Oi, diário! Vou continuar com as histórias bizarras do meu passado!

Você já deve saber que a minha família é incrivelmente exagerada, certo? Errado. Nem eu sabia o quanto até presenciar esse episódio! E eles ainda implicam com as coisas mais banais! O que é totalmente ridículo.

Você não deve estar entendendo nada, então eu vou explicar: eu beijei Henry McLaggen e ele está no St. Mungus por isso. Na verdade, nós dois estamos, já que a curandeira da ala hospitalar de Hogwarts disse que o problema só seria resolvido no St. Mungus e eu vim como acompanhante dele.

Mas você deve estar se perguntando como tudo isso aconteceu, certo?

Meu pai, meu avô e meu irmão azararam o coitado do Henry até ele desmaiar! Ele foi atingido por uns 5 tipos de azarações diferentes repetidas vezes. E tudo porque estávamos nos beijando! Nos beijando! Imagine se estivéssemos fazendo outra coisa...

Provavelmente ele sairia de lá morto. Pobre coitado.

*-*

Eu havia sido comunicada de que teria que ir à sala da diretora pois meu pai e meu avô estavam na escola e queriam me ver e ver Scorpius, só que meu irmão foi avisado antes e por isso já estava na sala da Minerva com meu pai e meu avô. Eu não entendi bem, parece que eles iriam realizar uma doação para Hogwarts, e por isso vieram até a escola.

Por isso, eu estava nos corredores de Hogwarts, indo para a diretoria apressadamente. Eu nunca fui uma pessoa paciente, e se tem uma coisa que eu odeio mais que quando pessoas se atrasam é quando eu me atraso em um compromisso.

Estava um pouco distraída, por isso não percebi quando Henry McLaggen, um grifinório bonitinho, começou a andar do meu lado.

–Hey, Carena! – Falou animadamente. Okay, tinha algo muito errado para esse ser estar assim tão feliz em uma segunda-feira.

– Pra você é Malfoy, McLaggen! E você não deveria estar na sala de aula?– Perguntei acusadoramente, mas não parando de andar por um segundo.

– E por que você acha isso? – Perguntou-me com um sorriso galanteador. Aquele idiota estava me cantando?

– Porque é horário de aula, dãã! – Respondi e continuei a seguir meu caminho, com o grifinório me seguindo pelos corredores.

– Sabe, Carena, você mudou muito, sabia? – Perguntou sorrindo de canto. Apenas lhe mandei o meu melhor olhar de 'desembucha, que droga te deram?' e ele continuou. – Está mais bonita, mais... Sexy.– Falou com uma voz totalmente sexy. Ok, onde está o Henry meio lerdo que eu conheço? E quando, em nome de Mérlin, ele ficou sexy?

Corei ligeiramente e continuei a andar, só que mais rápido, ou tentei, já que fui empurrada para a parede sem um pingo de gentileza.

Ele mordicou meu pescoço e partiu para meus lábios, mordendo o meu lábio inferior. Onde esse garoto aprendeu isso?. Ele beijou-me vorazmente e eu retribui, ele estava tão elétrico! Prensou mais meu corpo contra a parede, e eu tenho certeza que o beijo estava mais do quê 'um pouco indecente' para qualquer um que visse. Na verdade, o melhor seria ninguém ver.

Ele foi diminuindo o ritmo do beijo, colocando as mãos em minha cintura, dando início a um beijo calmo, lento e eletrizante.

Da última vez que eu vi Henry ele usava aparelho, e embora ele tenha dito que eu mudei, tenho certeza que não mudei mais que ele.

Minhas mãos estavam em seus cabelos castanhos e o senti arrepiar. Não, Carena, não é isso que você quer! Não iluda o pobre coitado.

Parei o beijo, ele me olhou surpreso e questionador, mas continuou a segurar em minha cintura. Olhei por cima do ombro de Henry e foi aí que eu vi Lucius, Draco e Scorpius e... Três 'jatos' de luz saindo das varinhas deles. E eles nem sequer abriram a boca! Preciso aprender isso!

Diário, antes de qualquer coisa, você tem que saber que nós, os sonserinos, não somos covardes, nós apenas sabemos reconhecer quando parar, ou se jogar para longe das azarações do seu avô, do seu pai e do seu irmão.

Porém, o Henry não é um sonserino, e não manja das manjações, por isso foi ele que recebeu diversas azarações diversas vezes. Lamentável

*-*

É claro que eu recebi uma grande bronca da minha família por beijar um rapaz nos corredores de Hogwarts e ainda por cima por ele ser um grifinório. Minha mãe e minha avó quase me fizeram ficar quase surda depois de tantos gritos de 'você não pode ficar com qualquer um, é uma Malfoy!' e de 'eu atirei pedra em Mérlin pra conseguir uma filha assim!', mas depois nós nos acertamos e eu prometi que jamais faria isso novamente. Bem, pelo menos não com o Henry, creio eu.

Se você observar bem essa história, vai até rir, porque realmente foi engraçado. Bem, pra mim sim, pro Henry não, com certeza.

Mesmo com os ouvidos latejando, eu tive que ir ao St. Mungus com o Henry, pois sua família estava viajando e eu fui a causadora do conflito. Claro, porque eu cheguei com três varinhas e o azarei loucamente, como se minha vida dependesse disso ¬¬

Eu estava numa poltrona próxima a cama de Henry, quase dormindo quando ele começa a se remexer debilmente na cama do hospital e acorda, olhando para mim assustado.
– Carena! Eu… - Balbuciou. A incompreensão reinava em seu olhar. O olhei sarcasticamente.
– A culpa é sua. - Respondi e me dirigi até a porta, o deixando sozinho no quarto. Oras, me disseram que eu tinha que ficar com ele enquanto ele estivesse dormindo, não acordado!

*-*

Parece que de algum jeito louco, Hogwarts inteira ficou sabendo do acontecimento com o Henry, e Scorpius ajudou também, divulgando para seus amigos que eu era igual ao Jeremy Gilbert: beijou morreu, todos os garotos de Hogwarts me evitaram por um mês!

Eu só tenho uma coisa dizer: eu, Carena Malfoy, não me arrependo de nada que fiz, e faria tudo de novo, porque eu refleti e descobri que isso foi mais engraçado do que doloroso. Para mim, é claro. O Henry não pode dizer o mesmo.