We fit together escrita por Kiara H
P.O.V Aria
Não consegui me concentrar na aula. Quando finalmente chegou o intervalo, sabia que estava chegando a hora. Lembrei-me que deveria conversar sobre o livro, mas nem tinha pegado nele. Pedi ajuda para a única inteligente da operação, Spencer. Ela estava sentada comendo salada. Sentei-me ao seu lado.
–Spencer! – digo, colocando a bandeja na mesa – Preciso da sua ajuda.
– Operação Fitz? – ela diz com um sorriso bobo. – Deixe eu adivinhar, precisa de ajuda para puxar assunto sobre o livro.
– Exatamente. Eu não sei o que falar com ele. – digo nervosa.
– Super fácil. O livro é mistério. A esposa do cara desaparece, e ele a procura por todos os lados. Só então decide avisar a polícia, e a culpa cai sobre ele. – ela diz, e eu com os olhos pregados nela presto total atenção. - Você leu o livro?
– Não. – eu digo rindo.
– Ah, droga. Vai ser um pouco mais difícil. Ok, você já sabe o principal. Então as investigações começam e eles acham o diário dela que mostra coisas ao contrário. Você pode ficar com dúvida sobre o marido dela. Ele é homem, nunca vai querer acusar o cara. Então mantenha sua opinião e intimide-o. Depois o chame para um café, na Philadelphia como a própria Ali sugeriu. – ela diz com um tom de vitoriosa.
– Obrigada Spencer. Gostaria de ficar e conversar, mas tenho territórios para conquistar.
Ela sorriu e fez uma reverencia com a cabeça. Deixei minha bandeja na mesa, tinha brócolis, o prato preferido de Spencer. Resolvi deixar para ela, um presente de agradecimento. Empinei o nariz e arrumei a postura até chegar à sala do Fitz. Bati a porta e ele olhou para mim. Aqueles lindos olhos castanhos me deixaram trêmula e no mesmo segundo esqueci o que iria falar. Isso nunca aconteceu. Minhas pernas ficaram bambas, mas estava bem. Ele fez um gesto para indicar que eu podia entrar.
– Desculpe incomodar Sr. Fitz. – digo fechando a porta.
– Sem problemas, Srta. Montgomery. – ele disse formal, arrumando alguns papeis.
– Por favor, me chame de Aria. – digo com um sorriso.
– Tudo bem! – Ele sorri também. Fiquei hipnotizada por aquele lindo sorriso. Mas ele me acordou do meu “sono”. – Então, qual seria a sua dúvida.
– Ah, é! – digo – Desculpe. Bom, eu comecei a ler o livro, mas ainda não terminei. Mas criei uma opinião bem forte e queria saber se você aprovaria ou não, já que é meu professor.
Droga, eu não deveria ter falado que ele era meu professor. Até porque era errado um relacionamento entre aluno e professor. Tudo bem Aria, sem mais deslizes agora.
– Claro. Acho importante ver a opinião de meus alunos. – ele disse. Perdi a esperança quando ele disse alunos. – Gosto de me relacionar com vocês, gosto mesmo. – ele disse. Posso interpretar do jeito que preferir. Então em breve vamos nos relacionar, querido Fitz.
– Depois que Margaret sumiu, o marido demorou um pouco a contatar a policia. – começo – Acho que ele tem um pouco de culpa nisso. Ele contatou após alguns vizinhos perceberem a movimentação na casa, pelo o que parece Margaret era bem elétrica. Era pintora e gostava que cantar pela casa, então após não verem isso os vizinhos estranharam.
– Sim, ele demorou. Mas foi apenas porque ele estava tendo certeza que ela tinha desaparecido. Dar uma informação errada a policia com certeza seria um grande erro. – ele disse. Spencer estava certa, homens não aceitam a culpa cair em um companheiro.
– Talvez não. Acho que ele está relacionado com o desaparecimento da esposa. Ele poderia ter uma amante, e ela cansada de enrolação seqüestrou Margaret. – digo convencida.
– Então a culpa seria da amante, não do marido. – ele diz com um sorrisinho.
– Talvez o marido tenha obrigado-a fazer isto. – digo, começando a ficar competitiva.
– E talvez Margaret sumisse porque fugiu. – ele disse com convicção.
– Ela não fugiria, ela gostava do marido e do trabalho que tinha. – digo – Ela poderia fugir se descobrisse a traição.
– Talvez. – ele disse, começando a aceitar a possibilidade. – Terá de esperar até o final do livro.
– Eu li até o final. Ele acaba com uma carta que Margaret escreveu em seu diário explicando o que aconteceu. Mas ela está cortada pela metade e o sangue dela foi encontrado em uma das roupas do marido. – digo convencida. Menti para a Spencer, eu sei. Mas estava desesperada.
– Muito bem, Srta. Montgomery. – ele disse satisfeito.
– Já disse para me chamar de Aria. – disse nervosa. Não gosto que me chamem de Montgomery.
– Tudo bem Aria. – ele disse piscando.
– Que tal irmos tomar um café? – eu digo por impulso. Ele fica meio nervoso, talvez por medo de significar algo.
– Eu iria adorar. – ele diz com um sorriso.
O sinal toca e vou para o armário. A próxima aula era de literatura, então teria aula com o Fitz após a conversa. Acho que despertei algum interesse nele. Contei para as meninas o que havia acontecido, e elas ficaram felizes. Hanna me acompanhou até a sala, já que tentaria fazer para ganhar créditos. Spencer foi para casa, Alison foi treinar e Emily também.
Entramos na sala e nos sentamos, ela bem atrás de mim. O Sr. Fitz escreveu o nome do livro na lousa e começou uma breve discussão sobre o livro. Fiquei feliz ao ver que ele levou minha opinião em conta também, dizendo que era de uma amiga. Hanna olhou para mim e confirmei com a cabeça. Ela ficou feliz. Disse que teria de entregar meu telefone para ele. Eu achei a idéia absurda. Ele passou uma atividade para fazermos em dupla. Fiz com a Hanna.
Assim que tocou o sinal, tivemos que entregar. Ela pegou um pos-tit amarelo e escreveu meu telefone.
– Você está louca Hanna? – eu disse quase batendo dela.
– Confie em mim – ela disse colando o papel e saindo da sala. Entreguei minha atividade e sai. Mesmo querendo ver a cara dele ao ler o papel:
“555-9876
XO XO
Aria”
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
*A tão sonhada operação Fitz começou. Esse vai ser o primeiro casal a se juntar. Quer dizer, se é que vai dar certo. O que vocês esperam leitores?
Obrigada pelos comentarios!