Pov Autora On

Todos os sete vocaloids foram levados a quartos especiais, nos quais passariam a morar a espera da morte ou de sua liberdade. O local era composto por uma enorme sala em que se ligavam sete corredores que davam para os quartos. A Sala era mobiliada por um grande sofá, geladeira e uma enorme televisão de quarenta polegadas presa á parede. Os quartos eram simples, compostos apenas por uma cama de solteiro e um baú, cada quarto estava ligado á um banheiro particular. As portas de cada quarto possuíam o nome de um dos vocaloids.

Pov Autora Off

Pov Rin On

Acordei em um quarto estranho. Tentei me sentar, mas estava com uma forte dor de cabeça. Tentei abrir os olhos novamente, mas uma forte luz me cegou novamente. Esperei uns breves minutos até a forte dor abrandar. De olhos fechados, fui tateando a parede procurando um interruptor para apagar a luz que tanto irritava meus olhos. Após encontrar o interruptor, abri novamente e observei o quarto, era completamente branco e com uns poucos móveis e duas portas.Abri uma das portas e descobri que era um banheiro, a outra porta dava para um corredor. Com um grande esforço, consegui encarar a luz que vinha do corredor, andando ao longo do corredor, cheguei a uma grande sala. Ela era composta por um sofá, uma televisão e uma geladeira. Andando até o sofá, foi que percebi um garoto deitado no sofá, parecia estar dormindo.

Aproximei-me para analisá-lo melhor. Era loiro com os cabelos chegando aos ombros, magro, alto e um corrente que ia desde sua boca até sua orelha esquerda, mas possuía duas características no mínimo estranhas: um par de orelhas e uma calda, ambas negras. Aproximei-me para tentar acorda-lo, quando tentei toca-lo ele acordou, assustando-me. Dei um pulo e gritei. Ele se sentou no sofá se espreguiçando e coçando o olho com a mão, em um gesto infantil, o que era estranho pois ele aparentava ser mais velho que eu.

–Quem... –Comecei a falar, mas fui interrompida por um grito vindo de um corredor próximo.

–RIIIIIIIN! –Meu irmão adentrou a sala por um corredor ao lado do que eu tinha saído. –O que aconteceu? Por que gritou?

Len me agarrou pelos ombros e me abraçou.

–Onde nós estamos? –Perguntou olhando ao redor.

–Pare de gritar, inferno! –Nos viramos na direção da voz grave. O garoto havia se deitado novamente no sofá e escondia a cabeça de baixo de um travesseiro. –Estou morrendo de dor de cabeça, então, por favor, fiquem quietos.

Len só pareceu notar o estranho garoto após isso, pois olhou para mim com confusão. Dei de ombros.

Levantei do chão e fui até o sofá, lentamente, me agachei para ficar na altura do estranho menino e o cutuquei de leve.

–Com licença, poderia me dizer quem é você? –O garoto virou o rosto para mim e me encarou com seus orbes vermelhos intensamente.

–96neko, prazer. –Sentou-se no sofá e estendeu a mão. Então esse era o outro participante –Agora, quem é você? E onde estamos?

–Meu nome é Kagamine Rin e ele é meu irmão Kagamine Len. –Apontei para meu irmão. –E a última pergunta nós ,infelizmente, não sabemos a resposta.

Ele se levantou e eu percebi que era realmente alto. Observou o lugar e andou até a geladeira, enquanto eu e Len o observávamos com curiosidade. Ele abriu a geladeira e de lá retirou um copo com um canudo.

–TAPIOKA!!! –Exclamou pulando de felicidade enquanto eu dei um pulo de susto pelo grito inesperado. –Seja lá onde nós estamos, deve ser o céu! Tem muita tapioka.

Ele colocou o canudinho na boa, alegre. Encarei Len que estava tão confuso quanto eu. Fomos até a geladeira e nos deparamos com dezenas de bananas,laranjas, sorvetes, alhos poros (#NA: acho que é assim que se escreve :p) , berinjelas e tapioka preparados de várias maneiras diferentes. Peguei um sorvete de laranja e Len pegou uma banana e fechamos a geladeira. Todos nós nos sentamos no sofá sem falar nada. Após comermos tudo decidimos ir até os outros corredores para ver onde dariam.

Eu entrei no outro corredor que ficava ao lado do meu. Andei pelo extenso corredor até chegar em uma porta na qual estava escrito em letras grandes e roxas KAMUI GAKUPO. Abri a por ta e entrei no quarto que era idêntico ao que eu tinha acordado, com a diferença de que na cama, estava o Gakupo que dormia babando e abraçando o travesseiro. Aproximei-me dele e o balancei.

–Gakupo acorde. –Disse enquanto o sacudia com mais força.

–Mais cinco minutos, Luka-chan! –O arroxeado virou-se para o outro lado da cama.

–Gakupo! Levanta dessa cama. –Sacudi com mais força ainda, mas ele nem se mexeu. –Não vai levantar? É o que vamos ver.

Peguei o lençol da cama e o puxei com força, fazendo Gakupo voar longe e atingir o chão com um grande barulho.

–Oque?Quando?Onde?- Sentou o chão confuso e olhou para mim. –Rin-chan! Por que fez isso?

–Você não queria levantar, então tive que fazer isso. –Cruzei os braços e bufei. Ele se levantou e olhou ao redor.

–Onde estamos?

–É o que todos querem saber. –Suspirei. –Vamos

Seguimos para a sala e lá já estavam o Len junto com um Kaito bem confuso. Nada do 96neko, que estranho. Ouvimos um grito estridente vindo do corredor no qual 96neko havia entrado.

–Luka? –Gakupo perguntou e correu até o corredor. Fomos atrás do Gakupo e entramos no quarto. Deparamos-nos com a seguinte cena: Luka deitada na cama encolhida e assustada, Gakupo segurando 96neko pela gola da camisa ameaçando-o de morte por todos os modos existentes.

Fui até Luka para acalma-la, Kaito segurou a mão de Gakupo para que ele não acabasse com a existência no loirinho a sua frente, enquanto Len soltava 96neko de Gakupo e o perguntava o que aconteceu.

–Ela simplesmente surtou quando eu tentei acorda-la. –Disse apontando para Luka. –Me chamou de pervertido e começou a gritar e de repente esse louco surgiu do nada, me agarrou e me ameaçou de coisas que eu acho melhor nem falar.

–Ele surgiu no meu apartamento do nada e... –Luka olhou ao seu redor e franziu a testa. –Esse não é meu apartamento! Onde estou?

Todos suspiraram, entendendo o que havia acontecido. 96neko, ao tentar acordar Luka, a assustou, pois ela nunca o tinha vis to e estava pensando que estava em seu apartamento. Expliquei para Luka que nenhum de nós sabia onde estávamos e que 96neko apenas queria acorda-la. Após desculpas e entendimentos, fomos todos para sala.

–Esperem! –Kaito exclamou. –Se cada corredor dá em um quarto e todos aqui são da Batalha, então o sétimo corredor dá no quarto da...

Todos pararam e arregalaram os olhos, menos 96neko, pois ele não conhecia Miku.

–No quarto de quem? –Perguntou levantando as orelhas com curiosidade, o que me deu vontade de fazer carinho em sua cabeça.

–No quarto da Hatsune Miku. –Luka disse cuspindo o nome. –A Vocaloid mais forte de todos nós.

–Se ela é uma Vocaloid, então eu sou mais forte que ela. -96neko disse enquanto ia até a geladeira e voltava com outro copo com Tapioka. Todos o encaravam com espanto pela sua ousadia ao dizer aquilo. –O que foi?

–Mas você nunca a viu lutando. –Gakupo disse confuso. –Como sabe que é mais forte que ela.

–Isso é porque eu sou um Utaite. Utaites são mais fortes que Vocaloids. –Nos entreolhamos confusos. –Pela cara de vocês não devem saber o que é um Utaite. Os Utaites são como uma segunda geração após os Vocaloids. Quase a mesma coisa, só que com umas mudanças.

–Tudo bem. Vamos falar disso depois. Primeiro vamos discutir sobre quem vai chamar a Miku. –Disse e todos olharam para mim. –O que foi?

–Rin, você tem que ir. –Len disse me olhando nos olhos. –Você é a pessoa que ela provavelmente não mataria.

–Tudo bem, eu vou.

–Boa sorte. –Disseram todos em quanto eu estava andando pelo corredor. Cheguei até a porta do quarto e lentamente girei a maçaneta e a abri.

Miku-chan?