quando entrei na loja seguinte ela tivera desaparecido! Pior ainda… TODOS OS PRODUTOS DE LÁ ESTAVAM ESGOTADOS!

*Fim da História de Yellow*

Ela aparentava estar assustada, mas parecia ser a única.

– Essa era sua história? – Sapphire perguntou.

– SIM! É muito assustadora! – A loira termia.

– Não é nada. – Leaf dizia. – Nesse dia comprei um jogo do Sonic a metade do preço!

– Você nem devia gostar da franquia SEGA! – Yellow lembrou. – Para além disso, você é minha amiga, devia pelo menos fingir que estava assustada!

– … Desculpa… - Leaf desculpou-se.

– Acho que chegou a minha vez. – Gold levantou-se.

– Nem pense! É minha vez! – Ruby levantou-se também.

– Sai dessa, você conta sempre! – Gold lembrara.

– Oh, seu… - Ruby fora interrompido por Black.

– Rapazes, vocês dois são duas lendas nestas histórias. Porque não contam os dois aquela da noiva? – Propôs.

– Em conjunto? – Gold parecia gostar da ideia.

– Podíamos tentar. – Ruby concordou. – Você começa.

*Início da história*

– Um dia, há muito tempo, havia uma rapariga jovem, de cabelos morenos, apaixonou-se por um rapaz igualmente moreno. Tudo correra bem, até ao dia em que os pais descobriram – Gold deu a palavra a Ruby.

– Ambas as famílias deles, eram rivais, então o seu casamento nunca fora aceite. O rapaz tentou render-se à realidade, mas a garota não queria, propondo o agendamento do casamento. Assim foi, mas três meses depois, no dia da união… - Ruby deixou um braço para o colega pegar o fio da história.

– … No dia da união ele não apareceu na igreja. As horas passaram e passaram, mas nada. Desiludida, a garota saiu da igreja a chorar, mal ela sabia o que a esperava. Mal saio da igreja, viu seu amado, aos beijos com a loira boazona da cidade. Ele tivera traído a sua namorada. – Gold parou.

– Consumida pela raiva, ela correu para casa, destruindo tudo o que via no caminho, chegou a casa e abriu o armário, lá de dentro tirou um livro de feitiços. Leu-o atentamente, correndo os móveis do laboratório da mãe para encontrar todos os ingredientes. Juntou-os a todos e… - Ruby passara de novo a história a Gold.

– … E recitou o feitiço. Mal ela o acabou de dizer, as almas dos dois amantes, o rapaz e a loira, foram levadas de seus corpos, lentamente, para que elas sentissem a dor que é perder algo importante para eles, no dia seguinte, ambos os corpos foram encontrados no chão, inanimados e sem reações, mas sem ferimentos. – Gold olhou para Ruby pedindo que ele concluísse.

– A garota morena desapareceu, mas reza a lenda que ela anda por ai como um fantasma, procurando tanto rapazes como raparigas que traem seu par, apenas para lhes roubar a alma e fazê-las sofrer. – Ruby terminou.

*Fim da história*

– I-isso é verdade? – Yellow agarrava-se ao Red com medo, e com razão, pois ela era tudo menos fiel.

– Quem sabe… - Gold sorriu diabolicamente, Yellow engoliu em seco.

– Ainda bem que você é fiel ao Red, né? – Eu provoquei a loira. – Assim ela nunca virá para vos vir matar.

– P-pois… - Ela tremeu.

Eu ri um pouco da reação da garota, talvez assim ela não se aproximasse do meu Black! Olhei para Crystal, ela abraçava-se a Silver com muita força, parecia estar com medo, ela odiava tudo o que tivesse fantasmas ao barulho. Gold e Ruby cumprimentaram-se chocando as mãos e sentaram-se o sítio onde estavam. Depois de algum tempo a contar mais umas histórias e a falar de assuntos aleatórios, fomos deitar-nos.

– Ficou com medo da história, White? – Black provocara enquanto estendíamos os sacos de cama.

– Eu com medo? Nunca. Mas Yellow não vai chatear os rapazes por muito tempo. – Ri, Black também. – Também, acho que você nunca me iria trair.

– Não esteja tão certa disso. – Ele brincou. – Eu estive quase a aceitar o convite da Yellow para dormir com ela.

– Sério? – Fingi-me ofendida.

– Claro, afinal, ela é loira e tem muito mais curvas que você. – Neste ponto eu já não estava a achar muita piada à brincadeira, mas o que disse a seguir piorou. – Hum, ela é tão gostosa… diferente de você, ela não vai casar! Devia deixar-te e começar a dar em sima dela!

Sei que ele estava a brincar, mas doeu ouvir aquilo, era como se ele me estivesse a usar por diversão e que mais sedo ou mais tarde iria trocar-me por outra. Doeu demais, doeu tanto que não pude evitar uma lágrima.

– W-White? Você está bem? – Ele correu para mim abraçando-me e secando a lágrima. – Que aconteceu?

– V-você preferia se eu fosse como a Yellow… - Choraminguei um pouco.

– Oh, sua boba. Eu não disse aquelas coisas a sério. Verdade que a Yellow tem mais curvas que você. – Ok, aquilo não estava a ajudar. – Mas você é muito mais bonita e menos escandalosa que ela. Entre você e ela escolho você.

Aquilo até soara fofo, eu abracei-o com força, queria-o ali comigo, queria que ficássemos ali para sempre, infelizmente era impossível, mas aquilo era tão bom… Senti uma sensação líquida na minha cabeça, olhei para cima e vi que os olhos dele estavam molhados.

– Que se passa, Black? – Perguntei preocupada, nunca o vira assim.

– Não é nada, White, não é nada… - Sei que ele não me queria preocupar.

Um momento de silêncio…

– White… - Ele chamou um pouco a medo.

– Que foi?

– Quando voltarmos e… Tiveres de encarar os teus futuros noivos… Ainda te vais lembrar de mim? – Ele perguntou um pouco triste.

– Lembrar? Não estou a perceber… - Será que ele queria acabar tudo?

– É que vais casar e… acho que eu vou atrapalhar isso. – Ele soltou-me do abraço e virou-me costas.

– Não, Black! – Gritei, fazendo-o voltar. – Nunca mais diga uma coisa dessas! Black, você é a pessoa mais importante para mim, não quero saber se vou casar com outro, eu gosto é de você! Eu quero ficar com você até ao fim dos meus dias! Porque, porque eu te amo!

Ele virou-se espantado, tanto ele como eu não esperávamos aquela última frase. Tapei a boca, não acreditava no que tinha acabado de dizer, corei muito envergonhada, estava pronta a correr dali, mas ele foi mais rápido ao correr ao meu encontro e abraçar-me.

– Julguei que só que só eu gostava assim de você. – Ele confessou ao meu ouvido.

Talvez, talvez agora nós começássemos a ser namorados, talvez agora começássemos algo sério…

…Talvez…