Vingadores Mercenários - Os Bacanas escrita por BaixinhaRavenclaw


Capítulo 3
Dylan expõe sua ideia maluca...


Notas iniciais do capítulo

POV Narradora Principal.



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[...] Dois dias depois do incidente com a detenção finalmente é sexta-feira, e faltam exatamente 0 dias, 1 hora e 20 minutos para eu finalmente entrar para o "grupo dos bacanas" como disse o Carter...É uma pena que ele também não vá, mas sinceramente não sei se quero ser amiga dele, parece uma grande responsabilidade já que ele não tem ninguém. Esses últimos dias foram bem legais, apesar de só o Dylan falar comigo, mas acho que não me sinto mais invisível, todos me tratam como se eu fosse, exceto esse loirinho bagunceiro, pra dizer a verdade ninguém no orfanato notaria se eu sumisse, acho que até ficariam gratos, afinal ninguém adota adolescentes, e eu nem de longe quero ser adotada.

Dylan e eu saímos da escola apressados, olhei para ele e notei que as mangas de sua camisa estavam dobradas até os cotovelos, a gravata folgada e o jeans amarrotado, incrível como ele ficava bonito dessa maneira descuidada. Olhei para mim, a saia azul marinho do uniforme impecável, a gravata bem colocada, as mangas dobradas cuidadosamente, sempre seguindo as regras, nunca expondo opiniões... naquele momento entendi o porque minha vida não era interessante, eu nunca me arriscava. Chegamos a lanchonete, Dylan me guiou até uma mesa que tinham apenas duas garotas: Alexya ( A garota pálida de cabelos castanhos escuros e olhos verdes) e uma outra garota baixinha, não era da nossa turma, mais nova talvez.

– Meninas está é a garota que comentei com vocês, Julietta! Julie, estas são Zoe e Alexya - Dylan as apresentou com um sorriso, se sentando no banco em frente a elas, e eu me sentei ao lado dele, encarando a menor com nome de Zoe, ela tinha cabelos loiro escuro não muito longos e olhos castanhos, suas bochechas rosadas.

– Oi, é um prazer! - Disse Alexya, ela e Zoe usavam o uniforme assim como o meu, mas Lexy tinha enormes fones tampando-lhe os ouvidos, e sorria de modo confiante.

– Ei, como vai? Ahh pedimos batatas fritas, se não for incomodo... não sabíamos o que iriam querer - Zoe disse dando de ombros.

– Estou legal, e... Eu amo batata frita!- Disse a ela, com um largo sorriso. Zoe se animou, e estava prestes a falar algo quando o Loiro se adiantou.

– Ótimo que estão se dando bem e eu odeio atrapalhar, mas queria comentar uma coisa com vocês... - Dylan disse mais baixo, seu sorriso era travesso.

– Lá vem... Diga seu plano genial Sr. Westfield - Zombou Lexy, rindo, tirou os fones e se inclinou sobre a mesa apoiando os cotovelos.

– Engraçadinha... Mas sim, sou genial! Como as senhoritas sabem, as férias logo vão chegar, e queria fazer uma viagem, sumir por um tempo, viver algo diferente, ir atras de aventura! Compreendem? - Ele ergueu os braços, sem conter sua animação-

– Claro, e onde quer chegar com isso? - Zoe questionou erguendo uma sobrancelha, desconfiada. Se um garoto chega propondo a um grupo de amigas uma viagem para ir em busca de aventura é claro que você tem que ficar com um pé atras.

– Não é óbvio? Quero que vocês venham comigo! - Ele disse arqueando as sobrancelhas, sua expressão era séria, hesitei um pouco, ele era legal mas eu mal o conhecia.

– Isso não é... Precipitado? - Perguntei me encolhendo um pouco, minhas bochechas esquentaram novamente, suspirei.

– Julie tem razão, meus pais nunca deixariam! - Concordou Lexy, até onde eu sabia ela era uma menina de boa criação, seus pais eram ricos, porém preocupados com o comportamento da garota.

– Eu já conversei com eles, moça. Me acham um cara responsável e gente boa, ta tudo certo. - Ele riu, um sorriso convencido se formou em seus lábios, revirei os olhos.

– Dy, isso é loucura... - Zoe começou dizendo, seu rosto tinha traços de elfo, porém o modo como ela sorriu me assustou- MAS EU TOPO! E COMO EU TOPO!

– Sendo assim, to dentro - Concluiu Alexya, esfregando as mãos diabolicamente- Mas com uma condição!

– Qual? - Perguntou Dy E Zoe ao mesmo tempo, eu apenas observava, estava completamente apavorada, mas a ideia não era tão ruim.

– Só vou se a Julie for! - Ela ponderou, todos olharam pra mim, eu arregalei os olhos, negando com a cabeça.

A discussão que se seguiu pode ser resumida em: Carinhas de choro, olhares de pidão, prós sobre a viagem e promessas vagas. Eu continuava a negar, e eles continuavam a me persuadir para mudar de ideia, até que lembrei da minha tese sobre o porque nada de interessante acontecia comigo... lá estava eu, com uma oportunidade de ouro de fazer amigos, me livrar do orfanato e ter 3 meses em uma viagem incrível, e estava com medo de me arriscar. Droga. Merda.

– CHEGA! EU VOU A ESSA VIAGEM! - disse eu me levantando, praticamente gritando, os três olharam pra mim com os olhos arregalados, eu cai na gargalhada.

– Isso... UAU... Essa viagem vai ser fantástica! - Disse Dylan, rindo.

– Mal posso esperar! - Disse Lexy batendo palminhas de alegria e Zoe assentia, sorrindo.

Depois de comer muita batata frita, tomar refrigerante e conversar, acabamos indo para o estacionamento, onde Dylan sempre deixava seu carro: uma BMW preta. Ao chegar lá ele disse que queria nos mostrar algo, mas era segredo e não podíamos contar para ninguém, o garoto desligou o alarme e se aproximou do porta-malas, ao abrir tinha uma caixa preta enorme, parecia pesada.

– Esses são os meus bebês, e esse é meu fetiche... Armas. - Disse Dylan ao abrir a caixa, e eu quase não acreditei... Realmente havia Armas lá, de todo tipo, desde Rifles a revolveres, e eram bonitas, algumas tinham detalhes em ouro, outras pareciam ter pertencido a policiais pois deviam ser difíceis de conseguir.

– Como... onde... mas...- Balbuciou Zoe, ela não parecia assustada, parecia maravilhada com os "bebês" do garoto.

– Isso. É. Assustador. - Disse Lexy, pausadamente.

– Você tem permissão pra portar tantas armas? -Consegui perguntar, mas ele apenas negou.

– Não, mas algumas eram do meu... Pai, e simplesmente não consegui me desfazer, então com o tempo comecei a colecionar e aprendi a atirar com elas, em um local seguro, claro.- Ele se explicou, parecia triste mas ao mesmo tempo aliviado.

Ele explicou um pouco mais sobre as armas, a maioria não funcionava ou não tinha a munição adequada, e ele só guardava aquilo pois era uma lembrança do pai ( Ele não aprofundou o assunto, talvez seja doloroso, não sei ). Dylan fechou a caixa com as armas, nos despedimos e cada um tomou seu rumo. O final de semana foi interessante, Lexy me ligou , foi super simpática comigo e trocamos fatos bobos como banda favorita, cor preferida, garotos bonitos da escola... Coisa boba de garota, mas eu me senti muito feliz por ter finalmente uma amiga próxima. [...]


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