Pra começar, eu quero dizer que eu sou Scorpius Malfoy, irmão da Carena. Sim, eu peguei ('roubei' é uma palavra tão feia...) o diário da Carrie, e ela provavelmente vai me matar quando descobrir, tanto que eu até estou me preparando para correr, e muito.

Eu estou aqui para relatar o início do inferno na minha casa. Sim, do inferno. Carena vai ter que conviver com o Luke, e isso vai ser um inferno de se aguentar, eu acho. Mas aqui estou eu, escrevendo no diário dela, para que a situação não fique tão sem nexo como eu sei que seria se fosse narrada pela Carena. Seria cheia de 'Eu o odeio!' 'Aquele veado!' e etc. A questão é que se fosse narrado por ela, 11 de 10 palavras seriam xingamentos para o Luke. O que, provavelmente, faria com que vocês não entendessem merda nenhuma do que estivesse escrito.

P.S: Carena, saiba que eu não li o que você escreveu no seu diário. (Não por falta de tentativas, claro, mas sim porque os seus feitiços são extremamente eficientes)

Enfim, vou começar a relatar o dia em que o inferno começou.

Era dia de jogo de quadribol. Mas não um jogo normal. Era A Copa Mundial de Quadribol. E essa era a final. O Brasil, por incrível que pareça, tinha-se classificado e estava na final contra a Bulgária. Eu não qual o motivo, mas eu estava torcendo pelo Brasil. A Bulgária era sim boa, mas o Brasil tinha algo que despertava o ânimo de dentro do torcedor, algo que a Bulgária não conseguia tão bem quanto.

Ainda não tinha começado o jogo, estavam apenas mostrando a área em que o jogo estava acontecendo e mais da metade dos torcedores estavam de verde e amarelo, representando o Brasil.

Em todos os jogos de quadribol eu e meu pai nos sentávamos no sofá para assistir a disputa, e nesse jogo não foi diferente. Estávamos ansiosos, esperando que o jogo começasse. Era como se estivéssemos nas arquibancadas, torcendo junto com todo mundo. Meu pai também estava torcendo pelo Brasil. Acho que deu 'A louca' nele também. Afinal, o Brasil nunca tinha ido para um final de quadribol. Mas parece que não fomos só nos dois que enlouquecemos, afinal, Albus Potter, um de meus melhores amigos, também está torcendo para o Brasil, diferente de todos os outros os Potter, que estão torcendo para a Bulgária.

Faltavam 2 minutos para a disputa começar quando vi minha mãe e Carena em pé, cada uma segurando um pote enorme de pipoca, nos olhando com 'os olhos do gatinho do Shrek', sério, a Carena é igualzinha à mamãe.

– O que vocês querem? – Perguntei me fazendo de sonso. Papai me olhou com um sorrisinho de canto. Tenho certeza de que ele faria um high 5 comigo se minha mãe e a Carena não estivesse ali.

– Não é óbvio? – Perguntou Carena fazendo um 'bico' idêntico ao que a nossa mãe faz. Como ela viu que o seu bico não teve efeito algum sobre meu pai e eu, desmanchou o bico na hora. – Queremos assistir ao jogo. – Disse e se sentou ao meu lado, Astoria fez o mesmo que a ilha e se sentou ao lado de Draco.

Beleza. Quero só ver o que vai acontecer, porque que não vai dar certo eu já sei.

...

Sabe o que é pior de se assistir um jogo com Carena e Astoria Malfoy? É que elas são sempre as “do contra”. Pois é, elas continuaram torcendo pela Bulgária, o que eu achei meio ridículo porque causou a desunião da família.

Além do mais, elas ficavam rindo de mim e do meu pai sempre que tentávamos pronunciar corretamente os sobrenomes dos jogadores brasileiros. Não preciso dizer que nós falhamos miseravelmente ao pronunciar os sobrenomes, né?

Eu já estava ficando nervoso, porque a Bulgária já havia marcado 170 pontos no Brasil e o Brasil só havia marcado 60 pontos. Ah, Brasil cretino! Logo quando eu resolvo torcer pelo time? Tenha dó, Mérlin!

E quando você acha que nada pode ficar pior, Carena Malfoy resolve falar.

– Vai perder, Scorpius! – Falou rindo. – Como sempre. – Zombou e riu tanto que, literalmente, caiu do sofá.

Daí o resto do jogo foi resumido em:

1) Eu fazendo macumbas para a Bulgária perder.

2) Carena rindo da minha cara e me chamando de macumbeiro.

3) Eu com uma galinha preta, pronto para fazer um sacrifício.

4) Mamãe dizendo que se eu melasse seu tapete ela iria arrancar meus olhos com as mãos.

5) Draco rindo de tudo isso.

6) Eu rezando até para o último dos santos (e dos demônios também, só pra constar) pra o Brasil ganhar.

7) Carena rindo de mim de novo.

Eu estava tão desesperado que se o Voldemort aparecesse na minha frente eu fazia um pacto. Sério.

Mas sabe o que aconteceu? O BRASIL PERDEU! ISSO MESMO! O BRASIL PERDEU!

TUDO POR CULPA DO PUT* DO VIKTOR KRUM QUE PEGOU O POMO! MALDITO SEJA!

(N/Duds: Ah, ‘vinhado’!)

Sério, agora eu vou ter que escutar a Carena e a minha mãe zombando de mim. Mereço.

Carena já estava pulando em cima de mim, com aquelas brincadeiras chatas dela. Garota chata! Só pode ser adotada.

Mas eu não vou aguentar calado!

Quando Carena ia pula em mim novamente eu lhe dei um empurrão que ela caiu no chão do outro lado da porta, próxima da janela.

O pior foi que a fingida estava com as mãos na barriga, e eu tenho certeza que vou ficar de castigo. Ah, se vou!

Carena olhou pra mim com os olhos expressando sua raiva, e começou a me xingar de todos os nomes possíveis. ela vai ter que fazer melhor que isso.

Mas daí ela olhou para a janela e paralisou. OMG! ALGO PARALISOU A CARENA! CHAMEM OS BOMBEIROS! A MEDUSA ESTÁ SOLTA! (N/Medusa: Ops, saga errada.)

Olhei na direção em que a Carena estava olhando e vi a família Zabini. Mas ela estava olhando para o Luke. Ah, é. Esqueci de falar que eles se odeiam e tal, mas acho que é puro ‘c* doce’ da parte dos dois.

Mas, tipo, o que os Zabini estão fazendo aqui? Eles estavam no nosso jardim, e tipo, eu não sabia que eles viriam. Deixa pra lá, né?! Vai que eles tinham errado o local da aparatação...

Percebi que meu pai estava animado, e parecia muito feliz.

– Eu tinha falado a vocês que os Zabini vão passar algumas semanas aqui? – Draco pergunta. Olhei para Carena, e ela estava estática.

– CHAMEM OS DEMENTADORES!