CADIMUS: Mutação escrita por Sombrio1


Capítulo 15
Math - Jennifer


Notas iniciais do capítulo

Olá ambiguinhos leitores, eu voltei.
Como o Nyah! anda muito zuero, leiam as notas finais :3



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Math estava animado, finalmente conheceria a menina que o respondera. Seu nome era Jennifer, desde que ele postara em modo anônimo no site, sobre seu envolvimento involuntário com o bullying e ela o respondera, ele havia sentindo uma pequena feição pela menina, e hoje, depois de tanto tempo a conheceria alem de sms, email e ligações no meio da noite.

Ele foi em direção a janela e admirou o sol. Suas mãos suavam, e dentro da sua barriga milhões de formigas invisíveis brincavam criando cócegas. Ele conheceria alguém que o entendesse aquele dia. E alegremente ele sorriu.

–-----------------***---------------------

Jennifer morava a 5 quadras da rua de Math. A casa dela era grande, verde e de telhados vermelhos, e com vários vasos de flores que enfeitavam a fachada e o jardim.

Quando a bicicleta dele encostou-se à rua seu coração acelerou-se ainda mais. Ela estava sentada nas escadas que ficavam em frente a sua casa, a pele branca e os cabelos encaracolados soltos ao vento. Ela sorriu para ele e acenou para ele quando o viu, e então balançou a mão como que em uma espécie de saudação que dizia “Chegue mais perto”, ele assim então fez, levou a bicicleta para dentro dos terrenos da casa dela e encostou-a no muro ao lado de uma outra cor-de-rosa, que descansava apoiada na parede. E então lentamente ele se aproximou dela, com as pernas tremendo e as mãos suando.

– Oi - Ela disse. Math não deixou de reparar nos olhos dela, que eram grandes e de cor castanha. - Você é o Math? - Ele apenas acenou com a cabeça em resposta. - Você fala? - Ela perguntou e riu sonoramente. A risada mais linda que ele já ouvira em toda a sua vida.

– Falo sim. - E riu também.

As arvores se mexiam com a brisa matutina que passeava naquele sábado.

– Eu amo quando isso acontece. - Ela voltou a falar.

– O que?

– O vento, conhecer gente nova. Isso e legal. - Os cabelos cacheados dela balançaram levemente com a brisa.

– E isso e legal. - Math concordou com ela e sorriu levemente com o canto dos lábios.

– Sabe o que e mais legal?

– O que?

– Sentar. - ela bateu a mão no chão ao lado dela.

Math sentou-se meio desconfortavelmente (nunca sentou tao perto de uma menina assim). E assim ficou. Os dois olharam a rua em que crianças brincavam com seus patins e suas bicicletas.

– Então Math, me conta a sua historia. - Ela disse depois de um tempo, quebrando o silencio de repente. - Ainda acho que tem mais coisa do que apenas aquilo que conversamos no telefone.

– Não. Não tem mais coisa.

– Ok. - Ela disse, a voz demonstrando tédio absoluto. Droga. Math pensou. Ele não queria que ela ficasse entediada.

– Mas e você? - Ele puxou assunto tentando acender a conversa novamente. - A ultima vez que me ligou você estava indo para o hospital.

– Estava mesmo. - Ela levou a mão ao cabelo e começou a brincar enrolando no dedo e o cacheando mais do que o normal.

– E qual hospital foi?

– Cadimus. - Ela disse como se fosse a coisa mais normal do mundo.

– Serio. - Os olhos de Math brilharam

– Temos mais um fã da Cadimus aqui? – Ela riu.

– Muito. E como e os quartos de lá? – As curiosidades de como era ser um paciente daquele hospital vieram a tona, e a excitação cresceu dentro dele ao saber que suas perguntas que ele tanto guardou seriam respondidas.

– São normais, alias o hospital inteiro e normal, exceto pelo fato de não ter aquela correria toda. – Ela o encarava fixamente.

– Que legal. – Math disse enquanto devolvia o olhar a ela.

Os olhos dela eram castanhos muito fortes, como se fossem duas piscinas de lama. Math observava aquilo como se fosse um artista observando sua recente e mais perfeita obra. Ele não se conteve e chegou mais perto para observar os olhos, se inundando em uma mistura invisível que preenchia o corpo dele, fazendo as formigas invisíveis voltarem a brincar dentro de sua barriga. Continuou aproximando, agora estava tão perto dos olhos que poderia entrar dentro deles, sentiu um ar quente sendo lançado em seu queixo, mas não se importava com ela, ele queria apenas os olhos. Mas em um momento ele sentiu que estava se afundando na lama dos olhos dela. Se afogando, se perdendo, mas ao mesmo tempo se achando. Mas de repente os olhos se fecharam, e ele sentiu uma pedra afundando em seu estomago o levando a voltar para trás e tentar não mirar mais aqueles olhos castanhos.

Os minutos seguintes foram de profundo silencio. Ele não queria falar e nem preferiria, quase entrara nos olhos de uma menina que ele não conhecia muito bem. O que estava acontecendo com ele aquele dia?

– Vamos comer alguma coisa? – Ela perguntou por fim.

– Comer e bom. – Ele disse, sorrindo e agradecido por ela ter oferecido comida antes de sua barriga começar a roncar alto.

Ela se levantou, e bateu na sua perna por cima da calça para tirar poeira. A pele dela era muito branca.

– Você disse que esteve na Cadimus, o que você teve? – Ele se apoiou em uma das mãos e se pós de pé se preparando para seguir ela.

– Câncer. – O luto na voz dela preocupou fez com que Math ficasse mais pálido do que o normal. – Não se preocupe, estou curada já.

– Dizem que a Cadimus tem o melhor tratamento para câncer. – Ele disse enquanto ela girava a maçaneta.

– É, realmente eles tem, não tinha agulhas.

– Odeio agulhas. – Ele disse fingindo ficar arrepiado. A cena fez ela rir.

– Eu também. Odeio agulhas.

Eles entraram na sala, era grande, com dois sofás, mesa de centro, uma TV de plasma gigante e vários livros, espalhados por todos os cantos.

– Desculpe a bagunça. – Ela disse, enquanto corria rapidamente recolhendo o Maximo de livros possíveis em uma mão e os depositando na mesa de centro. – Amo ler.

– Como foi? – Ele perguntou, interessado em saber mais da vida dela e tocar em outro assunto que não fosse a bagunça que ela arrumava.

– O que? – Ela perguntou, enquanto pegava um livro que estava embaixo do sofá.

– Saber que você tem câncer, e de um dia para o outro ver sua vida desmoronar.

– Não é assim Math. Bem, minha vida pelo menos não desmoronou de uma hora para outra.

– Não entendi. O câncer e uma doença ruim. Milhares de pessoas morreram antes de acharem a cura, isso não te assustou em nada?

– No primeiro momento não. Eu havia acabado de vencer uma competição de soletração, estava eufórica e alegre com aquilo, quando soube que estava com câncer não me importei muito no começo, eu tinha dinheiro suficiente para pagar a cura, mas depois eu comecei a pensar sobre isso, e pode parecer loucura, mas eu queria de alguma forma morrer, sumir de tudo que me cercava e reencontrar meus pais novamente. – Ela olhou para ele, os olhos castanhos quase a ponto de chorar. – A coisa não e difícil só para você Math, às vezes a vontade de morrer toma conta de mim de uma maneira que chega a ser assustadora. Tudo o que eu queria era que isso acabasse logo, e que eu pudesse voltar a vê-los. Sinto tanta saudade deles. Se eles tivessem aqui eles saberiam o que falar para você. Te encorajariam a lutar, mesmo que você esteja com medo – Ela abaixou a cabeça, e ele pode ver enquanto as lagrimas lentamente desciam dos olhos, tocando as bochechas e caindo no chão. – Se eles tivessem aqui agora, não sentiriam orgulho de mim.

– Não diga bobagens, eles amavam você, e sentiram tanto orgulho de você, que seriam capazes de explodir e gritar o mais alto que pudessem, para dizer o quanto eles te amam e o quanto você e especial para eles. – Aquela era a vontade dele. Ele pensou, mas não disse nada.

– As vezes acho que o motivo deles terem morrido foi culpa minha. Eu que acendi o fogo e esqueci ligado. É como se eu tivesse lá novamente toda a noite quando durmo, o fogo se alastrando rapidamente, enquanto minha mãe gritava, com o corpo em chamas em cima do peito do meu pai que estava morto já.

– Não foi culpa sua. – Ele tentava consola-la, mas era em vão, ela não daria mais ouvido a nada que saísse da boca dele.

– Minha mãe então se vira para mim e diz, fuja. Corra. Encontre ajuda. - As lagrimas desciam interruptamente do rosto dela.

Math ficou ali, do lado dela enquanto ela chorava e se lamentava pelos pais, ele começou a se aproximar dela para abraça-la mas algo muito estranho aconteceu. Uma mulher começou a sair de seu quarto, o barulho de seus pés ecoava alto por toda a casa, e ao mesmo tempo Jennifer parou de chorar, e limpava as lagrimas e seus olhos com o pulso e a palma das mãos. Antes que Math pudesse dizer - ou fazer - qualquer coisa, ela já o guiava pela cozinha com passos rápidos e mãos firmes.

Eles adentraram a cozinha, e ela rapidamente o lançou em uma cadeira, e correu o mais rápido possível para geladeira.

– Quem e você? - Uma voz surgiu do nada ao lado dele, que quase o fez pular da cadeira de susto.

– Eu sou...

– Ele e o Math, e um amigo. - Jennifer o interrompeu antes que ele terminasse.

– Não aceito visitas na minha casa. E você sabe disso. - A mulher disse rispidamente.

– Me perdoe madrinha. - ela respondeu educadamente até, mas de alguma forma ele podia ver palavrões grosseiros em cima daquela frase.

– Tem sorte eu estar saindo agora para uma entrevista. - Math não deixou de reparar nas roupas da mulher. Ela usava um vestido amarelo muito forte e ainda usava bob's na cabeça. Ela não parecia alguém que ia sair formalmente. - Mas conversaremos serio quando eu chegar.

E saiu da cozinha. Jennifer segurava um copo de vidro em uma mão, e a jarra de café em outra, a expressão no seu rosto demonstrava que medo e raiva estavam se misturando em um só. Como quando colocamos açúcar em um copo d'água e mexemos até eles se juntarem.

A porta da sala bateu, e ao mesmo tempo o copo bateu na parede se estilhaçando em mil pedaços que caíram rapidamente no chão. Jennifer havia o lançado.

– Me perdoe. - Ela disse rapidamente para Math. - Essa mulher me dá raiva com "r" maiúsculo.

– Tudo bem. – Ele disse calmamente, entendia como era sentir raiva como ninguém. - Quer ajuda para limpar? – Calmamente as palavras saíram enquanto ele apontava com a cabeça para os vidros no chão.

– Sim eu aceito, obrigado.

E os dois buscaram o pano e uma sacola e começaram o lento processo de juntar os cacos e jogarem no lixo.

– O que ela é sua? - Ele deixou escapar, enquanto sacudia o pano que estava com alguns pedaços de vidro na boca da sacola.

– Minha madrinha. Depois que meus pais morreram eu precisava morar com alguém. Ela era um dos meus únicos parentes vivos que me quis na época. Eu achava ela legal, até ela começar a me tratar mal. Tem dias que eu acho que ela me pegou apenas para mim ser o cachorrinho dela. - Ela cuspia as palavras amargamente como se a dor fosse maior do que alguém pudesse imaginar. Mas Math sabia como era ser tratado mal pelos próprios parentes. Ou melhor, pelos próprios pais. Ele pensou em dizer mais ficou quieto, não queria vê-la chorar novamente.

– Não deve ser pior do que o bullying.

– Na verdade é. Eu sofria bullying, já te contei isso. As meninas me batiam por causa do meu cabelo. Lembra? - Ele concordou com a cabeça. - Uma coisa eu te digo Math, ser tratado mal pela própria família e pior do que sofrer bullying. - Ele disse e se levantou, foi em direção a lixeira da cozinha e jogou a sacola com os cacos de vidro. – Mas chega de assuntos tristes por hoje, o dia está belo e quero aproveitar cada minuto.

E ela sorriu.

–-------------------------------------***----------------------------------

O restante do dia passou muito rápido. Eles comeram, correram de bicicleta e conversaram sobre os planos futuros. Ela queria ser veterinária, e ele trabalhar na Cadimus como psicólogo. Dividiram suas historias familiares e pela segunda vez no mesmo dia ele a viu chorar quando ela contara a ele sobre o lago em que os pais a levavam para pescar no final de semana.

– Eu nunca mais fui aquele lago. - Ela disse enquanto limpava as lagrimas dos olhos. - Minha madrinha não deixa.

– Você sente saudades? - Ele perguntou olhando fixamente para os gestos que ela fazia, de colocar a mão no olho e esfrega-lo, limpando-o de toda a lagrima.

– Muito. Só queria dar uma olhada novamente lá. Qualquer dia talvez. - E então ocorreu a ele uma ideia.

– Podíamos ir lá agora. - Ele propôs interessado em descobrir um pouco mais do mundo dela.

– Outro dia, talvez, tenho outros planos para hoje. - Ela se levantou e pegou a bicicleta que estava encostada no meio da rua aonde eles conversavam. - Vem quero te mostrar uma coisa.

Ele foi atrás dela, pegou sua bicicleta e a acompanhou enquanto ela rapidamente pedalava por um caminho novo que ele desconhecia. Seguiram por ruas e prédios cinzas que estavam sendo construídos. O sol lentamente ia embora, lançando raios dourados sobre o caminho em que eles pedalavam. Continuaram seguindo, passando por casas de tijolos vermelhos e por bares sujos e imundos em que os funcionários colocavam as mesas para fora. Então eles pararam de repente, em frente a uma construção destruída e arruinada por tempo e poeira.

Ela adentrou os terrenos da construção e lançou a sua bicicleta por sobre o chão, ele fez o mesmo, mas sem tirar os olhos da casa.

A casa era de dois andares, as paredes de fora eram pretas como o carvão, as janelas estavam quebradas e algumas foram tiradas. Aquele era um ponto perfeito para abrigar mendigos e insetos.

– Que lugar e esse? - Math perguntou.

– Minha antiga casa. - Ela respondeu levemente. - Vem comigo.

Ele a seguiu. Passaram pelo lado da casa, em que um corredor de tijolos habitava consumido por chamas passadas que um simples isqueiro provocou. Foram até os fundos da casa , e rapidamente ela tirou do bolso de seus jeans uma pequena chave dourada, ela colocou na porta e girou-a lentamente como se estivesse com medo que a desmoronasse.

Ela entrou primeiro, ele ficou observando a porta aberta por um momento pensando se seria uma boa ideia entrar.

– Jennifer? - ele perguntou, a voz tremendo por causa do frio que começava o cercar com a chegada da noite.

– Oi? - Ela respondeu lá dentro, a voz criando eco pela escuridão e pelos cômodos.

– Estou com medo. - Ele disse e ficou vermelho rubro. Como ele queria ser corajoso ao menos uma vez.

– E preciso confrontar os medos uma hora. Se não fizer isso você nunca parara de se julgar como covarde.

Aquelas frases causaram um impacto maior que o esperado. Ele não queria confrontar o medo, mas não queria ser covarde perto dela. Então lentamente ele fechou os olhos, adentrando em uma escuridão só dele, e cruzou o portal.

Quando abriu os olhos estava dentro da casa, sua respiração estava lenta e sua nuca transpirava uma cachoeira.

– E impressão minha ou aqui ta quente? - Ele tentou fazer uma piada, mas depois se lembrou de onde estava e disse. - Desculpa.

– Tudo bem. - Ela disse, e um barulho de clique ecoou no ar.

– O que é isso?

– Uma lanterna, mas parece que não quer... - Ela deu mais um clique e um facho de luz saiu de um pequeno tubo que ela segurava cortando o ar e iluminando diretamente no rosto dele. - ... Pronto, pegou.

Ela mirou o facho de luz pelos cantos, mostrando algumas molduras que estavam em cima de uma mesa.

– Aqueles são meus pais. - Ela disse antes que ele perguntasse.

Math fitou o quadro que ela iluminava com a lanterna. A moldura era azulada e um casal segurava uma pequena menina de cabelos cacheados pelos ombros. Ele sorriu levemente, pensou em dizer algo mais as palavras ficaram presas em algum lugar entre sua garganta e sua língua.

– Vem, está quase na hora do show.

Ela então começou a andar, iluminando o caminho com a lanterna e guiando ele pela escuridão. Chegaram a um pequeno cômodo destruído, havia cinzas por toda a parte e algumas fichas amarelas, daquelas que os policiais usam para marcar território.

– E melhor ficar bem quieto. - Ela disse e desligou a lanterna.

E eles afundaram na escuridão novamente. Ficaram em silencio por alguns minutos. Math ficou a ponto de desistir e voltar logo para casa antes que ficasse tarde demais, era chato ficar em silencio quando tinha muita coisa para conversar. Pensou ele. Mas logo se arrependeu.

O ar ao redor deles se encheu de pequenas estrelas verdes que dançavam e piscavam rapidamente, correndo de um lado para o outro, dando cambalhotas e sorrindo silenciosamente para eles através da escuridão.

– Vagalumes. - Ele sussurrou a ponto de apenas ela ouvir.

– Sim. – O show durou até ela acender a lanterna e como mágica fazer as pequenas estrelinhas verdes sumirem, deixando apenas o facho de luz que saia do objeto iluminando o local. - Venho aqui sempre que posso, e meu esconderijo. Agora nosso. – Ela sorriu para ele, o aconchegando fortemente sem ao menos o toca-lo.

– Obrigado. - Ele disse.

– Por quê?

– Por ter me feito viver o melhor dia da minha vida. - Ele disse sinceramente.

– Math todos os dias são os melhores dias da nossa vida, é só aprendermos a vivê-lo. – Ela percebeu a pele dele mudando de cor rapidamente. – Sabe, eu sempre achei que somos como os vagalumes, só brilhamos quando estamos no escuro ou quando temos certeza que ninguém ou nada vai nos amedrontar, mas quando a luz acende, todos nos apagamos, mas apenas os corajosos ficam. - Ela então olhou para trás dele, onde animadoramente um vagalume, pulsava em sua luz verde sem parar e sem se importar com a lanterna. - O covarde não é aquele que se esconde Math, o covarde é aquele que tem medo de gritar e dizer o que sente. – Ela abaixou a cabeça e sussurrou baixo, mas o suficiente para ele ouvir. - Acho que é melhor eu parar de ser covarde agora e dizer o que eu sinto. Mas é difícil...

– Você tem medo de dizer o que sente? – Ele a interrompeu, suas mãos voltaram a suar e em sua barriga as formigas voltaram a brincar.

– Acho que sim. - Ela respondeu olhando para o chão, a pele adquirido um corando rapidamente.

– Você poderia contar para mim. – Ele propos.

– Quer mesmo saber? - Ela perguntou e ele apenas sacudiu a cabeça em resposta.

Ela então se aproximou dele, estavam tão perto que ele podia sentir o aroma de morango saindo da boca dela.

– Quer saber o que eu sinto Math? - Ela repetiu a pergunta olhando fixamente para os olhos dele que devolvia o olhar e acenava com a cabeça em sinal afirmativo - Eu sinto algo diferente a todo momento, e nesse momento eu só sinto vontade de fazer uma coisa.

Ele não teve tempo de perguntar o que era.

Ela rapidamente se posicionou para frente, colando os lábios nos dele. Ele não sabia o que deveria fazer então apenas fechou os olhos e deixou que ela o guiasse. E como uma dança. Pensou. Os lábios dela buscavam os dele com força e ferocidade. Math nem percebeu quando colocou as mãos na cintura dela. Devo estar aprendendo a dançar isso. Ela largou a lanterna no chão desligando a luz, e rapidamente colocou as mãos em volta do pescoço dele o puxando para mais perto.

Math queria sorrir, mas não pode. Sua boca estava ocupada com a dela, naquele primeiro beijo com uma garota que ele não conhecia muito, mais já conhecia demais, naquele lugar que embora fosse sujo e feio, era bonito e maravilhoso.

Quando ela afastou, ele percebeu que os vagalumes voltaram a piscar.

– Isso foi bom - Ela disse o comentário o fez sorrir.

– Verdade. - Ele disse. - Muito bom.

E antes que percebesse ele foi para frente, a beijando novamente enquanto os vagalumes iluminavam o redor deles, como um pisca-pisca de uma arvore de natal.


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Notas finais do capítulo

O proximo capitulo já está pronto, postarei amanha as 20:00 :3
Espero que esse tenha ficado legal.
Sei que muitos não vão se lembrar de "Jennifer" mas ela já apareceu na historia a alguns capitulos atrás, quem se lembrar ganha biscoito.
Amo vocês
P.S. O proximo capitulo e +18 rsrsrsrs



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