Além da Eternidade - 1° temporada escrita por Savinon


Capítulo 80
Acerto de contas


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, gente! Perdão pela demora, mas extrai 2 sisos e sou fresca pra essas coisas kk vamos ao capítulo! o/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/516380/chapter/80

Depois de alguns minutos e ela tomou coragem e foi para seu banho. Minutos depois ela tomou café da manhã, se arrumou e foi para a boate. Lá pela onze da manhã e Beta não conseguia se concentrar em absolutamente nada, apenas na noite que havia passado com Thay. Por mais que fugisse, ela queria muito saber o que rolaria dali para frente, sendo assim, ela arranjou uma desculpa para ver Thay e foi até sua empresa. Orgulhosa do jeito que era, Roberta reagiria de acordo com a reação de Thay.

Com essa desculpa esfarrapada e Beta foi atrás de Thay. Para infelicidade dela, Thay havia saído para almoçar com algumas clientes e provavelmente chegaria tarde.

Secretária: A senhora gostaria de deixar algum recado?

Roberta: Hãm... – Beta não sabia o que falar. –..não, na verdade só vim deixar o pagamento dela.

Como não sei se vamos nos ver antes da inauguração da boate, resolvi me adiantar. Você poderia entregar a ela?

Secretária: Claro.

Roberta: Obrigada. Aqui está. – Entregou o dinheiro. – Fala que a Roberta que deixou, por favor. Ah e tem a mais pelas horas extras.

Secretária: Pode deixar, qualquer coisa ela entra em contato com a senhora.

Roberta: Obrigada. Até mais. – Retirou-se.

É, o plano de Beta não havia dado certo, paciência então. Depois de sair dali e ela voltou para boate, ainda havia algumas coisas a serem acertadas e a inauguração seria daqui um dia.

Depois do almoço com suas clientes, Thay resolveu tirar o dia de folga, pois também não conseguia se concentrar em nada. Ela olhava seu celular de meia em meia hora e nenhuma uma ligação de Beta, tampouco um sinal. Assim como Beta, ela também estava ansiosa para saber o que aconteceria dali para frente.

O resto do dia passou se arrastando tanto para uma quanto para outra. Thay deixou tudo encaminhado em sua empresa para que o seu pessoal começasse a divulgar a boate de Beta. Thay estava perdida em seus pensamentos, até Vitor chegar.

Vitor: Oi meu amor. – Deu um beijo em sua cabeça. – Como está, gatinha?

Thayane: Bem e você?

Vitor: Cheio de saudade! – Sorriu. – Recebeu meu recado ontem? Seu celular estava desligado.

Thayane: Recebi sim. Meu celular descarregou. Como foi a viagem?

Vitor: Tranquila. Cliente chato, como sempre. – Sorriu. – Eu vou tomar um banho, vem comigo? – Sorriu malicioso.

Thayane: Vou. Vai subindo que eu já vou.

Vitor: Ta bom. – Deu um selinho em seus lábios. – Não demora que eu to cheio de saudade. – Retirou-se.

Mais uma vez e Thay se perdeu em seus pensamentos, meia hora se passou e ela acabou se esquecendo do banho.

Vitor: Thay! – Thay não o escutava. – Thay! – Ele irritou-se. – Thayane! – Gritou.

Thayane: Que foi?

Vitor: Como o que foi Thay? Te esperei meia hora pra tomar o banho comigo e você nem saiu do lugar!

Thayane: Desculpa amor, to muito cansada, quase cochilei.

Vitor: É a divulgação daquela boate que ta te deixando sem sono?

Thayane: É. É ela mesmo que ta tirando meu sono! – Falou da boate, mas pensou em Beta.

Vitor: Relaxa amor. Amanhã a inauguração será um sucesso! Vem, vamos dormir que amanhã é seu dia de brilhar lá. – Sorriu e Thay sorriu junto.

Thayane: Vamos sim.

Os dois subiram para o quarto e sem perder tempo, Vitor começou a beijá-la. Ele estava com muita saudade dela e ela com a menor paciência para ele. No começo ela tentou se entregar, fingir que estava gostando, mas a cada toque, Roberta vinha a sua cabeça.

Thayane: Pára Vitor! – Ele a olhou.

Vitor: O que foi?

Thayane: Melhor não, minha cabeça ta doendo, to cansada, ansiosa e nervosa com o dia de amanhã.

Vitor: Desde quando o trabalho atrapalha nossa relação?

Thayane: Nunca atrapalhou, mas hoje eu realmente to cansada.

Vitor: Você já percebeu que faz umas semanas que você ta cansada?

Thayane: Eu sei, desculpa, mas realmente to esgotada.

Vitor: Pra variar, né?

Thayane: Eu já te pedi desculpas! – Vitor respirou fundo.

Vitor: Ta bom. Ok. Desculpa ta insistindo tanto, vou saber compreender esse seu momento. Ta certo? – Deu-lhe um beijo em sua testa.

Thayane: Obrigada. Prometo que depois de amanhã tudo voltará ao normal.

Vitor: Ok. Boa noite. – Deu um selinho nela e deitou-se em seu lado na cama.

A noite também passou se arrastando, para ajudar mais ainda Thay não conseguia parar de pensar em Roberta. Por mais que não aceitasse, Beta havia mexido com ela de novo. Lá pelas duas e meia da manhã, e ela conseguiu pegar no sono.

No dia seguinte, Thay acordou cedo, tomou seu banho, seu café, se arrumou e foi para a empresa. Assim que chegou lá, sua secretária lhe deu o recado que Beta havia deixado.

Secretária: Ah senhora Thay, ontem a dona Roberta esteve aqui lhe procurando e como a senhora não estava na empresa, ela deixou essa quantia. – Entregou as notas de dinheiro. – Ela também disse que deixou a mais por suas horas extras.

Thayane: Como? – Thay não havia acreditado no que acabara de ouvir. – Ela disse que deixou a mais pelas horas extras?

Secretária: Sim senhora.

Thayane: Eu não acredito! Quem ela pensa que sou?

Secretária: Como?

Thayane: Não, nada. Obrigada. – Pegou sua bolsa. – Eu vou dar uma saída, daqui a pouco eu volto. – Retirou-se.

Enquanto isso com Roberta.

Roberta também havia custado para pegar no sono. Pela manhã fez sua corrida, tomou seu banho e seu café e foi para sua boate. Era hoje a inauguração e ela queria se certificar de que nada daria errado. Assim que chegou já entrou em reunião com a fornecedora das bebidas.

Michele (fornecedora): Não acredito que você não se lembra de mim!

Roberta: Realmente não to lembrando.

Michele: Eu fornecia as bebidas pra boate que você tocava há um tempo atrás. A Mix!

Roberta: Ah! Lembrei. Mas eu mal te via.

Michele: É, mas eu te via e muito. Então quer dizer que agora você é a dona dessa casa?

Roberta: Na verdade uma das donas.

Michele: Bacana. Parabéns!

Roberta: Obrigada. – Sorriu.

Michele: Então vamos tratar dos negócios.

Elas conversaram durante uma hora, mais ou menos, e um pouco antes da reunião acabar, e elas ouviram um alvoroço no lado de fora da sala.

Vanessa (uma das funcionárias da boate): A senhora não pode entrar, ela está em reunião, por favor!

Thay invadiu a sala de Roberta.

Thayane: Eu vim devolver o seu dinheiro, Roberta. Você pensa que eu sou o que?

Roberta: O que? – Beta não entendia nada.

Thayane: Não se faça de boba, você sabe do que eu to falando!

Roberta: Thay, vamos...- Thay a interrompeu.

Thayane: Vamos nada, Roberta! Eu só vim devolver seu dinheiro. – Jogou o dinheiro sobre a mesa e retirou-se batendo a porta.

Roberta não fazia a mínima ideia do porque da reação de Thay. Michele a olhava tentando segurar o riso.

Roberta: É...me desculpe por isso.

Michele: Tudo bem. Suponho que ela seja uma de suas conquistas, acertei?

Roberta: O que?

Michele: Você pegava geral na boate, Roberta. Ela deve ser mais uma.

Roberta: Não, não. Enfim. – Coçou a cabeça. – É...vamos continuar a reunião.

Assim que a reunião acabou, Roberta sentou-se em sua cadeira tentando entender o que havia acontecido com Thay.

A noite chegou rapidinho, Beta já estava na boate morrendo de ansiedade para abrir a casa logo. May, Diego, Chris e Angel chegaram uma meia hora depois que a casa abriu e ficaram a espera de Roberta que mantinha-se no escritório. Thay e Vitor chegaram quase junto com o pessoal e se juntaram a eles.

La pela uma da manhã e um dos DJs parou a música para anunciar os donos da casa.

xXx: Galera, presta atenção aqui! É com o maior prazer que eu apresento pra vocês os donos da boate Cine, que eu não tenho dúvidas de que será um enorme sucesso! Leonardo e Roberta!

O pessoal da boate aplaudia enquanto os dois entravam na cabine de DJ.

Mayane: Eu to vendo mesmo ou a caipirinha já fez efeito? É a Roberta ali?

Christian: Caralho, a Beta é uma das donas!

Angel: Não da pra acreditar!

Diego: Essa baixinha sempre aprontando!

Leonardo e Roberta cumprimentaram o pessoal, contaram um pouco de suas trajetórias pelo mundo da noite e como chegaram na ideia de abrir a boate. Logo eles deixaram que a festa continuasse rolando.

Roberta foi até a mesa de seus amigos cumprimentá-los.

Roberta: E ai gente.

Diego: Boa noite senhora Roberta! – Eles sorriram.

Roberta: Pára com isso gente.

Cada um deu-lhe um abraço e desejaram sorte, claro, a encheram de perguntas também.

Christian: Primeiro dia e a casa ta lotada desse jeito!

Roberta: É. Esse sucesso todo se deve a Thay, ela quem divulgou a boate.

Angel: Então você sabia e não falou nada?

Thayane: Foi. – Sorriu forçado.

Vitor: Parabéns Roberta, essas divulgação tirou o sono da Thay, mas valeu a pena. – Sorriu e a abraçou.

O pessoal ficou olhando e temendo qualquer reação de Roberta.

Roberta: Obrigada. – Beta olhou Thay. – Obrigada por tudo também, Thay.

Thayane: Não precisa agradecer, só fiz o meu trabalho.

Todos na mesa, exceto Vitor, sentiram o balde de água com gelo que Thay havia jogado em Beta. Ninguém se atreveu a falar nada a respeito, May como em todos os momentos tensos entre as duas, trocou de assunto.

Thayane: Eu vou ao banheiro. – Retirou-se.

Roberta apenas a acompanhou com os olhos, esperou alguns segundos e saiu da mesa com uma desculpa qualquer, indo atrás dela. Assim que Thay entrou no banheiro, Beta a segurou pelo braço.

Roberta: Espera! A gente precisa conversar. – Thay soltou seu braço da mão de Beta.

Thayane: A gente não tem nada pra conversar.

Roberta: Ah, temos sim! Você entra no meu escritório me falando aquelas coisas todas, me corta na frente dos nossos amigos e eu nem sei o porque disso.

Thayane: Ah não sabe? – O tom delas aumentou.

Roberta: Não. Não sei. O que eu te fiz?

Thayane: Eu simplesmente devolvi o dinheiro que você pagou pela noite comigo.

Roberta: O que?

Thayane: É isso mesmo! Você pensa que eu sou o que?

Roberta: Você ficou doida? Eu paguei a mais sim, mas foi por você ter ficado varias vezes trabalhando comigo, além do seu horário. Eu nunca paguei e nunca vou pagar mulher pra dormir comigo, ok? Se eu passei a noite com você foi por...- Beta calou-se.

Thayane: Foi por que Roberta? – Foi por amor, mas Beta não iria confessar isso.

Roberta: Eu pensei que você me conhecia. – Ambas abaixaram o tom de voz.

Thayane: Muita coisa mudou nesses anos em que você esteve fora, Roberta.

Roberta: Nem tudo. – Elas se olhavam nos olhos.

Thayane: Eu acho que tudo mudou. – Mentiu.

Roberta: Não foi o que os teus beijos me demonstraram.

Roberta soube calar Thay. Elas ficaram apenas se olhando. Ninguém se atreveu a falar uma palavra. O encanto foi quebrado quando alguém entrou no banheiro. Elas se afastaram um pouco e seus olhares se perderam um do outro.

Roberta: Melhor eu voltar pra pista. – Ajeitou sua franja.

Thayane: Logo mais eu vou.

Roberta sentiu que Thay não daria o braço a torcer e resolveu deixá-la lá. Ao voltar para pista, Beta não teve mais sossego, o pessoal a chamava a todo instante. Todos queriam lhe dar parabéns ou apenas trocar uma palavrinha com a dona da boate.

Depois que Beta saiu do banheiro, Thay ficou se olhando no espelho e relembrando tudo o que havia vivido com Beta. Ela sentia muita saudade delas, mas tinha medo de assumir isso. Após alguns minutos trancafiada naquele banheiro e ela voltou para junto do pessoal na pista.

Lá pela três horas da manhã e Christian avistou Beta.

Christian: Ei! Não esquece dos amigos! – Beta sorriu e bagunçou seu cabelo.

Roberta: Jamais! O problema é que mal da pra sentar e tomar uma com os amigos. Sempre acontece algo e eu tenho que ir no escritório resolver.

Vitor: Começo de negocio é assim mesmo. Você mal tem tempo de aproveitar do sucesso. Mas não se preocupe, logo logo essa fase passa e você vai poder ficar só olhando tudo. – Sorriu e ela sorriu junto. Forçado, claro.

Mayane: Mas então, tem muito detalhe pra cuidar né? – Tentou puxar um assunto qualquer, mas caiu no mesmo.

Roberta: É sim. Detalhe pra ficar em cima não falta. Você dá jeito em um e já tem mais cinco pra cuidar.

Vitor: A propósito, por que uma boate gay? – Todos olharam Beta, principalmente Thay. Se quisesse, Beta poderia desmascarar Thay ali mesmo.

Roberta: Estratégia de marketing. – Tomou um gole do whisky do Chris.

Vitor: Como assim?

Roberta: Se você for pensar, um hetero se sente a vontade indo em uma boate GLS, mas a maioria do pessoal homossexual não se sente a vontade em uma boate hetero, por medo da repressão.

Vitor: Muito bem pensado.

Roberta: Você tem preconceito?

Vitor: Não.

Roberta: E se alguém próximo a você se assumisse homo ou bi? Um amigo, quem sabe ou até um parente? – Thay a comia com os olhos.

Vitor: Não consigo imaginar alguém próximo a mim se assumindo homo ou bi. Acho que conheço todos muito bem. Agora, caso acontecesse, acho que não seria fácil aceitar logo no começo, mas dependendo de quem fosse, com o tempo né?

Roberta: É, mas a vida é cheia de surpresas, as vezes achamos que conhecemos as pessoas, mas não é bem assim. Geralmente um gay ou um bi não assumido, não se assume por medo de repressão mesmo.

Vitor: Preconceito é coisa séria mesmo. Hoje em dia da até morte.

Mayane: É, mas cada um sabe o que é melhor pra si, não é? – Tentou finalizar o assunto.

Angel: Eu concordo com a May.

Christian: E eu quero mais um whisky!

Diego: Opa, to contigo, Chris.

Roberta: Bem, eu vou dar mais uma volta. Qualquer coisa eu to por aí. Precisando é só chamar. – Beta olhou Thay. – Boa festa pra vocês. – Retirou-se.

Thay quase enfartou com o assunto de Beta e Vitor, por um momento ela achou que Beta iria entregá-la.

Roberta assim que saiu da mesa do pessoal, foi dar uma volta pela pista. Na verdade, ela só queria sair de perto do Vitor e de Thay. Ela andou, andou, andou até chegar em seu escritório. Assim que sentou em sua cadeira, ela pegou uma dose de whisky e relembrou da conversa com Thay no banheiro.

Roberta: Toma jeito Roberta, toma jeito! – Deu um gole grande em sua bebida.

Meia hora depois e ela resolveu sair do escritório e dar mais uma volta, afinal, aquele era seu dia de brilhar. Ao descer as escadas, ela deparou-se com uma garota que parecia perdida.

Roberta: Posso ajudá-la?

xXx: Ah! Que susto. – Sorriu. – Pode sim. Eu queria ir pra pista de cima, mas é a segunda escada que eu subo e desço e não acho a pista. – Beta sorriu.

Roberta: Duas escadas? Tem certeza? A única que tem aqui e que não é a da pista é essa que da pro escritório.

xXx: Sério? Então a dose de caipirinha foi mais forte do que eu pensava. – Elas riram. – Você é a dona da boate, não é?

Roberta: Uma das donas.

xXx: E o que faz no escritório? A festa ta bombando!

Roberta: Eu estava resolvendo umas coisas. Mas e você, ta sozinha?

xXx: Mais ou menos.

Roberta: Mais ou menos sozinha é como? – Elas sorriram de novo.

xXx: Briguei com a minha namorada aqui e me perdi dela.

Roberta: Se perdeu?

xXx: É. Sem querer.

Roberta: Sem querer, é? – A garota sorriu. – Entendo.

xXx: Ta bom, ta bom. Brigamos e ela foi embora.

Roberta: Xii. Ela não tem medo de deixar você sozinha aqui?

xXx: Por que deveria?

Roberta: Sei lá, você é linda, com todo respeito, claro! – Sorriu. - E ta cheio de meninas solteiras aqui. Além de meninos heteros, claro.

xXx: Ela não deve nem ta pensando nisso.

Roberta: Palhaça (Se referiu a tal namorada da garota)! Com todo respeito, claro. – A garota sorriu mais uma vez.

xXx: Não me faz rir que eu to apertada.

Roberta: Sabe onde fica o banheiro?

xXx: Acho que sim.

Roberta: Bem, vou deixar você ir ao banheiro antes que aconteça um acidente. – Sorriu. – O banheiro fica pra esquerda e as escadas pra segunda pista fica pra direita. É só seguir nessa e você vai vê-la.

xXx: Certo. Obrigada então.

Roberta: Não precisa agradecer. Até mais.

xXx: Até. – Retirou-se.

Depois de andar mais um pouco e conversar com algumas pessoas, Beta voltou a mesa de seus amigos.

Roberta: E aí, tudo em ordem?

Diego: Tudo sim, Beta. – Chegou junto com May da pista.

Mayane: O Chris e a Angel tão se acabando na pista.

Roberta: Esses dois não mudam.

Vitor: Eu vou ao banheiro. Com licença. – Retirou-se.

Alguns minutos se passaram, Beta conversava com todos na mesa e tentava se manter normal com Thay. Todos riam e brincavam até que alguém sem querer deu um encontram em Beta.

xXx: Opa! Desculpa. – Beta a olhou.

Roberta: Ah é você. – Sorriu. – Achou o banheiro?

xXx: Achei sim. Até a segunda pista, acredita?

Roberta: Olha, que progresso! – Elas sorriram. – E a namorada, achou?

xXx: Não. Nem acho mais hoje, tenho certeza. – Ela viu que Beta estava acompanhada e bem acompanhada. – Bom, to indo que eu tenho que procurar meu irmão e a namorada dele. Foi bom te rever.

Roberta: Foi bom te rever também. Boa sorte na procura. – A menina sorriu.

xXx: Obrigada. – Retirou-se.

O pessoal da mesa se olhavam e riam. Exceto Thay, claro.

Christian: Hum, quem era? – Chegou da pista com Angel.

Roberta: Conheci ela a pouco.

Christian: Como se chama? – Beta pensou e se deu conta de que não havia perguntado o nome dela.

Roberta: Acredita que eu esqueci de perguntar?

Thay estava inquieta, ela não conseguia parar de mexer suas mãos e Beta sabia o que isso queria dizer. May também sabia e mais uma vez salvou a noite.

Mayane: Você não vai tocar mais, Beta?

Roberta: Vou, claro. Uma vez ou outra vou tocar sim. Só vou esperar acalmar um pouco.

Mais um tempo se passou, já era quatro e quinze da manhã, ainda haviam algumas pessoas na boate. Beta depois de dar mais algumas voltas, tinha voltado para mesa de seus amigos e ali havia ficado.

Mayane: Não sei se é a bebida ou foi o dia mesmo, mas me deu um soninho. – Bocejou.

Christian: Com certeza foi a bebida, você é fraca pra essas coisas.

Angel: Nisso o Chris tem razão.

Eles iam conversando, até que quem Thay menos queria, chegou.

xXx: Oi. – Sorriu.

Roberta: Oi. – Retribuiu o sorriso.

xXx: Incomodo?

Thayane: Imagina!

Roberta: Não, não. Quer falar comigo?

xXx: Só queria saber se tem algum ponto de táxi aqui por perto. Meu irmão e a namorada dela foram mais cedo e o carro tava com eles.

Roberta: Xi! É complicado. – Sorriu. – Você mora com sua namorada?

xXx: Não.

Roberta: Se quiser posso te dar uma carona. Já estou indo também.

xXx: Ah não quero incomodar. Um táxi me serve.

Roberta: Que isso. Não é incomodo.

xXx: Bem, então aceito.

Roberta: Certo. – Levantou-se. – Vou acertar umas coisas e vamos, ok?

xXx: Como quiser.

Roberta: Me espera aqui?

xXx: Espero você no bar.

Roberta: Ótimo. Daqui uns minutos eu vou lá. – A menina retirou-se.

Christian: Nossa, nem apresenta os amigos.

Roberta: Fiquei sem jeito de apresentar sem saber o nome dela. Na próxima eu apresento. – Sorrio. – Bom gente, eu to indo, vou acertar mais umas coisas antes de ir. Obrigada de coração por terem vindo nos prestigiar nesse dia tão importante.

Mayane: Se você não nos convidasse, te mataríamos!

Christian: Opa! A morena falou eu assino embaixo!

Angel: Foi um prazer, Beta.

Thayane: Parabéns! Tenho certeza de que a boate será um grande sucesso.

Thay não queria falar nada, estava tomada pelo ciúme, mas seria indelicado de sua parte. Depois da conversa no banheiro, Roberta não esperava que Thay falasse nada e se surpreendeu.

Roberta: Obrigada. Parte desse sucesso devo a você. – O pessoal a olhou e ela temeu um fora. – Aliás, ao seu ótimo trabalho. Obrigada. – Thay apenas sorriu e Beta retirou-se.

Angel: Bem, então vamos também né?

Thayane: Eu preciso ir ao banheiro antes. Vamos comigo, meninas?

Mayane: Claro.

As meninas retiraram-se. Assim que chegaram ao banheiro, May entrou correndo em uma cabine, pois estava apertadíssima. Angel apenas ajeitou seu cabelo e Thay lavou suas mãos, em silêncio.

Angel: Gostou mesmo da estrutura, Thay? – Thay não falava nada. Era se como ela estivesse com o pensamento longe, muito longe. – Amiga? Amiga! – Angel irritou-se. – THAY!

Thayane: Oi?

Angel: To a meia hora te chamando. O que foi?

Thayane: Nada.

Angel: É a nova amiga dela?

Thayane: É. Ela não me desce! Você viu que sínica? Pagando de amiguinha pra depois atacar!

Mayane: A Beta? – Apareceu fora da cabine já.

Thayane: Não, a amiga dela. Ai que raiva!

Angel: Tão sentindo o cheiro?

Mayane: Nem vem que não fui eu!

Angel: Não é isso!

Thayane: Então?

Angel: Cheiro de ciúminho. – Angel e May sorriram.

Thayane: Não to com ciúme!

Mayane: Não, imagina.

Thayane: AAAAAH, ta bom! Eu to com ciúme sim! To vermelha de raiva e de ciúme, com vontade de pegar aquela piriguete e colocar ela no lugar dela!

Mayane: E pegar o seu lugar? – Thay abaixou o olhar.

Thayane: Bateu saudade da época em que a Beta e eu íamos embora pra nossa casa juntas, depois da boate.

Mayane: Nossa casa? Eu ouvi direito?

Thayane: To com raiva de mim.

Angel: Por que?

Thayane: Eu sofri tanto com a ausência dela, que agora que ela está de volta, eu to fazendo tudo errado!

Antes que elas prosseguissem com o assunto, o celular de Angel tocou.

Angel: Xi. É o Chris, fiquem quietas. Alô?

Christian: Vocês vão demorar muito, amor? A gente quer ir embora logo.

Angel: Já estamos indo, Chris. Beijinho. – Desligou.

Thayane: Vamos. Outro dia conversamos melhor.

Elas voltaram para a pista e cada um foi para suas respectivas casas.

Roberta avisou DJ que ia embora e acertou mais umas coisas pendentes, logo pegou sua bolsa e foi de encontro a tal menina.

Roberta: To pronta. Vamos?

xXx: Claro.

Elas seguiram para a moto de Roberta.

Roberta: Pode subir. – A menina ficou olhando para a moto.

xXx: É sério?

Roberta: O que?

xXx: Que essa moto é sua. – Beta sorriu.

Roberta: Sim. Gosto de correr com moto, mas essa é minha bebê. Só uso pra passeio. – Entregou o capacete. – Ta com medo? – A menina sorriu.

xXx: To dentro. – Pegou o capacete.

Logo elas subiram na moto e Beta dirigiu-se em direção a casa da menina, conforme ela ia explicando. Minutos depois e elas chegaram.

xXx: Gostei. Você leva jeito. – Desceu da moto e entregou o capacete.

Roberta: Obrigada. – Guardou o capacete. – Vai parecer idiota essa pergunta ser feita só agora, mas eu preciso fazê-la. – A menina prestava atenção. – É, qual seu nome? – A menina riu.

xXx: Meu nome é Clara. – Esticou a mão. Beta ofereceu a sua também.

Roberta: Prazer, Clara. Lindo nome. Como você já sabe, me chamo Roberta.

Clara: Obrigada. Bem, se eu te convidar pra entrar você entenderia como se eu fosse fazer algo a mais acontecer? – Beta sorriu.

Roberta: Entenderia sim, mas como você me perguntou, não entenderia não. – Elas riram. A conversa estava confusa, talvez pela bebida.

Clara: E então?

Roberta: Obrigada, mas fica pra uma outra vez. To precisando de um banho e da minha cama, urgente. O dia foi cansativo.

Clara: Claro. Então, obrigada pela carona e mais uma vez, parabéns pela boate.

Roberta: Obrigada. – Elas se despediram com um beijo no rosto e Beta foi embora.

Assim que chegou em seu apartamento, Roberta tomou um banho, fez um lanche e deitou. Como de costume, antes de pegar no sono ela ficou pensando em Thay. Ela não havia gostado do jeito que Thay falou com ela mais cedo, mas adorou vê-la com ciúme. Beta olhou algumas vezes para o celular e pensou em ligar, mas não teve coragem. Enquanto ela estava com seu olhar fixo na tela de seu celular, ele tocou. Era número confidencial. Ela não gostava de atender a esse tipo de chamada, mas era madrugada e podia ser alguma coisa de importante. Ela disse algumas vezes alô sem ter resposta e logo a pessoa do outro lado da linha, finalizou a chamada.

Roberta: Palhaçada!

Ela esperou mais alguns minutos para ver se a pessoa ligava novamente, mas como seu celular não tocou, ela o deixou de lado e minutos depois, pegou no sono.

A pessoa que estava do outro lado da linha era Thay. Ela havia ligado com intuito de pedir desculpas por mais cedo e nos segundos em que ficou ouvindo Beta dizer alô, tomava coragem para falar. Thay foi obrigada a finalizar a chamada quando Vitor saiu do banho. Durante alguns minutos ela rolou na cama e após pegou no sono.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Além da Eternidade - 1° temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.