The Wedding escrita por Natalia Lima


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Nos vemos nas notas finais, boa leitura!



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Anteriormente em The Wedding...


Subi rapidamente as escadas, não disposto a deixar o conselheiro esperar mais.


Algo que me arrependi fortemente. Se pudesse voltar no tempo e ter ficado a tarde toda com America, teria feito sem dúvidas.


– Anthony Stewart. – falei, tentando não deixar todo o desprezo que sentia por ela transparecer em minha voz – O que faz aqui?


– Sua educação já foi melhor, rapaz. – respondeu-me cinicamente.


Isso não será bom.


Definitivamente.


[...]


– A que devo a honra de sua presença, Anthony? – perguntei, colocando todo o sarcasmo possível em minhas palavras.


– Creio que isso já foi longe demais, Maxon. Já é hora de você agir como um homem de verdade. – respondeu.


– E você está se referindo à...? – dei liberdade para ele continuar.


– Escola e hospital para os Seis? – indagou-me.


– Não existe “Seis”, Anthony. Deveria estar atualizado das novas regras do governo. – provoquei.


– Recuso-me a acatar essas infantilidades que você chama de “novas regras do governo”. – exaltou-se.


– Já que custa tanto aceita-las, sinta-se à vontade para deixar a mesa do conselho. Não preciso de pessoas que não me apoiam, Anthony. Só daremos certos se todos ao me redor me apoiarem. – disse, sucinto.


– Como se eu fosse o único que não vai concordar com suas molequices. Se eu sair, outros vão me acompanhar. – pude sentir um traço de ameaça em suas palavras. Sim, eu sabia da influencia de Anthony no conselho.


– Seria tudo mais fácil se vocês simplesmente me apoiassem. – disse, suspirando.


– Seria tudo mais fácil se você não tivesse o comportamento de uma criança birrenta. – rebateu.


– O senhor critica tanto meu comportamento, mas o único se assemelha à uma criança birrenta aqui, é o senhor. Nenhum conselheiro veio com palavras tão cruéis desse modo em minha sala. Repense seus conceitos, Anthony. – falei.


– Ora, rapaz... – começou enfurecido.


– Devo lembra-lo novamente que sou seu Rei? – cortei-o. – Peço por gentileza que saia da minha sala.


– Isso não ficará assim, Majestade ­– nem mesmo tentou esconder seu desprezo, ao pronunciar a última palavra. – Nos vemos na reunião do conselho amanhã.


– Então, até lá, Anthony. – disse, finalizando a conversa.


Não seria um dia nem um pouco fácil.


[...]


Estava sentado na poltrona da ponta, na mesa que ficava na sala de reunião. Ao todo eram dez conselheiros, agora onze, pois havia adicionado Gregory. Os outros dez eram Louis Cleverson, Chase O’Brian, Matthew Slater, Frank Corner, Henry Taylor, Peter Thompson, Gabriel Donatelle, Marcus Waters, Thomas Banttons e Anthony Stewart.


Eles estavam com meu pai desde o inicio e Marcus, o mais velho de todos os conselheiros, ajudou até meu avô.


– Boa tarde, senhores. – comecei, diplomático. – Creio que tempo se excedeu e já era hora para nos reunirmos. Venho aqui para tentar sintonizar meus pensamentos, com o pensamentos dos senhores. Reconheço que os últimos tempos foram conturbados e até mesmo assustadores para nós. Mas também reforço minha opinião de que uma mudança era necessária.


“A maioria de vocês é de um tempo diferente, de um governo diferente. Assim como vocês, não imaginei que a responsabilidade de governar Illéa estaria em minhas mão tão rápida e abruptamente.”


– Responsabilidade? Como ousa chamar de responsabilidade, o modo que você meche com todas as normas como se fossem peças de um jogo de xadrez? – demorou mais que pensei para Anthony soltar suas ácidas palavras.


– Stewart, deixe-o terminar. – repreendeu Marcus.


Foi o que fiz.


– Mas não estamos aqui para discutir o desenrolar do destino, mas sim para discutirmos o que for preciso para que haja união em nosso conselho. Não posso ter um bom governo se nossas opiniões estiverem divergindo e não houver acordo entre nós.


“Há poucos dias, recebi a visita do senhor Anthony Stewart, onde ele deixou bem claro o seu descontentamento com as medidas tomadas por mim. Segundo Stewart, minhas ações não podem ser reconhecidas como ações de um líder, pois para ele não passo de um moleque.”


Pois bem, estamos aqui para discutir exatamente. Quero saber a opinião de vocês sobre isso. Quais de vocês me apoiam ou não. Faço o mesmo convite que fiz a Anthony: os que não concordam com as medidas tomadas por mim até agora, sintam-se à vontade para deixar a mesa do conselho.”


Deixei minhas palavras plainando no ar, até que Louis decidiu falar.


– Creio que nossa função aqui é a de ajudar o Rei. O nome de nossa função já diz tudo sobre o nosso trabalho: conselheiros. Auxiliar vossa Majestade nas decisões tomadas por ele. Cada Rei tem seu plano de governo, esse é o do Rei Maxon. Antes de conselheiros, somos cidadãos de Illéa, temos que acatar as regras do nosso governante. Eu sou à favor, Majestade.


– Agradeço seus apoio, senhor Louis. – disse.


– Há tempos acompanho Illéa em seu desenvolvimento. O papel mais difícil foi o de seu avô. Ele teve que realizar várias medidas que facilitassem o domínio, por assim dizer, da sociedade. Acredito que o que mais está pesando em seu plano de governo é a eliminação das castas.”


“Seu avô deixou tudo preparada para seu pai, do mesmo modo que seu pai estava deixando tudo pronto para o senhor. Porém, vossa Majestade escolheu o caminho mais difícil, é a minha função ajuda-lo a colocar tudo isso em prática. Sou à favor, Majestade. – falou, Louis.


– Marcus, muito obrigado. – respondi.


– E só porque vossa Majestade escolheu o caminho mais difícil temos que sofrer as consequências também? Tentar mudar o sistema que impera há anos em nossa nação é como dar um tiro em seu próprio pé. O que isso pode se tornar me assusta.”


“São mudanças muito grandes para um novo governo. Elas teriam que ser implantadas aos poucos. Desculpe-me, majestade. Mas acho irresponsabilidade de sua parte fazer isso. Não estou à favor. – esta foi a opinião do senhor Slater.


– Agradeço a sinceridade, Matthew. – disse.


– Também acho que devo apoiar a decisão do meu Rei. Sou à favor, Majestade. – falou, Chase O’Brian.


– Tudo que tinha que ser dito, foi dito. Assim como confiamos em Vossa Majestade, também esperas nossa confiança no senhor, eu o apoiarei. – murmurou Frank Corner.


O mesmo apoio foi dado pelos outros membros do conselho, até chegar a vez de Stewart se pronunciar.


– Vejo que o único que enxerga como esse plano é descabido, é meu companheiro Matthew. De verdade, não sei o que houve com vocês, senhores, por caírem na ladainha desse garoto. Deveriam seguir meu plano e “sair do barco antes que ele afunde.”


“Clarkson sempre me alertou de como você vivia com a cabeça nas nuvens e isso só se agravou com a mulher que escolheu para ser sua esposa. Agora vejo como os dois tem pontos em comum, são duas crianças. Bom, acho que não posso ser mais claro que isso, mas de qualquer forma declaro: não estou à favor e nunca estarei.”


– Você deve respeito perante sua majestade e o conselho, Stewart! – exclamei enfurecido.


– Faço bom proveito de seu governo e seu conselho, Maxon. – debochou.


– Exijo que se retire. Agora. – ordenei.


– Com prazer. E aos meus antigos companheiros, depois não me procurem quando tiverem arrependidos. – falou com um sorriso ironico.


– Saia, Stewart! – ordenei novamente.


– Até mais, Majestade. – disse, após fazer uma reverencia. Como podia ser tão cínico?


– Até nunca. – respondi, sentando-me na poltrona que nem percebi ter levantado. Suspirando, continuei:


– Senhores, fico feliz que tenhamos chegado em um acordo. Senhor Slater, meu pai deve ter se sentido muito gratificado por tê-lo como conselheiro, mas terei que substitui-lo. Como o conselho deve ser formado por dez membros, Gregory ocupará o lugar de Anthony Stewart e a Rainha America será a substituta de Slater. Gostaria, também, de pedir perdão pelo descontrole que tive há pouco. – falei.


– Tudo bem, Majestade. Todos nós sabemos como o gênio de Anthony podia ser difícil. Ele nunca escondeu a vontade que tinha de estar no poder. Se seu pai não tivesse tido um herdeiro, o poder poderia estar nas mão de Stewart. Possivelmente vem dai, todo essa agressividade contra vossa Majestade. – disse Henry.


– Obrigado pela compreensão, senhores. Declaro encerrada essa reunião. De qualquer forma, saibam que estou na minha sala todos os dias para recebe-los. – disse.


– Estaremos sempre dispostos a ajuda-lo, Majestade. Pode chamar-nos à qualquer momento. – frisou o senhor Donatelle.


– Fico agradecido, senhores. Muito agradecido.


[...]


Com o termino da reunião, fui à procura de Meri para atualiza-la das novidades e de seu novo cargo. Encontrei Silvia em um dos corredores e perguntei:


– Silvia, sabe onde está a Rainha?


– Provavelmente em seus aposentos, Majestade. Ela estava se sentindo um pouco cansada e desejou deitar-se um pouco. – respondeu-me.


– Obrigado, Silvia.


– Com licença, Majestade. – disse, antes de continuar seu caminho.


Como estava descendo as escada, afim de encontrar America no Salão das Mulheres, comecei subi-las até nosso quarto. Entrando no mesmo, percebo que ainda está bem iluminado, mesmo sendo fim de tarde. As leves cortinas permitiam uma grande entrada da luz solar.


Aproximando-me de America, que dormia, acariciei seus cabelos, notando pequenas gotas de suor em sua pele. Isso porque não estava um dia tão quente em Illéa. Ao examinar melhor seu corpo com meus olhos, percebi manchas vermelhas no lençol branco.


Aquilo era sangue?


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Notas finais do capítulo

Problemas no paraíso. Então, o que acharam? Deixem aquele review bacana que sempre me deixa feliz e da inspiração para novos capítulos. A fanfic tem 73 acompanhamentos, o que é bastante gente, mas nem metade disso comenta. Leitores fantasma, apareçam! Adoraria conversar com vocês. Agradeço a todas que comentaram no capítulo anterior. Você são lindas!
Até o próximo!