Pov autora On

2 anos depois...

Miku se preparava para mais uma luta quando ouviu soar o alarme e sua televisão ligar sozinha. Nela lia-se Atenção Vocaloids! Sete de vocês foram escolhidos para uma batalha que pode mudar suas vidas! Escolhemos os mais fortes entre vocês para uma luta um tanto peculiar, a diferença é que o vencedor ganha sua liberdade, poderá sair da empresa. Os escolhidos não terão mais nenhuma batalha para se prepararem para esta em especial. Os sete escolhidos são: Hatsune Miku, Shion Kaito, Kagamine Len, Kagamine Rin, Kamui Gakupo, Megurine Luka e o recém-chegado 96neko. Boa Sorte para os sete, mas lembrem-se apenas um sairá vivo.

Miku encarava a televisão com um rosto impassível. Fazia muito tempo desde que não falava com aqueles vocaloids. Desde aquele dia não confiava em mais ninguém e agora terá que matar seis pessoas para conseguir sair daquele lugar. Um sorriso frio surgiu lentamente em seus lábios, claro que conseguiria. Agora não possuía mais sentimentos, misericórdia é uma coisa que ela não teria enquanto tentasse escapar daquele lugar. Com certeza irei vencer pensou. Jogou se na cama, não teria mais que se preparar para a sua luta que iria acontecer em poucos minutos. Sorriu com escárnio pensando nas várias maneiras de matar seus adversários. Afinal, tornara-se a Vocaloid mais forte de todas. Aprendera a controlar melhor seus poderes e percebeu que poderia invocar tempestades. Seu poder estava mais forte do que nunca. Agora poderia matar a pessoa que mais lhe causou dor e a razão de ter acabado desse jeito, sem sentimento algum.

No apartamento da frente, um jovem de cabelos azuis suspirava cansado. Teria que lutar contra sua Amanda que agora lhe odeia e com certeza fará de tudo para dizima-lo. Decidiu sair de casa um pouco para tomar um ar, talvez tomar um sorvete, apenas para tentar se animar. Após abrir a porta, deu de cara com olhos azuis-esverdeados. Lindos, porem frios e assassinos. Miku lhe ignorou completamente e andou até o elevador. Ele andou até o elevador, de cabeça baixa, sem olha-la nos olhos.

Ao chegarem do térreo, viram a recepcionista ocupada com dois guardar carregando um rapaz que aparentava tem 17 anos. Tinha cabelos loiros bagunçados e estava desmaiado. Estranhamente, possuía uma calda que não parava de se mexer e um par de orelhas negras, apesar de ter orelhas normais também. Ele deveria ser o 96neko que citaram no aviso. Porque colocar um novato em uma luta de vida ou morte? Perguntou-se Kaito. Quando a recepcionista os percebeu, ficou nervosa e desviou o olhar de Miku.

–B-Bom dia, Miku-sama. –Disse nervosa. Miku nada disse, apenas estendeu-lhe o pulso para que pudesse sair. Kaito ficou encarando a menina sair do recinto. Parecia que a cada dia ficava mais bonita. Crescera muito em dois anos. Aproximou-se de Meiko e lhe lançou um sorriso tentando acalmar a mulher.

–Bom dia Meiko-san. –Estendeu o pulso para que a mulher passasse o decodificador em seu pulso.

–Bom dia Kaito-kun. –Sorriu mais aliviada.

Pov Autora Off

Pov Kaito On

Decedi ir comprar um sorvete. Fico surpreso com minha infantilidade em relação ao sorvete. Ainda com 18 anos a única coisa que pode me animar é um sorvete. Sorrio com o pensamento. Caminho até a sorveteria, o dia está nublado e parece que vai chover.

Cheguei à sorveteria e encontrei duas cabeleira loiras que conhecia bem. Após o acontecimento com a Miku, eu e os Kagamines nos tornamos bem amigos. Eles estavam de costas para mim, sentados em duas banquetas. Aproximei-me, devagar e dei um abraço nos dois, fazendo-os pular de susto.

–Kaito-kun! –Gritou Rin. Não faça mais isso! Quer nos matar?

–Meu sorvete de banana. –Disse Len com lágrimas nos olhos olhando para seu sorvete que caiu com o susto

–Desculpe. –Disse rindo da cara de chorão que o menino fazia. Eles podiam ter 16 anos, mas ainda pareciam duas crianças.

–Meu sorvete de banana. –Len já chorava pela perda do sorvete.

–Pare de chorar, Len. –Rin deu um soca na cabeça do irmão, furiosa pela birra do irmão mais novo.

–Mas, meu sorvete de banana. –Len agora segurava a cabeça com medo de receber outro soco.

–Eu compro outro para você. –Eu disse, segurando o braço de Rin para ela não bater mais no irmão. Len abriu um sorriso radiante. –Afinal, a culpa foi minha por te assustar.

Aproximei do balcão chamando o garçom.

–Kiyoteru-san, você pode trazer um sorvete de banana, um de laranja e o meu de sempre?

–Claro. –O moreno de óculos respondeu se retirando.

–Então, o que você s estão fazendo aqui? –Perguntei para os gêmeos.

–Plantando batata. –Disse Rin sorrindo sarcasticamente. –O que você acha que nós estaríamos fazendo em uma sorveteria?

–Kaito-kun, essa pergunta foi realmente sem noção. –Len ria de minha cara que estava vermelha.

–Só estava tentando puxar conversa com vocês. Seus chatos. –Mostrei a língua para os dois que gargalharam logo em seguida.

–Kaito, você parece uma criança. –Senti uma voz grava atrás de mim. Gakupo estava rindo de minha ação. –Então, vocês vieram tomar sorvete e não me chamaram? Isso me magoa.

–Claro que não! Encontramos-nos aqui por coincidência. –Disse Ri revirando os olhos.

Kiyoteru voltou com uma bandeja cheia de sorvetes.

–Aqui esta. –Disso sorrindo para nós. –O de banana para o Len, o de laranja para a Rin e o super sorvete de chocolate com baunilha com chantili, raspas de chocolate e cereja para o Kaito. E Imagino que vai querer o seu peculiar sorvete de berinjela, não é Gakupo-kun?

–Claro que sim-Disse Gakupo. –Mas, por favor, não chame meu sorvete de peculiar.

–É que mais ninguém toma esse sorvete ale de você.

–Não se pode ter gosto bom para sorvetes nesse lugar. –Gakupo bufou contrariado. Todos nós rimos. Logo Kiyoteru voltou com o sorvete de Gakupo e ficamos jogando conversa fora.

–Então, vocês estão preparados para o que vai acontecer? –Perguntou Gakupo tamborilando o dedo na mesa. Todos ficamos quietos e um clima tenso predominou o lugar.

–Eu não sei se vou conseguir lutar contra ela. –Rin olhou para baixo e seu irmão a abraçou.

–Eu não vou conseguir, tenho certeza. –Pronunciei cabisbaixo.

–Bem, temos que ver com quem vamos lutar. –Disse Gakupo. –Pelo visto vão ser duas lutas normais e uma tripla.

–Sim, aquele garoto novo. –Disse. -96neko, ele esta morando no nosso prédio, chegou hoje.

–Será que ele é forte? –Perguntou Len, pensativo.

–Não sei.

Todos ficamos quietos novamente.

–Gakupo, como a Luka-chan esta? –Perguntou Rin. –Ela lutou ontem contra a IA não foi?

–Lutou, ela está bem. –Disse sorrindo ao pensar na rosada. –Feliz por ter ganhado.

–Quando você vai se declarar. –Perguntei sorrindo debochado

–D-Declarar?Mas eu... –Foi interrompido pela Rin.

–Não adianta mentir. –Disse. –Nós já percebemos que você gosta dela.

Todos rimos e Gakupo suspirou.

–Vocês não tem jeito mesmo.

–Eu já vou indo. –Disse me levantando da mesa. –Estou cansado e quero dormir.

–Depois de um sorvete desse tamanha, eu também me sentiria cansado. –Gakupo riu.

–Kaito-kun, como você consegue ser magro desse jeito tomando tanto sorvete? –Pergunto Rin

–Não sei. –Sorri desconfortável- Tchau.

–Tchau. –Todos responderam

Andei um pouco por um parque que ficava perto do meu prédio. E me sentei em um banco sentindo as primeiras gotas da chuva. Ao abrir meus olhos, eu a vi em minha frente e me encarando.

–Eu serei a pessoa que acabará com sua vida. –Miku apontou para mim. Ela estava ficando ensopada por causa da chuva.

–Miku, eu... –Tentei falar.

–Não tente me convencer de nada. –Seus olhos já estavam com um brilho dourado. –Guarde bem essas palavras, você irá morrer pelas minha mãos.

Após dizer isso se virou e foi para o prédio. Eu fiquei sentado no banco ainda espantado. Sentindo minhas lágrimas se misturarem com as gotas de chuva que me molhavam. Apenas um de nós poderá sobreviver e não será eu.