Konoha Silenciosa rpx escrita por andrehnt123


Capítulo 22
Nascida de um Desejo 2




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–Espere...

O homem falou em um tom incerto.

–O que foi?

–Acho que podemos nos ajudar...Vá ao hospital. Porém antes passe em minha casa e leve uma foto com minha família.

–Como assim?

O homem não respondia mais. Ela começa a se afastar incerta do que tinha acabado de acontecer.

Hana-chan de fato foi procurar ajuda. Não havia lugar em Konoha que parecia poder oferece-la logo desistiu da ideia boba. Ela também não sabia o porque de pedir ajuda. Mesmo que encontrasse alguem o que faria? Estava sozinha e sem rumo algum.

Madrugada gelada. A passos ligeiros, Hana-cham atravessa um terreno baldio. Raramente cortaria caminho por aquele trecho durante o dia, quanto mais em uma madrugada vazia, mas a urgência em chegar logo em algum lugar, qualquer lugar a fez em um impulso e quase imprudente.

Inoshi... Homem estranho, provavelmente assustado. O que ele fazia em lugar como o clã Hyuuga jamais poderia imaginar. Uma força o impelia ao inóspito cenário de sombras e histórias misteriosas.

Ela notou que o terreno havia sido cercado com arame farpado, já rompido em alguns pontos, aquilo cortava uma longa volta no quarteirão. Andou mais uns cento e cinquenta metros, até o outro lado da avenida, onde estava a casa do homem.

Não sabia como conhecia a informação, ele disse onde era sua casa? Não lembrava de ter recebido nenhuma forma de instrução. Porem ali estava tocando a campainha.

Sem resposta, notou que a porta havia sido deixada aberta. Alguém havia saído apressado. Não era de entrar sem ser convidada, mas de certa forma foi sim llhe dada permissão.

A casa dos Yamanaka era muito organizada. Piso de madeira polida, primeiro andar, enfeites de vidro... Era um lugar respeitável. Pensou em explorar a casa para entender melhor o homem. Ele tinha uma filha, isso ficou claro. O quarto de uma garota jovem era evidente pelas roupas, cds de músicas e fotos no quarto. Até alguns bichos de pelúcia. Sentiu inveja, não sabia se alguém já a tinha amado assim. Por um segundo pensou em seus pais. Porém nada veio a mente.

O quarto de casal poderia indicar uma simples família feliz. As fotos na casa estavam em vários locais. Um homem, uma mulher e uma garota. A maioria delas eram fotos antigas, não havia nenhuma recente com os três. Pegou uma delas. Aquilo era um pedido estranho. Mas a garota tinha necessidade de respostas. o Que ele quis dizer com "se ajudar?" ele sabia o que estava acontecendo?

Andando na rua com uma foto que retirou do porta retrato. Colocou no bolso e seguiu a caminhada para o hospital. A nevoa estava ficando com um aspecto ainda mais denso que inflamava os sentidos com um branco de outro mundo. Quase não acreditou que só viu o hospital quando esse estava bem a sua frente.

O centro clinico era enorme. Procurou alguém no lugar. Não estava com as portas abertas, porém nunca foi de seguir muito as regras. Havia doentes lá, era impossível ninguém adoecer ou deixar de sofrer acidentes e um hospital ficar sem função de um dia para o outro..

Deu a volta e pulou um pequeno muro na lateral, por la entraria pelos fundos ou saída de emergência. Notou algo estranho. A vegetação crescia abundante em meio ao lixo jogado e toda sorte de imundícies. Tudo bem que ainda era o lado de fora do hospital, mas pensou que o lugar deveria ser bem mais higiênico.

Quando entrou não era nada do que havia pensado encontrar. Parecia ter sido abandonado a anos, mas aquilo era impossível. Não acreditou quando viu mesmo um corpo em decomposição havia sido deixado coberto em uma maca que estava no meio do corredor.

Ela quase vomitou ao ver a cena. Mas achou que talvez não fosse o pior que fosse encontrar. Mesmo sabendo disso, movida pela curiosidade continuou a dentro. E foi mais ou menos uns cinquenta metros adiante que escutou um grito horripilante.

Assustou-se de tal forma, que parou no mesmo instante. Apurou os ouvidos. Nada. O medo prega peças. Subiu as escadas, iria procurar em outro andar. Notou que diante de uma porta havia uma carta.

“Eu tirei sua inocência Ino. Uma garota que cresceu com isso poderia ter nascido uma flor sem brilho ou cor, sem esperança para o futuro do dia seguinte, apenas medo ou até mesmo ódio.

Porém nunca vou desistir! Até ver seu belo sorriso mais uma vez. Eu espero por esse dia. Onde tudo terá sido curado e tudo deixado no passado. Até que meus sonhos se tornem realidade... Eu vou ter que suportar.

Ass: Papai”

Ela parou e tentou abrir a porta. Uma voz começou.

–Não faça... Não quer me ver como sou...

–Inoshi??!

–Você trouxe o que eu pedi?

–Sim mas, o que está acontecendo? O que está fazendo aqui?

–Eu vim para cá depois do incêndio. Pessoas se machucaram, eu tive que vir.

–Eu não percebi nenhum movimento na rua.

–Isso foi... Isso faz tempo.

–Você... Sua filha é uma garota chamada Ino?

–Por que me pergunta isso?-

–Encontrei uma carta... “Papai”...

–...

–Você é o “papai”?

–Sim... Onde você encontrou isso?

–Estava aqui em frente a porta.

–Oh... Agora, que já é tarde demais, eu finalmente entendo que nunca irá me perdoar.

Ele começa a chorar enquanto fala.

–Ela nunca soube o quanto eu... O porquê do que ela fez o que fez. Nunca achei que minha garotinha tinha sido tão ferida... Se houvesse alguma forma de mudar o que aconteceu...

–Inoshi... Sua filha ela não esta...?

–...

–Desculpe por fazê-lo se lembrar.

–Você não precisa se desculpar. Não me lembrou. Eu jamais esqueci. Entenda, algumas coisas nós perdoamos e superamos e acabamos esquecendo, mesmo momentos felizes... Outras nunca conseguimos esquecer, por mais que devêssemos. É engraçado, é também triste. Faz vários anos, porém eu ainda...

–Inoshi me desculpe. Eu não sabia.

–Não. Tudo bem, quanto a essa carta...

–Eu a deixarei aqui junto com a foto.

–Obrigado.

–Como isso pode te ajudar?

–Você já ouviu falar em... Ressurreição da alma?

–Você quer dizer... Reviver os mortos?

O homem rir da pergunta da garota.

–Não, o que quero dizer é completamente diferente. Eu precisava da foto do culpado, já peguei o isqueiro a tempos. A policia já o procurou em casa. Eu achei antes, sou bem mais esperto do que pareço, eu o tinha e não iria entregar para os que comandavam a investigação. Eu sabia o tempo todo. – A garota começou a ligar os pontos, porém pensou que estava deixando algo passar para traz -Sabe, eu posso vê-la através do olho mágico. E você disse que se chama Hana-chan? Então você deve ser... É isso. É por isso que conseguiu me ver.

–Hã?

–Então talvez isso signifique que eu possa esperar por um milagre também?

Hana-chan estava cada vez mais curiosa.

–O que você quer dizer?

Porém Inoshi não respondeu por um minuto.

–Há um último item. No terreno ao lado da minha loja, há uma garrava branca com liquido. Eu não sei onde está, mas esta lá em algum lugar. Eu quero que ache.

–Você... Quer que eu a pegue para você?

–Por favor...

–Eu não entendo. Por que não vai você mesmo?

–Se eu pudesse, acredite, eu iria. Porém eu...

A garota aguardou a resposta. Mas viu que o homem não iria comentar.

–Branco?

–A porta estará aberta quando você chegar la. O terreno foi a muito tempo abandonado. Talvez não seja tão fácil de achar. Esse era o objetivo.

–Inoshi. Você realmente acredita que ter isso vai lhe ajudar?

–Eu não sei, mas apenas tenho que tentar.

–Tudo bem, eu não me importo em lhe ajudar mesmo em uma causa perdida. Afinal, é bem melhor que apenas desistir e não fazer nada.

–Hana-chan, obrigado. Eu prometo, contarei tudo que precisa saber se me trouxer isso.

A garota deixou o homem sem mais tentativas de faze-lo abrir a porta.

Ela havia saído do hospital. A floricultura dos Yamanaka não era longe dali. Talvez Ino estivesse lá e saberia explicar o comportamento estranho do pai.


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