Além da Eternidade - 1° temporada escrita por Savinon


Capítulo 81
Virando o jogo


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap! E obrigada pelos comentários e criticas!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/516380/chapter/81

Algumas semanas se passaram, Thay e Beta não haviam se falado nesse tempo. Thay continuava fazendo sua empresa crescer e ao mesmo tempo, fugia de Vitor sempre que podia. Desde que Beta voltou para a cidade, o noivado que já não andava bem, só piorou. Vitor procurava Thay insistentemente e em todas as vezes ela tentava fugir. Vez em outra ela conseguia. As discussões eram constantes, mas Vitor era cego de amor por ela e não enxergava que havia algo a mais ali.

Roberta ia todos os dias em sua boate e na maioria das vezes, ficava até o final, mas como ninguém é de ferro, as vezes saía mais cedo. Clara acabou se tornando uma grande amiga. Elas se encontravam várias vezes na semana e nos finais de semana, saíam sempre. Com o passar dos dias, uma foi contando sobre sua vida para outra.

Mais um sábado havia chegado e como de costume, Clara e Beta marcaram de se ver.

Roberta: Alô.

Clara: Oi Beta. Tudo bem?

Roberta: Tudo ótimo e com você?

Clara: Tudo bem também. E aí, vai pra boate hoje?

Roberta: Acho que não. Ontem fiquei até o final e to um pouco cansada. Por que?

Clara: Vamos sair hoje? Que tal um programa mais light?

Roberta: Por exemplo?

Clara: Hum, vejamos. – Pensou um pouco. – Já sei. Eu dormir na sua casa! – Roberta sorriu do outro lado da linha.

Roberta: Feito! Te espero aqui então.

Clara: Ótimo. Lá pelas oito eu chego aí. – A ligação foi finalizada.

Roberta aproveitou que estava cedo e avisou DJ que hoje tiraria o dia de folga. Ele não viu problema nenhum, até porque hoje iria estar na boate.

A noite chegou rapidinho e a visita de Beta também.

Clara: SURPRESA! – Beta sorriu.

Roberta: Pontual como sempre. – Deu espaço e ela entrou.

Clara: Claro, claro. – Sentou no sofá.

Roberta: Brigou de novo com a namorada?

Clara: O que? Não sei do que você ta falando!

Roberta: Ah não? Você só aparece aqui no sábado quando briga com a namorada.

Clara: Ta, ta. Brigamos de novo. Aliás, ela brigou comigo.

Roberta: Já te falei que você tem uma paciência extraordinária, né?

Clara: Já sim. Várias vezes. Até mesmo quando eu te ligo de madrugada pra chorar. – Beta sorriu.

Roberta: Quer beber algo?

Clara: Quero, mas não aqui.

Roberta: O que? Eu te falei que não tava muito a fim de agito hoje.

Clara: Eu sei, eu sei. Mas vamos fazer um lanche aqui pertinho. A gente aproveita e compra algo pra beber aqui depois. Por favor.

Roberta: Ah Clara, tem tudo aqui em casa.

Clara: Ah vamos, não seja anti-social vai! Por favor Betinha!

Roberta: Lá vem você com seus dengos. Vamos, mas é rápido ok? – Clara sorriu.

Clara: Como quiser. Vamos?

Roberta: Vamos. Só deixa eu pegar as chaves da moto.

Roberta pegou as chaves rapidinho e elas foram até um restaurante que havia ali perto. Entre uma cerveja e um lanchinho elas iam conversando.

Clara: Vai, você sabe do meu caso, mas e você? Foi sempre solteira? Nunca teve um amor maior?

Roberta: Já sim, assim como toda garota na minha idade.

Clara: Mulher ou homem?

Roberta: Ambos.

Clara: Insaciável! – Elas sorriram. – Me conta dos dois.

Roberta: Ah não, não vamos estragar a noite.

Clara: Fala Roberta, você sabe quase tudo sobre mim, conta.

Roberta apesar de não estar muito a fim, acabou contando suas histórias. A do garoto foi a mais rápida, já a da garota...

Clara: Sério que você se apaixonou pela amante?

Roberta: A amante fui eu, mas foi sim. Gostei dela mais do que devia.

Clara: Como ela pode fazer isso com você?

Roberta: Na verdade ela não teve culpa. Ela nunca me prometeu nada, quem deixou se levar fui eu. Me levei tanto que depois não tive mais volta. – Sorriu sem jeito.

Clara: Muito que da pra controlar essas coisas, né? Mas e vocês, continuam se falando?

Roberta contou os últimos acontecimentos.

Clara: Mentira que ela tava naquela mesa aquele dia?

Roberta: Estava sim. Não lembra mesmo?

Clara: Não. Eu tava bêbada. – Sorriu. – E desde que aconteceu essas coisas, você não se apaixonou mais?

Roberta: Não. Namorei, fiquei, mas nada sério. Fiz de tudo pra me apaixonar por qualquer outra pessoa, mas como você disse, isso não se pode controlar.

Clara: É difícil mesmo. O pior são os primeiros dias sem a pessoa, né?

Roberta: Nossa, são horríveis. Tudo faz lembrar ela, você sente a falta a cada minuto, nada tem graça, você não tem vontade de nada. Não gosto nem de lembrar.

Clara: E hoje?

Roberta: Hoje o que?

Clara: Ué. O que você sente por ela? Se curou?

Roberta: Não sei.

Clara: Ah, sabe sim!

Roberta: Sei lá! No tempo em que fiquei longe dela, isso que eu sinto aqui dentro amenizou. Amenizou tanto que eu achei que tinha acabado. Mas foi só ver ela de novo que voltou com força. Tudo o que eu sentia antes, eu sinto agora. O ciúme, a vontade de ta junto, de fazer carinho, de cuidar, de mimar, de ser só dela e saber que ela é só minha. – Beta estava com os olhos cheios de lágrimas.

Clara: Nossa. – Sorriu. – Seus olhos brilham muito enquanto você fala dela. – Beta sorriu olhando pra cima, tentando não deixar as lágrimas caírem.

Roberta: É a cerveja! – Ela conseguiu fazer aquela vontade de chorar passar. – Mas eu voltei diferente. Não corro mais atrás, não fico me machucando mais e nem me humilhando.

Clara: Sabe do que você precisa?

Roberta: Do que?

Clara: De um novo amor. – Roberta sorriu.

Roberta: Não. Eu to de dieta de amores. Obrigada!

Clara: É sério! Eu tenho uma pessoa pra te apresentar.

Roberta: Ah não, sem essa!

Clara: Por que Beta? Ela é minha amiga. Super gente boa. Deixa eu apresentar vocês, sem compromisso, apena amizade.

Roberta: Vou pensar no teu caso.

Clara: Se eu fosse solteira eu te conquistava. – Beta sorriu.

Roberta: Acha que é fácil me conquistar?

Clara: Ninguém resiste aos meus encantos. – Elas sorriram. – Eu vou ao banheiro, já volto. Não foge! – Retirou-se.

Nesse meio tempo em que Clara foi ao banheiro, Thay e Angel entraram no restaurante e viram Beta lá.

Angel: Olha, é a Beta ali. Vamos lá?

Thayane: Não, melhor não.

Angel: Deixa de ser boba, ela esta sozinha. Vamos. – Puxou Thay.

Angel: Oi Beta! – Beta as olhou surpresa.

Roberta: Angel, Thay, vocês por aqui?

Thayane: Oi. – Sorriu sem graça.

Angel: Pois é. Pra variar, ninguém quer fazer a janta lá em casa. Mas e você, sozinha aqui?

Roberta: Na verdade...

Antes de terminar a frase, Clara chegou.

Clara: Oi. – As meninas a olharam.

Angel: Ah. Entendi.

Thay fuzilou Clara e Beta com os olhos.

Roberta: Essa é a Clara. Clara essas são Thay e Angel.

Clara: Oi meninas.

Angel: Oi Clara.

Thayane: Oi. – Ela respirou fundo. – Vamos Angel, já ta tarde e ainda não fizemos nosso pedido.

Clara: Sentem com a gente.

Thayane: Não, obrigada. Não queremos atrapalhar. Boa noite pra vocês. Vamos Angel. – A puxou em direção ao balcão.

Angel: ATÉ MAIS! – Gritou.

Angel: Ai! Por que você me puxou?

Thayane: Não fala nada e anda!

Clara ficou sem entender nada.

Roberta: Não esquenta.

Clara: Meus sentidos estão falando que essa Thay é o tornado da sua vida. – Beta sorriu.

Roberta: Ela mesma.

Clara: Ela é linda.

Roberta: Ou! – Clara sorriu.

Clara: Calma, eu não pego ex de amiga minha.

Roberta: Te comporta guria!

Depois de mais uns poucos minutos, Beta e Clara pagaram a conta e foram até a moto para irem embora. Já quando elas estava em cima da moto e com Clara segurando na cintura de Beta, Thay e Angel saíram do restaurante e passaram por elas.

Roberta: Boa noite.

Clara: Tchau.

Angel: Boa noite pra vocês também.

Thay não disse nada, apenas acenou com a mão e assim que Beta e Clara sumiram de suas vistas, ela fez uma careta.

Thayane: Ridícula!

Angel: O que?

Thayane: Essa Clara, tirando onda comigo!

Angel: O que? A menina não fez nada.

Thayane: Não fez? Ela me deu tchau!

Angel: E daí?

Thayane: Como e daí, Angel? Ela deu aquele tchau como se dissesse ‘durma bem enquanto eu fico acordada a noite toda com a Roberta’.

Angel: Nossa, agora você viajou legal.

Thayane: Não viajei não!

Angel: Talvez a menina nem saiba quem você é. – Thay ficou séria.

Thayane: Será que a Beta não falou de mim pra ela?

Angel: Ai amiga! Se é que a Beta ta com essa menina, por que ela falaria de você pra ela?

Thay ficou cabisbaixa e foi embora com Angel.

Assim que Roberta e Clara chegaram em casa, elas beberam mais um pouco, conversaram bastante e bem de madrugada foram dormir.

A semana passou voando. Na sexta-feira, May vendo Thay passar a semana toda de mal humor por causa do ciúme, resolveu fazer elas se encontrarem para ver se esse mal humor passava. May arrumou uma desculpa qualquer e foi até a boate de Beta com Thay.

Mayane: Pois é. Nós viemos saber se você vai tocar hoje. Saudade bateu. – Sorriu.

Roberta: Não. Hoje não vou não. Vai ter uma DJ nova na casa.

Mayane: Poxa, que pena! Eu vou ao banheiro, já volto.

May saiu rapidamente deixando as duas sozinhas no escritório.

Roberta: E então, como foi sua semana?

Thayane: Muito boa. E a sua?

Roberta: Muito boa também.

Thayane: Imagino! – Que bom. – Sorriu.

Elas estavam sem jeito uma com a outra. Thay tentou, mas precisava fazer essa pergunta.

Thayane: Você e a Clara estão namorando?

Roberta não acreditou que ouviu aquela pergunta de Thay. Na verdade, nem Thay acreditou que a pergunta saiu tão na cara de pau, mas já estava feita.

Roberta: Digamos que ela se tornou muito especial pra mim.

Obvio, elas não estavam namorando, mas Roberta não queria que Thay soubesse. No fundo ela não mentiu, porque Clara realmente havia se tornado uma amiga bastante especial. No fundo também, Beta não queria afirmar para a mulher que amava que estava namorando.

Thayane: Hum. – Sorriu. – Avisa pra May que eu estou esperando ela no carro. Tchau.

Roberta: Até mais.

Isso foi o bastante para mais uma vez Thay sair de lá se roendo de ciúme. Roberta nunca havia gostado de ficar ‘brigada’ com Thay e ver ela sair do escritório chateada, deixou Beta chateada também.

Mayane: Ué, e a Thay?

Roberta: Ela pediu pra ate avisar que está no carro.

Mayane: O que foi? Brigaram?

Roberta: Não. Você sabe como sua prima é. – May sorriu.

Mayane: É, eu sei. Bom, eu vou indo antes que ela fique uma fera com minha demora. – Aproximou-se de Beta e deu um beijo em sua bochecha. – Tchau Beta.

Roberta: Tchau Mayzinha. Quando puder, aparece aqui viu?

Mayane: Pode deixar. – Sorriu. Antes de sumir das vistas de Beta, May largou uma. – Sabe que eu sinto saudade de quando você era minha prima? – Retirou-se ao ver apenas um sorriso nos lábios de Beta.

Roberta respirou fundo e sentou-se em sua cadeira.

Roberta: Não sabe a falta que isso faz pra mim, May.

Beta tentou se concentrar em suas coisas, mas foi impossível. O que May falou ficou martelando na cabeça de Beta o tempo todo. A todo o momento ela imaginava como seria sua vida ao lado de Thay se tudo tivesse dado certo.

Um pouco antes da boate abrir, Beta foi para sua casa. Chegando lá, ela tomou um banho, comeu alguma coisa e se arrumou, mas não estava nenhum pouco a fim de sair. Preferia ficar em casa, quietinha com seus pensamentos, até que seu celular tocou.

xXx: Oi Betinha. Tudo bem?

Roberta: Oi Clara. Tudo sim e com você?

Clara: To bem. Ta bem mesmo? Não me convenceu! – Beta sorriu.

Roberta: To sim. É sério.

Clara: Hoje eu vou na boate. Você vai chegar que hora?

Roberta: Ah eu não sei. Na verdade, nem sei se vou.

Clara: Ah como assim?

Roberta: To um pouco cansada, só isso.

Clara: Você não ta bem e não quer me contar!

Roberta: Eu to bem, é sério.

Clara: Se ta bem mesmo, me encontra na boate. Tenho uma surpresa pra você.

Roberta: Pra mim? O que é?

Clara: Dã! Se é surpresa não da pra falar! – Beta sorriu.

Roberta: Ah, fala vai!

Clara: Não. Me encontre lá e você saberá o que é. Beijos! – Desligou.

Roberta ficou com a pulga atrás da orelha, apesar de não estar muito animada, aquilo acabou deixando ela curiosa e a fez querer ir a boate. Ela fez hora mais um pouco e foi para a boate.

Como sempre, a boate estava lotada, sucesso total. Ela cumprimentou a nova DJ e logo anunciou ela pra casa, deixando ela tocar em seguida. Lá pela meia noite, Beta e Clara se encontraram.

Roberta: Poxa, pensei que ia me dar bolo. – Clara sorriu.

Clara: Eu sou de palavra. Ta curiosa?

Roberta: Um pouco. – Sorriu.

Clara: Ta bom, ta bom. Minha surpresa ta chegando agora. – Do nada, passou uma menina ao lado de Beta e ficou junto de Clara. – Essa é a Jaqueline, minha amiga. Aquela que te falei outro dia. Jaque, essa é a Roberta.

Roberta estava sem jeito, não parecia, mas ela era tímida. As duas se cumprimentaram com um beijo no rosto. As três se sentaram em uma mesa e enquanto bebiam, iam conversando. La pelas tantas, Jaqueline foi ao banheiro, deixando Beta e Clara sozinhas.

Roberta: Eu não acredito que você fez isso mesmo! – Clara sorriu.

Clara: Eu te falei que sou de palavra. Ah, e só pra dar um up a mais, a Jaque te achou linda. Mostrei uma foto nossa pra ela e ela só faltou babar. – Sorriu. – Ela ta a fim de você. Não vai me decepcionar!

Roberta: Ah cara, não to com cabeça pra essas coisas, não.

Clara: Ah Beta, não fala isso. Eu sou sua amiga, não te apresentaria encrenca. A Jaque é gente boa, se você aceitar conhecer ela, vai gostar.

Roberta: Clara, entende que as coisas não são simples assim, a gente...- Beta foi calada ao ver Jaque chegando.

Jaqueline: Demorei? – Sorriu.

Clara: Chegou na hora! Preciso ir meninas, minha namorada ta pra chegar e eu quero tentar me acertar com ela. Daqui a pouco eu procuro vocês. Beijos. – Retirou-se.

Roberta ficou sem jeito mais uma vez. Jaqueline era linda, com pele clara, cabelos longos e escuros e olhos cor de mel. Se fosse antes, com certeza Beta pegaria, mas hoje, hoje ela não tava com cabeça pra investir em ninguém. Ela resolveu deixar na amizade, uma conversa jogada fora, uma bebida e outra, nada a mais.

As horas foram passando, a quantidade de álcool foi aumentado e a música alta só colaborava para o clima ser perfeito para uma pegação. La pelas três e meia da manhã, a maioria do pessoal já estava um pouco bêbado. Com elas não era diferente.

No meio de uma música, Jaque chegou um pouco mais perto de Beta que não tentou se afastar. O rosto delas estavam bem próximos um do outro. Jaque usava um vestido jeans, bem justo e um tanto curto. Ela dançava de um jeito bastante sensual. Por mais que não estivesse com cabeça, foi impossível Beta não se sentir mexida com aquela cena. Vez em outra Jaque sorria com toda malicia que uma mulher podia ter e dava uma mordidinha nos lábios. Ela tentava a todo custo fazer Beta demonstrar algum interesse, mas Beta não tomava atitude nenhuma. Jaque sabia que Roberta estava gostando daquilo então resolveu agir ela mesmo. Quando Beta menos imaginava, Jaque encostou sua bochecha na bochecha dela, juntou seu quadril ao dela e levou sua mão a cintura de Beta. De leve, ela passou o nariz na lateral do pescoço de Beta, deslizou-o pelo maxilar, pelo queixo, pelos lábios até encostar a pontinha de seu nariz no de Beta. As duas ficaram se olhando. Vez em outra elas desviavam o olhar para os lábios uma da outra, até que Beta levou sua mão até a nuca de Jaque e a puxou, selando seus lábios nos dela. O ritmo do beijo era rápido, mas intenso. As línguas se massageavam, deslizavam de um jeito que parecia que uma conhecia o jeito de beijar da outra há muito tempo.

Elas dançaram mais umas duas músicas e logo foram para a mesa, onde se curtiram mais um pouco. Não estava nos planos de Beta ficar com Jaque, mas já que aconteceu, ela queria aproveitar. Talvez o jeito safado de sempre de Beta, ou quem sabe o álcool, não sei, alguma coisa aconteceu para sem mais nem menos Beta não querer sair de perto de Jaque. O beijo ficava cada vez mais intenso e quando parecia que esse beijo terminaria em outro lugar, Beta foi chamada no escritório. Ela falou para Jaque que precisava ir, mas antes de ir, elas ficaram se curtindo mais uns cinco minutos. Logo Beta foi até o escritório assumir o papel de dona da boate. Jaque ficou uns 15 minutos sozinha, até que Clara chegou querendo saber tudo o que aconteceu.

Era cinco da manhã quando Jaque desistiu de esperar por Beta e foi embora com Clara. Meia hora depois e finalmente Beta estava ‘livre’ do trabalho. Ela procurou por Jaque, mas como não a encontrou, acabou ficando com uns amigos que estavam lá. Quinze para as seis da manhã e Beta foi embora, acabada como sempre. Ao chegar em casa, precisou deixar o banho para quando acordasse pois o sono era muito maior.

No dia seguinte Beta dormiu até tarde. La pelo meio dia e ela acordou, a preguiça era tanta que ela não quis nem pensar em cozinhar, tomou um banho, se arrumou e foi até um restaurante que tinha ali perto. Chegando lá, ela fez seu pedido e quando menos esperava, alguém chegou nela.

xXx: Oi.

Roberta: Oi. – Sorriu sem jeito. – Tudo bem?

xXx: Tudo sim e você?

Roberta: Bem. Que surpresa te ver por aqui.

xXx: Aposto que nem lembra o meu nome! – Beta sorriu.

Roberta: Lembro sim. É...hum...Jaque?

Jaqueline: Isso. – Sorriu.

Roberta: Quer sentar?

Jaqueline: Quero sim. – Sentou-se. – Fiz o meu pedido pra levar, vou esperar aqui então. E ai, como foi sua noite? Saiu muito tarde da boate?

Roberta: Ba! Saí sim. Cheguei em casa já tava amanhecendo, dormi até agora. – Sorriu.

Jaqueline: Da pra perceber. Você ta com uma carinha de sono, com os olhinhos inchados. – Sorriu babando em Beta.

Roberta: Gerenciar uma boate da trabalho.

O garçom acabou fazendo sinal para Jaque, demonstrando que seu pedido estava pronto.

Jaqueline: Meu pedido ta pronto. – Levantou-se. – Vai pra boate hoje?

Roberta: Vou sim. Você vai?

Jaqueline: Vou. Nos encontramos lá?

Roberta: Claro.

Jaqueline: Ótimo. Até mais. – Deu uma piscada e retirou-se.

Não demorou muito e o pedido de Beta também ficou pronto, um pouco antes de terminar de almoçar e o celular dela tocou.

Roberta: Alô!

xXx: E aí bonita! Como você ta?

Roberta: To bem e você, Clara?

Clara: Como não estaria bem depois daqueles pegas de ontem a noite, né?

Roberta: Não começa!

Clara: É, pensa que eu não vi? Eu vi tudinho! Quer saber de uma coisa? Ela adorou a noite!

Roberta: Quem?

Clara: Como quem, Roberta? A Jaque!

Roberta: Ah ta! – Sorriu. – Também curti ficar com ela.

Clara: Vão se ver de novo?

Roberta: Vamos. Vi ela um pouco mais cedo e ela falou que vai a boate mais tarde.

Clara: Já se viram?

Roberta: Foi por acaso, ok?

Clara: Ah ta!

Roberta: E você e sua namorada se acertaram?

Clara: Sim. Estamos bem novamente, até quando não sei. – Sorriu. – Beta, preciso desligar, vou sair com minha mãe, até mais, beijos.

Roberta: Beijo, se cuida! – A ligação foi finalizada.

Depois de terminar de beber seu suco, Beta voltou para o seu apartamento. Ela organizou alguns papeis da boate, corrigiu algumas coisas, acrescentou outras e depois foi assistir um pouco de televisão. A tarde passou voando, quando viu já era hora de tomar seu banho e ir para a boate.

Chegando lá ela falou sobre algumas coisas com os funcionários e foi para o seu escritório. No mesmo horário de sempre e a boate foi aberta. Como sempre, casa lotada!

Lá pelas tantas, Beta desceu para a pista e encontrou Clara. Elas conversaram um pouco e logo Clara saiu para buscar duas bebidas. Nesse meio tempo, May chegou com Thay.

Mayane: Beta! Tudo bem amiga? – Elas se cumprimentaram com um beijo.

Roberta: Oi May! To bem e você? – Thay chegou em seguida. – Oi Thay.

Thayane: Oi Roberta.

Mayane: Eu to bem. A Angel ta aqui na boate e pediu pra te chamar na mesa que ela quer conversar com a gente.

Roberta: A Angel quer falar algo e quer que eu esteja presente? Ih, vem bomba. – Elas sorriram.

Aquele momento de paz foi finalizado quando Clara chegou.

Clara: Aqui esta sua bebida Betinha. – Thay a fuzilou com os olhos. May e Beta se olharam.

Roberta: Essa é a Clara, vocês já se conhecem. – Falou sem jeito.

Mayane: Sim, nos conhecemos. Tudo bem, Clara?

Clara: Tudo sim.

O assunto acabou, ninguém pensou em nada pra falar diante daquela situação ‘chata’. Antes que o clima pesasse mais, Thay resolveu falar.

Thayane: Vamos May? Angel e o pessoal estão nos esperando.

Mayane: Você vai Beta?

Roberta: Vou sim. Vamos Clara?

Roberta não queria que Clara fosse junto porque sabia que Thay não gostava da presença dela, mas ficaria chato se não a convidasse. As quatro foram até a mesa do pessoal e Beta apresentou Clara para os amigos.

Mayane: Pronto Angel, ta todo mundo aqui, agora chega de tanto mistério.

Vitor: Eu concordo. Acho que falo por todos quando digo que a curiosidade ta matando.

Christian: Ê bando de curiosos. – Ele e Angel riram.

Angel: Ta bom gente, nós vamos falar. Nós reunimos nossos amigos mais íntimos pra dar uma noticia a vocês.

Roberta: Cada vez eu fico mais curiosa.

Christian: Ta bom, ta bom, chega de blábláblá. A parada é que vem um Christian Junior pra assumir o meu lugar de pegador, honrar o nome, entendem?

Thayane: O que?

Mayane: Não entendi nada.

Roberta: Será que eu entendi bem?

Christian: A Beta eu sei que entendeu. Só ela me entende!

Vitor: Isso quer dizer?

Angel: Eu to grávida, gente!

O pessoal ficou meio que boquiaberto, Christian era muito brincalhão, mas Angel não brincaria com uma coisa assim. Depois de alguns segundos de silêncio, e o pessoal caiu na real.

Diego: Parabéns cara!

Todos os cumprimentaram, deram parabéns e só falavam disso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Além da Eternidade - 1° temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.