Sólo Una De Ellas escrita por Bia Rodrigues


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

He..Hey? Possivelmente vocês estão querendo me matar, mas não façam isso hehe Sério, me desculpem, to em época de provas e tá tudo muito puxado.

GENTE 3 RECOMENDAÇÕES eu pirei um pouquinho, mentira pirei bastante porque é maravilhoso receber recomendações, e eu criei muitas expectativas com essa fic e é ótimo saber que estão gostando. Vamos aos agradecimentos:

Vih Vegas: Quem "Razzô" foi você kk Bom primeiro a sua foi a primeira recomendação da fic e eu tenho que começar com um Obrigada, por foi muito linda e especial. Fico feliz que você tenha se emocionado, rido e pirado, porque é isso que eu quero, quero fazer com que vocês tenham sentimentos ao ler a fic. Eu fiquei muito contente com todos os elogios, e para mim, é muito importante que você goste desse jeito. Espero de verdade que continue acompanhando e pode deixar que eu vou continuar. Um grande abraço e muito obrigada.

Gente, ao que parece não cabe os meus 3 agradecimentos aqui, então vou ter que deixar para agradecer as outras duas MARAVILHOSAS recomendações no próximo capítulo, tudo bem?

Gente to sem tempo até de responder os reviews, juro que respondo, e peço que continuem comentando, recebi muitos comentários e isso me deixou contente. Espero que gostem do capítulo :D



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Pov’s Violetta

Ninguém ousava fazer algo. Três soldados atentos e nervosos parados na porta. O rei Pablo sentado em uma poltrona lendo algo que tinha em mãos, ele parecia tranquilo, deveria estar acostumado com essas coisas.

A rainha Angie apesar de sua calma cotidiana, nesse momento estava preocupada, ela piscava cada vez que ouvíamos um barulho alto do lado de fora.

Leon por sua vez era o único que “ousava fazer algo”, em passos bem lentos e calmos ele ia de selecionada em selecionada ver se estávamos todas bem. Ele conversava, consolava e até abraçava.

Por falar em selecionadas, estavam praticamente todas em desesperos, algumas choravam baixinho, não podíamos fazer barulho. Outras faziam só drama mesmo, queria chamar a atenção.

–Está tudo bem? –Leon sussurrou quando finalmente chegou em mim. Ele se sentou entre mim e a parede, parecia cansado.

–Sim.

–Acho que são rebeldes nortistas. –Ele comentou ainda baixinho e deu um sorrisinho ao ver que Ludmila havia pegado no sono e dormia no meu ombro.

–Qual a diferença? –Perguntei, a realidade era que eu não entendia muito bem sobre esses assuntos.

–Existe dois tipos...digo grupos de rebeldes: Os nortistas e os sulistas. Os nortistas são menos violentos, porém atacam com frequência já que vivem perto daqui em um lugar em ruínas que ninguém quer viver, só que eles migram muito e é difícil de pega-los. Não sabemos o que eles querem, eles invadem o castelo e amarram e ferem os guardas, mas não os matam. Reviram todos os cômodos procurando algo que não sabemos o que é, e não costumam levar objetos de valor em grande quantidade.

–E os sulistas? –Perguntei afobada e ele riu com a minha impaciência.

–Bom, esses são os que mais me preocupam. Eles querem derrubar a monarquia, nós, o governo. Eu acredito que eles estão insatisfeitos, cansados de viver a margem da sociedade. Eles não aparecem muito, umas duas ou três vezes por ano, mas quando aparecem fazem estragos enormes, e matam qualquer um que eles veem pela frente.

–Que horror. E...E por quê vocês não contém esses caras? –Perguntei abismada.

–Tentamos, mas ás vezes é inevitável. –Leon lamentou. Reparamos que o barulho havia se cessado, mas ninguém se mexeu. Leon se levantou e foi para o centro do abrigo, meio nervoso com todos os olhares atentos para ele, inclusive o do rei.

–Precisamos esperar que os guardas façam uma revista em todo o castelo...-O rei o interrompeu.

–Precisamos esperar que os guardas façam uma revista em todo o castelo. Temos que ter certeza que não há ninguém infiltrado e nenhum rebelde perambulando pelos corredores. Por isso teremos que ficar aqui por mais um tempinho. –o rei disse, ele nem se dignou a levantar a cabeça para nos olhar.

Leon ficou quieto sob a interrupção grossa do pai, todos ali pareceram perceber o clima estranho que ficou, rei Pablo o tratou com tanto menosprezo, como era possível uma pessoa tratar o filho assim?

Me perguntava como era para o Leon, o pai o fazia de marionete, ou pelo menos tentava, Leon era esperto demais para ser manipulado.

Ouvimos um barulho vindo da porta, diferente para mim, parecia uma fechadura, mas não era comum. A porta se abriu, revelando dois guardas, um deles tinha um corte no rosto e na perna, o outro aparentemente estava intacto.

–Vossa Majestade. –Eles fizeram uma referência quando a rainha Angie se aproximava deles. –O castelo está limpo, conseguimos contê-los até um certo ponto, não entraram em nenhum cômodo!

–Você está bem? –Ela perguntou ao ferido, ignorando as evidências feitas, ele sorriu.

–Sim, senhora!

–Há outros feridos? –Perguntou ao outro.

–Não muitos, vossas majestade! –O guarda respondeu alto.

–Muito obrigada, já podem voltar aos seus postos. –Ela disse, os guardas assentiram e saíram. O rei até então de cara amarrada sorriu ao ver as atitudes da esposa, eu nem sabia que ele podia sorrir. Os dois foram os primeiros a sair, na companhia de um guarda inclusive.

–Me desculpem por isso, garotas. –Leon disse para nós. –É uma penas que vocês tenham que passar por tudo isso. Infelizmente é algo que nós não conseguimos resolver ainda.

Todos ficaram em silêncio, até os dois guardas que estavam ali conosco, eles pareciam olhar para o Leon com admiração, uma admiração que eles não tinha pelo rei Pablo.

Acho que não consegui disfarçar minha cara de indignação após ouvir as desculpas de Leon. Ele não tinha culpa! O rei que era idiot....que era um péssimo comandante se querem saber.

–Você não tem culpa, Vargas. –Olhei para trás para me certificar de quem era a voz. Gery. Vargas? Isso é o quê? Tá eu sei que é o sobrenome dele, mas é algum tipo de intimidade ou algo formal? Uma forma carinhosa? Pera aí, quando eles tinham se encontrado?

Ele sorriu verdadeiramente para Gery. Senti raiva de mim mesma por não ter falado antes que a culpa não era dele, afinal eu também havia pensando nisso. E o belo sorriso dele não foi para mim, e sim para ela.

–Obrigada, querida. –Ele disse com outro sorriso. Achei desnecessário dois sorrisos para ela. –Podem voltar aos seus quartos, vou pedir para que as criadas sirvam a refeição em seus dormitórios.

Criadas...Criadas! Eu havia me esquecido da Cami e da Naty, elas não foram para o abrigo com a gente, poderiam estar feridas nesse exato momento, ou pior...

–Leon, Espera! –Eu o chamei. Algumas garotas já estavam saindo, e outras apenas conversavam entre si. –As criadas, como sabe que elas estão bem?

–Existe um abrigo para elas, um abrigo para todos na verdade. Eu só espero que todos consigam se abrigar antes de encontrar um rebelde pelo caminho. –Leon afirmou e soltou um riso forçado.

Somente quando saímos daquele abrigo eu pude reparar em Leon, ele parecia bem mais cansado do que horas atrás, pude reparar que algumas olheiras começavam a dar sinal de vida em sua face, e ele acariciava a cabeça como se estivesse latejando, estava com dor.

–Você está be...

–Leon. –Gery se aproximou, interrompendo nosso diálogo. –Você está bem? –

Ela perguntou colocando a mão sobre o ombro dele. Essa garota por acaso lê meus pensamentos? Pensei, mas fiquei quieta, só observando a cena.

–Um pouco confuso. –Ele respondeu, mas tinha algo a mais, era visível. Vi

Gery se aproximar dele e depositar um rápido beijo em sua bochecha, ele novamente sorriu, agradecido.

–Porque não vamos andar por aí? –Ela sugeriu a ele. Uma parte de mim queria que ele aceitasse, a outra não queria os dois andando por aí sozinhos e livres.

Leon olhou para mim, mas não consegui decifrá-lo. Até achei que ele quisesse a minha opinião, porém antes que eu me manifestasse ele já estava aceitando o “pedido” de Gery.

–Tenha uma boa noite, Violetta. –Ele disse, sem sorrir. Eu apenas fiz um sinal com o cabeça e dei um risinho forçado. Não! Eu não estava gostando dele, tampouco estava apaixonada, mas eu não gostava da Gery e não gostava de vê-la tão perto dele.

Acho que éramos amigos, um pouco acima de colegas e um pouco abaixo de amigos. Conheci ele fazia pouco tempo, mas nossas poucas conversas foram tão esclarecedoras e amigáveis que eu não entendi muito bem como “nós” funcionávamos.

Os dois logo sumiram na penumbra do corredor, ela entrelaçada no braço dele, trocando poucas palavras. O par de olhos esmeralda fitando a figura de cabelos curtos, e pequenos risos podiam ser ouvidos.

Decidi seguir meu caminho, Ludmila já havia sumido, provavelmente fora deitar em seu quarto, admito que eu também estava exausta, exausta por não fazer nada, por ficar no ócio.

O castelo estava uma verdadeira bagunça, marcas de tinta nas janelas, e o jardim com tudo que vocês podem imaginar, desde talheres, tecidos e pratos até pneus e cadeiras. Os empregados corriam, tentavam limpar tudo às pressas, e olha que não era pouca coisa.

–Idiota! –Ouvi uma voz desconhecida gritar, contive minha curiosidade e segui meu caminho. –Seu idiota! –Gritou novamente, era uma mulher.

Foi inevitável não seguir o som da voz que jorrava insultos a alguém que permanecia quieto. Eu estava bem perto, mas não achava o lugar da possível briga. Acabei parando em um corredor quase vazio, não havia sofrido danos por isso não tinha ninguém ali.

–Como pode fazer isso, Marco?! –A garota gritou, me escondi atrás de uma pilastra e observei. Eram dois jovens, um garoto de cabelo preto, mais ou menos da altura do Leon, eu tinha quase certeza que eles eram primos, já havia visto esse garoto no Jornal Oficial, mas não prestara atenção nele. A garota também tinha cabelos pretos, era branquinho e tinha um sotaque que eu não consegui decifrar.

–Fran eu...

–Cala a droga dessa boca!

–Fran, me desculpe.

–Vai se casar com outra! –Ela o interrompeu. –Eu...-Ela ficou sem fala. O tal do Marco parecia assustado. –Eu te odeio!

Um silêncio se tornou presente ali, Marco ficou quieto, assustado e magoado, ouvir um “Eu te odeio” não é fácil para ninguém, para falar a verdade acho que ninguém merece ouvir, mesmo fazendo a pior besteira do mundo, ninguém merece sentir essa dor, e eu sei bem disso.

–Você tem que me entender. –Marco suplicou, havia algumas lágrimas escorrendo por sua face, ou melhor, havia lágrimas escorrendo pelo rosto dos dois. –Quero fazer a diferença, vou reerguer Londres, vou ser muito poderoso...

–Poder, é a única coisa com que você se importa? –A garota perguntou. –As juras de amor, as promessas feitas, o sonho de que governaríamos a Itália do jeito que ela merece, se esqueceu de tudo?

Marco segurou as mãos da garota que com raiva puxou a mão contra si. Marco passou a mão no cabelo, era um hábito que o Leon também tinha. Ele estava triste, mas pelo que eu havia entendido era uma escolha dele mesmo.

–Eu ainda amo você...-Ele disse a ela, a mesma só chorou mais ainda com a fala de Marco.

–Espionando? –Dei um pulo com o susto que levei. De onde a voz daquele ser surgiu? Eu havia me certificado que somente eu estava ali, bom ao que parece não fiquei muito atenta, estava ocupada vendo o drama mexicano entre Marco e a garota de sotaque indecifrável.

Reconheci a voz no minuto que ela falou comigo. Claro que eu quis matar a Vossa Alteza, mas já havia dado um chute em suas joias reais e atropelado o coitado.

–Violetta? –Sua voz estava soava de uma maneira engraçada, acho que ele percebeu que eu estava meio brava com ele e achou a situação engraçada.

“Escuta aqui, Vargas!” Não, essa não é uma maneira legal de falar com ele. “Não quero falar com você no momento” Não, isso também não ficou legal, pois tecnicamente eu não tinha motivos para estar brava com ele, nem eu sabia direito o por que de estar brava.

Enquanto eu pensava em uma maneira educada de dispensar o príncipe, ele me encarava esperando ansiosamente por uma resposta.

–Violetta? Querida? –Ele disse novamente. Só me faltava essa, ele chamou a Gery de “querida” e agora me chama também. Não que eu queira exclusividade no apelido, mas por favor, dá para ser mais criativo do que isso.

–Eu não sou sua querida! –Falei e saí batendo o pé, deixando o príncipe confuso para trás.


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Notas finais do capítulo

Entonces? Gostaram? Mereço reviews? Peço que comentem hehe :D Juro que vou responder os comentários até amanhã