Sólo Una De Ellas escrita por Bia Rodrigues


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Hey! Buenas Noches! Demorei um pouquinho dessa vez, ainda to tentando me organizar hehe :D

Eu espero que gostem do capítulo, peço que comentem e agradeço por quem está acompanhando :D



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Pov’s Violetta

–Minha história? –Indaguei.

Observei o príncipe sentado sobre a poltrona em minha frente, com a mão no queixo e a outra apoiada sobre a coxa. Um pequeno sorriso nos lábios estava presente no rosto de Leon e aquilo estranhamente me agradou.

–O que quer saber?

–Algo que revele esse mistério e agonia que vive presente em sua face. –Leon disse passando a mão no cabelo, ajeitando o topete desarrumado e arrepiado.

–É tão visível assim? –Perguntei com as bochechas coradas.

–É... –Soltei um suspiro com a resposta dele, me sentia a vontade com ele, mas não sabia se era a hora certa de me abrir. –Já se apaixonou? –Leon perguntou me surpreendendo de imediato.

Pensei em Tomás, meu ex-namorado, Leon queria que eu dissesse algo que revelasse a agonia que eu sentia, e as lembranças de Tomás me agoniavam, a maneira como tudo acabou.

–Já. –Respondi. –Namorei um rapaz chamado Tomás há um tempo. –Revelei com um pouco de receio. Sabia que namorar não era contra as leis de Illéa, mas fiquei com medo do príncipe pensar que ocorreu algo a mais entre mim e Tomás.

–Quer me contar? –O príncipe perguntou com um sorriso nervoso.

–Talvez me abrir pela primeira vez sobre esse assunto me fará bem. –Falei comigo mesmo, e Leon soltou um pequeno risinho e assentiu. –Logo que eu fiz 16 anos eu o conheci, ele era amigo do meu irmão...

Leon parecia ouvir atentamente, mas se remexia na poltrona sem parar, parecia meio desconfortável com a situação e mesmo assim eu continuei, não queria que ele visse que eu percebi seu incomodo.

–Começamos a sair, mas ninguém sabia, minha mãe jamais iria admitir...-Leon me interrompeu.

–Então não era bem um “namoro namoro.”

–Era. –Eu afirmei, esperávamos o toque de recolher de Illéa e depois nos encontrávamos em uma casa da árvore próxima ao meu quintal.

–Que rebeldes. –Leon disso e soltou um riso.

–Não era a melhor maneira de “encontro”, mas era o que tínhamos, e bastava para nós dois.

–Faziam de tudo para ficarem juntos. –Leon sussurrou em um tom audível. Me peguei perguntando se ele já havia se apaixonado, sabia que Leon não tinha muito contato com pessoas, mas ele podia ter se apaixonado secretamente por alguma princesa ou algo assim.

–Fazíamos. –Confirmei. –Mas ele foi orgulhoso demais...

–Como assim? –Leon perguntou, mas tapou a boa em seguida. –Me desculpe, não é da minha conta.

Eu dava risada quando Leon tinha esses momentos, ele sempre se desculpava, era engraçado pois ele ficava extremamente nervoso e não sabia como agir.

–Não tem problema, e já que eu comecei a história tenho que termina-la.

–Não se não quiser. –Leon disse rapidamente e eu mantive o olhar tranquilizador no rosto, para que ele se acalmasse e não se afobasse.

–Mas eu quero. –Eu disse baixinho e ele sorriu. –Todas as noites que nos encontrávamos na casa da árvore eu levava alguma coisa para ele, um pedaço de bolo ou um pedaço de torta, ele sempre fora muito pobre, e ás vezes não tinha o que comer. –Eu disse e Leon pareceu ficar meio aflito. –Porém, um dia eu como sempre levei um pedaço de bolo a ele, mas ele recusou. Tomás surtou e disse que jamais poderia me sustentar, que eu não seria feliz com ele, e que não poderíamos nos casar porque eu teria que me tornar uma casta 6...

–E você tinha problemas com isso? Digo, tornar-se uma casta 6? –Leon perguntou coçando a nuca, ainda meio desconfortável, porém atento em tudo que eu dizia.

–Jamais teria problema com isso, Leon. Eu era apaixonada por ele...

–Era?

–Ele foi muito orgulhoso, Leon. Nesse dia ele simplesmente me deixou aos prantos na cada da árvore, depois passou a me ignorar, e quando finalmente eu parei de chorar por ele, o mesmo tentou fazer com que ficássemos amigos, foi egoísmo. Bom, e um tempo depois do nosso término eu o vi nos braços de Cátia, uma garota da mesma casta que ele. – Eu disse com os olhos marejados, me esforçando para não chorar.

Eu estava bem sem ele, de verdade, estava me sentindo melhor, mas a dor ainda estava presente em meu peito, porque apesar de tudo eu fui apaixonada por ele, e ainda restava um sentimento dentro de mim.

Senti os braços fortes de Leon me envolverem, exatamente como eu havia dito a ele, pelo menos agora ele sabia como consolar uma garota. Fiquei quieta, esperando que ele desse o próximo passo sem a minha ajuda.

Após uns dois minutos apenas me encarando, Leon me puxou para si, me abraçando de uma forma aconchegante. Afundei meu rosto em seu peito devido a nossa diferença de altura, e sem que eu me desse conta algumas lágrimas já haviam escapado.

–Acho que estou te molhando todo. –Sussurrei.

–Não tem problema. –Ele respondeu ainda no abraço. Leon estava sendo legal comigo, e eu estava dando liberdade para poder criar uma amizade com ele, algo que eu achei que não seria possível.

–Acho que não estou sendo totalmente sincera com você.

–Por quê?

Pensei mil vezes se falar era a coisa certa, mas ele estava sendo sincero comigo, estava me ajudando e eu achei que ele precisava saber de algumas outras coisas.

–Leon, eu não tinha o mínimo interesse em estar aqui, fiz isso apenas para agradar minha mãe. –Eu disse e vi o rosto dele desmoronar. -Mas, não sei, eu percebi que aqui não é tão ruim assim. Não quero ficar, mas também não quero ir, entende?

–Para falar a verdade não. –Ele respondeu e eu ri. –Mas acho que entendo como você se sente. Vamos fazer um acordo: Você fica se sentir bem aqui, se quiser ir embora pode me dizer.

–Está bem. –Concordei sorrindo e o praticamente pulei nele quando o abracei pelo tronco.

Levamos um baita susto quando a porta da biblioteca se abriu, revelando Lara que nos encarava com fúria.

–Olá. –Ela disse amargurada.

–Oi. –Eu e Leon respondemos em um uníssono. Exibindo o decote como sempre ela se aproximou e apoiou a mão no ombro do Leon, ignorando completamente o meu ser já que eu estava agarrada a ele.

Na ponta dos pés Lara deu um beijo na bochecha do príncipe, e o mesmo parecia meio desconfortável com a situação, eu me soltei dele para aliviar a tensão.

Exibindo o decote cujo os seios ficavam quase inteiramente expostos ela começou a falar coisas completamente fúteis a ele, e Leon como um cavalheiro ouviu tudo atentamente apesar de estar bem claro que o assunto dela era chato.

–Com licença. –Pedi me retirando, só pude ver o Leon assentindo e sorrindo para mim antes que eu me retirasse

Não sei se fiz o certo em deixar os dois ali, já que a Lara poderia acabar atacando o Leon, mas nessas coisas eu não devia me meter.

Vi Ludmila saindo de um quarto, como se não quisesse ser vista, fiquei quieta, não sabia se ia falar com ela ou a deixava fazer o que estava fazendo. Quando ela se sentou em um assento e ficou lá por mais de cinco minutos lendo algo que tinha em mãos, eu decidi me manifestar e ir até ela.

–Hey. –Falei baixinho esperando que ela ouvisse. Ela se virou assustada, mas se aliviou ao ver quem era.

–Olá. –Ela respondeu animadamente.

–O que estava fazendo?

–Nada. –Ela responder rapidamente, nervosa, o que foi bem estranho. –E você?

–Eu estava conversando com o príncipe. –Eu disse e Ludmila sorriu, e não foi aquele sorriso falso, foi algo alegre e sincero. –Mas aí a Lara chegou e eu os deixei sozinhos.

–Você é louca! –Ludmila gritou, chamando a atenção de dois guardas que passavam por ali, eu dei um sorriso forçado para eles, tentando esconder a vergonha. –Deveria ter ficado lá, e não dar chances para a cobra da Lara ficar a sós com o príncipe.

–Eu sei. –Sussurrei começando a ficar arrependida. –Mas não tem mais volta, já fiz.

–Todas as garotas morreriam para ter um minuto com o príncipe, mas você sai e deixa ele com outra. –Ludmila disse inconformada e dei risada

Ficamos conversando sobre as coisas no castelo, sobre a comida, as outras selecionadas, a comida, o belo jardim, a comida e sobre os rebeld...

–Rebeldes! –Um grito ecoou pelo jardim. O alarme do castelo soou, eu olhei desesperada para Ludmila e ela estava em pânico, olhei para o corredor imenso e livre em minha frente e saí correndo por ali junto com Ludmila.

Antes que eu pudesse fazer a curva do imenso corredor senti um corpo se chocar contra o meu, e o berro de Ludmila veio logo em seguida.

–Violetta. –Era a voz do Leon também desesperado, não sei se pelos rebeldes ou por mim. –Me desculpe.

–Tudo be...

–Vossa Alteza, vamos logo! Vocês duas também, por favor. –Disse um guarda que agarrou no braço do Leon e o puxou, Leon segurou em mina mãe e tentou pegar na de Ludmila, mas já estávamos sendo arrastados pelo guarda até algum lugar seguro.

Pude ver um lugar meio escondido com portas até que grandes e uns cinco guardas na frente, eles olharam para o príncipe, para mim e para Ludmila aliviados.

–Eles são os últimos! Fechem as portas!

Estávamos em uma espécie de abrigo real, o rei e a rainha estavam ali com todas as outras selecionadas. Sorri para Leon e soltei minha mão da dele, não estava afim de receber olhares cheios de inveja naquele momento.

–Leon! –Lara gritou e pulou no pescoço dele, fiz uma careta e Ludmila soltou um riso fraco devido ao nervosismo. O som de coisas sendo quebradas logo se tornou presente, gritos e barulhos que eu não consegui decifrar.

Lara continuou pendurada no pescoço do Leon, mas ele me olhava, preocupado, por cima do ombro dela. Ludmila segurou em minha mão, nervosa e com medo. Eu cerrei os olhos e tentei me tranquilizar, tudo ficaria bem...


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Notas finais do capítulo

Entonces? Ficou bom? Mereço receber reviews? Espero que tenham gostado e até logo :D Beijos no core.