Milenna, André e Monique estavam no térreo quando as luzes começaram a piscar. O lustre a cima da cabeça de todos balançava, de um lado a outro, de forma estranha, pois nem vento ali havia.

– o que está acontecendo? – perguntou André se afastando de baixo do lustre.

De repente as luzes se apagam, ouvem-se barulhos, a escada começa a ranger, o barulho forte começa a diminuir, como se alguém subisse as escadas e desaparecesse ao final.

As luzes voltam ao normal, Milenna está parada perto da escada e André está a alguns passos dela, Monique está sentada no sofá, com os braços entrelaçados em suas pernas, como se o medo a consumisse.

– o que houve? – pergunta Milenna deixando escapar uma lágrima, ouve-se um grito abafado, seguido de mais uma piscada de luz.

– Sasha – sussurra André, que corre em direção da escada.

A escada range mais alto a cada passo dado pelos três amigos subindo, na esperança de encontrar Sasha sã e salva.

Eles rumam devagar até a porta do banheiro onde Sasha estava, a porta ficava em um extenso corredor a direita da escada, junto com mais três portas logo em seguida.

As mãos trêmulas de André seguram a maçaneta da porta marrom com força, as duas garotas logo atrás dele demonstravam sentimento de medo e aflição.

André, sem coragem de abrir a porta, pensa em recuar, mas sabia que era tarde demais. Virou a cabeça um pouco para o lado e fechou os olhos, na esperança de que isso abafasse sua dor, de medo.

Em um movimento repentino André girou a maçaneta, fazendo a porta abrir. Um ar quente de fumaça saiu pela porta, abafando o ambiente a sua volta. A névoa no banheiro deixava quase tudo invisível.

– Sasha? Sasha você está aí? – perguntou Monique segurando o telefone celular com força.

Os três adentraram no banheiro, Monique avançou até o box, enquanto os outros dois observavam a fumaça em sua volta, procurando algo que dissesse o paradeiro de sua amiga.

Monique seguiu o rastro de roupas de Sasha no chão, que davam para uma cortina longa de cor branca e... Vermelha? Partes da cortina manchadas de um tom de vermelho escuro, quase como... Sangue.

Seguido dos dois amigos, ela abriu a cortina o mais rápido que pode, como se retirasse um band-aid de seu machucado, como se a dor fosse ser menor.

Tontura seguido de enjôo foi tudo isso que Monique conseguiu sentir ao ver o corpo da amiga jorrando sangue. André fazia sinal de que iria vomitar, e Milenna sentia seu corpo sendo levado para outro lugar, como se fosse desmaiar novamente.

Os três se entreolharam e rapidamente correram pra fora, as luzes novamente começaram a acender e apagar repentinamente, deixando-os sem campo de visão.

Enfim as luzes se apagaram por completo, ouvia-se o barulho de uma pessoa descendo, mas foi só isso que se ouviu...