Konoha Silenciosa rpx escrita por andrehnt123


Capítulo 21
Nascida de um Desejo 1




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“Quando eu acordei, eu estava sozinha”.

Hana-chan estava acomodada em um poltrona. Examinando uma faca que havia encontrado em uma escrivaninha de madeira com um alto espelho. Ela estava sentada, de frente para ele. O lugar, na verdade, não era estranho. Era como um camarim, onde atores preparam-se para shows. Havia um guarda roupas, sem vestes que chamassem atenção. Algumas um pouco vulgares demais ainda para sua personalidade.

Mais um dia entediante na cidade de Konoha. Foi o que pensou quando acordou. Nada parecia interessante para a jovem de olhos perolados. Os seus cabelos, agora pelos ombros, agora um pouco desajeitados, ela mexia neles quando estava a pensar. Nem por isso menos elegante. Os seus cabelos negros acentuavam a cor branca da sua pele, não um branco pálido. Era um branco róseo, principalmente nas maçãs do seu rosto. As suas bochechas sempre levemente rosadas com os seus lábios carnudos num tom avermelhado… Perfeita.

“Todo mundo se foi... É por causa dessa névoa?”

Especulava se era comum ouvir-se gritos pavorosos ecoarem em meio a um silencio que por momentos era quase ensurdecedor, causando arrepios ao que, por ventura, passassem por aquela calçada. As casas abandonadas tinham um aspecto realmente aterrador. Suas fachadas, pareciam por vezes desgastadas pelo tempo, inúmeras janelas escuras. Podia por vezes ver sombras a passear rapidamente, uma impressão?

“O que eu faço agora?”

A garota ainda via a faca como objeto de profundo interesse. O que fazia ali? Quem a havia colocado? Era melhor leva-la consigo? Porque?

“Eu luto, enfrento o que for necessário para viver? Ou me esconder aqui é a melhor opção? Eu... Eu não tenho nenhuma razão de continuar vivendo, mas...”

A garota levanta-se, aproxima-se da janela e olha através dela.

“Eu estou assustada, aterrorizada... Tenho tanto medo da dor... Devo fugir? Eu quero achar alguém. Eu não gosto de estar sozinha. Mas... Será que tem alguém que vai la fora?”

A garota sai sozinha pelas ruas.

...

Eram umas sete e meia da manhã quando Hanna-chan acordou ouvindo a musica vindo do porta-jóias antigo que parecia um belo presente. Mas quem o deu já tinha saído. Ela recebera de presente de olhos fechados, e a viu do lado da sua cama.

O porta-jóias possuia uma bailarina dançando, teve fascínio tamanho pelo pertence mais que todos seus brinquedos que uma criança poderia querer o matinha por perto. Repetia em abrir-lo e ver a bailarina dançar.

Ela era uma dançarina de fato, não um bailarina. Longe disso... Bem longe disso. Porém sempre se imaginou em um palco admirada por sua pureza e graciosidade. Respeitada em vez de desejada.

Nem sempre fora uma garota muito atrativa, além do mais não se achava mais bonita que várias outras na boate. Porém sabia o que os homens gostavam e como provoca-los. Era facilmente a favorita entre eles. Não era uma prostituta, era dançarina profissional, atitude era tudo. Porém na verdade ela era uma pessoa diferente.

Não mostrava para todos quem realmente era. Não gostava apenas das coisas tipicamente femininas. Gostava de ver filmes de terror e esportes. Nunca chorava facilmente, não lembra de jamais chorar publicamente. Sempre tinha um sorriso no rosto, sempre pronta para apoiar e proteger os seus amigos e a sua família. Era a imagem que ela tinha dela mesma.

Ahh…– Outro suspiro. Uma coisa que tornara-se frequente, desde que uma idéia surgira em sua mente. Um menino tão belo quanto um anjo. Sim, como se fosse uma novidade, ela gostava muito pensava no loiro que a encantara de alguma forma inexplicável. Sempre junto de seus amigos visitava o lugar de vez em quando. Ela nunca dançara para ele. Ela queria e muito, mas... Não sabia o certo, simplesmente nunca dançara para ele.

Não via os seus cabelos loiros rebeldes serem remexidos pela agitação, o som das risadas altas e até escandalosas ou os seus olhos de um azul-turquesa tão intenso que lhe penetrava a alma, ou a sua voz doce mas ao mesmo tempo tão quente, acolhedora. Transmitia-lhe paz. Aliás, tudo nele irradiava paz. Como se fosse uma droga, sempre que pensava nela mudava, algo no seu peito aquecia. O seu estômago revirava, suas pernas ficavam bambas, até se esquecera de como manter o equilíbrio.

Mesmo parecendo que ele a ignorava. Ou seu jeito um pouco saidinho demais com os amigos... Era o jeito dele! E por mais estranho que parecesse, ela gostava dele assim. Pensava em falar com ele, o irritar, de o provocar. Sentia falta dele. Queria estar sentada na mesa com ele. E essa saudade a estava consumindo, cada segundo parecia um dia ao ver que ele não vinha.

Amava-o.

Como se isso diminuísse a saudade, ou como se assim não esquecesse a imagem dele. Porém por mais que tentasse... Não sabia o seu nome. Sem endereço ou direção, muito menos telefone. Algo que conseguiria de qualquer homem tão fácil, nunca teve nada com ele. Como se ele não fosse real. Mas era real, já saiu dali com tantas garotas.

Quanta nostalgia.... E por mais que a dor fosse insuportável… Não conseguia cogitar arrepender-se de ter-se apaixonado por ele. . O que fazer quando só em pensar sua atitude sumia. Mas sabia que não era disso que ele gostava, ela não estaria sendo ela mesma sendo tão nervosa. Não sabia de onde tal atitude estava surgindo. O que faria com aquele garoto em quatro paredes...Ela tentou espantar pensamentos pervertidos da sua cabeça… Mas pensava naqueles lábios, naquele corpo sem a camisa.... Sempre se perdia nesses pensamentos.

Ficou um pouco corada com a própria linha dos seus pensamentos.

Hana-chan estava tão distraída que se quer achou estranho ou sentiu medo nas ruas vazias e com névoa de Konoha. Cada passo naquela atmosfera fantástica era surreal, uma imersão em um sonho sem fim. O que parou seus pensamentos foi um bairro nobre estranhamente familiar.

Era algo quase convidativo, belo com jardins arrumados e uma fonte de agua cristalina feita com o mais puro cascalho. Tantas casas alinhadas como chalés de um hotel. Ela procurou investigar se havia alguém lá dentro. Abria cada uma das portas como uma rotina sem sucesso, tanto que a assustou quando ao abrir lentamente uma sentiu algo, alguém, à empurrar e fecha-la de novo.

Hana-chan percebe que seja quem for não queria deixa-la entrar.

–Tem alguém ai?

A garota fica sem resposta. Tenta girar a maçaneta, mas agora a porta estava trancada. Ela tenta mais uma vez manter alguma comunicação

–Olá? - A garota bate repetidamente na porta.

–Pare... – Uma voz gerada de uma forma estranha, uma apatia pela vida. – Você está me incomodando.

–Graças a Deus! Eu finalmente achei alguém! – Sabe devo admitir, achei que estava sozinha. Quem sabe ou até sonhando esse lugar é incrível... Um ar tão... Mágico!

–...

–Você pode abrir a porta?

–...Não.

A garota achou aquilo meio arrogante. Negar abrir a porta como se ela fosse uma pessoa perigosa. Porém entendia ele estar apreensivo, o lugar estava estranhamente vazio. Era um homem já tinha notado, porém sentia que na sua voz não era exatamente medo.

–Mas porque?

–É realmente necessário responder todas as suas perguntas tediosas? Apenas vá embora.

–Sim, você tem que me responder. Eu não vim até aqui para ser ignorada.

–Oh, isso muda tudo para mim... – Faz a voz irônica.- Eu quero ficar sozinho, outras pessoas apenas me irritam.

–Eu apenas quero ver o rosto de outra pessoa. Você por acaso sabe o que está acontecendo em Konoha? Não há ninguém aqui além de nós?

–Sim. Eu sei. Há... outros... Mas e dai? Isso não tem nada a ver comigo. Ninguém aqui significa ninguém para me perturbar.

–Você quer ficar aqui onde parece ser mais um asilo de loucos?

–Sim. Exatamente. – O homem da uma um pausa e continua - Mas... Como você pode dizer que aqui é um lugar de loucos? Que Konoha está estranha? Talvez os alterados aqui sejamos nós, talvez nós estejamos loucos. Nós dois... – A voz se torna mais profunda em sofrimento - Loucos... Muito além de qualquer ajuda, ou esperança. – Hanabi pensa no que dizer, mas a voz corta seus pensamentos - Está satisfeita? Vai me deixar sozinho?

–Meu nome é Hyuuga Hana, Hana-chan se preferir. Qual o seu nome?

–Você não me conhece. Que diferença isso faz?

–...

–Inoshi

–Hyuuga Inoshi?

–Yamanaka Inoshi

–Inoshi, eu vou procurar ajuda e vou voltar. É uma promessa.


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