Tales of the Guardians escrita por Sykes Potter


Capítulo 4
28


Notas iniciais do capítulo

Oiiiii meu povo! São exatamente 1:20 da manhã de domingo, então me perdoem por erros de português, a dona inspiração bate nas piores horas kkk
Maior capítulo que eu escrevi até agora u.u, então espero que gostem!
E pras leitoras fantasmas: Venham me dar um Oi pela caixinha de comentários, juro que não mordo :)
Capítulo dedicado a annabeth :)



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Mystic Falls, 2009

Lizzy levantou com mais calma dessa vez, e já estava em outro ambiente: um quarto, claramente feminino e cheio de fotos. Estava deitada na cama do centro do quarto, e levantou devagar, já esperando um enjoo, que não veio. Lembrava-se de onde estava, nunca havia esquecido o semblante de Katherina Petrova.

Começou a procurar por qualquer coisa que pudesse lhe dar informações de que ano estava, e em que cidade estava, sabia que Katherine era uma vampira, então a modernidade da situação não assustou, mas as fotos... Não parecia a Katherine que ela conhecia: amarga, e dura, estava... Feliz demais, rodeada de gente demais, não, aquela menina parecia Katherine, mas não era Katherine.

– Você acordou – Elena apareceu na soleira da porta, Lizzy apenas se virou de supetão e respondeu incisivamente:

– Você não é Katherine Pierce – Ela se aproximou, calma como um felino, antes de completar – Então quem é você?

– Poderia devolver a pergunta, Stefan parecia aturdido quando te viu na floresta – Ela respondeu entregando a ela uma muda de roupas: uma calça de lavagem clara e uma blusa amarela, que certamente cairia em um de seus ombros – Meu nome é Elena falando nisso, me desculpe se não forem do seu tamanho, foram as que eu consegui encontrar que caberiam em você.

– Obrigada Elena, meu nome é Lizzy – Elizabeth aceitou a muda de roupas e deu um sorriso relaxando a postura – Me desculpe a confusão mas... Em que ano estamos?

–2009 – Elena respondeu, mesmo estranhando a pergunta, se retirando para que a mulher pudesse tomar banho.

***

Lizzy saiu do banheiro secando os cabelos com a toalha, e andou até a janela dos Gilbert. Observava calmamente o lugar onde havia morado décadas atrás. Ela estava acostumada a mudanças de cenário, mas nunca deixava de se surpreender com elas: as pessoas eram outras, os prédios eram outros, a atmosfera era outra... E, no entanto era o mesmo local.

A Herondale suspirou e se afastou da janela, se dirigindo para a escada e descendo vagarosamente. Não estava ali por prazer, aliás, havia evitado Mystic Falls por muito tempo, mas havia algo errado com aquela dimensão, e era dever dela descobrir o que era.

***

Encontrou Elena e seu irmão na cozinha fazendo o que parecia um café da manhã delicioso e Elena sorriu ao vê-la, chamando-a para comer com eles, já o garoto, não levantou o olhar, ele simplesmente levantou e se retirou dando uma desculpa qualquer para sair de casa, deixando uma Elena conturbada e uma Elizabeth curiosa para trás.

Elas comeram em silêncio até que Lizzy finalmente falou, limpando a boca com o guardanapo:

– Elena, tem muito tempo que morei em Mystic Falls, você se importaria de me mostrar os arredores? Preciso saber como está à cidade se quiser ficar por aqui.

Elizabeth concluiu que se tinha que começar a procurar a anormalidade logo, antes das coisas ficarem feias, que modo melhor do que um tour pela cidade?

– Então você é de fato a mesma Elizabeth que Stefan conheceu... – Elena sabia que deveria demonstrar surpresa ao descobrir que alguém viveu mais de 120 anos, mas com tudo que já aconteceu , era difícil algo realmente surpreendê-la, então somente murmurou entre um dos goles de café como se fosse algo completamente normal de se falar no café da manhã – Como você sobreviveu? Digo, sabemos que não é vampira e...

– Esta é uma historia longa... Longa demais para ser explicada mais de uma vez – Lizzy respondeu de repente séria e automaticamente tocando sua mão esquerda, onde seu anel, que a identificava como Guardiã, repousava – Mas o que você precisa saber, por hora, é que eu sou uma espécie de polícia entre os universos conhecidos – ela completou rapidamente se recompondo e sorrindo com sua piada.

–Então vamos logo, quer ser reapresentada a cidade ou não? – Elena disse mudando de assunto e se levantando sorrindo.

***

Não demorou muito para que as mulheres saíssem com o carro, Elena estava dirigindo quando perguntou para a sua passageira que olhava atentamente pela janela examinando tudo ao redor:

– Então... De onde conhece os Salvatore? – Lizzy tencionou imediatamente, mas a tensão se foi tão rápida quando chegou e ela sorriu a se virar e responder a pergunta:

– Eu era uma grande amiga de Damon Salvatore naquela época... Stefan meio que veio junto com o pacote, nos conhecemos quando eu era recém-chegada por aqui.

– Estava trabalhando policial de todo o universo conhecido? – Elena disse rindo e Lizzy riu também respondendo prontamente:

– Não tem sempre algo para resolver, as dimensões vêm enfrentando um longo período de paz, e eu um longo período de tédio, de vez em quando eu vou pros lugares somente para me divertir. – Elena parecia estranhamente confortável com a ideia de que existiam outras dimensões como a dela, mas para alguém que namorava um vampiro uma Guardiã dos dimensões não poderia ser uma ideia tão inaceitável, e ela entendeu que Elizabeth explicaria sua história quando pudesse.

– Por que foi embora então? Pelo modo como o Stefan falou parece que você e Damon tiveram algum... Desentendimento –falou, e Lizzy se tencionou levemente, não sabia explicar exatamente o que aconteceu com ela e Damon a tantos anos atrás antes da chegada de Katherine, somente sabia que foi forte.

– Nos entendíamos bem demais... E esse foi o problema – a Herondale mais uma vez alcançou o anel em sua mão esquerda - sua ligação física com a sua biblioteca- e se lembrou do dia em que ele se tornou um dos bens mais importantes que tinha:

“Elizabeth estava em um vestido branco de verão que contrastava com sua pele cor de chocolate, ela e Damon Salvatore estavam sentados escondidos num dos espaços afastados do jardim da mansão, seu cantinho do mundo, onde sempre se encontravam. A verdade é que eles eram mais próximos do que o pai de Damon jamais desejou, para ele não fazia sentido seu filho ter qualquer relacionamento com uma forasteira, ainda mais um como o que eles possuíam, os dois se amavam, e isso era óbvio a qualquer um - principalmente aqueles que vissem Elizabeth aninhada nos braços do cavalheiro num piquenique, como agora - menos para eles.

– Tenho um presente para a Senhorita – Damon disse sorrindo travesso, sabia do aniversário da menina, e mesmo que esta tivesse insistido para que ele não lhe comprasse um presente ele o fez, não era o tipo de coisa que ele faria, já que claramente o romântico da família era Stefan - não que Stefan não o tenha ajudado – mas, para ela, ele procurou o presente perfeito.

Damon tirou um anel dourado de seu colete. Um simples círculo dourado, com uma linha se intercalando com um conjunto de folhas alinhadas de ouro branco, formando um discreto símbolo do infinito, não era extravagante, era na realidade algo que passaria em branco para qualquer um que não estivesse procurando.

Ela não poderia ter recebido presente melhor.

E num momento de descuido, em meio a felicidade e com um sorriso no rosto, enquanto Damon deslizava o anel por um de seus dedos da mão esquerda olhando-a com carinho, Lizzy aproximou seus rostos colando seus lábios em um beijo inocente - que fez ambos explodirem por dentro.

Mas Elizabeth se retraiu rapidamente arregalando os olhos e cobrindo sua boca, não acreditava na ousadia que tinha cometido. E antes que Damon pudesse fazer alguma coisa, ela correu Jardim a fora.”

Lizzy sorriu com a lembrança e ambas seguiram com o tour.

***

Elena e Lizzy já tinham passeado pela cidade inteira e resolveram comer no Grill antes de retornar para a casa de Elena. Tinha sido um dia cansativo, e apesar da Gilbert sempre ficar com um pé atrás em qualquer ser sobrenatural que aparecesse, sentia que podia confiar em Elizabeth. Para Elizabeth o dia havia sido ótimo, se havia uma coisa que adorava fazer em seu trabalho era conhecer e reconhecer lugares.

Ambas estavam rindo e comendo quando outra menina loira apareceu falando com Elena, não parecendo notar a presença de Elizabeth:

– Elena! Precisamos conversar sério. Damon está impossível hoje, não sabemos o que está acontecendo e Stefan está sumido e... – Elena tentava calar Caroline, que continuava falando, até que esta percebeu os risos da Herondale e se calou rapidamente.

–Então Damon está descontrolado? – Lizzy disse levantando uma sobrancelha – Ele não é normalmente assim? – Caroline entendeu a tentativa de descontração de Elizabeth, mas ainda pareia insegura de continuar a falar. Elena, porém fez sinal para que ela prosseguisse, havia chegado à conclusão que poderiam confiar em Elizabeth, pelo menos com alguns problemas.

– Parece que tem algo a ver com o dia de hoje, Stefan falou algo sobre ele ficar meio instável essa semana antes de sair pela manhã. Tenho mantido-o ocupado em casa com as situações de Klaus, se ele saísse seria no mínimo um desastre. – Não era novidade para Elena que Caroline não gostava de Damon, mas se Stefan a pediu para vigia-lo ela também sabia que a loira o faria.

– Klaus... Conheço esse vampiro – Elizabeth disse suspirando – Vocês têm problemas, se ele quer algo fará de tudo para conseguir, o que houve?

Caroline se sentou olhando para Elena esperando ela se decidir se contaria algo a mais para a estranha, mas ela já havia decidido que Elizabeth poderia saber pelo menos o básico de sua história, sentia que talvez tivessem mais uma aliada.

***

Elizabeth concordou em se hospedar na casa de Elena por um tempo até que ela achasse um lugar apara ficar, e a anfitriã se recusou a deixar que Elizabeth dormisse no sofá, levando a Guardiã a ficar no quarto. Antes de dormir, no entanto Elizabeth cometeu o erro de perguntar que dia era hoje, Elena apenas respondeu:

– 28 de Janeiro – antes de desligar a luz e se retirar.

Elizabeth agora sabia por que Damon estava inconstante: Hoje ela completava 121 anos.

***

Horas depois, a casa estava silenciosa, e Damon Salvatore entrou pela janela do quarto de Elena discretamente, não podia mais ficar trancado em casa, ou enlouqueceria. Esperava encontrar a dona da casa adormecida em sua cama, mas qual não foi sua surpresa ao ver em sua frente um rosto que há muito tentava esquecer.

Uma fúria sem limites o tomou enquanto ele pegava a menina, antes deitada, pelo pescoço, pressionado sua garganta na parede, numa tentativa de asfixia-la. Não admitiria nenhuma brincadeira sem graça com sua mente hoje, não hoje quando não poderia aguentar as lembranças dela. Com seus olhos negros parecendo carvões em brasa o homem apenas fez uma pergunta, falando baixo e apertando mais o pescoço de Elizabeth a cada palavra:

– Quem. É. Você?


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Notas finais do capítulo

Comentem e me deixem feliz!



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