P.O.V Spencer

Terça-feira. Me lembro de não gostar desse dia. Lembrava que a semana tinha começado e não havia nada para fazer contra isso. Essa terça-feira não foi diferente, a semana tinha começado e eu não podia fazer nada. Por mais que eu quisesse ficar vadeando, tenho de estudar. E também tenho uma tarefa difícil, descobrir mais sobre o que o Toby quis dizer.

– Spencer! – ela disse vindo correr ao meu encontro. Estava no refeitório dando mais uma lida no livro para o teste de física. – Oi!

– Aria, aconteceu alguma coisa? – digo. Fechei o livro assim que ela se sentou e retornou o fôlego.

– Não; quer dizer, sim. – ela disse. – Lembra que o Sr. Fitz me chamou na sua sala?

– Sim. Tentei ouvir pela porta, mas ele fechou-a.

– Então, eu fiquei sem graça pelo bilhete então me desculpei. Ele disse que tinha gostado. – ela disse e fiquei de boca aberta. – E tem mais, ele me chamou para sair.

– Uau! Fitz não perde tempo! – digo com uma risadinha. – Quando vai ser?

– Quarta-feira; à tarde. Vamos tomar um café na Philadelphia. – ótimo lugar, não muito perto, nem muito longe. Dificilmente alguém os veria. – Oh meu deus! Preciso de ajuda para arrumar uma roupa!

– Sinto muito, mas não posso hoje. Tenho aula com o Toby.

–Tudo bem. Eu vou ver com a Hanna. – ela iria com a Alison, mas estamos brigadas. Mas o motivo é o mais bizarro: Noel.

P.O.V Hanna

Aria me procurou a tarde e fomos fazer compras. Parece que a operação Fitz deu mega certo. Ela estava experimentando sua 8º roupa. Uma calça jeans preta com uma blusa onde estava escrito curta a natureza, em francês. Junto com uma jaqueta de couro e uma bota de cano curto com cadarços.

– Ainda está brava com a Alison?

– Um pouco. Não foi justo ela ter falado do Sr. Fitz, ela não entendeu que estávamos tentando protegê-la. Ele pode ser um psicopata. – ela disse. – Mas faria a mesma coisa com ela se fosse com o Ezra. Ela está apaixonada, mas também não foi certo falar para todo mundo ouvir.

– Eu andei investigando e parece que a história do Noel é de verdade. Ele perdeu o celular no treino. Ele até comprou outro junto com o chip e também a conta do antigo telefone veio alta com ligações apenas para um número. – digo, com ar de investigadora.

– Hanna, você andou dando uma de investigadora? – ela disse indignada. Porque ninguém acredita que eu sei desvendar mistérios! - Acha que foi a Caroline? Ela não gostava da Alison.

– Não sei. Um dia vi um garoto novo conversando com ela. Ele fez alguma coisa para ela, talvez tenha sido isso. – digo. – Mas não sei, ainda não terminei o livro de mistério que estou lendo.

– Que livro Hanna? Estamos falando sobre a Alison e o afogamento dela. – ela disse, como se eu fosse louca.

– Eu sei, mas eu estou seguindo as pistas do livro que o seu namorado mandou ler. Mas parei aí. Não sei o que fazer. – digo.

– Ele não é meu namorado! – Aria diz nervosa. Ouvimos uns barulhos estranhos como se alguém estivesse nos observado e depois fugido. Aria também ouviu porque logo ela disse: – Quem está aí?

P.O.V Spencer

Elas estavam sentadas no refeitório, do jeito que mandara. Aria ainda não tinha falado com a Alison e a Alison ainda não tinha falado com a Aria. Sentei e dei um oi coletivo, sem retribuição.

– Olha, todas fomos umas idiotas. Não devíamos ter discordado de você, Ali. Mas fizemos isso porque nos preocupamos contigo. E você também não devia ter dito aquilo e principalmente na frente de todos. Nos preocupamos com você e somos amigas. Qual é! Vamos acabar logo com essa guerra e conversar sobre o que realmente importa. Tudo bem?

Elas concordaram. Hanna nos contou o que descobriu e Aria complementou que ela descobriu isso lendo um livro. Ficamos impressionadas. Aria disse que tinha um encontro com o Ezra e Emily ia ao baile dos calouros com Maya, a nova integrante do time de natação. Alison ainda não havia se decidido sobre Noel. E eu, bom. Eu precisava contar para elas o que havia descoberto sobre o Tobby.

Tudo começou quando toquei a campainha de sua casa. Estava calor, eu usava um short e uma blusinha regata preta junto com o meu mocassin preto. Ele abriu a porta, estava com uma camisa branca escrita alguma coisa em inglês, não sei ao certo o que era não prestei atenção. Usava uma calça jeans surrada, e um tênis. Seu cabelo estava brilhando e me perdi por alguns segundos quando ele finalmente disse:

– Oi Spencer.

– Oi Tobby. – aquelas palavras nos ligaram de certa maneira surpreendente. O que estava acontecendo? Eu estava apaixonada? E porque eu apenas percebi isso hoje? Ele estava com chaves na mão e fechou a porta atrás de si. – Vai sair?

– Nós vamos. – NÓS? NÓS? Eu e ele? Oh, meu deus! Ele foi andando para o carro e enquanto eu perguntava para onde íamos, o que iríamos fazer.

– Toby eu preciso de uma explicação e tem de ser agora. – digo, enquanto ele entra no carro e fecha a porta.

– Eu prometo que vou te contar a verdade de tudo. Do incêndio, Alison e o porquê de eu ter guardado segredo. Mas não aqui, por favor, entra no carro.

Abri a porta e entrei. Coloquei o sinto e ele começou a dirigir. Não sabia para onde iria, nem o que iria fazer. Mas precisava saber a verdade.

CONTINUA...