Após acordar,olhei no relógio. Quatro horas ainda era muito cedo para começar a me arrumar. De repente me lembrei que não tinha nenhuma roupar para usar. Sai de meu apartamento e me dirigi ao elevador, subi para o quarto andar e toquei a campainha de um dos apartamentos, torcendo para que fosse o apartamento de Rin. Depois de uns sete minutos, Rin abriu a porta.

–Miku-chan? –Perguntou. –Aconteceu alguma coisa.

–Rin-chan, podemos entrar?É que eu gostaria de te pedir uma coisa.

–Claro. –Adentramos seu apartamento ,que era idêntico ao meu.Sentamos no sofá e ela me encarou. –Então, o que queria me pedir?

–É que...b-bem.... –Gaguejei, nervosa.

–Fale Miku-chan. –Insistiu, curiosa.

–O Kaito-kun me chamou pra sair com ele hoje à noite. –Disse, corando. Rin me olhou sorrindo.

–E você quer que eu te ajude com oque? –Perguntou

–Eu queria que você me ajudasse a comprar uma roupa. –Disse desviando olhar.

–Claro,Miku-chan. –Respondeu sorrindo abertamente. –Vamos logo. Que horas vocês vão sair?

–Às 20:00.

–Meu kami-sama! –Exclamou olhando o relógio. –Já são quase 17:00. Temos que nos apressar. –Ela me arrastou para o elevador e fomos para o saguão. –Meiko-san, você sabe-me dizer onde tem uma loja de roupas?

–Claro, meninas. Mas antes me estendam seus braços por favor,só seguindo o procedimento padrão. –Depois de ligar nossos rastreadores ela nos entregou um mapa da “cidade”, que após analisar bem percebi que realmente era razoavelmente grande.

–Obrigada Meiko-san. –Agradeci e fomos em direção à saída do prédio. Após a longa caminhada, chegamos à loja. Adentramos o local, que tinha três andares. No primeiro andar ficavam os caixas, no segundo a seção masculina e no terceiro a feminina. Subimos até a seção feminina e fomos procurar por uma roupa para eu usar a noite. Procuramos por um longo tempo até que eu avistei um vestido. Ele era tomara que caia, verde água com uns babadinhos que desciam desde a cintura até a altura do joelho. Fui até ele e o peguei.

–Rin-chan. –Chamei.

–O que foi, Miku-chan? Achou alguma roupa que te agrade? –Perguntou cansada.

–Sim, olhe este vestido. –Mostrei o vestido.

–É lindo Miku-chan. –Disse admirando o vestido.

–Agora só falta algum sapato.

–Ah, isso eu já peguei. –Ela foi para a parte de sapatos e voltou com um par de sapatilhas brancas com um lacinho verde na ponta. -Gostou?

–Sim, é perfeito.

–Então vamos logo, você tem que se arrumar ainda. –Se dirigiu as escadas.

–Vai na frente, que eu tenho que fazer uma coisa ainda. –Disse para ela.

–Tudo bem, te espero lá fora.

Após uns sete minutos, sai da loja com duas sacolas em mãos.

–Vamos Miku-chan. –Rin já tinha começado a andar pela rua.

–Espere Rin-chan. –Disse segurando seu braço. –Tenho uma coisa para você.

–Para mim? –Perguntou confusa.

–Sim. –Dei-lhe uma sacola. –Pela ajuda que me deu hoje.Espero que goste

Ela abriu a sacola e pegou o vestido amarelo de alcinhas.

–Obrigada,Miku-chan. –Disse enquanto me abraçava. –Agora vamos, antes que você se atrase.

Seguimos para o nosso prédio e nos despedimos no elevador. Fui para me apartamento e olhei o relógio. “19:00, tenho que me apressar”, pensei. Tomei um banho rápido, vesti o vestido e coloquei as sapatilhas. Deixei meu cabelo solto, escorrendo até a altura da cintura. Eram exatamente 20:00 quando ouvi a campainha. Respirei fundo, tentando controlar a ansiedade e me dirigi à porta.

–Nossa, você esta linda. –Kaito disse

–V-Você também está bonito. –Disse saindo e fechando a porta atrás de mim. Kaito usava uma calça jeans escura, uma camisa social azul escuro e seu cachecol azul. Seus cabelos estavam penteados para trás.

–Então, vamos.

–Onde nós vamos? –Perguntei curiosa.Ele se virou para mim e sorriu calorosamente.

–Sur-pre-sa. –Disse separando as silabas. Inflei as bochechas, contrariada, fazendo ele rir.

Descemos de elevador até o saguão e ao invés de irmos para fora, ele me levou até umas escadas. Após descermos as escadas, me deparei com um estacionamento.Fomos até um carro preto e entramos.

–Não sabia que vendiam carros aqui. –Disse meio confusa.

–Aqui eles vendem todo tipo de coisa. Querem que esse lugar se pareça com uma cidade de verdade.

–Ah, entendi.

Ele deu partida no carro e dirigiu até a saída. Abriu os dois vidros do carro e colocamos nossos pulsos para ligar os rastreadores. Dirigiu até uma construção grande.Estacionou o carro e descemos.

–Onde estamos. –Perguntei.

–Você, vai ver. –Sorriu.Adentramos a construção, e nesse momento eu entendi do que se tratava.

–Estamos em um shopping! –Conclui, pasma.

–Isso mesmo. –Riu, se divertindo com minha confusão.

–Eles tem um shopping aqui! –Ainda estava chocada.

–Sim, vamos logo senão vamos perder a sessão.

–Sessão? –Perguntei.

–Sim

–Cinema? –Perguntei, a ficha ainda não tinha caído.

–Sim, capitã óbvio. –Ele segurou minha mão, me levando para a escada rolante. –Agora, vamos logo. –Fomos até a bilheteria e compramos dois ingressos para um filme de terror.

–Temos um tempo ainda até o filme começar. –Disse consultando o relógio. –Oque quer fazer?

–Hum, não sei. Oque você quer fazer?

–Também não sei. –Disse.

–Que tal... SORVETE? –Dissemos em uníssono. Nos encaramos por um instante, e começamos a rir.

– Sorvete esta bom pra mim. –Disse ainda rindo.

–Para mim também. –Sorriu. Compramos os sorvetes o meu com uma bola de chocolate e outra de morango, o de Kaito com duas de chocolate, uma de morango e uma de creme. Conversamos por um tempo até dar a hora do filme. Compramos um balde pipoca e dois refrigerantes. Fomos para a sala e nos sentamos esperando o filme começar. Já no meio do filme estava tremendo de medo, até que Kaito segurou minha mão. Eu corei automaticamente, agradecendo em pensamento por esta escuro. Já mais calma, fui pegar um pouco de pipoca com a mão livre e sem querer peguei na mão de Kaito dentro balde de pipoca. Nos encaramos um pouco corados, até que ele aproximou seu rosto lentamente. Com sua mão livre me trouxe mais para perto, que ainda estava estática.Acabando com o espaço que havia entre nós, ele selou nossos lábios. Aos poucos fui fechando meus olhos aproveitando a boa sensação que me invadia. Passei minha mão envolta de sua cabeça, acariciando seus cabelos com meus dedos. Nos movíamos lentamente até que ficamos sem fôlego e nos separamos, ficamos de mão dadas até o fim do filme. Quando o filme acabou, nós saímos do shopping e fomos para o carro.

–Foi bom não é? –Perguntou

–O filme? –Respondi sua pergunta com outra pergunta.

–Não. –Olhou para mim sério. –O beijo.

Eu corei furiosamente, até perceber que ele estava rindo.

–Você fica uma gracinha corada, sabia? –Disse apertando minha bochecha. Desviei o olhar e corei mais ainda e entrei no carro brava. Ele dirigiu para o nosso prédio sem dizer nada. Subimos até o nosso andar.

–Tchau, Kaito-kun. –Me despedi –Obrigada por hoje.

–Tchau Miku-chan, e eu que agradeço. –Antes de entrar em meu apartamento, Kaito me deu um rápido selinho e sussurrou um “Boa noite” e foi para seu apartamento. Entrei rapidamente no meu apartamento e me joguei sobre a cama, exausta.

–Porque tudo isso esta acontecendo comigo? –Perguntei para eu mesma.